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Proteção

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Incêndios e Explosões
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Ações contra Incêndio e a Proteção Passiva

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Esp. Leandro Monteiro de Araújo

Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Ações contra Incêndio
e a Proteção Passiva

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:


• Brigada de Incêndio;
• Plano de Emergência;
• Controle de Materiais de Acabamento
e Revestimento;
• Compartimentação;

Fonte: GettyImages
• Saídas de Emergência;
• Iluminação de Emergência;
• Sinalização de Emergência.

Objetivos
• Fornecer ao aluno o conteúdo teórico básico referente às ações contra incêndio através da
brigada de incêndio e do plano de emergência;
• Apresentar as proteções passivas existentes, tais como: compartimentação, controle de
materiais de acabamento, saídas de emergência, iluminação de emergência e sinalização
de emergência, visando sempre à sobrevivência das pessoas e à preservação do patrimô-
nio em casos de emergência.

Caro Aluno(a)!

Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.

No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões


de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.

Bons Estudos!
UNIDADE
Ações contra Incêndio e a Proteção Passiva

Contextualização
A presente unidade (Ações contra Incêndio e a Proteção Passiva) vem apresentar
ao aluno(a) as ações contra incêndio através da brigada de incêndio e do plano de
emergência, além de apresentar as proteções passivas existentes, tais como: com-
partimentação, controle de materiais de acabamento, saídas de emergência, ilumina-
ção de emergência e sinalização de emergência.
Para a garantia de sobrevivência e preservação do patrimônio e meio ambiente em
um caso de incêndio, não adianta existir sistemas de combate contra incêndio se não
houver treinamento para sua utilização, se não houver pessoas treinadas e capacita-
das para agir em caso de emergência de incêndio.
Além disso, evitar a propagação do incêndio através de proteções passivas e faci-
litar a evacuação no caso de incêndio através das saídas de emergência, iluminação
e sinalização de emergência pode ser algo crucial no tempo para a sobrevivência e
resguardo do patrimônio.
Dessa forma, aproveite o conteúdo desta unidade e todos os demais recursos dis-
poníveis para o aprofundamento teórico nessa área de conhecimento da segurança
contra incêndio.

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Brigada de Incêndio
Segundo a NBR 14276 (ABNT, 2006), brigada de incêndio é
[...] um grupo de pessoas preferencialmente voluntárias ou indicadas,
treinadas e capacitadas para atuar na prevenção e no combate ao
princípio de incêndio, abandono de área e primeiros socorros, dentro
de uma área preestabelecida na planta.

Figura 1
Fonte: GettyImages

Para participar da equipe de brigada, os candidatos devem atender ao maior número


de critérios, conforme NBR 14276, a saber:
• permanecer na edificação durante seu turno de trabalho;
• possuir boa condição física e boa saúde;
• possuir bom conhecimento das instalações;
• ter mais de 18 anos;
• ser alfabetizado.

Para a formação da brigada, deve-se determinar a quantidade de brigadistas por turno,


conforme Anexo A da NBR 14276, ou Instruções técnicas estaduais, que levam em conta
a população fixa por turno, o grau de risco e os grupos/divisões de ocupação da edifica-
ção ou área de risco.

Após a definição do número de brigadistas, os mesmos devem participar de curso de


capacitação conforme o tipo de ocupação da edificação, atendendo ao conteúdo e carga
horária conforme definido nos anexos A e B da NBR 14276 e/ou instruções técnicas de
cada estado.

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UNIDADE
Ações contra Incêndio e a Proteção Passiva

Quadro 1 – Composição mínima da brigada e nível de treinamento

Grau População fixa por Pavimento Nível do Nível da


Grupo Divisão Descrição de Acima treinamento instalação
Risco Até 2 Até 4 Até 6 Até 8 Até 10 (Anexo B) (Tabela A.2)
de 10
Habitação
A-1 Baixo Isento Isento Isento
unifamiliar
A - Residêncial

Habitação 80% dos funcionários da edificação e recomenda-se


A-2 Baixo Básico Básico
multifamiliar 1 (um) brigadista para cada pavimento
Habitação
A-3 coletiva Baixo 1 2 3 4 4 (nota 5) Básico Básico
(nota 2)
Hotel e (nota 5)
B-1 Médio 1 2 3 4 4 Intermediário Intermediário
Assemelhado e (nota 6)
B - Serviço de
Hospegagem

Hotel
(nota 5)
B-2 residencial Médio 1 2 3 4 4 Intermediário Intermediário
e (nota 6)
(nota8)

C-1 Comércio Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) Básico Básico


C - Comercial

Médio 1 2 3 4 4 (nota 5) (nota 1) (nota 1)


