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INTRODUÇÃO
I.1.1 - Auditoria retrospectiva: realizada após a alta do paciente, pela avaliação do seu
prontuário, não garante a qualidade imediata do procedimento realizado identificando
somente as falhas ocorridas (Araújo, 1978; Motta ).
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com o paciente e familiares, com os funcionários e médicos. É um trabalho difícil e
muito criterioso, em vista das questões éticas envolvidas (Araújo, 1978).
I. 2. 3 - Quanto à natureza:
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a) Auditoria total: abrange todos os setores da instituição (Araújo, 1978).
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A auditoria para a enfermagem traz ainda os seguintes benefícios:
desenvolvimento dos indicadores da assistência, estabelecimento de critérios de
avaliação e geração de novos conhecimentos (Miranda, et all, 2016).
II. JUSTIFICATIVA
III. OBJETIVO
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IV. MATERIAIS E MÉTODOS
IV. 2 – Metodologia
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V. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foi realizada com base na análise dos dados registrados disponibilizados pelos
setores após solicitação formal à direção do Hospital X. Dentre os registros
inicialmente solicitados não foi possível avaliar os dados referentes aos planos de
saúde, qualificação profissional e gestão direta no período de 2015 a 2017, ao por não
terem sido disponibilizad.
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momento dois setores são acionados: 1) o setor de nutrição que faz a avaliação
nutricional determinando a dieta mais adequada às necessidades do paciente; 2) o
setor de farmácia é responsável por selecionar o kit para a implantação do cateter e o
enviar à enfermagem.
A enfermagem de pose do kit implanta o cateter naso-enteral e solicta um
exame de RX para a avaliação do posicionamento do cateter. Confirmado o
posicionamento do cateter pelo médico este autoriza verbalmente a administração da
dieta. A enfermagem por sua vez solicita verbalmente ao serviço de nutrição o envio
da dieta.
O setor de nutrição encaminha a dieta junto com a prescrição nutricional para a
administração pelo enfermeiro. O técnico recebe a dieta que deve conter as seguintes
informações: nome completo do paciente; número do atendimento; leito; plano de
saúde; data de nascimento; idade; data da internação; fórmula enteral; validade;
volume prescrito; tempo de infusão em 24h (mL/h); horário da segunda etapa; data da
liberação; horário de inicio da infusão da enfermagem; visto e carimbo da nutricionista.
Após a conferência da prescrição e dieta pelo técnico de enfermagem na presença do
enfermeiro (dupla checagem), inicia-se a administração da dieta pelo técnico de
enfermagem, seguida das anotações e registros de enfermagem no sistema.
Semanalmente a secretaria encaminha ao setor de auditoria de enfermagem o
prontuário do paciente para ser auditado e para a identificação das não conformidades
antes de ser enviado ao setor de faturamento.
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Tabela 1: Glosas referentes à dieta enteral, registradas na unidade de internação do Hospital
X, entre os anos de 2015 a 2017.
A partir dos dados disponibilizados não foi possível identificar se as glosas são
de origem administrativa, aquelas causadas por falhas operacionais, geralmente má
comunicação entre prestadores e convênio, de origem técnicas, que
envolvem diretamente o evento médico ou a linear, diz respeito ao convênio, mas
interfere diretamente na gestão Hospitalar.
Os dados referentes ao ano de 2015 não foram contabilizados, uma vez que,os
registros de não conformidades pelo setor de auditoria de enfermagem começaram a
ser realizados a partir do ano de 2016. Tabela 2
2016 2017
Ano
Não conformidades Não conformidades Não conformidades Não conformidades
totais enterais totais enterais
Janeiro - - 1 1
Fevereiro - - 2 1
Março - - 4 4
Abril - - 1 1
Maio - - 0 0
Junho 4 2 1 0
Julho 4 2 2 0
Agosto 1 1 2 2
Setembro 1 0 3 1
Outubro 7 4 2 0
Novembro 4 4 0 0
Dezembro 3 3 6 6
Totais 24 16 24 16
Fonte: Elaborado pela autora
Observa-se que o total das não conformidades registradas nos anos de 2016
e 2017 é igual, revelando que houve uma diminuição das glosas no ano de 2017.
