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Índice

CAPÍTULO I- INTRODUÇÃO........................................................................................2

1.1. Objectivo de estudo............................................................................................2

1.1.1 Geral..................................................................................................................2

1.1.2. Específicos.......................................................................................................2

CAPÍTULO II- METODOLOGIA....................................................................................3

2.1 Metodologia.............................................................................................................3

CAPÍTULO III- INFLAÇÃO............................................................................................3

3.1. A Inflação e as suas componentes......................................................................3

3.2. Os graus da Inflação...........................................................................................4

3.3. Os Custos da Inflação.........................................................................................4

3.4. Tipos de Inflação................................................................................................5

CAPÍTULO IV- O DESEMPREGO.................................................................................7

4.1. A Taxa de Desemprego.......................................................................................8

4.2. Os Custos Do Desemprego.................................................................................8

4.3. Tipos de desemprego..........................................................................................9

4.4. O Desemprego, o PIB e a Lei de Okun............................................................10

4.5. A Lei de Okun..................................................................................................10

CAPÍTULO V- A RELAÇÃO ENTRE O DESEMPREGO E A INFLAÇÃO..............11

CAPÍTULO VI- A CURVA DE PHILLIPS DE CURTO PRAZO................................12

6.1. Implicações de Politica da Curva de Phillips...................................................12

6.2. A Curva de Phillips de Longo Prazo................................................................12

CAPÍTULO VII- CONCLUSÃO....................................................................................14

CAPÍTULO VIII- REFERÊNCIAS................................................................................15


CAPÍTULO I- INTRODUÇÃO
Na presente indagação académica, o tema Inflação e Desemprego constitui objecto de
estudo, a abordagem teórica que melhor explica o trade-off entre inflação e desemprego
é conhecida como a curva de Phillips.

Segundo Stiglitz e Walsh (2003), a teoria da curva de Phillips foi desenvolvida por A.
W. Phillips, para demonstrar a existência de uma relação inversa entre o desemprego e a
taxa de aumento dos salários monetários do Reino Unido, no período de 1861 a 1957.
Como principal instrumental e fundamento teórico, a curva de Phillips relaciona a
inflação com a taxa de desemprego, sendo o emprego uma proxy do nível de atividade
da economia.

Como citado, o conceito da curva de Phillips surgiu no final da década de 1950,


tornando-se a partir de então um dos principais instrumentos na tomada de decisão de
políticas macroeconómicas. Desde o seu surgimento, a teoria sofreu vários ajustes de
acordo com a conjuntura econômica e questionamentos teóricos.

1.1. Objectivo de estudo


O seguinte trabalho foi elaborado considerando os seguintes objectivos:

1.1.1 Geral
 Compreender a a curva de Phillips a longo e curto prazo

1.1.2. Específicos
 Indicar os principais tipos de desemprego;
 Explicar os custos da inflação;

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CAPÍTULO II- METODOLOGIA
Neste capítulo iremos descrever as opções metodológicas adoptadas para a
concretização do trabalho desenvolvido. No dizer de Quivy e Campenhoudt, “Importa,
acima de tudo, que o investigador seja capaz de conhecer e de pôr em prática um
dispositivo para a elucidação do real, isto é, no seu sentido mais lato, um método de
trabalho. Este nunca se apresentará como uma simples soma de técnicas que se
trataria de aplicar tal e qual se apresentam, mas sim como um percurso global do
espírito que exige ser reinventado para cada trabalho”
2.1 Metodologia
A postura metodológica adoptada na realização deste trabalho, como forma de garantir a
confiabilidade das informações apresentadas, para estruturação de um estudo de caso
cujo objectivo é evidenciar a relação entre inflação e desemprego, são eles: cientifico
investigatório e Dedutivo.

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CAPÍTULO III- INFLAÇÃO
A inflação é vista como um problema importante do sistema económico que deve ser
resolvido, ela tem sido uma preocupação básica dos agentes económicos, pois na
presença de períodos inflacionários, as pessoas tem de pagar preços maiores para
adquirir as mesmas quantidades de bens e serviços que elas consumiam anteriormente.

Em períodos inflacionários, os agentes económicos precisam de obter maior quantidade


de rendimento para manterem os seus níveis de vida. A inflação reduz o poder de
compra (a quantidade de bens e serviços que uma certa soma de dinheiro pode
comprarados agentes económicos.

A Inflação pode ser definida como um aumento generalizado continuo ou persistente


do nível geral de preços (média dos preços da economia) dos bens e serviços numa
economia.

