Você está na página 1de 127

CONTRIBUIÇÃO DA RIGIDEZ À FLEXÃO DAS LAJES PARA A ESTABILIDADE

GLOBAL DE EDIFÍCIOS

Mauricio dos Santos Sgarbi Goulart

DISSERTAÇÃO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS


PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS
NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS EM
ENGENHARIA CIVIL.

Aprovada por:

________________________________________
Prof Ibrahim Abd El Malik Shehata, Ph.D.

________________________________________
Profª Lídia da Conceição Domingues Shehata, Ph.D.

________________________________________
Profº Giuseppe Barbosa Guimarães, Ph.D.

RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL

MARÇO DE 2008
GOULART, MAURICIO DOS SANTOS
SGARBI
Contribuição da rigidez à flexão das lajes
para a estabilidade global de edifícios. [Rio de
Janeiro] 2008
XII, 115p. 29,7 cm (COPPE/ UFRJ, M.SC.,
Engenharia Civil, 2008)
Dissertação – Universidade Federal do Rio
de Janeiro, COPPE
1. Estabilidade global
I. COPPE/ UFRJ II. Título (série)

ii
Dedicatória

Dedico este trabalho aos meus pais, Maria


Eugênia dos Santos Goulart e Carlos Alberto
Sgarbi Goulart (em memória).

iii
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me abençoar com saúde e perseverança, essenciais para o


desenvolvimento deste trabalho.

Ao meu orientador, Professor Ibrahim Shehata, pela dedicação e paciência durante a


orientação e excelentes aulas durante o curso.

Ao professor Cesar Pinto, pela idéia do tema desta dissertação e constante auxílio
durante sua elaboração.

Às professoras Lídia Shehata, Michele Pfiel e Eliane Maria Carvalho, pelas excelentes
aulas e dedicação durante o mestrado.

À minha amada noiva Thaís, pelo apoio, compreensão e amor durante os anos de
mestrado.

À minha irmã Mariana e toda a família pelo constante incentivo.

Aos meus amigos da UFF, Eduardo, Alan e Aline, e amigos da COPPE, Raphael e
Daniel pela ajuda e companheirismo.

iv
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/ UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)

CONTRIBUIÇÃO DA RIGIDEZ À FLEXÃO DAS LAJES PARA A ESTABILIDADE


GLOBAL DE EDIFÍCIOS

Mauricio dos Santos Sgarbi Goulart

Março/ 2008

Orientador: Ibrahim Adb El Malik Shehata

Programa: Engenharia Civil

O projeto de edifícios cada vez mais esbeltos é uma realidade na construção civil.
Para determinados casos, é fundamental a consideração de todos os elementos
estruturais participando do contraventamento, para que a estrutura se apresente estável
frente a ações horizontais combinadas com ações verticais.
Neste trabalho analisa-se a contribuição da rigidez à flexão das lajes para três
edifícios. Dois destes edifícios possuem sistema estrutural de lajes nervuradas com
partes maciças circundando os pilares. Uma das estruturas apresenta núcleo rígido na
região dos elevadores. O terceiro edifício apresenta estrutura convencional, com laje
maciça e pórticos rígidos formados por vigas e pilares.
Foram elaborados modelos estruturais tridimensionais através do programa
SAP2000, baseados no método dos elementos finitos. Foram obtidos esforços e
deslocamentos de 1ª ordem, através dos quais foi calculado o parâmetro γz. Tal
procedimento foi adotado para cada uma das variações de rigidez dos elementos
estruturais propostas pela NBR 6118:2003, para análise do estado limite último.
Os resultados obtidos mostram a importância da contribuição da rigidez à flexão das
lajes para os dois edifícios sem pórticos rígidos de vigas e pilares. São apresentados
esforços de 2ªordem, deslocamentos e valores de γz , mostrando grandes diferenças entre
as análises com e sem a contribuição da laje para o contraventamento destes edifícios.

v
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)

CONTRIBUTION OF BENDING STIFFNESS OF SLABS TO GLOBAL STABILITY


OF BUILDING

Mauricio dos Santos Sgarbi Goulart

March /2008

Advisor: Ibrahim Adb El Malik Shehata

Department: Civil Engineering

Nowadays, with the great development of structural analyses, structural elements


have become more slender and ,consequently, lateral stability is becoming an important
aspect for design. The consideration of all structural elements to define the lateral
rigidity of the structure is fundamental to assure the overall structure stability.
In this work three buildings are analyzed to evaluate the contribution of the slab
flexural rigidity on the overall building stability. Two of these buildings have a structure
system composed of ribbed flat slabs with solid panels on the top of the columns and
one of those has a rigid elevator shaft. The third building has a traditional beam-column
spatial frame system with solid slabs.
The analyses of those buildings to obtain the first order bending moments and
displacements were performed using a finite elements model (SAP 2000) with which
the parameter γz defined by the Brazilian code NBR6118:2003 for simplified analysis
was calculated, considering the contribution of slabs rigidities or not.
The obtained results showed that the contribution of slab rigidity in the first two
buildings validated the use the γz method to evaluate the 2nd order effects. It is also
shown the great differences in structural deformation of the two buildings considering
the contribution of slab rigidity or not.

vi
Índice

1.
0H INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1 129H

2.
1H REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 3 130H

2.1) Contraventamento e a contribuição das lajes................................................... 3


2H 13H

2.2) Deslocabilidade e efeitos de 2ªordem ................................................................. 5


3H 132H

2.3) Métodos para Consideração da Não-Linearidade Geométrica....................... 5


4H 13H

2.3.1) MÉTODO REFINADO ................................................................................. 6


5H 134H

2.3.2) MÉTODO P-DELTA ..................................................................................... 6


6H 135H

2.3.3) COEFICIENTE γz ........................................................................................ 11


7H 136H

2.3.4) PARÂMETRO α .......................................................................................... 14


8H 137H

2.4) Rigidez dos elementos estruturais.................................................................... 15


9H 138H

2.4.1) MÓDULO DE ELASTICIDADE ................................................................ 15


10H 139H

2.4.2) INÉRCIA DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS........................................ 16


1H 140H

2.5) Ações de Vento................................................................................................... 18


12H 14H

3. DESCRIÇÃO DAS ESTRUTURAS E METODOLOGIA .................................. 20


13H 142H

3.1) Características gerais........................................................................................ 20


14H 143H

3.1.1) EDIFÍCIO 1.................................................................................................. 20


15H 14H

3.1.2) EDIFÍCIO 2.................................................................................................. 25


16H 145H

3.1.3) EDIFÍCIO 3.................................................................................................. 31


17H 146H

3.2) Carregamentos .................................................................................................. 35


18H 147H

3.2.1) VENTO ........................................................................................................ 35


19H 148H

3.2.2) CARGAS VERTICAIS............................................................................... 42


20H 149H

3.3)Modelagem.......................................................................................................... 42
21H 150H

3.3.1) VIGAS E LAJES.......................................................................................... 42


2H 15H

3.3.4) PILARES..................................................................................................... 44
23H 152H

3.3.5) FUNDAÇÕES.............................................................................................. 45
24H 153H

3.4)Representação das estruturas no estado limite último ................................... 45


25H 154H

3.4.1) MÓDULO DE ELASTICIDADE ................................................................ 45


26H 15H

3.4.2) RIGIDEZ DOS ELEMENTOS .................................................................... 46


27H 156H

3.4.3) COEFICIENTE DE PONDERAÇÃO DE ESFORÇOS.............................. 46


28H 157H

3.4.4) COMBINAÇÕES......................................................................................... 46
29H 158H

3.5) Representação gráfica dos modelos numéricos .............................................. 46


30H 159H

4. DESCRIÇÃO DAS ANÁLISES REALIZADAS E RESULTADOS .................. 53


31H 160H

vii
4.1) Caracterização das análises variando a rigidez dos elementos estruturais . 53
32H 16H

4.1.1) ESTADO LIMITE ÚLTIMO ....................................................................... 53


3H 162H

4.1.2) ESTADO LIMITE DE SERVIÇO ............................................................... 54


34H 163H

4.2) Resultados das análises ..................................................................................... 55


35H 164H

4.2.1)EDIFÍCIO 1................................................................................................... 55
36H 165H

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ...................................................................... 73


37H 16H

4.2.2) EDIFÍCIO 2.................................................................................................. 74


38H 167H

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ...................................................................... 90


39H 168H

4.2.3) EDIFÍCIO 3.................................................................................................. 91


40H 169H

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................................... 108


41H 170H

5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS................ 109


42H 17H

viii
LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1:Idéia básica do método P-delta ....................................................................... 8


43H 172H

Figura 2.2:Equivalência das carga do método P-delta ................................................... 10


4H 173H

Figura 2.3: Método γz ..................................................................................................... 13


45H 174H

Figura 3.1:Forma do Pavimento Tipo-Edifício 1 ........................................................... 21


46H 175H

Figura 3.2: Ampliação da Forma do Pavimento Tipo-Edifício 1 ................................... 22


47H 176H

Figura 3.3:Detalhe da forma da laje ATEX 180............................................................. 23


48H 17H

Figura 3.4: Esquema Vertical- Edifício 1....................................................................... 24


49H 178H

Figura 3.5: Forma do pavimento tipo- Edifício 2........................................................... 26


50H 179H

Figura 3.6: Detalhe DET A- Edifício 2 .......................................................................... 27


51H 180H

Figura 3.7: Detalhe DET B- Edifício 2........................................................................... 28


52H 18H

Figura 3.8: Detalhe da forma da laje ATEX 800............................................................ 29


53H 182H

Figura 3.9: Esquema vertical- Edifício 2........................................................................ 30


54H 183H

Figura 3.10-Forma do Pavimento tipo- Edifício 3 ......................................................... 32


5H 184H

Figura 3.11-Esquema Vertical- Edifício 3...................................................................... 34


56H 185H

Figura 3.12: Vista 3D-Edifício 1 .................................................................................... 48


57H 186H

Figura 3.13: Piso e teto da casa de Máquinas-Edifício 1 ............................................... 48


58H 187H

Figura 3.14: Teto tipo-Edifício 1.................................................................................... 48


59H 18H

Figura 3.15: Edifício 2.................................................................................................... 49


60H 189H

Figura 3.16: Teto tipo-Edifício 2.................................................................................... 50


61H 190H

Figura 3.17: Caixa d´ água-Edifício 2 ............................................................................ 50


62H 19H

Figura 3.18: Edifício 3.................................................................................................... 51


63H 192H

Figura 3.19: Pavimento tipo-Edifício 3 .......................................................................... 52


64H 193H

Figura 3.20: Casa de Máquinas-Edifício 3 ..................................................................... 52


65H 194H

Figura 4.1: Edifício 1- Deslocamentos horizontais-Análise 1-ELU- Direção X.......... 56


6H 195H

Figura 4.2: Edifício 1- Deslocamentos horizontais-Análise 1-ELU -Direção Y.......... 58


67H 196H

Figura 4.3: Edifício 1- Deslocamentos horizontais-Análise 2-ELU- Direção X.......... 60


68H 197H

Figura 4.4: Edifício 1- Deslocamentos horizontais-Análise 2-ELU- Direção Y.......... 62


69H 198H

Figura 4.5: Edifício 1- Deslocamentos horizontais-Análise 3-ELU- Direção X.......... 64


70H 19H

Figura 4.6: Edifício 1- Deslocamentos horizontais-Análise 3-ELU- Direção Y.......... 66


71H 20H

Figura 4.7: Edifício 2- Deslocamentos horizontais-Análise 1-ELU- Direção X.......... 74


72H 201H

Figura 4.8: Edifício 2- Deslocamentos horizontais-Análise 1-ELU -Direção Y.......... 76


73H 20H

Figura 4.9: Edifício 2- Deslocamentos horizontais-Análise 2-ELU- Direção X.......... 78


74H 203H

ix
Figura 4.10: Edifício 2- Deslocamentos horizontais-Análise 2-ELU- Direção Y.......... 80
75H 204H

Figura 4.11: Edifício 2- Deslocamentos horizontais-Análise 3-ELU- Direção X.......... 82


76H 205H

Figura 4.12: Edifício 2- Deslocamentos horizontais-Análise 3-ELU- Direção Y.......... 84


7H 206H

Figura 4.13: Edifício 3- Deslocamentos horizontais-Análise 1-ELU- Direção X.......... 91


78H 207H

Figura 4.14: Edifício 3- Deslocamentos horizontais-Análise 1-ELU- Direção Y.......... 93


79H 208H

Figura 4.15: Edifício 3- Deslocamentos horizontais-Análise 2-ELU- Direção X.......... 95


80H 209H

Figura 4.15: Edifício 3- Deslocamentos horizontais-Análise 2-ELU- Direção Y.......... 97


81H 210H

Figura 4.16: Edifício 3- Deslocamentos horizontais-Análise 3-ELU- Direção X.......... 99


82H 21H

Figura 4.17: Edifício 3- Deslocamentos horizontais-Análise 3-ELU- Direção Y........ 101


83H 21H

x
LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1: Cargas horizontais do Edifício 1-Direções X e Y ...................................... 37


84H

Tabela 3.2: Cargas horizontais do Edifício 2-Direção X............................................... 38


85H

Tabela 3.3: Cargas horizontais do Edifício 2-Direção Y............................................... 39


86H

Tabela 3.4: Cargas horizontais do Edifício 3-Direção X............................................... 40


87H

Tabela 3.5: Cargas horizontais do Edifício 3-Direção Y............................................... 41


8H

Tabela 3.6: Cargas utilizadas nos pavimentos............................................................... 42


89H

Tabela 4.1: Edifício 1-Cálculo de γz- Análise 1-Direção X ......................................... 57


90H

Tabela 4.2: Edifício 1- Cálculo de γz- Análise 1-ELU -Direção Y .............................. 59


91H

Tabela 4.3: Edifício 1-Cálculo de γz- Análise 2-ELU -Direção X ............................... 61


92H

Tabela 4.4: Edifício 1-Cálculo de γz- Análise 2-ELU- Direção Y ............................... 63


93H

Tabela 4.5: Edifício 1- Cálculo de γz- Análise 3-ELU- Direção X .............................. 65


94H

Tabela 4.6: Edifício 1- Cálculo de γz- Análise 3-ELU-Direção Y ............................... 67


95H

Tabela 4.7: Edifício 1- Análise 1-ELS- Direção X ...................................................... 68


96H

Tabela 4.8: Edifício 1- Análise 1-ELS- Direção Y ...................................................... 69


97H

Tabela 4.9: Edifício 1- Análise 2-ELS- Direção X ...................................................... 70


98H

Tabela 4.10: Edifício 1- Análise 2-ELS- Direção Y ...................................................... 72


9H

Tabela 4.11: Edifício 1- Resumo das Análises de ELU ................................................. 72


10H

Tabela 4.12: Edifício 1- Comparações percentuais dos resultados de ELU.................. 72


10H

Tabela 4.13: Edifício 1- Resumo das Análises de ELS.................................................. 75


102H

Tabela 4.14: Edifício 2-Cálculo de γz- Análise 1-Direção X ......................................... 75


103H

Tabela 4.15: Edifício 2-Cálculo de γz- Análise 1-ELU -Direção Y ............................... 77


104H

Tabela 4.16: Edifício 2- Cálculo de γz- Análise 2-ELU -Direção X .............................. 79


105H

Tabela 4.17: Edifício 2- Cálculo de γz- Análise 2-ELU-Direção Y ............................... 81


106H

Tabela 4.18: Edifício 2-Cálculo de γz- Análise 3-ELU- Direção X ............................... 83


