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Paulo Roberto Galvão

Contabilidade geral
Sumário
CAPÍTULO 1 – O Patrimônio Empresarial...........................................................................05

Introdução.....................................................................................................................05

1.1 Composição do patrimônio........................................................................................05

1.1.1 Ativo...............................................................................................................06

1.1.2 Passivo e patrimônio líquido..............................................................................08

1.1.3 Plano de contas...............................................................................................09

1.2 O balanço patrimonial..............................................................................................12

1.2.1 Estrutura do balanço patrimonial........................................................................12

1.2.2 Características do balanço patrimonial...............................................................14

1.2.3 Balanço patrimonial, demonstrativo contábil básico e fonte das


demonstrações derivadas..................................................................................17

Síntese...........................................................................................................................20

Referências Bibliográficas.................................................................................................21

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Capítulo 1O Patrimônio Empresarial

Introdução
Imagine que você pretende montar um negócio cujo objetivo é a comercialização de produtos.
Agora, pense o que seria necessário para você iniciá-lo. Você necessitaria de um capital inicial
para começar o seu negócio? Como você controlaria as suas operações? Qual seria a origem
do seu capital inicial? Onde e de que forma você o aplicaria?

É aí que entra a contabilidade! Diferentemente do que muita gente imagina, a contabilidade não
é uma ciência exata, que cuida apenas das operações matemáticas que modificam o patrimônio
(que aumenta ou diminui). A ciência contábil é uma ciência social aplicada, que tem por objetivo
o estudo da mutação do patrimônio; dessa forma, é possível para o empresário controlar seus
bens, direitos e obrigações.

Toda empresa inicia seus negócios pela chamada integralização do capital social, ou seja, pela
materialização, realizada pelos sócios, dos recursos inicialmente necessários para o desenvol-
vimento das atividades empresariais – a esse processo dá-se o nome “origem dos recursos”. A
integralização pode ser feita em dinheiro, em bens ou em direitos. Por exemplo: imóveis, móveis,
automóveis, ações etc. Os bens e/ou direitos entregues pelos sócios para compor o patrimônio
da empresa são chamados de “aplicação dos recursos” e são registrados no ativo.

Como você pode observar, o ativo é, portanto, a parte do patrimônio em que são registrados os
bens e os direitos da empresa, caracterizando-se, assim, a aplicação dos recursos. Já o passivo
e o patrimônio líquido são as partes destinadas ao registro das origens dos recursos.

CASO
Duas pessoas resolvem montar um negócio, cada uma investe inicialmente R$ 10.000,00, de-
positando essa importância em dinheiro no caixa da empresa. Nesse momento, dizemos que o
capital social (ou capital dos sócios), que representa a primeira origem dos recursos, é de R$
20.000,00; esse dinheiro é um bem da empresa, representado pela aplicação dos recursos
no negócio. No caso em questão, como não existe dívida (obrigações) o total do ativo é R$
20.000,00, e o total do passivo (exigível) é zero, portanto, o patrimônio líquido é R$ 20.000,00.
Para que os sócios possam controlar o seu patrimônio, todas as transações da empresa deverão
ser registradas no balanço patrimonial.

1.1 Composição do patrimônio


Você sabia que o patrimônio empresarial é composto por três conjuntos distintos? São eles: os
“bens”, os “direitos” e as “obrigações”, sendo os dois primeiros a parte positiva do patrimônio,
e o terceiro, a parte negativa, cuja equação resulta no “patrimônio líquido”.

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Contabilidade geral

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Indicações de leitura e de sites interessantes serão os alvos desta vinheta. A partir dela,
o aluno terá indicações de leituras complementares, sites de referência e boas fontes
de pesquisa. O objetivo desta vinheta é estimular a pesquisa e reflexão, ampliando o
repertório do aluno.

Todas as normas relativas às elaborações estão no site do Comitê de Pronunciamentos


Contábeis (CPC), onde você pode obter explicações sobre as características de cada
um dos elementos que compõem o patrimônio, para entender corretamente a classifi-
cação das contas contábeis.

Acesse: <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/455_CPC00%20Pronun-
ciamento.pdf>.

A gestão, o controle e a análise das mutações patrimoniais são objeto da contabilidade, ciência
social aplicada, responsável pela geração de informações capazes de dar aos gestores os sub-
sídios necessários às tomadas de decisão. Para que os registros e os controles sejam executados
com eficiência, é necessário que se conheçam as características dos elementos patrimoniais, a
legislação pertinente ao assunto e as técnicas aplicáveis aos procedimentos contábeis.

Nesta seção, serão apresentadas a composição do patrimônio e a classificação correta das


contas, delineando claramente as origens e as aplicações dos recursos da entidade empresarial.