3.1. A Inflação e as suas componentes


Para efectuar o cálculo da inflação podemos recorrer aos seguintes indicadores:

 O Deflactor do PIB: mostra a variação de preços do PIB que ocorreu entre o


ano base e o ano corrente.
 O Índice de Preços ao Consumidor (IPC): mede a variação do nível médio de
Preços de um cabaz fixo de Bens e serviços, representativo das compras de uma
família urbana típica.

Para o cálculo da Taxa de Inflação (taxa de variação anula do nível geral de preços) com
vista a medir o custo de vida, podemos recorrer a seguinte formula:

I t  I t 1
t  *100
I t 1

3.2. Os graus da Inflação


A inflação pode ser classificada nas seguintes categorias:

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• Inflação Moderada: caracterizada pelo aumento lento e previsível dos preços,
quando os preços são relativamente estáveis e as pessoas confiam na moeda
como reserva de valor;

• Inflação Galopante: inflação de 2 a 3 dígitos, onde a moeda perde o valor


muito rapidamente e as pessoas detém apenas moeda no montante mínimo para
realizar as suas transacções mínimas diárias, os mercados financeiros registam
uma fuga de capitais para o exterior, as pessoas acumulam bens e habitações.

• Hiperinflação: inflação em que os preços aumentam em mais de 50% em um


mês, chegando a atingir um aumento de 1 milhão ou ate mesmo 1 bilião ao ano.
A quantidade de moeda necessária para comprar até o bem mais básico é
excessiva.

• A Deflação: quando regista-se uma descida generalizada e continua do nível


geral de preços.

3.3. Os Custos da Inflação


A inflação acarreta os seguintes custos sociais e económicos:

• A Redistribuição de Rendimento e da Riqueza entre as diferentes classes: a


inflação redistribui a riqueza dos credores para os devedores, ajudando a quem
deve e prejudicando a quem emprestou;

• Custo de Menu: a inflação elevada leva as empresas a mudarem os preços com


maior frequência, o que fará com que as empresas estejam constantemente a
imprimir novos catálogos de preços;

• Custos de Sola de Sapato: em períodos de inflação alta, as pessoas devem ir


mais vezes as Instituições Financeiras para fazer uso das suas aplicações
financeiras para satisfazer as suas transacções quotidianas;

• Perda do Salário Real: apesar de os salários nominais acompanharem a subida


de preços, se os salarios nominais não subirem numa medida proporcional ao da
subida dos preços, o salário real dos trabalhadores vai reduzir e reduz
consequentemente o seu poder de compra e o seu padrão de vida dos
trabalhadores;

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• Dificulta o Planeamento financeiro: a inflação prejudica as decisões
económicas dos agentes económicos sobre quanto consumir, quanto poupar e
quanto investir;

• A Inflação distorce a maneira como os Impostos são colectados: muitos dos


dispositivos do código fiscal incidem sobre o rendimento nominal e não o real,
na presença de inflação o passivo fiscal dos indivíduos pode alterar de uma
maneira que os legisladores não desejavam.

3.4. Tipos de Inflação


Quantos aos tipos de inflação, podemos destacar os seguintes:

• A Inflação pela procura: ocorre quando a procura agregada (AD) aumenta


mais rapidamente que a capacidade produtiva potencial (AS) de uma nação,
fazendo o preço subir para equilibrar a procura e oferta agregada.

Ex: Quando os países recorrem a emissão monetária para financiarem as suas despesas
públicas, o crescimento rápido da oferta de moeda vai aumentar a procura agregada
(AD)

• Inflação pelos Custos: ocorre quando verifica-se um aumento dos custos de


produção, causando uma queda no nível de produção. Esta inflação ocorre devido a
choques do lado da oferta agregada de bens e serviços, como, a subida dos preços de

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petróleo, calamidades naturais, queda na produtividade, subida generalizada dos
salários entre outros.

• Inflação de Inércia: Processo de inflação continuada que ocorre quando é esperado


que a inflação persista à mesma taxa e se incorporam essas expectativas na vida
económica. A inflação é em grande medida, de inércia, isto e, a inflação persistira a
uma taxa constante até que acontecimento económicos a levem a modificar-se.

CAPÍTULO IV- O DESEMPREGO


O desemprego é considerado como o problema macroeconómico, que afecta as pessoas
de modo mais directo e cruel. A perda de emprego para a maioria das pessoas traduz-se
num padrão de vida reduzido e uma angustia psicológica. O desemprego traz consigo
elevados custos económicos e sociais para o sistema económico.