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Fonte: Elaborado pela autora
Figura 3: Não conformidades na administração da dieta enteral nos registros de enfermagem
no ano de 2016, na unidade de internação do Hospital X.
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Os recursos humanos diferem de outros ativos organizacionais, como o capital
físico, os ativos financeiros e os ativos tecnológicos. Na gestão Hospitalar, compete ao
enfermeiro estabelecer o quadro quantitativo de profissionais necessário para a
prestação da assistência de enfermagem (COFEN, 2010).
Tabela 3: Média do Staff e dos pacientes nos anos de 2015 e 2017 da unidade de internação
do Hospital X por plantão.
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Tipo de cuidados Horas COFEn (h)
Cuidados mínimos 3,8
Cuidados Intermediários 5,6
Cuidados Semi-intermediários 9,4
Cuidados Intensivos 17,9
Fonte: Elaborado pela autora
Anos
Cuidados
2015 2016a 2017b
11
Mínimos NE 515 324
Intermediários NE 229 219
Semi-Intensivos NE 243 199
Intensivos NE 41 47
NE: dados não encontrados; a) somatório dos meses de Outubro a Dezembro;
b) somatório dos meses de Janeiro a Março
Fonte: Elaborado pela autora
IV.3.1- Estimativas
Tabela 6: Determinação do intervalo de confiança das médias das glosas referentes à dieta
enteral nos anos de 2015 e 2016 da unidade de internação do Hospital X.
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2015 372 55228,8
2016 350 18947,4
2017 309 2338,85
Média 343,666667 25505
Desvio padrão 31,9739477 27047,89
Desvio padrão relativo 9,30376753 106,0494
Estimativa do erro 341,706667 25503,04
Intervalo de Confiança das
79,4341 67196,1
médias
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a) Determinação da equação da reta
Figura 5: Curva de linearidade entre as internações e as glosas referentes aos anos de 2015 a
2017 da unidade de internação do Hospital X.
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somente disponibilizados os dados anuais das internações, e uma pequena
amostragem (n=6) do número de internações segundo a classificação SCP (Tabela 5).
Tabela 7: Estimativa das internações referentes aos cuidados mínimos, intermediários , semi-
intensivo e intensivo, pela classificação SCP no ano de 2015 da unidade de internação do
Hospital X.
Semi-
2015 Internações Mínimo Intermediário Intensivo
intensivo
Janeiro 679 254 98 179 148
Fevereiro 244 152 48 25 19
Março 409 245 87 50 27
Abril 393 235 150 7 1
Maio 459 214 185 48 12
Junho 273 168 68 28 9
Julho 343 110 83 98 52
Agosto 236 173 58 5 0
Setembro 307 211 88 7 1
Outubro 362 169 102 82 9
Novembro 277 148 78 45 6
Dezembro 314 217 49 42 6
Tabela 8: Estimativa das internações referentes aos cuidados mínimos, intermediários , semi-
intensivo e intensivo, pela classificação SCP no ano de 2016 da unidade de internação do
Hospital X.
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2016 Internações Mínimo Intermediário Semi-intensivo Intensivo
Tabela 9: Estimativa das internações referentes aos cuidados mínimos, intermediários , semi-
intensivo e intensivo, pela classificação SCP no ano de 2017 da unidade de internação do
Hospital X.