107H

Tabela 4.19: Edifício 2-Cálculo de γz- Análise 3-ELU-Direção Y ................................ 85


108H

Tabela 4.20: Edifício 2-Análise 1-ELS- Direção X ....................................................... 86


109H

Tabela 4.21: Edifício 2-Análise 1-ELS- Direção Y ....................................................... 87


10H

Tabela 4.22: Edifício 2-Análise 2-ELS- Direção X ....................................................... 88


1H

Tabela 4.23: Edifício 2- Análise 2-ELS- Direção Y ...................................................... 88


12H

Tabela 4.24: Edifício 2- Resumo das Análises de ELU ................................................. 89


13H

Tabela 4.25: Edifício 2- Comparações percentuais dos resultados de ELU.................. 89


14H

xi
Tabela 4.26: Edifício 2-Resumo das Análises de ELS................................................... 89
15H

Tabela 4.27: Edifício 3-Cálculo de γz- Análise 1-Direção X ......................................... 92


16H

Tabela 4.28: Edifício 3-Cálculo de γz- Análise 1-DireçãoY .......................................... 94


17H

Tabela 4.29: Edifício 3-Cálculo de γz- Análise 2-DireçãoX .......................................... 96


18H

Tabela 4.30: Edifício 3-Cálculo de γz- Análise 2- DireçãoY ......................................... 98


19H

Tabela 4.31: Edifício 3-Cálculo de γz- Análise 3- Direção X ...................................... 100


120H

Tabela 4.32: Edifício 3-Cálculo de γz- Análise 3- Direção Y ...................................... 102


12H

Tabela 4.33: Edifício 3- Análise 1-ELS- Direção X .................................................... 103


12H

Tabela 4.34: Edifício 3- Análise 1-ELS- Direção Y .................................................... 104


123H

Tabela 4.35: Edifício 3- Análise 2-ELS- Direção X .................................................... 105


124H

Tabela 4.36: Edifício 3- Análise 2-ELS- Direção Y .................................................... 106


125H

Tabela 4.37: Edifício 3- Resumo das Análises de ELU ............................................... 107


126H

Tabela 4.38: Edifício 2- Comparações percentuais dos resultados de ELU................ 107


127H

Tabela 4.39: Edifício 3- Resumo das Análises de ELS................................................ 107


128H

Tabela 4.40: Resumo das análises de ELU- Direção X................................................109


Tabela 4.41: Resumo das análises de ELU- Direção Y................................................109

xii
1. INTRODUÇÃO

Com o surgimento de edifícios cada vez mais altos e esbeltos, há uma preocupação cada
vez maior no meio técnico com a estabilidade global das estruturas. O engenheiro deve
conceber um projeto de forma a dotar a estrutura de elementos de contraventamento que
garantam sua estabilidade frente a ações horizontais, especialmente aquelas oriundas do
vento.

Sob a ação das cargas verticais e horizontais de projeto, os nós da estrutura de um


edifício deslocam-se lateralmente, provocando efeitos de 2ª ordem, que podem ter
grande importância.

Na análise da estabilidade global, há diversos aspectos a serem considerados e que


interferem diretamente nos resultados:

• As combinações de ações de cálculo.

• O valor do módulo de elasticidade.

• A estrutura de contraventamento adotada, com a definição dos elementos


estruturais que a compõem.

• A consideração da não-linearidade física do concreto armado, mediante redução


das inércias brutas dos diferentes elementos estruturais de contraventamento.

• As características do modelo representativo da estrutura, de modo a contemplar


suas características físicas e geométricas.

Esta dissertação tem como foco a investigação da importância da laje na estabilidade


global das estruturas. A laje, além de ser um elemento com rigidez infinita no seu plano
(efeito de diafragma rígido), apresenta rigidez à flexão para resistir a esforços oriundos
do vento. Assim, lajes, vigas e pilares constituem o pórtico espacial onde todos os
elementos formam a estrutura de contraventamento.

1
A motivação deste trabalho vem da dificuldade dos projetistas em cumprir as
prescrições da NBR 6118-2003, no que diz respeito à comprovação da estabilidade
global das estruturas, com atendimento aos estados limites último e de utilização.

Com o avanço tecnológico constante, os sistemas computacionais possibilitam ao


engenheiro projetar estruturas cada vez mais esbeltas e econômicas, por meio de
considerações que tornam a simulação das mesmas, cada vez mais próxima da situação
real. Como exemplos, podem-se citar a representação das ligações monolíticas viga-
pilar de forma mais realística, através da utilização de ligações semi-rígidas e a
consideração da interação solo-estrutura. Porém, essas considerações tornam a estrutura
mais flexível, prejudicando a rigidez a esforços horizontais e a estabilidade global.

Portanto, nota-se a necessidade da consideração de todos os elementos para compor a


estrutura de contraventamento. Temos, assim, a consideração da laje como um subsídio
importante para uma análise mais favorável da estrutura frente a esforços horizontais.

Imposições arquitetônicas e aumento do cobrimento das armaduras na nova norma,


muitas vezes impossibilitam que o projetista utilize vigas com altura desejável ou forme
pórticos com vigas e pilares. Logo, é cada vez maior o número de projetos cujo sistema
estrutural é de lajes nervuradas ou lisas com capitéis ou mesmo o convencional com
pórticos pouco rígidos de vigas e pilares. Para esses casos, a consideração da laje na
estrutura de contraventamento é fundamental.

Em edifícios altos cujos pavimentos têm sistema estrutural sem pórticos de vigas e
pilares, os núcleos rígidos das caixas de elevador e escada são essenciais para a
estabilidade global. Porém, em edifícios baixos, como por exemplo, shoppings de até
cerca de 25 metros de altura, muitas vezes não existem esses elementos. Logo, a
consideração da rigidez à flexão da laje é fundamental para a comprovação da
estabilidade global da estrutura.

2
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1) Contraventamento e a contribuição das lajes

O contraventamento de estruturas, para as quais a teoria de 1ª ordem não é aplicável, é


tratado na cláusula 6.6 do CEB-FIP MC90.

O CEB-FIP MC 90, em 6.6.1.2, tratando da classificação das estruturas e dos elementos


estruturais, inicialmente classifica as estruturas “como contraventadas ou não-
contraventadas, dependendo da existência de elementos de contraventamento ou não”.
Porém, como é necessário que toda estrutura seja dotada de tais elementos para suportar
os carregamentos laterais, essa classificação parece significar que uma estrutura pode ter
ou não uma subestrutura especial de contraventamento, projetada para resistir a todas as
cargas laterais. Se esta subestrutura não existir, toda a estrutura deve resistir à ação dos
carregamentos laterais. Os elementos que pertencem a essa subestrutura são chamados
de elementos de contraventamento; os demais são os elementos contraventados.

Segundo FRANCO(1995), num edifício alto, cada elemento estrutural deve contribuir
para a estabilidade lateral em grau maior ou menor. No passado, eram encontradas
situações em que a presença de pilares com rigidez elevada levava a supor que estes
fossem os únicos elementos de contraventamento, desprezando-se o restante da
estrutura, que deveria então ser considerada “contraventada”. Atualmente, porém, com
o enorme progresso da análise matricial em computador, tornou-se claro que a
consideração de um grande número de elementos, mesmo esbeltos, é de fundamental
importância para a eficiência e a economia do sistema de contraventamento. Assim,
considera-se a estrutura toda como sendo “o contraventamento”.

FRANCO (1995) encontrou vários casos em que o uso do modelo espacial abrangente,
que incluía não somente os pilares-parede (elevadores e escadas), mas também pórticos
esbeltos, alguns dos quais formados por pilares solidarizados a faixas de lajes, aumentou
a rigidez global do edifício de um fator 4, com relação a rigidez devida apenas a pilares-
parede. Segundo Franco (1995), uma pesquisa efetuada por Zalka (1993) mostrou
resultados semelhantes.

3
BEZERRA(1995), verificou a contribuição das lajes, com sua rigidez à flexão, em
estrutura convencional. Mostrou que os deslocamentos horizontais têm redução
significativa ao se considerar a laje na estrutura de contraventamento. Os estudos foram
apenas no âmbito da análise em primeira ordem.

MARTINS (1998) verificou a importância da contribuição da rigidez à flexão das lajes


na estabilidade global em teoria de segunda ordem. Foram feitas análises de uma
estrutura convencional, e foram encontradas diferenças sensíveis no comportamento da
estrutura com e sem a consideração da laje. Além da diferença de esforços significativa
nos elementos estruturais, os deslocamentos laterais diminuem sensivelmente quando
considera-se a rigidez à flexão das lajes. Verificou-se que, para alguns casos, a
influência da rigidez da laje foi tão significativa que, quando os efeitos de 2ªordem
foram levados em conta considerando a rigidez da laje, os deslocamentos foram
menores do que os de 1ª ordem calculados sem a consideração dessa rigidez.

MENON et al. (2000) analisaram uma estrutura convencional, modelada no SAP2000,


e mostraram que os esforços de flexão nas lajes provocados pelo vento não são
desprezíveis e devem ser considerados no dimensionamento. Também mostra o ganho
de rigidez lateral no edifício, com redução no deslocamento máximo ao se considerar a
laje no contraventamento.

MARTINS(2001), analisou uma estrutura constituída de núcleos rígidos. Chegou a


mesma conclusão do seu trabalho anterior, acerca da importância da rigidez a flexão das
lajes para a estabilidade global de edifícios de andares múltiplos. Os resultados
mostraram que, sem a consideração da laje, elementos estruturais podem estar tanto
superdimensionados como sub-dimensionados, pois os esforços se distribuem de acordo
com rigidez dos elementos presentes no modelo, e a presença da laje tem influência
direta nessa distribuição.

Assim, mostra-se que a adoção do modelo completo, com a presença da laje, é indicado
como modelo mais adequado para análise estrutural de edifícios de andares múltiplos.
Além de contribuir para aumentar a rigidez lateral, é importante para melhor
distribuição de esforços entre os elementos estruturais (vigas , lajes e pilares) .

4
Os trabalhos citados analisaram estruturas convencionais, com quantidade razoável de
pórticos de vigas e pilares. A inclusão da laje propiciou um modelo estrutural mais
representativo do funcionamento real da estrutura. Ao desprezar sua rigidez à flexão, a
distribuição de esforços é alterada e os deslocamentos são maiores, porém estes são, em
geral, admissíveis comparados aos limites de norma e a estabilidade da estrutura não é
muito prejudicada.

Nesta dissertação, além de uma estrutura convencional, são apresentados sistemas


estruturais não convencionais, sem um conjunto de pórticos formados por vigas e
pilares, e a contribuição da rigidez das lajes é fundamental. Sem a laje, as estruturas têm
comportamento muito desfavorável, tendo parâmetros de estabilidade global e
deslocamentos muito discrepantes quando comparados aos obtidos através da
consideração do modelo completo.

2.2) Deslocabilidade e efeitos de 2ªordem

Segundo FRANCO (1985), sob ação de cargas verticais e especialmente horizontais, os


deslocamentos laterais dos nós de uma estrutura podem causar apreciáveis efeitos de
2ªordem; no caso de valores significativos desses efeitos, a estrutura é considerada de
“nós móveis”; caso contrário, de “nós fixos”.

Para que uma estrutura seja considerada de nós fixos, os deslocamentos dos nós devem
resultar em acréscimos totais de até 10% nos momentos fletores de 1ªordem. Deve-se
frisar que, para essas estruturas, os pilares podem apresentar esbeltez tal que se faça
necessária a análise dos efeitos locais de 2ªordem.

2.3) Métodos para Consideração da Não-Linearidade Geométrica

O método escolhido para análise da deslocabilidade da estrutura varia em função de


alguns fatores, entre os quais: a importância da obra, a sensibilidade da estrutura aos
efeitos de 2ªordem e os algoritmos computacionais disponíveis.

5
A seguir, são apresentadas as características de alguns métodos.

2.3.1) MÉTODO REFINADO

Esse método é o mais completo, uma vez que contempla a não-linearidade física e
geométrica do concreto armado. Os passos listados a seguir são processados para cada
nível de carregamento da estrutura.

As etapas deste método são:

1) Atribuem-se aos elementos estruturais rigidezes à flexão (EI) e axial (EA), obtidas
através da geometria e características físicas das seções, incluindo as armações
existentes. É feita uma análise de 2ªordem, através da qual obtêm-se esforços
solicitantes Normal (N) e momento fletor(M) e deslocamentos.
2) Obtêm-se nova rigidez EI através das relações momento-curvatura para cada peça,
com seu respectivo esforço normal e armadura.
3) Retorna-se à etapa 1.

O processo é repetido até que se obtenha uma diferença menor do que a tolerância pré-
estabelecida entre deslocamentos obtidos em análises consecutivas.

Existem rotinas computacionais que permitem a utilização desse método. Porém, para a
maioria das estruturas encontradas na prática, com número grande de barras e placas,
ainda não é possível sua aplicação, pelo elevado custo e tempo de processamento.

2.3.2) MÉTODO P-DELTA

Esse método é relativamente simples para aplicação em sistemas computacionais.


FRANCO (1985) mostra a metodologia de aplicação do método. Inicialmente, é feita
uma análise linear de 1ªordem da estrutura, obtendo-se os deslocamentos horizontais
dos nós da estrutura. Cada barra vertical da estrutura apresenta uma configuração
deformada em relação ao seu eixo original, conforme mostra a Figura 2.1. Esta figura
mostra também uma situação estática equivalente à excentricidade da força normal,
representada pelo binário Vi.

6
N .a
Vi = L
(2.3)

Assim, os efeitos dos deslocamentos laterais dos nós podem ser implementados
aplicando nas barras da estrutura indeformada esses binários.

7
Figura 2.1: Idéia básica do método P-delta

8
Nas estruturas da prática, onde há centenas ou milhares de barras, o método consiste em
encontrar os esforços horizontais fictícios nas barras em cada pavimento. A seguir,
deve-se determinar a diferença entre esses esforços nas barras superior e inferior em um
determinado nível estrutural, conforme as equações 2.4 e 2.5, que é aplicada na
estrutura. Essa metodologia é ilustrada na figura 2.2.

9
Figura 2.2:Equivalência das carga do método P-delta

10
Pi ⋅ ai (2.4)
Vi = L

H´i = V − V (2.5)
i i −1

Através dessas forças horizontais fictícias sobrepostas às reais, obtêm-se novos


deslocamentos. Repete-se esse processo até que a diferença entre os deslocamentos para
duas iterações consecutivas seja menor do que uma tolerância pré-estabelecida, quando
tem-se os esforços e deslocamentos finais da estrutura procurados.

2.3.3) COEFICIENTE γz

O coeficiente γz foi introduzido por FRANCO (1991) apud VASCONCELOS &


FRANÇA (1997), com o objetivo de levar em conta os efeitos de 2ªordem de forma
simplificada sem necessidade de efetuar análise não-linear da estrutura e estimar os
esforços oriundos dos efeitos de 2ªordem globais. Esse coeficiente representa um
amplificador dos esforços de 1ªordem.

A grande vantagem desse método é a necessidade de uma única análise linear de


1ªordem da estrutura.

O coeficiente γz foi implementado na revisão da norma brasileira NBR-6118/2003. Ele


pode ser determinado a partir dos resultados de uma análise linear de 1ªordem, para
cada combinação de carregamentos de estado limite último.