Para efectuar o estudo do desemprego é necessário conhecer os seguintes conceitos:

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População Empregada (emprego): o grupo da população em idade activa, que
desempenham uma função que é remunerada. Este conceito também engloba as pessoas
que tem emprego, mas que estão ausentes por motivos de doença, greves ou férias.

População Desempregada (Desemprego): engloba o grupo da população activa que


não está empregada, mas que, os seus membros estão activamente a procura de emprego
ou a espera de regressar ao emprego, ou seja, é considerado desempregado, uma pessoa
que não esteja a trabalhar, e que fez esforços específicos para encontrar emprego, ou
que foi dispensada do trabalho e está a espera de ser chamada de volta, ou que está a
espera de conseguir emprego num futuro próximo (menos de um ano).

A Taxa de desemprego: é o número da população desempregada, expressa em


percentagem do total da população activa, ou seja, o número de desempregados
divididos pelo total da população activa.

4.1. A Taxa de Desemprego


Ao avaliar o nível de actividade económica de um país, os economistas examinam
estatísticas como o PIB real, a inflação e outros. Uma das estatísticas que também
recebe atenção dos economistas e do público em geral é a Taxa de Desemprego.

Para a medição do desemprego é necessário ter em conta os seguintes conceitos:

Empregado: uma pessoa em idade de trabalhar, que trabalhou a tempo inteiro ou a


tempo parcial durante a semana de referência, ou que está de férias ou de baixa, mas
mantém um emprego regular.

Desempregado: uma pessoa em idade de trabalhar que não trabalhou durante a semana
de referência apesar de se ter esforçado para encontrar emprego durante as últimas
quatro semanas.

Não Activos: pessoa em idade de trabalhar que não trabalhou na semana de referência e
não procurou emprego activamente nas últimas quatro semanas. (estudantes a tempo
inteiro, as domésticas não remuneradas, os reformados, e as pessoas que não podem
trabalhar por deficiência).

População Activa – número total de empregados e de desempregados.

Taxa de Desemprego = (Desempregado/Pop. Activa)* 100

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4.2. Os Custos Do Desemprego

O desemprego elevado acarreta os seguintes custos:


• Os Custos Económicos: o desemprego é considerado um problema económico,
porque representa um desperdício de recursos valiosos. Quando a taxa de
desemprego é alta, de facto a economia está a desperdiçar bens e serviços que os
trabalhadores desempregados poderiam ter produzido, equipara-se a situação em
que grandes quantidades de automóveis, habitações, vestuários e outros bens
fossem pura e simplesmente destruídos.

• Os Custos Sociais: o desemprego é um problema social porque causa enormes


sofrimentos aos desempregados que auferem menores rendimentos. A perda de
emprego para além de conduzir a inactividade e uma acentuada queda do
rendimento dos desempregados, pode originar problemas como a criminalidade,
fome, problemas psicológicos, uma maior propensão a doenças entre outros.

4.3. Tipos de desemprego


Segundo Passos e Nogami, no livro Princípios de economia (2005), são pelo menos 4
tipos de desemprego, obviamente causados por motivos diferentes denominados como:
 Desemprego Friccional (ou desemprego natural), o qual consiste em indivíduos
desempregados, temporariamente, ou porque estão mudando de emprego, ou
porque foram demitidos, ou porque ainda estão procurando emprego pela
primeira vez. Recebe esta nomenclatura porque o mercado de trabalho, segundo
os autores, opera com atrito, não combinando trabalhadores e postos disponíveis
de trabalho, sendo que sua duração vai depender dos benefícios dados aos
desempregados, como o seguro desemprego.
 O Desemprego Estrutural resulta de desequilíbrios entre a procura (as
empresas) e a oferta (os trabalhadores) de emprego no mercado de trabalho.
Ex: O grupo de pessoas que perde o emprego porque as suas capacidades devido aos
efeitos da automação e automatização das empresas já não são mais procuradas pelas
empresas, o desemprego resultante da fixação de altos níveis de salário mínimo.