1.1.1 Ativo
Como você já sabe, um dos componentes do patrimônio é o ativo, que é formado pelo conjunto
de bens e direitos da empresa. O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), CPC 00, em seu
item 49, apresenta o conceito de ativo:

Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial financeira


são ativos, passivos e patrimônio líquido. Estes são definidos como segue:
(a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual
se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade [...] (COMITÊ..., 2008,
grifo do autor).

A principal característica dos ativos é o benefício econômico futuro embutido, por ser o seu
potencial em contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa
da entidade. Dessa forma, os itens que integram o ativo e não geram ou não têm potencial
para gerar benefícios futuros, como estoques obsoletos, créditos incobráveis, máquinas que não
funcionam etc., devem ser baixados, deixando, assim, de integrar o conjunto de bens e direitos
da empresa.

Saiba que os benefícios econômicos futuros de um ativo podem existir de diversas formas nas
empresas, de acordo com sua destinação. Um ativo pode ser:

• usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção de mercadorias e


serviços;

• trocado por outros ativos;


• empregado para liquidar um passivo;
• distribuído aos proprietários da entidade.
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Você sabe qual a diferença entre bem e direito?

Pode-se dizer que bens são itens úteis, capazes de gerar benefícios futuros, que se encontram
em poder da empresa. São classificados em: bens móveis, imóveis, semoventes, tangíveis e in-
tangíveis. Já os direitos, embora tenham as mesmas características dos bens no que tange à
realização da satisfação e das necessidades da empresa, encontram-se em poder de terceiros.
Por exemplo: depósitos em poder dos bancos, duplicatas a receber, pagamentos efetuados an-
tecipadamente etc.

As normas aplicáveis à contabilidade classificam os componentes do ativo por ordem decrescen-


te de liquidez, ou seja, nos relatórios contábeis, primeiramente, são apresentados os bens e os
direitos cuja transformação em dinheiro se dá no menor lapso de tempo. Assim, os ativos são
classificados em:

Ativo circulante: caracteriza-se pela realização ou utilização no ciclo operacional da empresa,


ou no período de 12 meses, o que for maior, ao que se dá o nome de curto prazo. O ativo cir-
culante corresponde aos valores em espécie (dinheiro), denominados “caixa” pela contabilidade.
São os valores em conta corrente, as aplicações financeiras, os créditos oriundos de vendas a
prazo, os estoques de mercadorias e outros créditos de liquidação no curto prazo.

Ativo não circulante: são os bens e os direitos que serão realizados, ou utilizados, em períodos
superiores a um ano, ou ao ciclo operacional da empresa, quando este for superior a um ano.
Existe ainda um subgrupo, com características bastante distintas, a saber:

Ativo não circulante realizável em longo prazo: são os bens e os direitos realizáveis após
12 meses ou após um ciclo operacional. Aqui, você encontra as aplicações de longo prazo, os
empréstimos aos sócios ou acionistas, entre outros. Eles podem ser de três naturezas distintas:

• Investimento: inclui as participações societárias permanentes em outras empresas, bem


como outros direitos não realizáveis, não classificáveis no circulante ou em longo prazo;

• Imobilizado: é composto pelos bens corpóreos que têm por objetivo a manutenção das
atividades da empresa, ou seja, os bens necessários à estrutura operacional: máquinas,
equipamentos, móveis, utensílios, veículos, imóveis etc.

• Intangível: consiste nos bens incorpóreos da empresa, também destinados à manutenção


das suas atividades. O que os diferencia do imobilizado é que não têm características
físicas, como marcas, patentes, direitos autorais, softwares etc.

Mensuração dos elementos das demonstrações contábeis. Você sabia que o processo de registro
dos elementos nas demonstrações contábeis deve obedecer aos princípios e às normas da con-
tabilidade? É o Conselho Federal de Contabilidade que determina os critérios desses registros:

Mensuração é o processo que consiste em determinar os valores pelos quais os elementos das
demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no balanço patrimonial e na
demonstração do resultado.
Esse processo envolve a seleção de uma base específica de mensuração. Diversas bases de
mensuração são empregadas em diferentes graus e em variadas combinações nas demonstrações
contábeis. Essas bases incluem o seguinte:
(a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa
ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los
na data da aquisição, podendo ou não ser atualizados pela variação na capacidade geral de
compra da moeda. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos
em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias (por exemplo, imposto de renda), pelos
valores em caixa ou equivalentes de caixa que serão necessários para liquidar o passivo no
curso normal das operações, podendo também, em certas circunstâncias, ser atualizados
monetariamente.
(b) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa

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Contabilidade geral

que teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do
balanço. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não
descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data do balanço.
(c) Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). Os ativos são mantidos pelos
valores em caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela venda numa forma
ordenada. Os passivos são mantidos pelos seus valores de liquidação, isto é, pelos valores em
caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as
correspondentes obrigações no curso normal das operações da entidade.
(d) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de
entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações
da entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de
saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal
das operações da entidade.
A base de mensuração mais comumente adotada pelas entidades na preparação de suas
demonstrações contábeis é o custo histórico. Ele é normalmente combinado com outras bases
de avaliação. Por exemplo, os estoques são geralmente mantidos pelo menor valor entre o
custo e o valor líquido de realização, os títulos e ações negociáveis podem, em determinadas
circunstâncias, ser mantidos a valor de mercado e os passivos decorrentes de pensões são
mantidos pelo valor presente de tais benefícios no futuro. Além disso, em algumas circunstâncias,
entidades usam a base de custo corrente como resposta à incapacidade do modelo contábil
de custo histórico enfrentar os efeitos das mudanças de preços dos ativos não-monetários
(COMITÊ..., 2008).

1.1.2 Passivo e patrimônio líquido


Além dos bens e dos direitos, saiba que o patrimônio empresarial é composto pelas obrigações,
chamadas “origens dos recursos”, sendo divididas em obrigações exigíveis e obrigações não exi-
gíveis. As exigíveis, também chamadas de obrigações para com terceiros, da mesma forma que
no ativo, são classificadas em circulante e não circulante, de acordo com os mesmos critérios
(curto e longo prazo); e as não exigíveis são conhecidas como obrigações para com os sócios
ou acionistas.

Veja que o item 4.4 do CPC 00 também define o passivo e o patrimônio líquido:

(b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja
liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos;
(c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os
seus passivos (COMITÊ..., 2008).

No passivo, você encontra as fontes de financiamento dos recursos aplicados no ativo, compos-
tas pelas mais variadas origens:

• Circulante: refere-se aos salários a pagar para os colaboradores, às duplicatas emitidas


pelos fornecedores e pelas compras efetuadas a prazo pela empresa, aos tributos devidos
ao governo, entre outras;

• Não circulante: refere-se às dívidas de longo prazo, como financiamentos, empréstimos,


parcelamentos etc.

Os valores constantes no passivo são chamados de exigíveis por serem devidos a terceiros. No
prazo combinado ou determinado para o vencimento, serão exigidos da empresa.

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NÓS QUEREMOS SABER!
Como são tratados os bens, os direitos e as obrigações dos sócios pela contabilidade?
A contabilidade, pelo princípio da entidade, não pode controlar o patrimônio dos só-
cios junto com o patrimônio da empresa. O patrimônio individual deve ser controlado
pelo sócio, pois, a partir do momento em que ele constituiu uma empresa, passa a exis-
tir uma personalidade jurídica, cujo patrimônio deve ser controlado pela contabilidade,
de forma independente do patrimônio pessoal dos sócios.

O patrimônio líquido representa o investimento de sócios ou acionistas para a viabilização das


atividades empresariais, tanto inicialmente como nos reinvestimentos. Por isso, é chamado de
obrigação não exigível, pois, se os sócios exigirem a devolução do capital investido, comprome-
teriam a continuidade dos negócios, bem como, pelo resgate de suas quotas ou ações, deixariam
de compor o quadro societário.

Do patrimônio líquido, fazem parte o capital social, o valor investido pelos sócios para o início
do negócio, as reservas de capital, as reservas de lucros, entre outros. Ele pode ser representado
pela equação:

ATIVO (-) PASSIVO (=) PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Ou seja, subtraindo-se de tudo o que a empresa tem (bens e direitos) aquilo que deve (obriga-
ções), o saldo será o patrimônio líquido, o que realmente pertence aos sócios.

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Introdução à Contabilidade, com abordagem para não contadores, de Padoveze (2005).
Essa obra aborda a contabilidade com uma linguagem simples e acessível, tanto para
alunos iniciantes dos cursos de ciências contábeis, como para pessoas de outras áreas.
No livro, você terá acesso aos principais conceitos da ciência contábil e à sua aplica-
ção com exemplos práticos.

1.1.3 Plano de contas


Para que se registrem os elementos e os eventos que os envolvem de forma sistemática e para
que se transformem dados em informações relevantes, saiba que é necessário estabelecer um
critério lógico, com base nas Normas Brasileiras de Contabilidade. O instrumento utilizado para
isso é chamado de plano de contas. Ele deve definir com clareza a função de cada conta e os
elementos que serão nelas registrados, garantindo, assim, a uniformidade dos lançamentos. Não
existe um plano de contas padrão que atenda às necessidades de todas as empresas, ou mesmo
de empresas do mesmo segmento.

O plano deve ser considerado uma forma de “DNA” da empresa e deve ser construído de acordo
com suas características, para que a contabilidade cumpra seu papel de ciência social aplicada,
tendo condições de avaliar o comportamento da empresa pelo correto registro dos atos e dos
fatos contábeis e, consequentemente, gerar os relatórios gerenciais.