A expressão que dá o valor de γz para cada caso de carregamento é:

−1
⎛ ⎞ (2.6)
γ = ⎜⎜1− M 2d ⎟⎟
⎝ M 1d ⎠
z

11
onde:

• M1d é o momento de tombamento, ou seja, a soma dos momentos de todas as


forças horizontais da combinação considerada, com seus valores de cálculo, em
relação à base da estrutura.

M1d = γ fh ∑ yi ⋅ H i (2.7)

Onde:
yi representa a altura do pavimento i em relação a base da edificação.
H i é a força horizontal no pavimento i devido ao vento.
γ fh é o coeficiente de majoração das cargas horizontais.

• M2d é a soma dos produtos de todas as forças verticais atuantes na estrutura, na


combinação considerada, com seus valores de cálculo, pelos deslocamentos
horizontais dos seus respectivos pontos de aplicação, obtidos da análise de
1ªordem.

M 2d
=γ ∑P ⋅a
i i
(2.8)
fv

Onde:

ai representa o deslocamento horizontal do pavimento i em relação à base, obtido


utilizando o carregamento de vento no estado limite último.

Pi representa o somatório de cargas verticais no pavimento i.


γ fv representa o coeficiente de majoração das cargas verticais.

12
Figura 2.3: Grandezas usadas no cálculo de γz

13
O item 15.7.2 da NBR 6118/2003 apresenta uma quantificação dos esforços finais na
estrutura mediante aplicação de γz. Os esforços globais finais (1ªordem+2ªordem) são
determinados a partir da majoração adicional dos esforços horizontais da combinação de
carregamento considerada por 0,95 γz . Esse processo é válido para γz <1,30. Para
valores de γz < 1,10, a estrutura pode ser considerada de nós fixos, dispensando-se,
portanto, os efeitos de 2ªordem globais.

2.3.4) PARÂMETRO α

Esse parâmetro surgiu com os estudos de BECK & KONIG (1967) apud FRANCO &
VASCONCELOS (1991). Desde o seu surgimento, esse parâmetro foi largamente
utilizado para avaliar a sensibilidade da estrutura à presença de esforços horizontais.

Ele indica se há necessidade de considerar os esforços adicionais na estrutura devido ao


deslocamento lateral dos nós, mas não quantifica os esforços de 2ªordem, havendo,
portanto, a necessidade da aplicação de outro método que forneça os esforços na
estrutura devido à não-linearidade geométrica.

A NBR-6118/2003 estabelece limites para α até os quais a estrutura analisada pode ser
considerada de nós fixos. Vale ressaltar que tal análise vale para estruturas reticuladas
simétricas, ou seja, aquelas em que não há deslocamentos horizontais devido a cargas
verticais. A expressão que fornece α e os valores de α1 que correspondem ao limite
superior para a consideração da estrutura como de nós fixos são:

α = H tot NK (2.9)
0,7 E cs I c

α1 = 0,2+0.1 n se n < 3 (2.10)

α1 = 0,6 se n > 4 (2.11)

onde:

14
n é o número de níveis de barras horizontais (andares) acima da fundação ou de
nível pouco deslocável.
Htot é a altura total da estrutura, medida a partir da fundação ou de um nível
pouco deslocável do subsolo.
Nk é o somatório de todas as cargas verticais atuantes na estrutura (a partir do
nível considerado para o cálculo de Htot), com seu valor característico.
EcsIc representa o somatório dos valores de rigidez de todos os pilares na direção
considerada. No caso de estruturas de pórticos, de treliças ou mistas, ou com
pilares de rigidez variável ao longo da altura, pode ser considerado o valor o
valor da expressão EcsIc de um pilar equivalente de seção constante.

O valor de Ic deve ser calculado considerando as inércias brutas dos elementos dos
pilares.

A rigidez do pilar equivalente deve ser determinada da seguinte forma:

• calcular o deslocamento do topo da estrutura de contraventamento, sob a ação


do carregamento horizontal;
• calcular a rigidez de um pilar equivalente de seção constante, engastado na base
e livre no topo, de mesma altura Htot , tal que, sob a ação do mesmo
carregamento, sofra o mesmo deslocamento no topo.

O valor limite α1 = 0,6 prescrito para n>4 é, em geral, aplicável a estruturas usuais de
edifícios. Pode ser adotado para associações de pilares-parede e para pórticos associados
a pilares-parede. Pode ser aumentado para α1 = 0,7 no caso de contraventamento
constituído exclusivamente por pilares-parede e deve ser reduzido para α1 = 0,5 quando
só houver pórticos.

2.4) Rigidez dos elementos estruturais

2.4.1) MÓDULO DE ELASTICIDADE

15
A NBR-6118/2003 estabelece para a análise da estabilidade global a utilização do
módulo de elasticidade tangente inicial:

0,5
E ci
= 5600 × f (2.12)
ck

onde :

E ci e f ck são dados em MPa.

O valor adotado para o módulo de elasticidade na análise estrutural é fundamental para


a análise da estabilidade global. Portanto, é valido ressaltar que essa fórmula é apenas
uma estimativa. Há casos em que essa fórmula não apresenta bons resultados para o
módulo de elasticidade de um concreto com determinado f ck .

Isso ocorre pelo fato do módulo de elasticidade depender de um conjunto de fatores,


como, por exemplo, o tipo de agregado utilizado. Como cada região tem disponibilidade
de um determinado tipo de agregado, muitas vezes o módulo de elasticidade estimado
não corresponde ao real. Assim, deve-se ter em mente que a adoção de um valor
inadequado do módulo pode contribuir para a determinação menos confiável dos
deslocamentos.

2.4.2) INÉRCIA DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS

A maneira mais correta para representar a não-linearidade física do concreto armado foi
explicada no item 2.3.1

Conforme explicado anteriormente, essa metodologia é de difícil aplicação em


estruturas da prática, devido ao grande número de barras/placas existentes no modelo
numérico representativo da estrutura.

A nova norma NBR-6118 propõe uma consideração da não linearidade física de


maneira aproximada tomando-se para a rigidez dos elementos estruturais os seguintes
valores:

16
Lajes:

( EI ) = 0,3 × E ci × I c (2.13)
sec

Vigas:

( EI ) = 0,4 × E ci × I c para As’≠As (2.14)


sec

( EI ) = 0,5 × E ci × I c para As’=As (2.15)


sec

Pilares:

( EI ) = 0,8 × E ci × I c (2.16)
sec

onde:

I c é o momento de inércia da seção bruta de concreto, incluindo, quando for o


caso, as mesas colaborantes.

E ci é o módulo de elasticidade tangente inicial do concreto.

Quando a estrutura de contraventamento for composta exclusivamente por vigas e


pilares e γz for menor do que 1,3, permite-se calcular a rigidez das vigas e pilares por:

( EI ) = 0,7 × E ci × I c (2.17)
sec

17
Esses valores adotados são baseados em estudos de diversos autores. Para a
consideração simplificada da não-linearidade física dos elementos, os valores propostos
são razoáveis para estruturas usuais da prática da engenharia estrutural.

2.5) Ações de Vento

As forças horizontais oriundos da ação do vento são as mais importantes no estudo da


estabilidade global de uma estrutura. Em estruturas de carregamento ou geometria
assimétrica, cargas verticais também provocam deslocamentos horizontais e afetam sua
estabilidade.

Na realidade, a ação do vento constituiu uma ação dinâmica. Porém, é permitida uma
simplificação na norma brasileira, na qual essa carga pode ser considerada estática.
Segundo a norma NBR-6123:1988 item 4.2, as forças estáticas devidas ao vento são
determinadas do seguinte modo:
a)Define-se a velocidade básica do vento Vo, adequada ao local onde a estrutura será
construída, de acordo com um mapa de isopletas. A velocidade básica Vo é a velocidade
de uma rajada de 3s, excedida em média uma vez em 50 anos, a 10 metros acima do
terreno, em campo aberto e plano.

b) Calcula-se a velocidade característica do vento V k conforme a expressão:

V =V S S S
k o 1 2 3
(2.18)

onde:
S1 é o fator que leva em conta a topografia do terreno.
S2 é o fator que considera a rugosidade do terreno, dimensões da edificação e altura
acima do terreno.
S3 leva em conta o grau de segurança requerido e vida útil da edificação.

c)Calcula-se a força estática da ação do vento, conforme a equação:

F =C A q
a a e
(2.19)

18
onde:
2
q = 0,613 ×V k (2.20)

C a é o coeficiente de arrasto conforme NBR 6123:1988.


Ae é a área frontal efetiva: área de projeção ortogonal da edificação, estrutura ou
elemento estrutural sobre um plano perpendicular à direção do vento( “área
sombra”).
q é a pressão estática em N/m² para V k em m/s

19
3. DESCRIÇÃO DAS ESTRUTURAS E METODOLOGIA

Neste capítulo são apresentados três edifícios em concreto armado, localizados na


cidade do Rio de Janeiro-RJ, para os quais é feita análise da estabilidade global, focando
principalmente a contribuição da rigidez à flexão das lajes.

3.1) Características gerais

3.1.1) EDIFÍCIO 1

Edifício em concreto armado localizado na Barra da Tijuca no município do Rio de


Janeiro, projetado com concreto de resistência à compressão característica f ck =
35MPa.

3.1.1.1) Forma dos pavimentos-tipo

O sistema estrutural é de lajes nervuradas diretamente apoiadas em pilares tendo parte


maciça ao redor deles e vigas apenas na periferia. A estrutura ainda conta com núcleos
rígidos formados pelas caixas dos elevadores. A figura 3.1 mostra a forma do pavimento
tipo. A forma de laje utilizada é a ATEX180 (ver figura 3.3).

20
Figura 3.1:Forma do Pavimento Tipo-Edifício 1

21
Figura 3. 2: Ampliação da Forma do Pavimento Tipo-Edifício 1

22
Figura 3.3:Detalhe da forma da laje ATEX 180

3.1.1.2) Esquema Vertical

O edifício 1 é constituído pelo subsolo, térreo e quinze pavimentos-tipo, mais cobertura


e casa de máquinas, totalizando vinte níveis estruturais, sendo todos os pavimentos
sujeitos à ação de vento, exceto o piso do subsolo. A figura 3.4 mostra o esquema
vertical do edifício.

23
Figura 3.4: Esquema Vertical- Edifício 1

24
3.1.2) EDIFÍCIO 2

Edifício em concreto armado localizado na Barra da Tijuca no município do Rio de

Janeiro, projetado com concreto de resistência à compressão característica f ck =

35MPa .

3.1.2.1) Forma dos pavimentos-tipo

O sistema estrutural é de lajes nervuradas diretamente apoiadas em pilares tendo parte


maciça ao redor deles e vigas apenas na periferia.. Diferentemente do edifício 1, não
apresenta os núcleos rígidos das caixas de elevador. A figura 3.5 mostra a forma do
pavimento tipo. A forma de laje utilizada é a ATEX 800 (ver figura 3.8).

25
DET A DET B
V1-12x80 V2-12x80

P201 P202 P203 P204 P205


25x65 80x20 25x80 -7 25x80 20x70
V3-14x80 h=16 V4-14x80 h=16

V32-14x80
V26-14x80

V28-14x80
-7

0
x8
V5-14x80 V6-14x80

12
1-
P206

V2

V23-14x80
20x65
-7

h=16
P207
111x54 V7-14x80 h=25

V34-14x80
P208
25x65 P209
75x25
P210 P211 P212
25x65 25x60 20x80

P214
V8-14x80 65x20

P215 P213
P216 P217
65x20
-7 35x60
20x80
65x25
P218
h=16 65x25

V29-15x80
V18-12x80

V24-20x80
V9-20x80

V31-14x73
P219
85x25

P223
P220 P221 P222 65x25
P224
V19-25x80

65x25
35x60 20x80
65x20

V10-14x80
P225
65x20

P226 P227 P228


25x65 25x60 20x80

P231

V33-14x80
P230 75x25
25x65

V11-14x80

h=16
P229
V22-14x80

111x54 -7
P232
20x65
V2

V30-14x80
V25-14x80

V27-14x80
0- V12-14x80 V13-14x80
12
x8
0
-7 -7
h=16
V14-14x80 V15-14x80
P233 P235
h=16
P236 P237
25x65
P234 25x80 25x80 20x70
80x20 V16-12x80 V17-12x80

Figura 3.5: Forma do pavimento tipo-Edifício 2

26
P201 P202 P203
25x65 80x20 25x80
V3-14x80

V26-14x80
0
x8
12
1-
V2

V23-14x80
-7

h=16
P207
111x54 V7-14x80

P208
25x65 P209
75x25

P215 P216
-7 35x60
20x80
h=16
V18-12x80

V24-20x80

V9-20x80

P219
85x25

P220 P221
V19-25x80

35x60 20x80

P226
25x65

P231
P230 75x25
25x65

V11-14x80

h=16
P229
V22-14x80

111x54 -7

V2
V25-14x80

0-
1 2x
80

V14-14x80
P233 P235
25x65
P234 25x80
80x20

Figura 3.6: Detalhe DET A- Edifício 2

27
V1-12x80 V2-12x80

P204 P205
-7 25x80 20x70
h=16 V4-14x80 h=16

V32-14x80
-7

V28-14x80
V5-14x80 V6-14x80

P206
20x65

h=25

V34-14x80
P210 P211 P212
25x65 25x60 20x80

P214
V8-14x80 65x20

P213
65x20
P217 P218
65x25 65x25
V29-15x80

V31-14x73

P223
P222 65x25
65x25 P224
65x20

V10-14x80
P225
65x20

P227 P228
25x60 20x80
V33-14x80

P232
20x65
V30-14x80
V27-14x80

V12-14x80 V13-14x80

-7 -7
h=16
V15-14x80
h=16
P236 P237
25x80 20x70
V16-12x80 V17-12x80

Figura 3.7: Detalhe DET B- Edifício 2

28
Figura 3.8: Detalhe da forma da laje ATEX 800

3.1.2.2)Esquema Vertical

No edifício 2, tem-se subsolo, térreo, cinco pavimentos tipo, cobertura, telhado com
casa de máquinas e caixa d´água, totalizando dez níveis estruturais, sendo todos sujeitos
à ação de vento, com exceção do piso do subsolo. A figura 3.9 mostra o corte
esquemático do edifício.

29
Figura 3.9: Esquema vertical- Edifício 2

30
3.1.3) EDIFÍCIO 3

Edifício em concreto armado localizado na Barra da Tijuca no município do Rio de

Janeiro, projetado com concreto de resistência à compressão característica f ck =

35MPa .

3.1.3.1) Forma dos pavimentos-tipo

O sistema estrutural é o convencional, com lajes maciças apoiadas em vigas, que se


apóiam em pilares.

31
Figura 3.10-Forma do Pavimento tipo- Edifício 3

32
3.1.2.2) Esquema Vertical

O edifício 3 é composto por subsolo, térreo, onze pavimentos-tipo, cobertura e telhado


com casa de máquinas, totalizando quinze níveis estruturais, sendo todos sujeitos a ação
de vento, com exceção do piso dos subsolo. Na figura 3.11 tem-se o corte esquemático
do edifício.

33
Figura 3.11-Esquema Vertical- Edifício 3

34
3.2) Carregamentos

3.2.1) VENTO
As cargas horizontais que representam a ação do vento são calculadas de acordo com a
norma NBR-6123. O mapa de isopletas dado nesta norma indica uma velocidade básica
do vento para a região de 35m/s. Para o cálculo da velocidade característica foi adotado
para os fatores topográficos (S1) e probabilístico (S3) o valor de 1,0. Os valores do fator
S2, que dependem da rugosidade do terreno, dimensões da edificação e altura acima do
terreno, são dados pelas equações 3.1 e 3.2. A rugosidade do terreno é correspondente
a categoria IV para todos os prédios e as dimensões da edificação às classes C , B e B
para os edifícios 1 ,2 e 3, respectivamente.