Semi-
2017 Internações Mínimo Intermediário Intensivo
intensivo
16
Janeiro 264 103 79 61 21
Fevereiro 179 68 56 45 10
Março 346 227 48 70 1
Abril 190 74 57 44 15
Maio 210 119 67 21 3
Junho 238 138 79 19 2
Julho 302 194 99 8 1
Agosto 198 105 59 18 16
Setembro 274 177 85 11 1
Outubro 238 151 76 9 2
Novembro 354 233 111 10 0
Dezembro 298 195 90 12 1
Equação 1 QP = Km x THE
Onde: Constante de Marinho (KM): coeficiente deduzido em função dos dias da semana, da jornada semanal de
trabalho e do índice de segurança técnico para uma jornanda de 12/36 (0,2236)
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(a) (b)
(a) (b)
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O processo de dimensionamento deve produzir um quadro de pessoal
adequado às necessidades da clientela e da instituição. Porém, esta temática é
bastante complexa por encontrar-se dentro de uma área se conflito que se dá entre o
custo e o benefício; entre o pessoal e o institucional; entre o capital e o trabalho; entre
o técnico e o ético (Gaidzinski apud Fugulin; Gaidzinski, 2000)
(a) (b)
a) Glosas X Cuidados
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(a) (b)
(c)
Fonte: Elaborado pela autora
Quando observamos os anos de 2015 nos meses de abril, agosto e setembro não
obtivemos glosas e os cuidados mínimos mantiveram-se constante, somente com
minimos em fevereiro, junho e novembro associados a glossas. Os demais cuidados
estavam elevados, quando se compara com os anos de 2016 e 2017. Comportamento
semelhante é observado nos anos de 2016 (abril e junho) e 2017 (fevereiro, agosto).
Que pode também ser observado nos meses de janeiro a março, agosto, setembro e
novembro de 2016 e março, maio, junho, julho e de setembro a dezembro de 2017.
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(a) (b)
(c)
Fonte: Elaborado pela autora
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maio e junho. Se olharmos isoladamente no mês de julho e outubro, somos
tendênciados a crer não haver relação entre as glosas e os cuidados (semi)intensivos.
No entanto, o número de cuidados intermediários é maior em julho do que outubro.
Sugerindo que quanto maior a complexidade do tratamento maior a probabilidade das
glosas ocorrerem. A hipótese é reforçada quando se analisa os meses de março,
setembro e novembro de 2016, onde não foi registrados não conformidades, os
tratamentos semi(intensivo) foram mínimos com máximos de mínimos e
intermediários. Somente nos meses de setembro onde teve um aumento nos cuidados
intermediários porem compensado com menos cuidados mínimos.
(a) (b)
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(c)
Fonte: Elaborado pela autora
b) Glosas X QP
(a) (b)
(c)
Fonte: Elaborado pela autora
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Figura 12: Correlação entre as glosas e quantidade de pessoal no setor de internação nos
anos de; a) 2015; b) 2016 e c) 2017.
Sendo assim, uma relação entre glosas e QP foi estudado, conforme descrito no
item IV.3.3.
É visível que o número de glosas não está relacionado ao quantitativo de técnicos
de enfermagem. A única constante é o quantitativo de enfermagem que se mantêm
durante todo o ano independente do quantitativo de cuidados, o numero ínfimo de
profissionais de enfermagem sobrecarrega o profissional.
O processo de previsão do quantitativo de pessoal de enfermagem depende do
conhecimento da carga de trabalho existente nas unidades de internação. Esta
depende, por sua vez, das necessidades de assistência dos pacientes, bem como do
padrão de cuidado pretendido (Fugulin; Gaidzinski, 2000).
A unidade de internação do Hospital X trabalha com 30% do efetivo preconizado
pelo cálculo de QP.
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V. CONCLUSÃO
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VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Araujo, M. V., Simões. C., Silva, C.L. Auditoria em enfermagem. Revista Brasileira
de Enfermagem, 1978(31),466-77.
Chaves, L. D. P, file:///C:/Users/User/Downloads/CONSIDERA%C3%87%C3%95ES
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(Acessado em 07/10/2017 as 11:32 h).
Collism, S. A review of the literature on the nurse role in clinical audit, 2006, 102
(12), 38. (https:// ww.nursingtimes.net/home/.../a.../203304.article, acessado em
03/01/2017 às 23:20 h).
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Fugulin, F. M. T.; Gaidzinski, R. R., Horas de assistência de enfermagem: análise
comparativa de parâmetros. Nursing, 2000, 23, 30-34.
Mykkanen, M., Saranto, K., Miettinen, M. Nursing audit as a method for developing
nursing care and ensuring patient safety, Nurs Inform. 2012,301.
Passos, M. L. L., Borges, B. C., Cavalcante, M. B. P. T., Gurgel, M. G, I., Costa, M., S.,
Alves, M. D. S., Auditoria de enfermagem: conhecimento de profissionais em
Hospital público de referência, Rev Rene. 2012, 13(5),1025-33.
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