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 Desemprego Sazonal Conforme apontam Passos e Nogami (2005), este tipo de
desemprego ocorre em função da sazonalidade de determinados tipos de
atividades econômicas, tais como agricultura e turismo, e que acabam causando
variações na demanda de trabalho em diferentes épocas do ano. Trabalhadores
rurais cortadores de cana-de-açúcar seriam um bom exemplo, os quais migram
de uma determinada região (como do nordeste brasileiro) para outra (como a
região sudeste) no período de safra, retornando na entressafra.
 Desemprego Cíclico (involuntário ou conjuntural). Um dos mais temidos, e que
tem assolado a Europa e os Estados Unidos nestas últimas crises econômicas,
ocorre quando se tem uma recessão da economia, o que significa retração na
produção. As empresas são obrigadas a dispensar seus funcionários para cortar
despesas.

4.4. O Desemprego, o PIB e a Lei de Okun

Ao falarmos do desemprego na economia, surgem as seguintes questões:


Qual a relação que devemos esperar entre o desemprego e o PIB real? Como e que os
trabalhadores empregados ajudam a produzir bens e serviços? Os aumentos da taxa de
desemprego estao0 associadas as quedas do PIB real?

Ate ao momento, assumíamos que as taxas de emprego tinham uma relação positiva
de um para um como os níveis do PIB real, de tal forma que mudanças no PIB real
levariam a mudanças na mesma dimensão do nível de emprego na economia. Por detrás
desta assumpção existia o pressuposto de que a força de trabalho (população activa) era
constante.

De acordo, com as assumpções acima tracadas, podemos concluir que se a produção


(PIB real) e o emprego movem-se juntos, um aumento de 1% na produção vai gerar em
um aumento no emprego em 1%, e consequentemente, uma redução no desemprego em
1%. Então podemos mostrar a relacção entre o PIB real e o desemprego da seguinte
forma:

Ut - Ut-1 = -gyt

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Onde:
Ut - taxa de desemprego no ano t
Ut-1 - Taxa de desemprego no ano t-1
gyt - Taxa de crescimento da produção no ano t-1 para o ano

4.5. A Lei de Okun


Artur Okun, economista e assessor do presidente Kennedy nos E.U.A., foi o primeiro
economista que tentou estimar a entre o desemprego e o nível de produção. A relação
encontrada ficou conhecida pela Lei de Okun.

Ao analisar os dados anuais do desemprego e da produção da economia dos E.U.A.,


Okun chegou a seguinte equação:

Ut - Ut-1 =-0.4 (gyt – 3%)

A equação de Okun, tambem mostra uma relação negativa entre o desemprego e o PIB
real mas difere da equação inicial. Segundo a equação de Okun podemos concluir que:

A taxa anual de crescimento do PIBreal tem que ser de pelo menos 3%, para que a taxa
de desemprego permaneça constante. Isto deve-se a dois factores:

• O crescimento da força de trabalho (pessoas que entram para a força de trabalho


e pessoas que saem da força de trabalho). Nos E.U.A o força de trabalho cresce
anualmente em 1.7%;
• O crescimento da productividade da força de trabalho. Nos E.U.A. a
productividade da força de trabalho cresce a 1.3%.

Para manter constante as taxas de desemprego, a taxa de crescimento da produção


deverá ser igual ao somatório destes dois factores.

O crescimento da produção em 1% levará a uma redução no desemprego em 0.4% ( e


um aumento no emprego em 0.6%).

As firmas ajustam o emprego numa relação inferior a 1% face as variações da produção


em 1%. Um aumento da produção em 1% levará a um aumento do emprego em 0.6%.
(existem trabalhadores que são necessários na empresa independemente do nível de

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produção, recrutar e treinar novos trabalhadores resultam em custos adicionais para as
empresas, em tempos maus, algumas firmas optam por manter os trabalhadores que irão
precisar para os tempos melhores).

Um aumento no emprego, não resulta num relação de um para um na redução do


desemprego. Nos E.U.A. um aumento em 0.6% no emprego resulta numa redução em
0.4% no desemprego.

CAPÍTULO V- A RELAÇÃO ENTRE O DESEMPREGO E A INFLAÇÃO


Na análise do desemprego, verificamos que altas taxas de desemprego podem impor
grandes custos as sociedades, no entanto, os países não utilizam os seus poderes
monetários e orçamentais para reduzir o desemprego aos níveis friccionais mínimos.

Isto ocorre porque, níveis extremamente elevados de utilização de capacidade produtiva


e baixos níveis de emprego vão gerar a escassez na economia de mercado, pois se todos
os agentes tiverem empregados e todos tiverem rendimento, a procura agregada de bens
e serviços vai aumentar drasticamente o que vai originar a subida dos preços, e pode
gerar níveis intoleráveis de inflação.