Para o cálculo das forças aplicadas nos pavimentos foi considerada somente a pressão
estática obtida para a velocidade característica do vento, cuja determinação já foi
abordada no item 2.5.4.

Edifícios 1 e 3

b = 0,84
Fr = 0,95
p = 0,135

0 ,135
⎛ z ⎞
S2 = 0,84 × 0,95 × ⎜ ⎟ (3.1)
⎝ 10 ⎠

Edifício 2

b = 0,85
Fr = 0,98
p = 0,125

0 ,125
⎛ z ⎞
S2 = 0,85 × 0,98 × ⎜ ⎟ (3.2)
⎝ 10 ⎠

35
Consequentemente, as velocidade características do vento são:

Edifícios 1e 3:

0 ,135
⎛ z ⎞
V k = 27,93 × ⎜ ⎟ (3.3)
⎝ 10 ⎠

Edifício 2:

0 ,125
⎛ z ⎞
V k = 29,155 × ⎜ ⎟ (3.4)
⎝ 10 ⎠

onde z é a altura sobre o terreno.

Conforme os procedimentos dados na NBR-6123 para definição do coeficiente de


arrasto, os referidos coeficientes para os dois edifícios nas duas direções são (ver anexo
1):

a) Edifício 1:

Cax= Cay=1,24

b) Edifício 2:

Cax= 1,00

Cay=1,15

c) Edifício 3:

Cax= 0,96

Cay=1,15

Considerando, portanto, as pressões estáticas do vento para cada altura, os coeficientes


de arrasto e as áreas de exposição por pavimento, as forças laterais foram calculadas e
são dadas nas tabelas 3.1-3.3 para os dois edifícios.

36
Tabela 3.1:Cargas horizontais do Edifício 1-Direções X e Y

Altura da
Nível estrutural Altura Dimensão Velocidade Pressão Força
área Área(m²) Ca
(piso) z(m) frontal(m) Vk(m/s) p(kN/m²) Fa(kN)
frontal(m)
Térreo 2,88 2,88 32,11 92,48 23,61 0,34 1,20 37,92
1ºpavimento 5,76 4,36 32,11 140,00 25,93 0,41 1,20 69,22
2ºpavimento 8,72 2,96 32,11 95,05 27,42 0,46 1,20 52,56
3ºpavimento 11,68 2,96 32,11 95,05 28,52 0,50 1,20 56,88
4ºpavimento 14,64 2,96 32,11 95,05 29,40 0,53 1,20 60,45
5ºpavimento 17,60 2,96 32,11 95,05 30,14 0,56 1,20 63,53
6ºpavimento 20,56 2,96 32,11 95,05 30,78 0,58 1,20 66,26
7ºpavimento 23,52 2,96 32,11 95,05 31,35 0,60 1,20 68,71
8ºpavimento 26,48 2,96 32,11 95,05 31,85 0,62 1,20 70,94
9ºpavimento 29,44 2,96 32,11 95,05 32,31 0,64 1,20 73,00
10ºpavimento 32,40 2,96 32,11 95,05 32,73 0,66 1,20 74,91
11ºpavimento 35,36 2,96 32,11 95,05 33,12 0,67 1,20 76,70
12ºpavimento 38,32 2,96 32,11 95,05 33,48 0,69 1,20 78,39
13ºpavimento 41,28 2,96 32,11 95,05 33,82 0,70 1,20 79,98
14ºpavimento 44,24 2,96 32,11 95,05 34,14 0,71 1,20 81,49
15ºpavimento 47,20 3,17 32,11 101,79 34,44 0,73 1,20 88,81
Cobertura 50,58 3,17 32,11 101,79 34,76 0,74 1,20 90,48
Casa de
53,54 3,23 13,82 44,64 35,03 0,75 1,20 40,29
Máquinas
Teto da Casa de 57,04 1,75 13,82 24,19 35,33 0,77 1,20 22,21
máquinas

37
Tabela 3.2:Cargas horizontais do Edifício 2-Direção X

Altura da
Nível Altura Dimensão Velocidade Pressão Força
área Área(m²) Ca
estrutural(piso) z(m) frontal(m) Vk(m/s) p(kN/m²) Fa(kN)
frontal(m)
Térreo 2,42 2,42 27,25 65,95 24,42 0,37 1,00 24,10
1ºpavimento 4,84 4,09 27,25 111,32 26,63 0,43 1,00 48,38
2ºpavimento 8,17 3,33 27,25 90,74 28,43 0,50 1,00 44,95
3ºpavimento 11,50 3,33 27,25 90,74 29,67 0,54 1,00 48,96
4ºpavimento 14,83 3,33 27,25 90,74 30,63 0,58 1,00 52,18
5ºpavimento 18,16 3,42 27,25 93,06 31,41 0,60 1,00 56,29
Cobertura 21,66 3,42 27,25 93,06 32,11 0,63 1,00 58,82
Telhado 24,99 2,17 27,25 59,00 32,69 0,66 1,00 38,65
Caixa d´água 25,99 1,43 21,00 29,93 32,85 0,66 1,00 19,80
Caixa
27,84 0,93 11,35 10,50 33,14 0,67 1,00 7,07
d´água(topo)

38
Tabela 3.3: Cargas horizontais do Edifício 2-Direção Y

Altura da
Nível estrutural Altura Dimensão Velocidade Pressão Força
área Área(m²) Ca
(piso) z(m) frontal(m) Vk(m/s) p(kN/m²) Fa(kN)
frontal(m)
Térreo 2,42 2,42 36,00 87,12 24,42 0,37 1,15 36,61
1ºpavimento 4,84 4,09 36,00 147,06 26,63 0,43 1,15 73,50
2ºpavimento 8,17 3,33 36,00 119,88 28,43 0,50 1,15 68,29
3ºpavimento 11,50 3,33 36,00 119,88 29,67 0,54 1,15 74,39
4ºpavimento 14,83 3,33 36,00 119,88 30,63 0,58 1,15 79,27
5ºpavimento 18,16 3,42 36,00 122,94 31,41 0,60 1,15 85,52
Cobertura 21,66 3,42 36,00 122,94 32,11 0,63 1,15 89,37
Telhado 24,99 2,17 36,00 77,94 32,69 0,66 1,15 58,72
Caixa d´água 25,99 1,43 36,00 51,30 32,85 0,66 1,15 39,03
Caixa
27,84 0,93 36,00 33,30 33,14 0,67 1,15 25,77
d´água(topo)

39
Tabela 3.4: Cargas horizontais do Edifício 3-Direção X

Altura da
Nível Altura Dimensão Velocidade Pressão Força
área Área(m²) Ca
estrutural(piso) z(m) frontal(m) Vk(m/s) p(KN/m²) Fa(KN)
frontal(m)
Térreo 2,22 2,22 26,74 59,36 22,79 0,32 0,96 18,15
1ºpavimento 4,45 3,63 26,74 96,93 25,04 0,38 0,96 35,76
2ºpavimento 7,25 2,80 26,74 74,87 26,74 0,44 0,96 31,51
3ºpavimento 10,05 2,80 26,74 74,87 27,95 0,48 0,96 34,42
4ºpavimento 12,85 2,80 26,74 74,87 28,89 0,51 0,96 36,78
5ºpavimento 15,65 2,80 26,74 74,87 29,67 0,54 0,96 38,79
6ºpavimento 18,45 2,80 26,74 74,87 30,34 0,56 0,96 40,55
7ºpavimento 21,25 2,80 26,74 74,87 30,92 0,59 0,96 42,13
8ºpavimento 24,05 2,80 26,74 74,87 31,44 0,61 0,96 43,56
9ºpavimento 26,85 2,80 26,74 74,87 31,91 0,62 0,96 44,88
10ºpavimento 29,65 2,80 26,74 74,87 32,34 0,64 0,96 46,09
11ºpavimento 32,45 2,80 26,74 74,87 32,74 0,66 0,96 47,23
12ºpavimento 35,25 2,80 26,74 74,87 33,11 0,67 0,96 48,30
Cobertura 38,25 2,80 26,74 74,87 33,48 0,69 0,96 49,37
Telhado 41,15 3,30 15,93 52,57 33,81 0,70 0,96 35,36
Teto da Casa de 44,85 1,85 5,87 10,86 34,20 0,72 0,96 7,48
máquinas

40
Tabela 3.5: Cargas horizontais do Edifício 3-Direção Y

Altura da
Nível Altura Dimensão Velocidade Pressão Força
área Área(m²) Ca
estrutural(piso) z(m) frontal(m) Vk(m/s) p(KN/m²) Fa(KN)
frontal(m)
Térreo 2,22 2,22 45,60 101,23 22,79 0,32 1,15 37,08
1ºpavimento 4,45 3,63 45,60 165,30 25,04 0,38 1,15 73,05
2ºpavimento 7,25 2,80 45,60 127,68 26,74 0,44 1,15 64,37
3ºpavimento 10,05 2,80 45,60 127,68 27,95 0,48 1,15 70,31
4ºpavimento 12,85 2,80 45,60 127,68 28,89 0,51 1,15 75,13
5ºpavimento 15,65 2,80 45,60 127,68 29,67 0,54 1,15 79,24
6ºpavimento 18,45 2,80 45,60 127,68 30,34 0,56 1,15 82,84
7ºpavimento 21,25 2,80 45,60 127,68 30,92 0,59 1,15 86,06
8ºpavimento 24,05 2,80 45,60 127,68 31,44 0,61 1,15 88,99
9ºpavimento 26,85 2,80 45,60 127,68 31,91 0,62 1,15 91,67
10ºpavimento 29,65 2,80 45,60 127,68 32,34 0,64 1,15 94,16
11ºpavimento 32,45 2,80 45,60 127,68 32,74 0,66 1,15 96,48
12ºpavimento 35,25 2,80 45,60 127,68 33,11 0,67 1,15 98,66
Cobertura 38,25 2,80 45,60 127,68 33,48 0,69 1,15 100,86
Telhado 41,15 3,30 39,20 129,36 33,81 0,70 1,15 104,23
Teto da Casa de 44,85 1,85 16,40 30,34 34,20 0,72 1,15 25,02
máquinas

41
3.2.2) CARGAS VERTICAIS

No cálculo das cargas devido ao peso próprio foi considerado para o concreto armado
um peso específico de 25kN/m³, e para as alvenarias por unidade de área o peso de
1,5kN/m².

Para outras cargas permanentes e sobrecargas, a tabela 3.6 mostra os valores adotados
para cada pavimento:

Tabela 3.6: Cargas utilizadas nos pavimentos

Carga Carga
Pavimento
Permanente(kN/m²) Acidental(kN/m²)
Subsolo 1,0 3,0
Térreo 2,0 3,0
Tipo 1,0 1,5
Cobertura 2,0 1,5
Casa de Máquinas 5,0 1,5

3.3)Modelagem

A modelagem dos edifícios foi feita através do software SAP2000, baseado no método
dos elementos finitos.

3.3.1) VIGAS E LAJES

No caso dos edifícios em estudo, foram considerados para as vigas elementos de barras.
A adoção desse tipo de elemento finito é justificada pelo fato de todas as vigas terem
uma relação altura/vão baixa. Nos casos de vigas-parede, se faz necessária a modelagem
através de elementos de casca. Apenas no edifício 2 foi utilizado o elemento de casca
para representar as vigas-parede da caixa d´ água.

As lajes foram analisadas usando elementos de casca. Neste caso, deve-se atentar para
algumas peculiaridades. As lajes nervuradas têm características geométricas peculiares
quando comparadas às lajes maciças: são compostas pela capa e pelas vigotas. Usando-
se elementos de casca, não é possível representar sua rigidez e seu peso próprio através
de uma única altura, como na laje maciça.

42
O software utilizado possibilita a caracterização de uma seção com definição de uma
altura para cálculo do peso próprio e outra para a rigidez da seção.

Para o cálculo dessas alturas para a laje nervurada da forma dos edifícios, cuja
caracterização geométrica já foi feita, utilizou-se o catálogo do fabricante ATEX. Neste
catálogo, tem-se os valores de peso próprio (kN/m²) e da inércia à flexão (m4) para
diversas formas de laje nervurada. Para as lajes em questão tem-se os valores dados a
seguir:

Edifício 1- ATEX 180


Peso próprio- 2,65 kN/m²
Inércia à flexão- 1,87 x10-4 m4

Assim, podem-se obter as alturas através das quais podem-se modelar uma laje maciça
equivalente à laje nervurada:

hpp- Altura equivalente ao peso próprio


hflex- Altura equivalente à inércia a flexão.

2,65
h pp = 25
= 0,106m

Como o momento de inércia I de uma seção retangular:

b × h3 ,
I=
12

12 × I
h flex = 3 b

12 × 1,87 .10 -4
h flex = 3 0,60
= 0,155m

43
Edifício 2- ATEX 800
Peso próprio- 2,85 kN/m²
Inércia à flexão- 3,44 x10-4 m4

Utilizando metodologia similar ao edifício 1, encontramos os seguintes valores:

h pp = 0,114m
h flex = 0,173m

A rigidez à torção das nervuras constitui outro fator relevante nesta modelagem das
lajes nervuradas. Considerando que as nervuras têm rigidez à torção muito baixa e esta
rigidez tem pouca importância para a estrutura de contraventamento dos edifícios
analisados, desprezou-se a rigidez à torção.

3.3.4) PILARES

Existem dois tipos possíveis de modelagem para pilares: elementos finitos de barra ou
casca. Para pilares onde a razão entre a base e a altura da seção transversal é baixa, a
representação com elemento de barra é satisfatória. Apenas os pilares-parede necessitam
ser modelados com elementos de casca. A norma NBR-6118 preconiza que pilares com
seção transversal em que a base excede cinco vezes a altura, devem ser considerados
pilares-parede, para os quais os efeitos de 2ºordem localizados devem ser considerados.

Porém, a modelagem com elementos de casca é necessária para alguns pilares que não
são pilares-parede, visando garantir boa representatividade da estrutura. Por exemplo,
um pilar-parede de 0,20m x 1,05m deve ser representado como casca. Se as dimensões
desse pilar fossem 0,20m x 0,95m a modelagem seria diferente pelo fato de não ser mais
um pilar-parede segundo a definição de NBR-6118? O bom senso indica para esse
elemento a mesma necessidade de modelagem com elemento de casca.

No presente trabalho, foram adotados elementos de casca para pilares retangulares que
têm uma das dimensões maior do que três vezes a outra.

44
3.3.5) FUNDAÇÕES

Conforme citado na introdução deste trabalho, com a crescente evolução dos softwares
de análise estrutural, a consideração da interação solo-estrutura já pode ser
implementada nos projetos. Porém, neste trabalho isso não foi feito, devido à
necessidade de estudos que fogem ao seu foco principal.

Os pilares são considerados engastados nas fundações, ou seja, com restrição total à
rotação e translação. Levando em conta a interação solo-estrutura, os resultados
indicariam estruturas mais flexíveis.

3.4)Representação das estruturas no estado limite último

Para a análise das estruturas, foi utilizado o método do parâmetro γz, já descrito no
capítulo 2. Ele é o método mais utilizado para análise da estabilidade global de
edifícios de concreto armado é o parâmetro γz. Esta larga utilização se deve as seguintes
características deste método:
• Possibilita determinar se a estrutura é de nós fixos ou móveis.
• Em caso de nós móveis, quantifica os esforços finais na estrutura devido aos
efeitos de 2ªordem globais.
• Necessidade de apenas uma análise linear de 1ªordem.