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Conheça, agora, as principais características de um plano de contas:

• atender às necessidades de informações gerenciais da empresa, respeitando os princípios


da contabilidade e as normas legais de elaboração do balanço patrimonial e das
demais demonstrações contábeis (em particular, o CPC 26, que trata da estrutura dessas
demonstrações). Diante da implantação das convergências das Normas Internacionais de
Contabilidade, deve, ainda, adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes
externos, a fim de possibilitar a comparabilidade das demonstrações, não devendo deixar
de cumprir as formalidades fiscais, principalmente as relativas ao imposto de renda das
pessoas jurídicas;

• descrever o funcionamento de cada conta e as indicações gerais sobre a aplicação e


o uso de cada uma delas, além de estabelecer o elenco das contas patrimoniais e de
resultado da empresa;

• estruturar-se em “níveis”, de forma a facilitar a análise gerencial. A quantidade de níveis


dependerá da necessidade de cada empresa. Cada grupo de contas apresenta sua própria
estrutura. Por exemplo:

Ativo: Passivo:

Nível 1 – Ativo; Nível 1 – Passivo;

Nível 2 – Ativo circulante; Nível 2 – Passivo circulante;

Nível 3 – Bancos Conta Movimento; Nível 3 – Obrigações trabalhistas;

Nível 4 – Banco A Nível 4 – Salários a pagar.

A seguir, na Figura 1, veja um modelo simplificado de plano de contas, com uma estrutura
mínima, que pode servir de parâmetro para a empresa elaborar seu próprio plano, de acordo
com suas necessidades. Embora o plano apresentado esteja adequado à Lei nº 11.638, de 28
de dezembro de 2007 (BRASIL, 2007), ele é apenas exemplificativo, e não deve ser adotado
como padrão.

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1. ATIVO 3. DESPESAS
1.1 Circulante 3.1 Custos diretos da produção
1.1.01 Disponível 3.1.01 Custos dos produtos/Mercadorias vendidas
1.1.01.01 Caixa 3.1.01.01 CMV
1.1.01.02 Banco conta movimento 3.2 Despesas operacionais
1.1.01.03 Aplicações financeiras 3.2.01 Despesas administrativas
1.1.02 Clientes 3.2.01.01 Salários e ordenados
1.1.03 Duplicatas a receber 3.2.02 Despesas comerciais
1.1.04 (-) Duplicatas descontadas 3.2.02.01 Créditos de liquidação duvidosa
1.1.05 (-) Provisão p/ créditos de liquidação duvidosa
3.2.03 Despesas financeiras
1.1.06 Adiantamento a fornecedores 3.2.03.01 Encargos e juros de mora
1.1.07 Adiantamento a empregados 3.2.04 Provisões
1.1.08 Títulos a receber 3.3.04.01 Provisões para I.R.
1.1.09 Tributos a recuperar 3.3.04.02 Provisões para C.S.L.L.
1.1.10 Estoques 3.3 Outras despesas
1.1.11 Títulos e valores mobiliários
1.1.12 Despesas antecipadas 4. RECEITA
1.2 Não circulante 4.1 Receita bruta s/ vendas e serviços
1.2.01 Realizável a longo prazo 4.1.01 Receita bruta de venda
1.2.02 Investimentos 4.1.01.01 Revenda de mercadorias
1.2.03 Imobilizado 4.1.02 Receita bruta de serviços
1.2.04 Intangíveis 4.1.02.01 Prestação de serviços
4.2 Dedução de receita bruta vendas/serviços
2. PASSIVO
4.2.01 Dedução de receita bruta de vendas
2.1 Circulante
4.2.01.01 Cancelamento de devoluções
2.1.01 Obrigações com fornecedores
2.1.02 Duplicatas a pagar 4.2.02 Dedução de receita bruta s/ serviços

2.1.03 Empréstimos e financiamentos a pagar 4.2.02.01 ISS


2.1.04 Obrigações fiscais 4.3 Receita operacional
2.1.05 Obrigações trabalhistas 4.3.01 Receita financeira
2.1.06 Provisões para IR e CSLL 4.3.01.01 Variação monetária ativa
2.1.07 Outros títulos a pagar 4.3.02 Recuperações diversas
2.1.08 Aluguéis a pagar 4.3.02.01 Reembolsos diversos
2.1.09 Dividendos propostos a pagar 4.3.03 Receitas patrimoniais
2.2 Não circulante 4.3.03.01 Resultado da venda de bens
2.2.01 Exigível a longo prazo
4.4 Receita de participações societária
2.2.01.01 Promissórias a pagar de longo prazo
4.4.01 Receita em participações com empresa coligadas
2.3 Patrimônio líquido
4.4.01.01 Receita de participações societária
2.3.01 Capital social
2.3.02 Reserva de capital 4.5 Outras receitas

2.3.03 Ajustes de avaliação patrimonial


2.3.04 Reservas de lucros 5. CONTAS DE COMPENSAÇÃO
2.3.05 (-) Ações em tesouraria 5.1 Resultado do exercício
2.3.06 (-) Prejuízos acumulados 5.1.01 Resultado do exercício

Quadro 1 – Modelo de plano de contas simplificado.


Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.

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O Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF) é respon-
sável pela padronização dos lançamentos contábeis do Sistema Financeiro Nacional.
Todos os bancos e entidades financeiras devem segui-lo na contabilização de suas ope-
rações, facilitando, assim, a fiscalização e o controle pelo Banco Central. Disponível
em: <https://www.bcb.gov.br/?COSIF>.

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Contabilidade geral

1.2 O balanço patrimonial


Como já sabemos, o patrimônio empresarial é composto pelo conjunto de bens, direitos e obri-
gações da empresa. Ele é o principal objeto de estudo da ciência contábil, responsável pelo seu
registro e pelo controle das suas mutações.

Você sabia que, na contabilidade, o patrimônio é registrado no balanço patrimonial, que é


um dos principais relatórios contábeis? Veja que ele apresenta uma estrutura equivalente à da
ilustrada na figura 1:

Balanço Patrimonial

Ativo Passivo
• Circulante • Circulante
• Não circulante • Não circulante

A Realizável a longo prazo O


P Obrigações R
L exigíveis I
I G
C Bens e E
• Patrimônio líquido
A Direitos M
Ç
à Obrigações
O não exigíveis

Figura 1 – Balanço patrimonial.


Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.

O balanço patrimonial é um relatório estático que apresenta a situação patrimonial da empresa em


um determinado momento. Dessa forma, sempre que você analisá-lo, é importante ter informações
de pelo menos dois períodos e avaliar outras demonstrações contábeis concomitantemente.

1.2.1 Estrutura do balanço patrimonial


Veja como o balanço patrimonial é estruturado: no seu lado esquerdo são registradas as contas
do ativo, que é conjunto de bens e direitos, representando-se, assim, as aplicações dos recursos
obtidos pela empresa.

Os bens e os direitos são apresentados em ordem decrescente de liquidez, ou seja, primeiro as


contas de maior liquidez ou de liquidez imediata e, subsequentemente, as contas cuja liquidez
se dará em prazos maiores. Conforme o grau de liquidez, as contas são divididas em subgrupos

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para melhor controle e análise. Assim, as contas do ativo são representadas no balanço patrimo-
nial da seguinte forma (quadro 2):

Balanço Patrimonial
Passivo
Ativo

Circulante
Caixa
Bancos Conta Correntes
Aplicações de Curto Prazo
Duplicatas a Receber
Estoques
Tributos a Recuperar

Não Circulante
Aplicações de Longo Prazo
Depósitos Judiciais
Empréstimos a Coligadas
Patrimônio Líquido
Realizável a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível

Quadro 2 – Componentes do ativo no balanço patrimonial.


Fonte: elaborado pelo autor, 2015.

Igualmente, as contas do passivo receberão classificação de acordo com a sua exigibilidade, sen-
do ele dividido em circulante e não circulante, e o patrimônio líquido será composto pelas obri-
gações não exigíveis ou para com os sócios. Verifique no quadro 3 os componentes do passivo:

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Contabilidade geral

Balanço Patrimonial
Passivo
Ativo
Circulante
Salários a pagar
Empréstimos de curto prazo
Fornecedores
Tributos a recolher
Dividendos a pagar

Não Circulante
Empréstimos de longo prazo
Financiamentos
Parcelamentos

Patrimônio Líquido
Capital social
Lucros acumulados
Reserva de capital
Reservas legais
Quadro 3 – Componentes do passivo no balanço patrimonial.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.

Você pode observar nos quadros 2 e 3 que o balanço patrimonial é a demonstração responsável
por explicitar a situação patrimonial das entidades empresariais, de forma a dar publicidade aos
bens, aos direitos e às obrigações das empresas. Além de ser o documento oficial de registro e
controle do patrimônio, é uma importante fonte de informação gerencial.

1.2.2 Características do balanço patrimonial


Entenda que o balanço é caracterizado pelo equilíbrio entre as contas do ativo e do passivo e
o patrimônio líquido. Esse equilíbrio é oriundo da metodologia de registro, que é baseada no
método das partidas dobradas, em que toda operação registrada pela contabilidade é composta
por um elemento de origem e outro de destinação dos recursos.

