Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
net/publication/321137591
CITATIONS READS
0 571
9 authors, including:
Silvrano Dantas
Universidade Federal do Ceará
43 PUBLICATIONS 84 CITATIONS
SEE PROFILE
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
All content following this page was uploaded by Carla Beatriz Costa de Araújo on 17 November 2017.
RESUMO: Taludes de solo e/ou rocha existem naturalmente, ou podem ser construídos pelo
homem nas mais diversas obras, em forma de corte (escavações) e aterros. Em períodos chuvosos,
há um aumento do grau de saturação, o que provoca uma redução da sucção e afeta diretamente a
resistência ao cisalhamento do solo, sendo esta reduzida, podendo levar o talude à ruptura. Neste
estudo, é avaliado o comportamento de um talude hipotético de solo nas condições saturada e não
saturada, levando em consideração seus mecanismos de resistência. Após caracterização do solo em
análise, o mesmo foi definido, de acordo com a classificação do Sistema Unificado de Classificação
dos Solos – SUCS, como sendo uma areia siltosa. Foram realizados ensaios de cisalhamento em
amostras de solo, as quais apresentaram valores de ângulo de atrito de 41,25° e coesão de 18 kPa na
condição não saturada e ângulo de atrito de 41,49° e coesão de 6 kPa, na condição saturada. A
análise da estabilidade do talude foi realizada na Universidade Federal do Ceará, foi utilizado o
software Slide, da Rocscience. O valor do fator de segurança tanto pelo método de Bishop quanto
pelo método de Morgenstern-Price para as condições não saturada e saturada foram de 2,2 e 1,3,
respectivamente. Portanto, o aumento do grau de saturação do solo em taludes de terra, o que ocorre
principalmente em épocas de chuvas, influencia diretamente na estabilidade do talude, ocasionando
uma redução do fator de segurança.
100
400
TENSÃO CISALHANTE (KPA)
50
300
0
200 0 100 200 300 400
100 TENSÃO NORMAL (KPA)
0
0 1 2 3
Gráfico 3 – Gráfico Tensão Cisalhante x Tensão Normal
DESLOCAMENTO (MM) (amostra não saturada).
y = 0,877x + 6
250
Gráfico 1 – Curva Tensão x Deformação (amostra não
saturada). 200
150
100
50
0
0 100 200 300 400
TENSÃO NORMAL (KPA)
% Passante
Tabela 1 – Parâmetros do solo não saturado. 60
Coesão (kPa) Ângulo Peso Específico 50
de Atrito (kN/m³)
40
(°)
18 41,5 18,8 30
20
Tabela 2 – Parâmetros do solo saturado. 10
Coesão (kPa) Ângulo Peso Específico 0
de Atrito (kN/m³) 0,01 0,1 1 10 100
(°) Diâmetro dos grãos (mm)
6 41,25 19,2
Gráfico 5 – Curva granulométrica.
De posse destes resultados, foi simulada uma O solo foi definido como um material não
situação comparativa, no software Slide, da plástico (Índice de Plasticidade = 0) e o valor da
Rocscience, de um talude com a geometria umidade ótima do solo é de 7,9%.
mostrada na Figura 4 nas condições saturada e As Figuras 5 à 8 ilustram os resultados de
não saturada, a fim de analisar a influência da fator de segurança para as condições não
saturação na estabilidade de taludes. O talude saturada e saturada, calculados pelos métodos
apresenta uma inclinação de 45°, ou seja, de Bishop simplificado (1955) e Morgenstern-
proporção de 1 m na vertical para 1 na Price (1965), das simulações feitas no software.
horizontal, com altura de 8 metros. Na Tabela 3 encontram-se os resultados das
simulações.