Conforme mostrado no item 2.3.3, o parâmetro γz tem um limite de aplicação. Caso γz


exceda o valor de 1,30, um método mais refinado deve ser utilizado para a avaliação da
estabilidade global da estrutura e quantificação dos esforços de 2ªordem.

3.4.1) MÓDULO DE ELASTICIDADE


Conforme explicado no item 2.4.1 (equação 2.12), foi utilizado o módulo tangente
inicial para as análises no estado limite último. Para os três edifícios, tem-se f ck =
35MPa. Assim, pela equação 2.12:

E ci = 5600 × 35 = 33130 MPa

45
3.4.2) RIGIDEZ DOS ELEMENTOS
Para verificações de estado limite último quanto à estabilidade global de uma estrutura
de concreto armado, considera-se o estado fissurado dos elementos. A NBR-6118
estabelece um tratamento simplificado para a não-linearidade física do concreto armado,
reduzindo a rigidez dos elementos estruturais conforme citado no item 2.4.1.

3.4.3) COEFICIENTE DE PONDERAÇÃO DE ESFORÇOS


De acordo com a NBR-6118-2003, o coeficiente γz deve ser calculado utilizando os
esforços de cálculo. É indicado que o valor do coeficiente de majoração de esforços
deve ser γf/ γf 3, com γf=1,4 e γf3=1,1:

γf
= 1,27
γ f3

3.4.4) COMBINAÇÕES

No presente trabalho, apenas o carregamento de vento foi considerado no cálculo dos


deslocamentos horizontais utilizados para calcular os momentos de 2ª ordem. Assim, o
parâmetro γz calculado apresenta valores mínimos, uma vez que configurações
assimétricas de geometria e carga também geram deslocamentos horizontais, os quais
não foram considerados . Para as cargas verticais adotadas no cálculo dos momentos de
2ªordem, não foram consideradas reduções de sobrecarga.

3.5) Representação gráfica dos modelos numéricos

A seguir constam figuras que ilustram os modelos adotados para a análise dos três
edifícios. São mostradas vistas tridimensionais dos edifícios completos e de partes
deles.

46
47
Figura 3.12: Vista 3D-Edifício 1

Figura 3.13: Piso e teto da casa de Máquinas-Edifício 1

Figura 3.14: Teto tipo-Edifício 1

48
Figura 3.15: Edifício 2

49
Figura 3.16: Teto tipo-Edifício 2

Figura 3.17: Caixa d´ água-Edifício 2

50
Figura 3.18: Edifício 3

51
Figura 3.19: Pavimento tipo-Edifício 3

Figura 3.20: Casa de Máquinas-Edifício 3

52
4. DESCRIÇÃO DAS ANÁLISES REALIZADAS E RESULTADOS

4.1) Caracterização das análises variando a rigidez dos elementos estruturais

A análise da estabilidade global das estruturas foi feita variando as rigidezes dos
elementos, visando quantificar a importância da presença da laje no sistema de
contraventamento os casos investigados. O procedimento ideal consiste em calcular as
rigidezes das peças estruturais para níveis crescentes de carregamento, considerando os
esforços atualizados e armaduras existentes. Porém, foi adotado o procedimento que é
usualmente utilizado na prática dos projetos de edifício em concreto armado, que
considera os valores aproximados para as rigidezes dos elementos. A adoção desta
metodologia é satisfatória para o objetivo deste trabalho, que é verificar a importância
da laje para a estabilidade global das estruturas estudadas.

A variação de rigidez nos elementos foi feita mediante a consideração aproximada da


não-linearidade física do concreto armado, conforme os item 2.4.2. Utilizou-se a seção
retangular das vigas para o cálculo do momento de inércia.

4.1.1) ESTADO LIMITE ÚLTIMO

Análise 1- ELU

A estrutura de contraventamento é formada apenas por vigas e pilares. A rigidez (EI)sec


destes elementos é :

(EI ) sec
= 0,7 E I
ci c

Análise 2- ELU

A estrutura de contraventamento é formada apenas por vigas e pilares. A rigidez (EI)sec


destes elementos é :

Vigas:

53
(EI ) sec
= 0,4 E I ci c

Pilares:

(EI ) sec
= 0,8 E I ci c

Análise 3- ELU

A estrutura de contraventamento é formada vigas, pilares e lajes. A rigidez (EI)sec destes


elementos é :

Vigas:

(EI ) sec
= 0,4 E I ci c

Pilares:

(EI ) sec
= 0,8 E I ci c

Lajes:

(EI )sec
= 0,3 E I ci c

4.1.2) ESTADO LIMITE DE SERVIÇO

Para aferição do estado limite de serviço, quanto à verificação do deslocamento


horizontal máximo, a NBR-6118 permite a consideração da inércia bruta de concreto
dos elementos da estrutura e o módulo de elasticidade secante.

A importância da consideração da laje na estrutura também foi aferida. Conforme a


NBR-6118, o valor limite para o deslocamento horizontal é H/1700, onde H é a altura
total do edifício. O carregamento utilizado para a aferição do ELS correspondeu a 30%

54
do carregamento total do vento, conforme prescreve a NBR-6118 para combinações
freqüentes.

Análise 1-ELS
Consideração apenas de vigas e pilares.

Análise 2-ELS
Consideração de lajes, vigas e pilares.

4.2) Resultados das análises

4.2.1)EDIFÍCIO 1

Nas tabelas 4.1-4.6 apresentam-se cargas horizontais e verticais, deslocamentos


horizontais máximos, momentos de 1ªordem, momentos de 2ªordem globais e o cálculo
do parâmetro γz para cada análise de ELU nas duas direções para edifício 1.

55
Figura 4.1-Edifício 1- Deslocamentos horizontais do pórtico Análise 1-ELU- Direção X
Unidade: metro

56
Tabela 4.1: Edifício 1-Cálculo de γz- Análise 1-Direção X

Distância
Carga Carga M1k por M2k
Nível às Deslocamento
Vertical Horizontal pavimento acumulado
estrutural(piso) fundações (cm)
(kN) (kN) (kN.m) (kN.m)
z(m)
Térreo 8,22 10036 38 0,21 312 8510
1ºpavimento 11,10 8749 69 0,81 768 8489
2ºpavimento 14,06 8749 53 1,25 739 8419
3ºpavimento 17,02 8749 57 1,79 968 8309
4ºpavimento 19,98 8749 60 2,40 1208 8152
5ºpavimento 22,94 8749 64 3,09 1457 7941
6ºpavimento 25,90 8749 66 3,81 1716 7671
7ºpavimento 28,86 8749 69 4,60 1983 7337
8ºpavimento 31,82 8749 71 5,28 2257 6935
9ºpavimento 34,78 8749 73 6,04 2539 6473
10ºpavimento 37,74 8749 75 6,89 2827 5944
11ºpavimento 40,70 8749 77 7,67 3122 5341
12ºpavimento 43,66 8749 78 8,43 3422 4670
13ºpavimento 46,62 8749 80 8,98 3729 3933
14ºpavimento 49,58 8749 81 9,73 4040 3147
15ºpavimento 52,54 8749 89 9,92 4666 2296
Cobertura 55,92 9864 90 10,64 5060 1428
Casa de
58,88 2216 40 11,95 2372 379
Máquinas
Teto da Casa de 62,38 947 22 12,46 1385 114
máquinas
∑ 44571

M1k(kN.m)= 44571

M2k(kN.m)= 8510

1
γ z
=
1,27 × 8510
= 1,32
1−
44571

57
Figura 4.2- Edifício 1-Deslocamentos horizontais do pórtico Análise 1-ELU - Direção Y
Unidade: metro

58
Tabela 4.2: Edifício 1- Cálculo de γz- Análise 1-ELU -Direção Y

Distância
Carga Carga M1k por M2k
Nível às Deslocamento
Vertical Horizontal pavimento acumulado
estrutural(piso) fundações (cm)
(kN) (kN) (kN.m) (kN.m)
z(m)
Térreo 8,22 10036 38 0,31 312 12685
1ºpavimento 11,10 8749 69 1,40 768 12654
2ºpavimento 14,06 8749 53 2,16 739 12531
3ºpavimento 17,02 8749 57 3,02 968 12342
4ºpavimento 19,98 8749 60 3,95 1208 12078
5ºpavimento 22,94 8749 64 4,96 1457 11732
6ºpavimento 25,90 8749 66 5,99 1716 11298
7ºpavimento 28,86 8749 69 7,07 1983 10774
8ºpavimento 31,82 8749 71 8,09 2257 10156
9ºpavimento 34,78 8749 73 9,17 2539 9448
10ºpavimento 37,74 8749 75 10,15 2827 8646
11ºpavimento 40,70 8749 77 11,06 3122 7758
12ºpavimento 43,66 8749 78 12,19 3422 6790
13ºpavimento 46,62 8749 80 13,00 3729 5724
14ºpavimento 49,58 8749 81 14,03 4040 4587
15ºpavimento 52,54 8749 89 14,75 4666 3359
Cobertura 55,92 9864 90 16,08 5060 2069
Casa de
58,88 2216 40 16,67 2372 483
Máquinas
Teto da Casa de 62,38 947 22 17,52 1385 114
máquinas
∑ 44571

M1k(kN.m)= 44571

M2k(kN.m)= 12685

1
γ z
=
1,27 × 12685
= 1,57
1−
44571

59
Figura 4.3: Edifício 1-Deslocamentos horizontais do pórtico Análise 2-ELU- Direção X
Unidade: metro

60
Tabela 4.3: Edifício 1-Cálculo de γz- Análise 2-ELU -Direção X

Distância
Carga Carga M1k por M2k
Nível às Deslocamento
Vertical Horizontal pavimento acumulado
estrutural(piso) fundações (cm)
(kN) (kN) (kN.m) (kN.m)
z(m)
Térreo 8,22 10036 37,92 0,20 312 8214
1ºpavimento 11,10 8749 69,22 0,78 768 8194
2ºpavimento 14,06 8749 52,56 1,21 739 8125
3ºpavimento 17,02 8749 56,88 1,73 968 8019
4ºpavimento 19,98 8749 60,45 2,32 1208 7868
5ºpavimento 22,94 8749 63,53 2,98 1457 7665
6ºpavimento 25,90 8749 66,26 3,68 1716 7404
7ºpavimento 28,86 8749 68,71 4,44 1983 7082
8ºpavimento 31,82 8749 70,94 5,09 2257 6694
9ºpavimento 34,78 8749 73,00 5,83 2539 6249
10ºpavimento 37,74 8749 74,91 6,65 2827 5739
11ºpavimento 40,70 8749 76,70 7,40 3122 5157
12ºpavimento 43,66 8749 78,39 8,13 3422 4509
13ºpavimento 46,62 8749 79,98 8,66 3729 3798
14ºpavimento 49,58 8749 81,49 9,39 4040 3040
15ºpavimento 52,54 8749 88,81 9,57 4666 2219
Cobertura 55,92 9864 90,48 10,26 5060 1382
Casa de
58,88 2216 40,29 11,53 2372 370
Máquinas
Teto da Casa de 62,38 947 22,21 12,02 1385 114
máquinas
∑ 44571

M1k(kN.m)= 44571

M2k(kN.m)= 8211

1
γ z
=
1,27 × 8211
= 1,32
1−
44571

61
Figura 4.4: Edifício 1-Deslocamentos horizontais do pórtico Análise 2-ELU- Direção Y
Unidade: metro

62
Tabela 4.4: Edifício 1-Cálculo de γz- Análise 2-ELU- Direção Y

Distância
Carga Carga M1k por M2k
Nível às Deslocamento
Vertical Horizontal pavimento acumulado
estrutural(piso) fundações (cm)
(kN) (kN) (kN.m) (kN.m)
z(m)
Térreo 8,22 10036 38 0,30 312 12390
1ºpavimento 11,10 8749 69 1,37 768 12360
2ºpavimento 14,06 8749 53 2,11 739 12240
3ºpavimento 17,02 8749 57 2,95 968 12056
4ºpavimento 19,98 8749 60 3,86 1208 11798
5ºpavimento 22,94 8749 64 4,84 1457 11460
6ºpavimento 25,90 8749 66 5,85 1716 11037
7ºpavimento 28,86 8749 69 6,90 1983 10525
8ºpavimento 31,82 8749 71 7,90 2257 9921
9ºpavimento 34,78 8749 73 8,96 2539 9230
10ºpavimento 37,74 8749 75 9,91 2827 8446
11ºpavimento 40,70 8749 77 10,80 3122 7579
12ºpavimento 43,66 8749 78 11,90 3422 6634
13ºpavimento 46,62 8749 80 12,70 3729 5593
14ºpavimento 49,58 8749 81 13,70 4040 4482
15ºpavimento 52,54 8749 89 14,40 4666 3283
Cobertura 55,92 9864 90 15,70 5060 2023
Casa de
58,88 2216 40 16,28 2372 475
Máquinas
Teto da Casa de 62,38 947 22 17,11 1385 114
máquinas
∑ 44571

M1k(kN.m)= 44571

M2k(kN.m)= 12390

1
γ z
=
1,27 × 12390
= 1,55
1−
44571

63
Figura 4.5: Edifício 1-Deslocamentos horizontais do pórtico Análise 3-ELU- Direção X
Unidade: metro

64
Tabela 4.5: Edifício 1- Cálculo de γz- Análise 3-ELU- Direção X

Distância
Carga M1k por M2k
Nível às Carga Horizontal Deslocamento
Vertical pavimento acumulado
estrutural(piso) fundações (kN) (cm)
(kN) (kN.m) (kN.m)
z(m)
Térreo 8,22 10036 38 0,12 312 3711
1ºpavimento 11,10 8749 69 0,43 768 3699
2ºpavimento 14,06 8749 53 0,65 739 3661
3ºpavimento 17,02 8749 57 0,90 968 3604
4ºpavimento 19,98 8749 60 1,19 1208 3525
5ºpavimento 22,94 8749 64 1,48 1457 3422
6ºpavimento 25,90 8749 66 1,78 1716 3292
7ºpavimento 28,86 8749 69 2,08 1983 3137
8ºpavimento 31,82 8749 71 2,38 2257 2954
9ºpavimento 34,78 8749 73 2,67 2539 2746
10ºpavimento 37,74 8749 75 2,95 2827 2512
11ºpavimento 40,70 8749 77 3,22 3122 2255
12ºpavimento 43,66 8749 78 3,47 3422 1973
13ºpavimento 46,62 8749 80 3,70 3729 1670
14ºpavimento 49,58 8749 81 3,92 4040 1346
15ºpavimento 52,54 8749 89 4,12 4666 1003
Cobertura 55,92 9864 90 4,34 5060 643
Casa de
58,88 2216 40 4,54 2372 215
Máquinas
Teto da Casa 62,38 947 22 4,66 1385 114
de máquinas
∑ 44571