Sendo assim, a contabilidade registra eventos que provocam alterações na situação patrimonial
das empresas. Veja que esses eventos se apresentam de várias formas, ocasionando as seguintes
variações no patrimônio empresarial:

• Aumento do ativo com aumento do passivo exigível. Exemplo: financiamento bancário


para aquisição de terreno;

• Aumento de ativo com aumento do patrimônio líquido. Exemplo: aquisição de imóvel pela
integralização do capital social;

• Diminuição do ativo com diminuição do passivo exigível. Exemplo: pagamento de


empréstimos;

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• Diminuição do ativo com diminuição do patrimônio líquido. Exemplo: distribuição de
lucros acumulados aos sócios;

• Alteraçãona composição do ativo sem alteração no seu valor. Exemplo: compra de


mercadorias para o estoque com pagamento em dinheiro;

• Alteração na composição do passivo sem alteração no seu valor. Exemplo: reclassificação


de empréstimos de longo prazo para curto prazo.

Analise a tabela 1, que apresenta os saldos do balanço patrimonial antes da ocorrência dos seis
eventos mencionados:

Balanço Patrimonial

Ativo 2.189.800,00 Passivo 2.189.800,00


Circulante 263.600,00 Circulante 205.700,00
Caixa 1.000,00 Salários a pagar 35.800,00
Bancos conta correntes 20.000,00 Empréstimos de curto prazo 15.900,00
Aplicações de curto prazo 25.000,00 Fornecedores 98.600,00
Duplicatas a receber 32.000,00 Tributos a recolher 32.000,00
Estoques 158.000,00 Dividendos a pagar 23.400,00
Tributos a recuperar 27.600,00

Não Circulante 1.151.200,00 Não Circulante 973.800,00


Aplicações de longo prazo 326.800,00 Emprétimos de longo prazo 323.000,00
Depósitos judiciais 324.400,00 Financiamentos 425.000,00
Empréstimos a coligadas 500.000,00 Parcelamentos 225.800,00

Patrimônio Líquido 1.010.300,00


Realizável a longo prazo 775.000,00
Capital social 500.000,00
Investimentos 250.000,00
Lucros acumulados 433.300,00
Imobilizado 325.000,00
Reserva de capital 25.000,00
Intangível 200.000,00
Reservas legais 52.000,00
Tabela 1 – Balanço inicial.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.

Imagine que o evento “1” seja a aquisição de um terreno pela empresa por R$ 100.000,00,
financiado em 12 prestações. Isso geraria uma obrigação de curto prazo da empresa para com o
banco, mas, por outro lado, a empresa passaria a ter um novo bem (imobilizado) de igual valor.

No evento “2”, imagine que a empresa resolva adquirir um galpão no valor de R$ 150.000,00,
para estocagem das mercadorias, utilizando o capital dos sócios.

O evento “3” se refere ao pagamento de empréstimo, efetuado mediante recursos em conta


corrente, no valor de R$ 15.900,00.

No evento “4”, a empresa resolve distribuir parte dos lucros acumulados, na importância de R$
250.000,00, transferindo aos sócios seus direitos em investimentos.

O evento de número “5” é representado pela compra de mercadorias em dinheiro no valor de R$


800,00. Por fim, parte dos empréstimos de longo prazo, no valor de R$ 50.000,00, passaram a
ser classificados no circulante pela aproximação da data do vencimento.

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NÓS QUEREMOS SABER!
Qual o conceito contábil de “passivo a descoberto”?
Passivo a descoberto caracteriza-se pela situação em que a empresa apresenta a
soma dos seus bens e direitos inferior ao total de suas obrigações, ou seja, quando
o ativo é menor que o passivo (exigível). Nesse caso, saiba que os bens e direitos da
empresa são insuficientes para liquidar as obrigações por ocasião de seu vencimento
ou de sua exigibilidade.

1.2.3 Balanço patrimonial, demonstrativo contábil básico e fonte das


demonstrações derivadas
O balanço patrimonial bem como a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), ante as suas
características, têm informações fundamentais para subsidiar a elaboração de futuras demons-
trações que compõem o sistema de informações contábeis. São elas: a Demonstração do Fluxo
de Caixa (DFC), a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) e o Balanço Social (BS). O sistema
de informações contábeis gerenciais tem por principal finalidade a geração de informações para
análise e tomada de decisão dos gestores das empresas.

O balanço permite ao gestor várias análises acerca da situação patrimonial. Pode-se avaliar a
estrutura do patrimônio sob os aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros.
Uma das aplicações da análise do balanço é a comparabilidade, que pode ser feita com perí-
odos passados, períodos orçados, padrões setoriais, padrões internacionais, concorrentes e até
padrões internos. Para isso, é sempre necessária a análise de mais de um período. Também é
preciso que as informações tenham consistência em sua elaboração, ou seja, que não haja mu-
dança no critério dos registros, ou, se houver necessidade, a mudança deve estar evidenciada, a
fim de que não distorça as análises.