Esta relação, demonstra que baixos níveis de desemprego e a estabilidade de preços


podem ser objectivos opostos (contrários da macroeconomia).

CAPÍTULO VI- A CURVA DE PHILLIPS DE CURTO PRAZO


O economista A.W.Phillips realizou em 1958 um estudo minucioso da evolução dos
salários monetários e o desemprego em dados do Reino Unido e concluiu que
verificasse uma relação inversa entre o desemprego e as variações salariais nominais.
Phillips descobriu que quando os salários tendem a aumentar, o desemprego é reduzido.

Tendo os salários uma relação directa com os níveis de preços, a Curva de Phillips
permite analisar o comportamento do desemprego e inflação.

A Curva de Phillips de curto prazo mostra a relação inversa entre o desemprego e a


inflação.

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6.1. Implicações de Politica da Curva de Phillips
Em termos de política económica, este facto podia ser interpretado como a expressão de
uma alternativa implícita, para as autoridades económicas (um trade-off ), entre a
eliminação da inflação e a eliminação do desemprego.

6.2. A Curva de Phillips de Longo Prazo


Com o aumento dos níveis mundiais de inflação na década de 1970, seguindo-se aos
choques do petróleo, as relações antes observadas entre inflação e desemprego, a partir
da determinação empírica da Curva de Phillips, em geral deixaram de ser observadas, e
passou-se a verificar altas taxas de inflação acompanhadas de altas taxas de desemprego
– Estagflação.

Os grandes aumentos do preço internacional do petróleo da OPEP, fez com que os


economistas incorporassem os choques da oferta agregada na determinação da inflação;

Milton Friedman e Edmund Phelps concluíram que inflação e desemprego não são
inversamente relacionados no longo prazo. Pois, quando os agentes económicos
conseguem prever a inflação futura, o nível de emprego na economia permanece
inalterado. Desta forma, estes economistas enfatizaram o papel das expectativas dos
agentes económicos quanto a inflação futura. Esta curva de longo prazo ilustra que o
antagonismo entre a inflação e o desemprego permanece estabilizado a longo prazo.

A Curva de Phillips em sua forma moderna enuncia que a taxa de inflação depende de:

• A inflação esperada ( πe);

• O diferencial entre a desemprego cíclico e a taxa natural de desemprego (μ-μn);

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• Os choques da oferta (ε).

E pode ser representada da seguinte forma:

   e   (   n )  

CAPÍTULO VII- CONCLUSÃO


Por derradeiro, importa ressaltar que esta ligação entre inflação e desemprego decorre
do fato de que, quanto maior a taxa de desemprego, menos renda é gerada na economia,
seja porque menos empregos são criados, seja porque os empregos criados pagam
menores salários. O resultado é uma menor demanda por bens e serviços. Quanto menor
a demanda, menor o poder das empresas de aumentar os preços e maior a competição
entre as empresas pelos consumidores remanescentes, o que aumenta o incentivo para
que elas reduzam seus preços para aumentar a demanda por seus produtos.

É dentro desse contexto que devemos analisar os efeitos da política monetária sobre a
taxa de inflação. Um aumento da taxa de juros aumenta o custo do crédito, ao mesmo
tempo em que torna a poupança mais atrativa. O resultado é uma queda da demanda por
bens e serviços. Se a oferta de serviços permanece constante, a redução da demanda
diminui a pressão inflacionária deste grupo de bens e, portanto, diminui a taxa de
inflação na economia. 

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CAPÍTULO VIII- REFERÊNCIAS

BLANCHARD, O. Macroeconomia. Rio de Janeiro: Campus, 2005.

CAGAN, P. The monetary dynamics of hyperinflation. Studies in the Quantity Theory


of Money. Chicago: University of Chicago Press, 1956. p. 25-117.

CHIANG, A. C. Elements of dynamic optimization. Illinois: Waveland Press, 2000.

DORNBUSCH, R. Expectations and exchange rate dynamics. Journal of Political


Economy, v. 84, n. 6, p. 1161-1176, 1976.

FRIEDMAN, M. The role of monetary policy. American Economic Review, v. 58, n. 1,


p. 1-21, 1968.

FROYEN, R. T. Macroeconomia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2001.

KAMIEN, M. S.; SCHWARTZ, N. L. Dynamic optimization: the calculus of variations


and optimal control in economics and management. 2. ed. Illinois: Elsevier, 2000

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