M1k(kN.m)= 44571

M2k(kN.m)= 3711

1
γ z
=
1,27 × 3711
= 1,12
1−
44571

65
Figura 4.6: Edifício 1- Deslocamentos horizontais do pórtico Análise 3-ELU- Direção Y
Unidade: metro

66
Tabela 4.6: Edifício 1- Cálculo de γz- Análise 3-ELU-Direção Y

Distância
Carga Carga M1k por M2k
Nível às Deslocamento
Vertical Horizontal pavimento acumulado
estrutural(piso) fundações (cm)
(kN) (kN) (kN.m) (kN.m)
z(m)
Térreo 8,22 10036 38 0,22 312 5879
1ºpavimento 11,10 8749 69 0,79 768 5857
2ºpavimento 14,06 8749 53 1,16 739 5788
3ºpavimento 17,02 8749 57 1,58 968 5687
4ºpavimento 19,98 8749 60 2,02 1208 5549
5ºpavimento 22,94 8749 64 2,46 1457 5373
6ºpavimento 25,90 8749 66 2,92 1716 5157
7ºpavimento 28,86 8749 69 3,36 1983 4902
8ºpavimento 31,82 8749 71 3,86 2257 4608
9ºpavimento 34,78 8749 73 4,69 2539 4270
10ºpavimento 37,74 8749 75 4,69 2827 3860
11ºpavimento 40,70 8749 77 5,33 3122 3450
12ºpavimento 43,66 8749 78 5,51 3422 2984
13ºpavimento 46,62 8749 80 5,67 3729 2502
14ºpavimento 49,58 8749 81 6,04 4040 2006
15ºpavimento 52,54 8749 89 6,36 4666 1478
Cobertura 55,92 9864 90 6,61 5060 921
Casa de
58,88 2216 40 6,98 2372 269
Máquinas
Teto da Casa de 62,38 947 22 7,25 1385 114
máquinas
∑ 44571

M1k(KN.m)= 44571

M2k(KN.m)= 5879

1
γ z
=
1,27 × 5879
= 1,20
1−
4457

67
Nas tabelas 4.7-4.10 são mostrados os deslocamentos obtidos nas análises do estado
limite de serviço.

Tabela 4.7: Edifício 1- Análise 1-ELS- Direção X

Distância às Carga
Nível Deslocamentos
fundações Horizontal
estrutural(piso) (cm)
z(m) (kN)
Térreo 8,22 11,38 0,05
1ºpavimento 11,10 20,77 0,20
2ºpavimento 14,06 15,77 0,31
3ºpavimento 17,02 17,06 0,44
4ºpavimento 19,98 18,14 0,60
5ºpavimento 22,94 19,06 0,77
6ºpavimento 25,90 19,88 0,94
7ºpavimento 28,86 20,61 1,14
8ºpavimento 31,82 21,28 1,30
9ºpavimento 34,78 21,9 1,49
10ºpavimento 37,74 22,47 1,70
11ºpavimento 40,70 23,01 1,89
12ºpavimento 43,66 23,52 2,08
13ºpavimento 46,62 23,99 2,21
14ºpavimento 49,58 24,45 2,40
15ºpavimento 52,54 26,64 2,44
Cobertura 55,92 27,14 2,62
Casa de
58,88 12,09
Máquinas 2,94
Teto da Casa de 62,38 6,66
máquinas 3,07

68
Tabela 4.8: Edifício 1- Análise 1-ELS- Direção Y

Distância às Carga
Nível Deslocamentos
fundações Horizontal
estrutural(piso) (cm)
z(m) (kN)
Térreo 8,22 11,38 0,07
1ºpavimento 11,10 20,77 0,35
2ºpavimento 14,06 15,77 0,53
3ºpavimento 17,02 17,06 0,74
4ºpavimento 19,98 18,14 0,97
5ºpavimento 22,94 19,06 1,23
6ºpavimento 25,90 19,88 1,48
7ºpavimento 28,86 20,61 1,74
8ºpavimento 31,82 21,28 2,00
9ºpavimento 34,78 21,90 2,26
10ºpavimento 37,74 22,47 2,50
11ºpavimento 40,70 23,01 2,73
12ºpavimento 43,66 23,52 3,01
13ºpavimento 46,62 23,99 3,21
14ºpavimento 49,58 24,45 3,46
15ºpavimento 52,54 26,64 3,64
Cobertura 55,92 27,14 3,97
Casa de
58,88 12,09 4,11
Máquinas
Teto da Casa de 62,38 6,66 4,32
máquinas

69
Tabela 4.9: Edifício 1- Análise 2-ELS- Direção X

Distância às Carga
Nível Deslocamentos
fundações Horizontal
estrutural(piso) (cm)
z(m) (kN)

Térreo 8,22 11,38 0,01


1ºpavimento 11,1 20,77 0,06
2ºpavimento 14,06 15,77 0,08
3ºpavimento 17,02 17,06 0,12
4ºpavimento 19,98 18,14 0,18
5ºpavimento 22,94 19,06 0,23
6ºpavimento 25,9 19,88 0,28
7ºpavimento 28,86 20,61 0,33
8ºpavimento 31,82 21,28 0,39
9ºpavimento 34,78 21,9 0,44
10ºpavimento 37,74 22,47 0,51
11ºpavimento 40,7 23,01 0,57
12ºpavimento 43,66 23,52 0,62
13ºpavimento 46,62 23,99 0,66
14ºpavimento 49,58 24,45 0,72
15ºpavimento 52,54 26,64 0,73

Cobertura 55,92 27,14 0,79

Casa de
58,88 12,09 0,88
Máquinas
Teto da Casa de
62,38 6,66 0,91
máquinas

70
Tabela 4.10: Edifício 1- Análise 2-ELS- Direção Y

Distância às Carga
Nível Deslocamentos
fundações Horizontal
estrutural(piso) (cm)
z(m) (kN)

Térreo 8,22 11,38 0,03


1ºpavimento 11,1 20,77 0,08
2ºpavimento 14,06 15,77 0,12
3ºpavimento 17,02 17,06 0,19
4ºpavimento 19,98 18,14 0,26
5ºpavimento 22,94 19,06 0,33
6ºpavimento 25,9 19,88 0,40
7ºpavimento 28,86 20,61 0,48
8ºpavimento 31,82 21,28 0,55
9ºpavimento 34,78 21,9 0,63
10ºpavimento 37,74 22,47 0,73
11ºpavimento 40,7 23,01 0,81
12ºpavimento 43,66 23,52 0,90
13ºpavimento 46,62 23,99 0,95
14ºpavimento 49,58 24,45 1,04
15ºpavimento 52,54 26,64 1,05

Cobertura 55,92 27,14 1,13

Casa de
58,88 12,09 1,28
Máquinas
Teto da Casa de
62,38 6,66 1,32
máquinas

71
Na tabela 4.11 é apresentado resumo das análises de estado limite último, mostrando
cada análise nas direções X e Y e seus respectivos deslocamentos horizontais máximos
e parâmetros γz.

Tabela 4.11: Edifício 1- Resumo das Análises de ELU

Multiplicador da rigidez Deslocamento


Análise (EciIc) Direção máximo γz
Lajes Vigas Pilares (cm)
Direção X 12,46 1,32
Estado 1 0,00 0,70 0,70
limite Direção Y 17,52 1,57
último Direção X 12,02 1,31
2 0,00 0,40 0,80
Direção Y 17,11 1,55
Direção X 4,66 1,12
3 0,30 0,40 0,80
Direção Y 7,25 1,20

Tabela 4.12: Edifício 1- Comparações percentuais dos resultados de ELU

Razão entre
Razão entre γz
deslocamento máximo
Análise 1/ Análise 2/ Análise 1/ Análise 2/
Análise 3 Análise 3 Análise 3 Análise 3
Direção X 2,67 2,58 1,20 1,17
Direção Y 2,44 1,66 1,31 1,29

Na tabela 4.14, tem-se o resumo das análises no estado limite de serviço, nas duas
direções para os deslocamentos horizontais.

Tabela 4.13: Edifício 1- Resumo das Análises de ELS

Multiplicador da rigidez
(EcsIc) Deslocamento H/1700
Análise Direção
máximo (cm) (cm)
Estado Lajes Vigas Pilares
limite Direção X 3,07
de 1 0,00 1,00 1,00
Direção Y 4,32
serviço 3,67
Direção X 0,91
2 1,00 1,00 1,00
Direção Y 1,32

72
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Na tabela 4.11, observa-se que, para as análises referentes ao ELU , quando foram
utilizadas apenas vigas e pilares, os valores de γz ultrapassaram 1,30, limite
estabelecido para aplicação do método na quantificação dos efeitos de 2ª ordem.

Porém, quando foi considerada a contribuição da laje (análise 3), uma redução
significativa dos deslocamentos horizontais máximos foi obtida e, consequentemente,
dos valores de γz. Nesta análise, os valores para este parâmetro ficaram situados do
limite de aplicação do método.

Portanto, para que se possa aplicar o método γz para a análise da estabilidade global da
estrutura do edifício 1, é necessário considerar toda a estrutura como sendo “o
contraventamento”, ou seja, considerando a rigidez à flexão da laje.Tem-se poucas vigas
formando pórticos com os pilares, que estão, de modo geral, ligados diretamente aos
maciços, conforme o desenho de forma apresentado nas figuras 3.1 e 3.2. Essa ligação
dos pilares com os maciços torna-se fundamental para a análise da estabilidade global
desse tipo de estrutura. Mesmo que sua eficiência seja inferior à de pórticos formados
por pilares rígidos e vigas altas, constata-se sua grande importância para a estrutura de
contraventamento da estrutura do edifício 1, que não apresenta pórticos de vigas e
pilares.

Na análise do ELS, na direção Y da análise 1 é ultrapassado o limite de deslocamento


estabelecido pela NBR-6118. Porém, quando considera-se a rigidez à flexão da laje
(análise 2), isso não ocorre.

73
4.2.2) EDIFÍCIO 2

Figura 4.7: Edifício 2- Deslocamentos horizontais -Análise 1-ELU- Direção X


Unidade: metro

74
Tabela 4.14: Edifício 2-Cálculo de γz- Análise 1-Direção X

Distância
Carga Carga M2k
Nível às Deslocamento M1k por
Vertical Horizontal acumulado
estrutural(piso) fundações (cm) pavimento (kN.m)
(kN) (kN) (kN.m)
z(m)
Térreo 6,47 10231 24 0,24 156 1292
1ºpavimento 8,89 7963 48 0,93 430 1268
2ºpavimento 12,22 7676 45 1,47 549 1194
3ºpavimento 15,55 7676 49 2,05 761 1081
4ºpavimento 18,88 7676 52 2,58 985 924
5ºpavimento 22,21 7676 56 3,07 1250 726
Cobertura 25,71 7676 59 3,53 1512 490
Telhado 29,04 4120 39 3,88 1122 219
Caixa d´água 30,04 750 20 3,94 595 59
Tampa da 31,89 745 7 3,97 225 30
Caixa d´água
∑ 7587
M1k(kN.m)= 7587
M2k(kN.m)= 1292

1
γ z
=
1,27 × 1292
= 1,28
1−
7587

75
Figura 4.8: Edifício 2- Deslocamentos horizontais -Análise 1-ELU - Direção Y
Unidade: metro

76
Tabela 4.15: Edifício 2-Cálculo de γz- Análise 1-ELU -Direção Y

Distância
Carga Carga M1k por M2k
Nível às Deslocamento
Vertical Horizontal pavimento acumulado
estrutural(piso) fundações (cm)
(kN) (kN) (kN.m) (kN.m)
z(m)
Térreo 6,47 10231 37 0,57 237 3002
1ºpavimento 8,89 7963 74 2,23 653 3002
2ºpavimento 12,22 7676 68 3,59 835 2943
3ºpavimento 15,55 7676 74 4,96 1157 2766
4ºpavimento 18,88 7676 79 5,69 1497 2490
5ºpavimento 22,21 7676 86 7,46 1899 2110
Cobertura 25,71 7676 89 8,62 2298 1673
Telhado 29,04 4120 59 8,82 1705 1100
Caixa d´água 30,04 750 39 9,10 1172 439
Tampa da 31,89 745 26 10,10 822 75
Caixa d´água
∑ 12275
M1k(kN.m)= 12275
M2k(kN.m)= 3002

1
γ z
=
1,27 × 3002
= 1,45
1−
12275

77
Figura 4.9: Edifício 2-Deslocamentos horizontais-Análise 2-ELU- Direção X
Unidade: metro

78
Tabela 4.16: Edifício 2- Cálculo de γz- Análise 2-ELU -Direção X

Distância
Carga Carga M1k por M2k
Nível às Deslocamento
Vertical Horizontal pavimento acumulado
estrutural(piso) fundações (cm)
(kN) (kN) (kN.m) (kN.m)
z(m)
Térreo 6,47 10231 24 0,23 156 1284
1ºpavimento 8,89 7963 48 0,89 430 1261
2ºpavimento 12,22 7676 45 1,45 549 1190
3ºpavimento 15,55 7676 49 2,02 761 1078
4ºpavimento 18,88 7676 52 2,56 985 923
5ºpavimento 22,21 7676 56 3,06 1250 727
Cobertura 25,71 7676 59 3,55 1512 492
Telhado 29,04 4120 39 3,89 1122 219
Caixa d´água 30,04 750 20 3,95 595 59
Tampa da 31,89 745 7 3,98 225 30
Caixa d´água
∑ 7587
M1k(KN.m)= 7587
M2k(KN.m)= 1284

1
γ z
=
1,27 × 1284
= 1,27
1−
7587

79
Figura 4.10: Edifício 2- Deslocamentos horizontais - Análise 2-ELU- Direção Y
Unidade: metro

80
Tabela 4.17: Edifício 2- Cálculo de γz- Análise 2-ELU-Direção Y

Distância
Carga Carga M1k por M2k
Nível às Deslocamento
Vertical Horizontal pavimento acumulado
estrutural(piso) fundações (cm)
(kN) (kN) (kN.m) (kN.m)
z(m)
Térreo 6,47 10231 37 0,54 237 2987
1ºpavimento 8,89 7963 74 2,15 653 2987
2ºpavimento 12,22 7676 68 3,50 835 2932
3ºpavimento 15,55 7676 74 4,87 1157 2760
4ºpavimento 18,88 7676 79 6,20 1497 2492
5ºpavimento 22,21 7676 86 7,43 1899 2118
Cobertura 25,71 7676 89 8,13 2298 1642
Telhado 29,04 4120 59 9,06 1705 1072
Caixa d´água 30,04 750 39 9,24 1172 448
Tampa da 31,89 745 26 10,00 822 75
Caixa d´água
∑ 12275
M1k(kN.m)= 12275
M2k(kN.m)= 2987

1
γ z
=
1,27 × 12275
= 1,45
1−
2987

81
Figura 4.11: Edifício 2-Deslocamentos horizontais-Análise 3-ELU- Direção X
Unidade: metro

82
Tabela 4.18: Edifício 2-Cálculo de γz- Análise 3-ELU- Direção X

Distância
Carga Carga M1k por M2k
Nível às Deslocamento
Vertical Horizontal pavimento acumulado
estrutural(piso) fundações (cm)
(kN) (kN) (kN.m) (kN.m)
z(m)
Térreo 6,47 10231 24 0,14 156 607
1ºpavimento 8,89 7963 48 0,51 430 592
2ºpavimento 12,22 7676 45 0,77 549 552
3ºpavimento 15,55 7676 49 1,00 761 493
4ºpavimento 18,88 7676 52 1,19 985 416
5ºpavimento 22,21 7676 56 1,35 1250 325
Cobertura 25,71 7676 59 1,49 1512 221
Telhado 29,04 4120 39 1,58 1122 107
Caixa d´água 30,04 750 20 1,59 595 42
Tampa da 31,89 745 7 1,60 225 30
Caixa d´água
∑ 7587
M1k(kN.m)= 7587
M2k(kN.m)= 607