Veja que, basicamente, a análise de balanço é efetuada pelos seguintes métodos:

• análise vertical;
• análise horizontal;
• indicadores econômico-financeiros.
Antes de estudar os conceitos dos métodos de análise de balanço, reflita sobre a importância de
sempre se valer da análise de mais de um indicador antes de formar sua opinião ou tomar uma
decisão. Entenda que a análise isolada de qualquer indicador pode comprometer o resultado da
decisão, que deve levar em conta o contexto, e não situações particulares.

Análise vertical
Seu objetivo é evidenciar a participação dos elementos patrimoniais em relação ao todo, ou
seja, avalia-se, por exemplo, quanto os valores disponíveis na conta caixa representam do total
do ativo circulante ou, até mesmo, do ativo total da empresa; quanto o capital social representa
em relação ao total das origens dos recursos, ou quanto do ativo da empresa está “imobilizado”
e quanto faz parte do capital de giro (circulante) etc. A análise vertical verifica a estrutura do
balanço dentro de um período ou exercício social.

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Contabilidade geral

Análise horizontal
É sempre interessante comparar o resultado de um período com o de outros, a fim de avaliar o
comportamento dos elementos patrimoniais. Essa comparação denomina-se análise horizontal.

Levando em conta os dados da Figura 6, se dividirmos o valor do patrimônio líquido pelo total do
ativo, encontraremos o valor da participação do capital próprio no financiamento das operações
da empresa. Nesse exemplo, teríamos o seguinte:

Saldo inicial: Saldo final:

PL = 1.010.300 = 46,14% 910.300 = 41,87%

Ativo= 2.189.800 2.173.900

Veja que os índices 46,14% e 41,87%, se analisados isoladamente, são frutos da análise vertical
e representam, nos respectivos períodos, a participação do capital próprio em relação ao total
do ativo. No entanto, ao fazermos uma análise comparativa entre os períodos, nesse caso, ob-
servamos uma redução na participação do capital próprio na composição do patrimônio, o que
representa um aumento no grau de endividamento da empresa.

Ainda com base nos elementos da Figura 6, se dividirmos o ativo circulante pelo passivo circu-
lante, encontramos a proporção da disponibilidade imediata para liquidar as dívidas de curto
prazo. Na prática, saberemos quantos reais estão disponíveis para cada real de dívida de curto
prazo (a isso se dá o nome de liquidez corrente).

Saldo inicial: Saldo Final:

Ativo circulante = 263.600 = 1,2815 247.700 = 0,729

Passivo circulante= 205.700 339.800

Veja que, no caso aqui analisado, a empresa tinha inicialmente R$ 1,2815 para cada real devi-
do, mas, ao fim do período, já não dispunha de valor suficiente para liquidação imediata de seus
compromissos de curto prazo. Para cada real devido, tinha apenas R$ 0,729. Nesse exemplo,
perceba que a liquidez corrente da empresa diminuiu de um período para o outro.

Indicadores econômico-financeiros
São cálculos matemáticos obtidos a partir da utilização dos elementos do balanço e da DRE, para
dar aos gestores o entendimento da situação da empresa nos aspectos patrimoniais, financeiro e
de rentabilidade. Esses indicadores são construídos a partir da inter-relação e interdependência
dos elementos patrimoniais e de resultado, com o objetivo de evidenciar a posição da empresa
via indicadores específicos.

Os indicadores econômico-financeiros podem ser classificados em: de capacidade de pagamen-


to, de atividades, de rentabilidade e de valorização de ações.

17 Laureate- International Universities


Além da utilidade direta no balanço patrimonial e na geração das informações para as análises
já mencionadas, o referido demonstrativo contábil também serve como base para a elaboração
de outras demonstrações que derivam dos elementos patrimoniais.

Balanço Patrimonial

Ativo 2.189.800,00 2.259.800,00 Passivo 2.189.800,00 2. 259.800,00 CCL 1 57.900,00


Circulante 263.600,00 263.600,00 Circulante 205.700,00 318.700,00 CCL 2 -85.100,00
Caixa 11.000,00 1.000,00 Salários a pagar 35.800,00 35.800,00
A variação da conta Bancos conta correntes 20.000,00 100.000,00 Empréstimos de curto prazo 15.900,00 28.900,00 A variação do Patrimõnio
Caixa de R$ 11.000,00 Aplicações de curto prazo 25.000,00 25.000,00 Fornecedores 98.600,00 98.600,00 Líquido, como consequência
para R$ 10.00, é das variações do Capital
fonte de informação Duplicatas a receber 22.000,00 22.000,00 Tributos a recolher 32.000,00 32.000,00
social, Lucros acumulados e
da DFC. Estoques 158.000,00 58.000,00 Dividendos a pagar 23.400,00 23.400,00 Reserva de capital, é fonte
Aplicações de longo prazo 326.800,00 326.800,00 Emprétimos de longo prazo 323.000,00 300.000,00 de informações para a
Depósitos judiciais 324.400,00 324.400,00 Financiamentos 425.000,00 425.000,00 elaboração da DMPL,
Empréstimos a Coligadas 500.000,00 500.000,00 DLPA e sofre efeitos da DRE.
Parcelamentos 225.800,00 225.800,00 Variação PL

