Você está na página 1de 2

 Nietzsche monta o cenário grego pré-sócrates como um cenário onde há

uma harmonia entre o instinto estético dionisíaco, que é o ilimitado, e o


instinto estético apolíneo que é o princípio das formas, do limitado.

 Dionísio o Deus da música e dos excessos e Apolo, deus das artes


plásticas e da forma, arquitetura, estátuas do que é limitado.

 Antes de Sócrates, Nietzsche diz que esses dois instintos estéticos viviam
em harmonia, um não sobrepunha o outro, era um equilíbrio, após Sócrates,
esse equilíbrio se rompe pela própria vida grega, o grego passa a perder a
harmonia do êxtase e do limite.

 Acabam se afastando do Dionisíaco, e a partir daí o apolíneo passa a ser o


principal instinto estético para os gregos.

 Uma das teses principais do nascimento da tragédia é que “o ser


verdadeiro, o uno imaginário tem necessidade da bela aparência para sua
libertação, uma libertação da dor pela aparência”

 Para o grego a beleza é a medida, harmonia, ordem, delimitação, mas


também significa calma e liberdade com relação as emoções, isto é,
serenidade contra a dor, o sofrimento, a morte o grego diviniza o mundo
criando a beleza, a arte apolínea é a arte da beleza.

 Só que Nietzsche fala que “ O homem filósofo tem mesmo o pressentimento


que sob a realidade em que vivemos e onde estamos se oculta uma
segunda totalmente diferente” de tal modo que a realidade também é uma
aparência, então se a beleza é uma aparência é porque há uma verdade
que é a essência. E essa beleza possui o objetivo de mascarar, encobrir,
velar a verdade essencial do mundo. Para escapar do pessimismo popular
o grego cria um mundo de beleza.

 E essa beleza ao invés de expressar a verdade do mundo é uma estratégia


para que essa verdade não venha a tona.

 Produzir a beleza significa se enganar na aparência e ocultar a verdadeira


realidade.

 Quando se diz que algo é belo apenas se diz que tem uma bela aparência
sem nada falar sobre sua essência, mascarando a essência a verdadeira
realidade.

 O mundo apolíneo da beleza é um mundo da individualização (do indivíduo,


estado, do patriotismo) da consciência e si.

 A individualidade, a consciência, a razão apolínea é apenas um véu, o véu


de maia, onde tem-se a pretensão de substituir o mundo da verdade, ou a
verdade do mundo pelas belas formas, a arte apolínea deixa de lado algo
essencial, virando ás costas para a realidade, escondendo a verdade.
Desconsiderando o outro instinto estético que não pode ser esquecido. O
dionisíaco.

Você também pode gostar