1
γ z
=
1,27 × 7587
= 1,11
1−
607

83
Figura 4.12: Edifício 2-Deslocamentos horizontais -Análise 3-ELU- Direção Y
Unidade: metro

84
Tabela 4.19: Edifício 2-Cálculo de γz- Análise 3-ELU-Direção Y

Distância
Carga Carga M1k por M2k
Nível às Deslocamento
Vertical Horizontal pavimento acumulado
estrutural(piso) fundações (cm)
(kN) (kN) (kN.m) (kN.m)
z(m)
Térreo 6,47 10231 37 0,29 237 1119
1ºpavimento 8,89 7963 74 1,03 653 1119
2ºpavimento 12,22 7676 68 1,51 835 1089
3ºpavimento 15,55 7676 74 1,95 1157 1007
4ºpavimento 18,88 7676 79 2,31 1497 891
5ºpavimento 22,21 7676 86 2,61 1899 741
Cobertura 25,71 7676 89 2,84 2298 564
Telhado 29,04 4120 59 2,99 1705 364
Caixa d´água 30,04 750 39 3,01 1172 146
Tampa da 31,89 745 26 3,04 822 23
Caixa d´água
∑ 12275
M1k(KN.m)= 12275
M2k(KN.m)= 1119

1
γ z
=
1,27 × 1119
= 1,13
1−
12275

85
Tabela 4.20: Edifício 2-Análise 1-ELS- Direção X

Distância
Nível às Carga Deslocamentos
estrutural(piso) fundações Horizontal(KN) (cm)
z(m)
Térreo 6,47 7,23 0,06
1ºpavimento 8,89 14,51 0,23
2ºpavimento 12,22 13,49 0,37
3ºpavimento 15,55 14,69 0,51
4ºpavimento 18,88 15,65 0,64
5ºpavimento 22,21 16,89 0,76
Cobertura 25,71 17,65 0,87
Telhado 29,04 11,60 0,96
Caixa d´água 30,04 5,94 0,98
Tampa da Caixa 31,89 2,12 0,99
d´água

86
Tabela 4.21: Edifício 2-Análise 1-ELS- Direção Y

Distância
Nível às Carga Deslocamentos
estrutural(piso) fundações Horizontal(KN) (cm)
z(m)
Térreo 6,47 10,98 0,14
1ºpavimento 8,89 22,05 0,55
2ºpavimento 12,22 20,49 0,89
3ºpavimento 15,55 22,32 1,23
4ºpavimento 18,88 23,78 1,40
5ºpavimento 22,21 25,66 1,84
Cobertura 25,71 26,81 2,13
Telhado 29,04 17,62 2,18
Caixa d´água 30,04 11,71 2,25
Tampa da Caixa 31,89 7,73 2,50
d´água

87
Tabela 4.22: Edifício 2-Análise 2-ELS- Direção X

Distância
Nível às Carga Deslocamentos
estrutural(piso) fundações Horizontal(KN) (cm)
z(m)
Térreo 6,47 7,23 0,01
1ºpavimento 8,89 14,51 0,06
2ºpavimento 12,22 13,49 0,10
3ºpavimento 15,55 14,69 0,14
4ºpavimento 18,88 15,65 0,17
5ºpavimento 22,21 16,89 0,21
Cobertura 25,71 17,65 0,23
Telhado 29,04 11,60 0,25
Caixa d´água 30,04 5,94 0,26
Tampa da Caixa 31,89 2,12 0,28
d´água

Tabela 4.23: Edifício 2- Análise 2-ELS- Direção Y

Distância
Nível às Carga Deslocamentos
estrutural(piso) fundações Horizontal(KN) (cm)
z(m)
Térreo 6,47 10,98 0,03
1ºpavimento 8,89 22,05 0,10
2ºpavimento 12,22 20,49 0,15
3ºpavimento 15,55 22,32 0,21
4ºpavimento 18,88 23,78 0,23
5ºpavimento 22,21 25,66 0,32
Cobertura 25,71 26,81 0,36
Telhado 29,04 17,62 0,37
Caixa d´água 30,04 11,71 0,39
Tampa da Caixa 31,89 7,73 0,43
d´água

88
Tabela 4.24: Edifício 2- Resumo das Análises de ELU

Multiplicador da rigidez
(EciIc) Deslocamento
Análise Direção
máximo(10-2m)
γz
Lajes Vigas Pilares
Direção X 3,97 1,28
Estado 1 0,00 0,70 0,70
limite Direção Y 10,10 1,45
último Direção X 3,98 1,27
2 0,00 0,40 0,80
Direção Y 10,00 1,45
Direção X 1,60 1,11
3 0,30 0,40 0,80
Direção Y 3,04 1,13

Tabela 4.25: Edifício 2- Comparações percentuais dos resultados de ELU

Razão entre
Razão entre γz
deslocamento máximo
Análise 1/ Análise 2/ Análise 1/ Análise 2/
Análise 3 Análise 3 Análise 3 Análise 3
Direção X 2,48 2,49 1,15 1,14
Direção Y 3,32 3,29 1,30 1,29

Tabela 4.26: Edifício 2-Resumo das Análises de ELS

Multiplicador da rigidez
(EcsIc) Deslocamento H/1700
Análise Direção
máximo (10-3m) (10-3m)
Estado Lajes Vigas Pilares
limite de Direção X 0,99
1 0,00 1,00 1,00
serviço Direção Y 2,50
1,63
Direção X 0,28
2 1,00 1,00 1,00
Direção Y 0,43

89
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Observando a tabela 4.24, também constata-se uma grande diferença entre os valores de
γz da estrutura para as diferentes análises de ELU. Nas análises 1 e 2 tem-se valores de
γz muito elevados para um edifício baixo, especialmente na direção Y, para a qual tem-
se valores de 1,45. Entretanto, na análise 3, quando a participação da laje no
contraventamento da estrutura foi levada em conta, os valores de γz assumiram valores
bem inferiores, compatíveis com o padrão de esbeltez do edifício 2. Assim como no
edifício 1, tal resultado decorre do fato do sistema estrutural não apresentar pórticos de
vigas e pilares, tendo como conseqüência a grande importância da laje na estabilidade
global do edifício (figura 3.5).

Na análise do ELS, a análise 1 leva a valores de deslocamento superior ao limite


imposto pela NBR-6118, na direção Y. Porém, na análise 2, com contribuição da rigidez
transversal da laje, tal limite passa a ser respeitado.

90
4.2.3) EDIFÍCIO 3

Figura 4.13-Edifício 3-Deslocamentos horizontais - Análise 1-ELU- Direção X


Unidade: metro

91
Tabela 4.27: Edifício 3-Cálculo de γz- Análise 1-Direção X

Distância
Carga Carga M1k por M2k
Nível às Deslocamento
Vertical Horizontal pavimento acumulado
estrutural(piso) fundações (cm)
(kN) (kN) (kN.m) (kN.m)
z(m)
Térreo 5,12 8569 18 0,14 93 1288
1ºpavimento 7,35 8569 36 0,32 263 1276
2ºpavimento 10,15 8098 32 0,46 320 1248
3ºpavimento 12,95 8098 34 0,61 446 1211
4ºpavimento 15,75 8098 37 0,76 579 1162
5ºpavimento 18,55 8098 39 0,90 720 1100
6ºpavimento 21,35 8098 41 1,04 866 1027
7ºpavimento 24,15 8098 42 1,18 1017 943
8ºpavimento 26,95 8098 44 1,30 1174 847
9ºpavimento 29,75 8098 45 1,42 1335 742
10ºpavimento 32,55 8098 46 1,52 1500 627
11ºpavimento 35,35 8098 47 1,61 1670 504
12ºpavimento 38,15 8098 48 1,69 1843 374
Cobertura 41,15 8962 49 1,76 2032 237
Telhado 44,05 3062 35 1,82 1558 79
Teto da Casa 47,75 1260 7 1,85 357 23
de máquinas
∑ 15771
M1k(kN.m)= 15771
M2k(kN.m)= 1288

1
γ z
=
1,27 × 1288
= 1,12
1−
15771

92
Figura 4.14-Edifício 3-Deslocamentos horizontais- Análise 1-ELU- Direção Y
Unidade:metro

93
Tabela 4.28: Edifício 3-Cálculo de γz- Análise 1-Direção Y

Distância
Carga Carga M1k por M2k
Nível às Deslocamento
Vertical Horizontal pavimento acumulado
estrutural(piso) fundações (cm)
(kN) (kN) (kN.m) (kN.m)
z(m)
Térreo 5,12 8569 37 0,41 190 3827
1ºpavimento 7,35 8569 73 0,95 537 3792
2ºpavimento 10,15 8098 64 1,38 653 3710
3ºpavimento 12,95 8098 70 1,81 910 3599
4ºpavimento 15,75 8098 75 2,26 1183 3452
5ºpavimento 18,55 8098 79 2,68 1470 3269
6ºpavimento 21,35 8098 83 3,10 1769 3052
7ºpavimento 24,15 8098 86 3,50 2078 2801
8ºpavimento 26,95 8098 89 3,87 2398 2518
9ºpavimento 29,75 8098 92 4,21 2727 2205
10ºpavimento 32,55 8098 94 4,51 3065 1864
11ºpavimento 35,35 8098 96 4,78 3411 1498
12ºpavimento 38,15 8098 99 5,03 3764 1112
Cobertura 41,15 8962 101 5,24 4151 704
Telhado 44,05 3062 104 5,41 4591 235
Teto da Casa 47,75 1260 25 5,50 1195 69
de máquinas
∑ 34092
M1k(kN.m)= 34092
M2k(kN.m)= 3827

1
γ z
=
1,27 × 3827
= 1,17
1−
34092

94
Figura 4.15-Edifício 3-Deslocamentos horizontais -Análise 2-ELU- Direção X
Unidade: metro

95
Tabela 4.29: Edifício 3-Cálculo de γz- Análise 2-Direção X

Distância
Carga Carga M1k por M2k
Nível às Deslocamento
Vertical Horizontal pavimento acumulado
estrutural(piso) fundações (cm)
(kN) (kN) (kN.m) (kN.m)
z(m)
Térreo 5,12 8569 18 0,20 93 1843
1ºpavimento 7,35 8569 36 0,46 263 1826
2ºpavimento 10,15 8098 32 0,67 320 1786
3ºpavimento 12,95 8098 34 0,87 446 1732
4ºpavimento 15,75 8098 37 1,09 579 1662
5ºpavimento 18,55 8098 39 1,29 720 1573
6ºpavimento 21,35 8098 41 1,49 866 1469
7ºpavimento 24,15 8098 42 1,68 1017 1348
8ºpavimento 26,95 8098 44 1,86 1174 1212
9ºpavimento 29,75 8098 45 2,03 1335 1061
10ºpavimento 32,55 8098 46 2,17 1500 897
11ºpavimento 35,35 8098 47 2,30 1670 721
12ºpavimento 38,15 8098 48 2,42 1843 535
Cobertura 41,15 8962 49 2,52 2032 339
Telhado 44,05 3062 35 2,61 1558 113
Teto da Casa 47,75 1260 7 2,65 357 33
de máquinas
∑ 15771
M1k(kN.m)= 15771
M2k(kN.m)= 1843

1
γ z
=
1,27 × 1843
= 1,18
1−
15771

96
Figura 4.15-Edifício 3-Deslocamentos horizontais- Análise 2-ELU- Direção Y
Unidade: metro

97
Tabela 4.30: Edifício 3-Cálculo de γz- Análise 2- Direção Y

Distância
Carga Carga M1k por M2k
Nível às Deslocamento
Vertical Horizontal pavimento acumulado
estrutural(piso) fundações (cm)
(kN) (kN) (kN.m) (kN.m)
z(m)
Térreo 5,12 8569 37 0,48 190 4578
1ºpavimento 7,35 8569 73 1,14 537 4536
2ºpavimento 10,15 8098 64 1,65 653 4439
3ºpavimento 12,95 8098 70 2,16 910 4305
4ºpavimento 15,75 8098 75 2,70 1183 4130
5ºpavimento 18,55 8098 79 3,21 1470 3912
6ºpavimento 21,35 8098 83 3,71 1769 3652
7ºpavimento 24,15 8098 86 4,18 2078 3351
8ºpavimento 26,95 8098 89 4,63 2398 3013
9ºpavimento 29,75 8098 92 5,03 2727 2638
10ºpavimento 32,55 8098 94 5,40 3065 2230
11ºpavimento 35,35 8098 96 5,71 3411 1793
12ºpavimento 38,15 8098 99 6,02 3764 1331
Cobertura 41,15 8962 101 6,27 4151 843
Telhado 44,05 3062 104 6,48 4591 281
Teto da Casa 47,75 1260 25 6,58 1195 83
de máquinas
∑ 34092
M1k(kN.m)= 34092
M2k(kN.m)= 4578
1
γ z
=
1,27 × 4578
= 1,21
1−
34092

98
Figura 4.16-Edifício 3-Deslocamentos horizontais -Análise 3-ELU- Direção X
Unidade: metro

99
Tabela 4.31: Edifício 3-Cálculo de γz- Análise 3- Direção X

Distância
Carga Carga M1k por M2k
Nível às Deslocamento
Vertical Horizontal pavimento acumulado
estrutural(piso) fundações (cm)
(kN) (kN) (kN.m) (kN.m)
z(m)
Térreo 5,12 8569 18 0,14 93 1308
1ºpavimento 7,35 8569 36 0,33 263 1296
2ºpavimento 10,15 8098 32 0,47 320 1268
3ºpavimento 12,95 8098 34 0,62 446 1230
4ºpavimento 15,75 8098 37 0,77 579 1179
5ºpavimento 18,55 8098 39 0,92 720 1117
6ºpavimento 21,35 8098 41 1,06 866 1042
7ºpavimento 24,15 8098 42 1,19 1017 957
8ºpavimento 26,95 8098 44 1,32 1174 860
9ºpavimento 29,75 8098 45 1,44 1335 753
10ºpavimento 32,55 8098 46 1,54 1500 637
11ºpavimento 35,35 8098 47 1,63 1670 512
12ºpavimento 38,15 8098 48 1,72 1843 380
Cobertura 41,15 8962 49 1,79 2032 241
Telhado 44,05 3062 35 1,85 1558 80
Teto da Casa 47,75 1260 7 1,88 357 24
de máquinas
∑ 15771
M1k(KN.m)= 15771
M2k(KN.m)= 1308
1
γ z
=
1,27 × 1308
= 1,12
1−
15771

100
Figura 4.17-Edifício 3-Deslocamentos horizontais -Análise 3-ELU- Direção Y
Unidade: metro

101
Tabela 4.32: Edifício 3-Cálculo de γz- Análise 3- Direção Y

Distância
Carga Carga M1k por M2k
Nível às Deslocamento
Vertical Horizontal pavimento acumulado
estrutural(piso) fundações (cm)
(kN) (kN) (kN.m) (kN.m)
z(m)
Térreo 5,12 8569 37 0,37 190 3493
1ºpavimento 7,35 8569 73 0,87 537 3461
2ºpavimento 10,15 8098 64 1,26 653 3387
3ºpavimento 12,95 8098 70 1,65 910 3284
4ºpavimento 15,75 8098 75 2,06 1183 3151
5ºpavimento 18,55 8098 79 2,45 1470 2984
6ºpavimento 21,35 8098 83 2,83 1769 2786
7ºpavimento 24,15 8098 86 3,19 2078 2556
8ºpavimento 26,95 8098 89 3,53 2398 2298
9ºpavimento 29,75 8098 92 3,84 2727 2012
10ºpavimento 32,55 8098 94 4,12 3065 1701
11ºpavimento 35,35 8098 96 4,36 3411 1368
12ºpavimento 38,15 8098 99 4,59 3764 1015
Cobertura 41,15 8962 101 4,78 4151 643
Telhado 44,05 3062 104 4,94 4591 215
Teto da Casa 47,75 1260 25 5,02 1195 63
de máquinas
∑ 34092
M1k(KN.m)= 34092
M2k(KN.m)= 3493
1
γ z
=
1,27 × 3493
= 1,15
1−
34092