A variação do Capital
Patrimônio Líquido 1.010.300,00 990.300,00 -20.000,00
Circulante Líquido - Realizável a longo prazo 775.000,00 875.000,00
CCL (AC - PC = CCL), Capital social 500.000,00 525.000,00 25.000,00
Investimentos 250.000,00 250.000,00
é a fonte de Lucros acumulados 433.300,00 413.300,00 -20.000,00
Imobilizado 325.000,00 425.000,00
informações para a Reserva de capital 25.000,00 0,00 -25.000,00
elaboração da DOAR. Intangível 200.000,00 200.000,00
Reservas legais 52.000,00 52.000,00

Figura 2 – O balanço patrimonial como fonte de outras demonstrações contábeis.


Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.

VOCÊ O CONHECE?
O matemático e frei franciscano Luca Bartolomeu Pacioli viveu na Itália no período de
1447 a 1517. Ele escreveu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por
partidas dobradas), publicado em 1494 e utilizado ainda hoje. Por isso, ele é conside-
rado o “pai da contabilidade moderna”.

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Síntese Síntese
• O patrimônio empresarial, principal objeto de estudo da ciência contábil, tem sua
estrutura formada pelo conjunto de bens, direitos e obrigações. O resultado da soma
desses elementos (bens e direitos positivos e obrigações negativas) representa o patrimônio
líquido, ou a riqueza líquida da empresa.

• Os elementos são elencados de acordo com sua característica, considerando, no caso do


ativo, que os bens atendem a todas as características de geração futura de caixa, entre
outras, e que estão em poder da empresa, enquanto os direitos, cujos benefícios esperados
são os mesmos, encontram-se em poder de terceiros. As obrigações são segregadas em
dois grandes grupos, as exigíveis, ou para com terceiros, e as não exigíveis, ou para com
os sócios ou acionistas (patrimônio líquido).

• A demonstração contábil, responsável pelo registro do patrimônio empresarial, é o balanço


patrimonial. Nele, os elementos patrimoniais são classificados em grupos e subgrupos,
atendendo aos critérios técnicos definidos nas Normas Brasileiras da Contabilidade.

• Por convenção, no ativo, os elementos são apresentados em ordem decrescente de liquidez


e, no passivo, em ordem decrescente de exigibilidade, buscando atender aos critérios de
análise e de comparabilidade.

• O balanço é uma demonstração básica que fornece elementos para análises patrimoniais
e ainda serve de base para a elaboração de outras demonstrações que derivam de seus
elementos, tais como: DMPL, DLPA, DVA e DFC.

NÃO DEIXE DE VER...


O filme Os Intocáveis, do diretor Frank Darabont, de 1994, é um longa-metragem que
relata a saga de um agente federal na tentativa de prender o “chefão” da máfia ameri-
cana, Al Capone, no período da Lei Seca. No filme, só se consegue incriminá-lo pelas
evidências encontradas nos registros contábeis.

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Referências Bibliográficas
BRASIL. Presidência da República. Lei no 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em: 12
mai. 2015.

COMITÊ de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Estrutura conceitual para a elaboração e apre-


sentação das demonstrações contábeis. CPC, 2008. Disponível em: <http://static.cpc.media-
group.com.br/Documentos/455_CPC00%20Pronunciamento.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2015.

__________. CPC 00. Estrutura Conceitual para elaboração e divulgação de Relatório


Contábil-Financeiro. Disponível em: <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/147_
CPC00_R1.pdf>. Acesso em 2015.

CONSELHO Federal de Contabilidade. Princípios Fundamentais e Normas Brasileiras de


Contabilidade. 3. ed. Brasília: CFC, 2008.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Introdução à Contabilidade, com abordagem para não-contadores.


São Paulo: Editora Pioneira, 2005.

SZUSTER, Natan et al. Noções básicas. In: SZUSTER, Natan et al. Contabilidade geral: intro-
dução à Contabilidade Societária. 4a ed. Atualizada de acordo com a Lei 11.638/07. São
Paulo: Atlas, 2013.

YAMAMOTO, Mariana Mitiyo; PACCEZ, João Domiraci; MALACRIDA, Jane Contrera. Funda-
mentos da Contabilidade – a nova contabilidade no contexto global. São Paulo: Saraiva,
2011.

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