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Cap9 7-15outubro2012
Cap9 7-15outubro2012
Embora não seja a prática corrente em Portugal é conveniente num desenho inicial indicar as
acções e materiais considerados no projecto.
Em geral as peças de betão armado são armadas garantindo a existência de uma malha junto
ao seu contorno, complementando as armaduras estruturais de cálculo. A representação usual
em Portugal n φx/y ou nφx//y significa que n varões de diâmetro x devem ser dispostos com um
afastamento de y m. Quando o número de varões é reduzido indica-se apenas nφx.
O símbolo #φx/y significa que se deverá colocar varões de diâmetro x afastados y m em duas
direcções ortogonais.
Sempre que possível o comprimento dos varões deverá ser submultiplo de 12 m de modo a
minimizar o desperdício de armadura.
9.1
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Quando um varão é dobrado e deverá ser colocado junto às duas faces, pode indicar-se em
planta a armadura rebatida a 90° por forma a mostrar a sua geometria, conforme indicado no
desenho 9.1 para as armaduras da face superior junto ao bordo da laje.
Nos corte da laje é usual não se indicar as armaduras das vigas, como ilustrado no desenho
9.3.
As plantas de armaduras das lajes são usualmente realizadas à escala 1 : 50 (ou 1 : 20) e os
cortes à escala 1 : 20 (ou 1 : 10).
9.7.2.2 Vigas
Nos cortes longitudinais é usual não se representarem as armaduras das lajes, como ilustrado
no desenho 9.4.
Nos cortes transversais é conveniente indicar todas as armaduras, da viga e das lajes, como
indicado no desenho 9.4.
Para além da quantidade de armaduras obtidas nos cálculos há que respeitar os requisitos de
armaduras mínimas e de distâncias máximas.
em que:
9.2
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≤ 8φL
≤ 24 φE
225 mm
No que se refere às emendas de armaduras estas devem ser realizadas em zonas onde o
esforço não é máximo. Se o diâmetro das armaduras é φ ≥ 20 mm ou se a percentagem de
emendas numa mesma secção é superior a 25% da área total das armaduras longitudinais na
zona da emenda deverá ser colocada uma armadura transversal com uma secção superior à
de um varão que é emendado nessa região.
De referir ainda que em estruturas de ductilidade média deverá garantir-se uma quantidade de
armadura de compressão de pelo menos 50% de tracção, conforme indicado no Capítulo 10.
Para este tipo de laje também é conveniente representar em desenhos distintos as armaduras
superiores e inferiores. Neste caso as armaduras das nervuras (em geral 2 ou 3 varões)
deverão ser indicadas para cada nervura (ou conjunto de nervuras) separadas da planta como
indicado no desenho 9.5. As nervuras deverão ser numeradas sendo assim fácil a identificação
em obra das respectivas armaduras.
No desenho 9.6 apresenta-se um pormenor da zona maciça em torno do pilar quer da armdura
da face superior quer das armaduras da face inferior (armadura das nervuras, das bandas
entre pilares e da zona maciça). Neste caso indicam-se em planta todas as armaduras.
Para evitar grandes concentrações e duplicação de armaduras observe-se no desenho 9.6 que
na zona maciça só se acrescentaram armaduras φ12 entre as duas bandas.
9.3
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9.7.2.4 Pilares
O eixo das vigas não deverá apresentar grande excentricidade em relação ao eixo dos pilares.
A posição do pilar (por exemplo ou ) no quadro deve estar coerente com a sua posição
É fundamental incluir também cortes verticais para representar o reforço de cintas nos nós, a
localização das emendas e amarração de armaduras, como ilustrado no desenho 9.9 e
pormenores em zonas de transição da secção transversal do pilar como ilustrado no desenho
9.10.
Refira-se que no desenho 9.9 do corte vertical apenas se representam as armaduras da viga
existente no plano do corte, omitindo-se as secções das armaduras da laje e da viga
perpendicular ao plano respectivo.
Salienta-se a necessidade de terminar com um gancho (incluindo patilha com 10φ dobrado
para o interior da secção) a extremidade das cintas, e não com cotovelos (dobragem a 90°),
como ilustrado no desenho 9.10.
As emendas das armaduras longitudinais não devem ser realizadas junto aos nós devendo
incluir o reforço de armaduras transversais referido anteriormente para as vigas.
A distância entre cintas ao longo do pilar deve ser menor na zona crítica (junto ao nó) por forma
a garantir a necessária ductilidade nessas zonas, onde os esforços de flexão são mais
elevados.
h
lcr lcl / 6
0,45m
9.4
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em que:
Na zona crítica a distância entre cintas na direcção longitudinal do pilar s'c tem os seguintes
limites:
s'c 180mm
≤ 9 φL
≤ 0,6 b
sc ≤ 175 mm
≤ 8φL
≤ 0,5 b0
Entre as zonas críticas a distância entre cintas s'c tem os seguintes limites (NPEN 1992-1-1):
s'c 300mm
≤ 15φL
≤b
9.7.2.5 Paredes
9.5
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As paredes devem ter um confinamento nas extremidades através de cintas como indicado
para os pilares. Este confinamento é particularmente necessário nas extremidades que não
estão interligadas a um banzo (parede perpendicular).
A NP EN1992-1-1 requer tal confinamento nas zonas onde a área da secção das armaduras
longitudinais for superior a 0,02 da secção do betão respectiva.
Nos edifícios as sapatas estão em geral interligadas por vigas de travamento. As sapatas
requerem uma armadura de cálculo junto à face inferior e é recomendável utilizar uma
armadura de pele junto à face superior, como indicado no desenho 9.12.
A armadura de face superior tem como objectivo principal controlar a fendilhação que pode
ocorrer no betão nomeadamente associada à retracção.
As sapatas deverão em geral ser executadas sobre betão de limpeza podendo nas faces
laterais ser betonadas contra o terreno ou com cofragens.
Entre as armaduras de cálculo há que dispor de uma malha de armaduras que não há
interesse em sobrepor com as armaduras principais dos alinhamentos das estacas, para evitar
congestionamento de armaduras, como ilustrado no desenho 9.13.
No que se refere às armaduras das estacas salienta-se que se utilizam cintas em forma
helicoidal aproveitando assim a totalidade do comprimento corrente dos varões (12 m ou 18 m
ou o comprimento total necessário quando os varões são fornecidos em bobine) evitando
numerosas amarrações. É usual soldar as armaduras tranversais aos varões longitudinais para
rigidificar essas ligações, evitando-se assim o movimento das cintas quando da sua colocação
no molde ou terreno (nessa altura é inevitável que ocorra atrito entre as armaduras e o molde).
9.6
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9.7
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Desenho 9.5 – Laje fungiforme – armaduras superiores e armaduras inferiores nas nervuras
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