102
Tabela 4.33: Edifício 3- Análise 1-ELS- Direção X

Distância às
Nível Carga Deslocamentos
fundações
estrutural(piso) Horizontal(KN) (cm)
z(m)
Térreo 2,22 5,45 0,03
1ºpavimento 4,45 10,73 0,08
2ºpavimento 7,25 9,45 0,12
3ºpavimento 10,05 10,33 0,15
4ºpavimento 12,85 11,03 0,19
5ºpavimento 15,65 11,64 0,23
6ºpavimento 18,45 12,17 0,26
7ºpavimento 21,25 12,64 0,30
8ºpavimento 24,05 13,07 0,32
9ºpavimento 26,85 13,46 0,36
10ºpavimento 29,65 13,83 0,38
11ºpavimento 32,45 14,17 0,41
12ºpavimento 35,25 14,49 0,43
Cobertura 38,25 14,81 0,44
Telhado 41,15 10,61 0,45
Teto da Casa de 44,85 2,24 0,46
máquinas

103
Tabela 4.34: Edifício 3- Análise 1-ELS- Direção Y

Distância às
Nível Carga Deslocamentos
fundações
estrutural(piso) Horizontal(kN) (cm)
z(m)

Térreo 2,22 11,12 0,10


1ºpavimento 4,45 21,92 0,24
2ºpavimento 7,25 19,31 0,34
3ºpavimento 10,05 21,09 0,45
4ºpavimento 12,85 22,54 0,56
5ºpavimento 15,65 23,77 0,67
6ºpavimento 18,45 24,85 0,78
7ºpavimento 21,25 25,82 0,87
8ºpavimento 24,05 26,70 0,97
9ºpavimento 26,85 27,50 1,05
10ºpavimento 29,65 28,25 1,13
11ºpavimento 32,45 28,94 1,20
12ºpavimento 35,25 29,60 1,26
Cobertura 38,25 30,26 1,31
Telhado 41,15 31,27 1,35
Teto da Casa de 44,85 7,51 1,37
máquinas

104
Tabela 4.35: Edifício 3- Análise 2-ELS- Direção X

Distância às
Nível fundações Carga Deslocamentos
estrutural(piso) z(m) Horizontal(kN) (cm)

Térreo 2,22 18,15 0,03


1ºpavimento 4,45 35,76 0,06
2ºpavimento 7,25 31,51 0,10
3ºpavimento 10,05 34,42 0,12
4ºpavimento 12,85 36,78 0,15
5ºpavimento 15,65 38,79 0,18
6ºpavimento 18,45 40,55 0,21
7ºpavimento 21,25 42,13 0,23
8ºpavimento 24,05 43,56 0,26
9ºpavimento 26,85 44,88 0,28
10ºpavimento 29,65 46,09 0,30
11ºpavimento 32,45 47,23 0,32
12ºpavimento 35,25 48,30 0,35
Cobertura 38,25 49,37 0,35
Telhado 41,15 35,36 0,36
Teto da Casa de 44,85 7,48 0,37
máquinas

105
Tabela 4.36: Edifício 3- Análise 2-ELS- Direção Y

Distância às
Nível fundações Carga Deslocamentos
estrutural(piso) z(m) Horizontal(kN) (cm)

Térreo 2,22 37,08 0,07


1ºpavimento 4,45 73,05 0,15
2ºpavimento 7,25 64,37 0,23
3ºpavimento 10,05 70,31 0,30
4ºpavimento 12,85 75,13 0,37
5ºpavimento 15,65 79,24 0,44
6ºpavimento 18,45 82,84 0,52
7ºpavimento 21,25 86,06 0,58
8ºpavimento 24,05 88,99 0,65
9ºpavimento 26,85 91,67 0,69
10ºpavimento 29,65 94,16 0,75
11ºpavimento 32,45 96,48 0,80
12ºpavimento 35,25 98,66 0,84
Cobertura 38,25 100,86 0,87
Telhado 41,15 104,23 0,90
Teto da Casa de 44,85 25,02 0,91
máquinas

106
Tabela 4.37: Edifício 3- Resumo das Análises de ELU

Multiplicador da rigidez Deslocamento


Análise (EciIc) Direção máximo γz
Lajes Vigas Pilares (cm)
Direção X 1,85 1,12
Estado 1 0,00 0,70 0,70
limite Direção Y 5,50 1,17
último Direção X 2,65 1,18
2 0,00 0,40 0,80
Direção Y 6,58 1,21
Direção X 1,88 1,12
3 0,30 0,40 0,80
Direção Y 5,02 1,15

Tabela 4.38: Edifício 3- Comparações percentuais dos resultados de ELU

Razão entre
Razão entre γz
deslocamento máximo
Análise 1/ Análise 2/ Análise 1/ Análise 2/
Análise 3 Análise 3 Análise 3 Análise 3
Direção X 0,98 1,41 1,00 1,04
Direção Y 1,10 1,31 1,02 1,04

Tabela 4.39: Edifício 3- Resumo das Análises de ELS

Multiplicador da rigidez Deslocamento


(EcsIc) H/1700
Análise Direção máximo
Estado Lajes Vigas Pilares (cm) (cm)
limite Direção X 0,46
de 1 0,00 1,00 1,00
serviço Direção Y 1,37
2,65
Direção X 0,37
2 1,00 1,00 1,00
Direção Y 0,91

107
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

No edifício 3, embora a consideração da laje na análise leve a menores valores de γz e


deslocamentos,em todas as análises tem-se valores dessas grandezas menores que os
limites indicados na NBR-6118:2003.

108
5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Nas tabelas 4.40 e 4.41 mostra-se a síntese dos resultados das três análises nos três
edifícios, nas direções X e Y.

Tabela 4.40: Resumo das análises de ELU- Direção X

Multiplicador da rigidez
(EciIc) Deslocamento
Análise
máximo(cm)
γz
Lajes Vigas Pilares
1 0,00 0,70 0,70 12,46 1,32
Edifício 1 2 0,00 0,40 0,80 17,52 1,32
3 0,30 0,40 0,80 4,66 1,12
1 0,00 0,70 0,70 3,98 1,28
Edifício 2 2 0,00 0,40 0,80 3,97 1,27
3 0,30 0,40 0,80 1,60 1,11
1 0,00 0,70 0,70 1,85 1,12
Edifício 3 2 0,00 0,40 0,80 2,65 1,18
3 0,30 0,40 0,80 1,88 1,12

Tabela 4.41: Resumo das análises de ELU- Direção Y

Multiplicador da rigidez
(EciIc) Deslocamento
Análise
máximo(cm)
γz
Lajes Vigas Pilares
1 0,00 0,70 0,70 17,52 1,57
Edifício 1 2 0,00 0,40 0,80 17,11 1,55
3 0,30 0,40 0,80 7,25 1,20
1 0,00 0,70 0,70 10,10 1,45
Edifício 2 2 0,00 0,40 0,80 10,00 1,45
3 0,30 0,40 0,80 3,04 1,13
1 0,00 0,70 0,70 5,50 1,17
Edifício 3 2 0,00 0,40 0,80 6,58 1,21
3 0,30 0,40 0,80 5,02 1,15

109
Observando os resultados, nota-se a importância da consideração da rigidez à flexão da
laje pro contraventamento de estruturas desprovidas de pórticos formados por vigas e
pilares. Nas estruturas dos edifícios 1 e 2, cujo sistema estrutural tem essa característica,
observa-se um incremento substancial na eficiência da estrutura de contraventamento
quando é considerada a contribuição da laje. Além de conferir maior rigidez à estrutura
de contraventamento, este modelo é mais realístico, pois a laje existe e está ligada
monoliticamente às vigas e pilares.

Deve-se destacar que é fundamental a existência dos núcleos rígidos na estrutura de


contraventamento do edifício 1. Devido à sua altura elevada, os pilares e lajes e os
poucos pórticos de vigas e pilares na fachada não constituiriam uma estrutura de
contraventamento eficiente e os parâmetros de estabilidade global e não satisfariam os
limites de norma. Com a consideração da laje os valores do parâmetro γz ficam dentro
do limite para a utilização do método simplificado(Análise 3).

A estrutura do edifício 2 é de uma edificação baixa e não apresenta núcleo rígido.


Porém, essa ausência não impede que se tenham valores razoáveis para γz. Para tal, é
fundamental a consideração da rigidez transversal da laje no contraventamento da
estrutura. Na análise 3, encontraram-se valores para γz de 1,12 e 1,13 para as direções
X e Y respectivamente. Assim, com a consideração da laje, conferiu-se à estrutura uma
rigidez lateral que quase permitiu a dispensa da consideração dos efeitos de 2ªordem
globais (γz <1.10),enquanto as análises nas quais as estruturas de contraventamento

tinham só vigas e pilares, os valores de γz ultrapassaram o limite de 1,30 (1,45 nas


análises 1 e 2-Direção Y) .

No edifício 3 tem-se um sistema estrutural convencional, com pórticos rígidos formados


entre as vigas e pilares. Assim, desconsiderando-se ou não a laje, verificou-se diferenças
no parâmetro γz. menores ou iguais a 4% A maior razão entre as análises de ELU com

e sem a laje para os valores de γz é de 1,04. Ainda assim, é recomendável a utilização


do modelo de pórtico completo também nesse tipo de estrutura, uma vez ele é mais
realista.

110
Ressalte-se que, para a utilização deste modelo estrutural, o projetista deve atentar para
os esforços de flexão na laje devidos ao vento. Devem-se dimensionar as lajes para as
combinações de ELU envolvendo as cargas verticais, e horizontais de vento. Também é
importante lembrar que a NBR-6118/2003 prescreve que, uma vez considerada na
estrutura de contraventamento, a laje deve possuir armadura de punção tal que resista à
metade do esforço cortante existente na sua ligação com os pilares.

No estado limite de serviço, nos edifícios 1 e 2, o valor limite de deslocamento


horizontal máximo só foi respeitado, para as duas direções, quando se considerou a
rigidez à flexão da laje.

A consideração da rigidez à flexão da laje não influiu apenas na obtenção de parâmetros


de estabilidade global. Os esforços nas vigas e pilares podem apresentar reduções
significativas com a inclusão da laje na estrutura de contraventamento. Assim, têm–se
conseqüências diretas no dimensionamento desses elementos para combinações de
ELU. A laje passa a ter esforços a ter esforços de flexão para forças horizontais do
vento e devem obrigatoriamente ser armadas à punção.

Os valores apresentados pela NBR 6118/2003 para a rigidez dos elementos estruturais
na análise de ELU são aproximados. Tais valores têm sido largamente utilizados há
muitos anos em projetos. Porém, atualmente, tem-se ferramentas que possibilitam a
obtenção da rigidez das peças estruturais de forma mais exata, através da consideração
da não-linearidade física do concreto armado em cada elemento. Mesmo sem a
utilização deste método refinado, o método P-delta é mais indicado do que o método γz
para avaliação e quantificação dos efeitos de 2ªordem globais. Como o foco deste
trabalho foi a verificação da importância da laje, a adoção dos valores aproximados e
adoção do método γz foram satisfatórios.

Outro fator que não é considerado pelos projetistas na análise da estabilidade global é a
contribuição dos painéis de alvenaria na estrutura de contraventamento. Assim,
sugerem-se estudos nesse sentido, através da introdução desses elementos no modelo
numérico tridimensional.

111
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1988). NBR-6123. Forças


devidas ao vento em edificações. Rio de Janeiro, ABNT. 52p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2003). NBR-6118. Projeto


de estruturas de concreto-Procedimento. Rio de Janeiro, ABNT. 221p.

BEZERRA, D.P. (1995). Análise de estruturas tridimensionais de edifícios altos


considerando a rigidez transversal à flexão das lajes. São Carlos. Dissertação
(Mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo. 138p.

CEB – Comité Euro-Internacional Du Béton. (1993). CEB-FIP Model Code 1990.


Bulletin d´information nº213/214, Lausanne, Switzerland.

FRANCO, M. (1985). Problema de estabilidade nos edifícios altos. In: Publicação


técnica do Instituto de Engenharia. Coletânea de trabalhos sobre estabilidade global e
local das estruturas de edifícios, 1997, São Paulo, p.17-38.

FRANCO, M; VASCONCELOS, A.C. (1991). O parâmetro de estabilidade nos


edifícios de concreto. In: REUNIÃO ANUAL DO IBRACON: Colóquio sobre
Estabilidade Global das Estruturas de Concreto Armado, São Paulo, 22-26 jul. Anais.
26p.

FRANCO, M. (1995). Instabilidade local e Global dos Edifícios Altos de concreto


armado. In: Publicação técnica do Instituto de Engenharia. Coletânea de trabalhos sobre
estabilidade global e local das estruturas de edifícios, 1997, São Paulo, p.57-68.

MARTINS, C.H. (1998). Contribuição da rigidez à flexão das lajes, na distribuição de


esforços em estruturas de edifícios de andares múltiplos, em teoria de segunda ordem.
Dissertação (mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São
Paulo.

112
MARTINS, C.H. (2001). Análise não linear de estruturas tridimensionais de edifícios
de andares múltiplos com núcleos resistentes, considerando a rigidez transversal à
flexão das lajes. Tese (doutorado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade
de São Paulo.

VASCONCELOS, A.C; FRANÇA, R.L.S. (1997). Um método simplificado e muito


preciso para avaliação dos momentos de segunda ordem em edifícios altos usuais. In:
Publicação técnica do Instituto de Engenharia. Coletânea de trabalhos sobre
estabilidade global e local das estruturas de edifícios, 1997, São Paulo, p.79-97.

MENON, N.V.; PERALTA, A.C.; WUTZOW, W.W. (2000). Influência da rigidez


transversal das lajes no contraventamento de edifícios de concreto armado. In:
ENTECA -2000, Maringá- PR : Gráfica da UEM, p. 243-250.

113
ANEXO 1- Definição dos coeficientes de arrasto

Para o cálculo do coeficiente de arrasto, utilizaremos a figura 4 da norma NBR-6123,


para edificações paralelepipédicas em vento de baixa turbulência:

a) Edifício 1

Direção X:

l1 = 32,19m l2 = 32,19m h = 57,04 m

l1 = 1,00 h
= 1,77
l2 l1

Ca = 1,24

Direção Y:

Como l1 = l2 o coeficiente de arrasto é idêntico ao da direção X.

b) Edifício 2

Direção X:

l1 = 27,25m l2 = 36,00m h = 27,84 m

l1 = 0,75 h
= 1,03
l2 l1

C a = 1,00

Direção Y:

l1 = 36,00m l2 = 27,00m h = 27,84 m

l1 = 1,33 h
= 0,77
l2 l1

C a = 1,15

114
c) Edifício 3

Direção X:

l1 = 26,74m l2 =45,66m h = 45 m

l1 = 0,58 h
= 1,68
l2 l1

C a = 0,96

Direção Y:

l1 = 45,66 m l2 = 26,76 m h = 45 m

l1 = 1,72 h
= 0,98
l2 l1

C a = 1,15

115

Você também pode gostar