C-2 Comércio
Alto 2 2 3 4 5 (nota 5) Intermediário Intermediário

Fonte: CBPMSP (2018), Instrução técnica n.º 17 – Brigada de Incêndio – Anexo A

Quadro 2 – Conteúdo programático do curso de brigada de incêndio


Módulo Assunto Objetivos parte teórica Objetivos parte prática
Objetivos do curso Conhecer os objetivos gerais do curso
01 Introdução
e o brigadista e comportamento do brigadista
Responsabilidade Conhecer os aspectos legais relacionados
02 Aspectos Legais
do brigadista a responsabilidade do brigadista
Conhecer a combustão, seus elementos,
Combustão, seus
funções, temperaturas do fogo (por
03 Teoria do fogo elementos e a reação
exemplo: ponto de fulgor, ignição e
em cadeia
combustão) e a reação em cadeia
Condução, convecção
04 Propagação do fogo Conhecer as formas de propagação do fogo
e irradiação
Classificação e Reconhecer as classes
05 Classes de incêndio Identificar as classes de incêndio
características de incêndio
Conhecer as técnicas de prevenção para
06 Prevenção de incêndio Técnicas de prevenção
avaliação dos riscos em potencial
Isolamento,
abafamento,
07 Métodos de extinção Conhecer os métodos e suas aplicações Aplicar os métodos
resfriamento e extinção
química
Água, Pós, CO2, espumas Conhecer os agentes, suas características
08 Agentes extintores Aplicar os agentes
e outros e aplicações
Conhecer os EPI necessários para proteção
09 EPI (equipamentos de
EPI da cabeça, dos olhos, do tronco, dos Utilizar os EPI corretamente
proteção individual)
membros superiores e inferiores do corpo
Fonte: CBPMSP (2018), Instrução técnica n.º 17 – Brigada de Incêndio – Anexo B

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O objetivo do curso de brigada de incêndio é o de proporcionar aos brigadistas
os conhecimentos básicos sobre prevenção, isolamento, extinção de princípios de
incêndio, abandono do local e noções de primeiros socorros. A reciclagem do treina-
mento deve ser feita no máximo em 12 meses ou quando houver alteração de 50%
dos membros da brigada.

Observar o determinado em cada legislação estadual com relação à necessidade de


instalações específicas para o treinamento prático do curso de brigada de incêndio.
Por exemplo, em São Paulo, a Instrução Técnica (IT) 17/2018 determina que para o trei-
namento básico não é necessário instalações específicas, podendo o mesmo ser aplicado
na edificação. A partir do nível intermediário, deve-se encaminhar para o treinamento
em locais com instalações específicas para o treinamento prático de brigada de incêndio.

Os brigadistas devem receber conforme sua função prevista no plano de emergência


da planta os EPIs adequados, conforme Norma Regulamentadora n.º 06 da Portaria
3214/78, e, no caso de emergência, atuar conforme o mesmo plano de emergência,
que deve estar de acordo com a NBR 15219.

Plano de Emergência
O plano de emergência contra incêndio deve ser elaborado para toda e qualquer
edificação, exceto para aquelas de ocupação unifamiliar, segundo a NBR 15219.

Figura 2
Fonte: GettyImages

Cada estado possui suas próprias legislações que impõem a obrigatoriedade ou


não da elaboração desse plano de emergência. Como exemplo, podemos citar que
em São Paulo o decreto estadual 63.911/2018 recomenda a elaboração do pla-
no de emergência para algumas edificações e áreas de riscos, e não para todas.
Entretanto, a Instrução Técnica n.º 16 item 2.2 indica como recomendado a aplica-
ção desse plano de emergência para todos os demais tipos de edificação.

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UNIDADE
Ações contra Incêndio e a Proteção Passiva

O objetivo do Plano de Emergência é estabelecer as responsabilidades e procedimentos


para organizações e indivíduos, a fim de desempenharem ações específicas, conforme o
local e o tempo em que venha a ocorrer uma emergência ou desastre.

Dessa forma, segundo a NBR 15219 (ABNT, 2005),


O plano de emergência contra incêndio deve ser elaborado por escrito
por profissional habilitado, levando-se em conta os seguintes aspectos:

Localização (por exemplo: urbana, rural, características da vizinhança,


distâncias de outras edificações e/ou riscos, distâncias da unidade do
Corpo de Bombeiros, existência de Plano de Auxílio Mútuo-PAM etc.);

Construção (por exemplo: alvenaria, concreto, metálica, madeira etc.);

Ocupação (por exemplo: industrial, comercial, residencial, escolar etc.);

População (por exemplo: fixa, flutuante, características, escolar etc.);

Características de funcionamento (horários e turnos de trabalho e os


dias e horários fora do expediente);

Pessoas portadores de deficiências;

Outros riscos específicos inerentes à atividade;

Recursos humanos (por exemplo: brigada de incêndio, bombeiros pro-


fissionais civis, grupos de apoio etc) e

Materiais existentes (por exemplo: extintores de incêndio, iluminação


de emergência, sinalização, saídas de emergência, sistema de hidrantes,
chuveiros automáticos, sistema de detecção e alarme de incêndio etc.).

Já temos o plano de emergência elaborado, e agora? Guardamos e apresentamos


quando da vistoria? Não, o plano de emergência não deve ser considerado apenas uma
mera formalidade de documento para atender à legislação, é muito importante a sua
divulgação e a conscientização dos funcionários sobre os procedimentos.

Assim, após a elaboração do plano de emergência, é necessária a sua implantação


através da divulgação do documento, treinamento dos envolvidos no plano, execução
de simulados de abandono e procedimentos básicos das emergências, conscientizando
assim todos os funcionários sobre a importância do preparo para a ação no caso de
uma emergência real.

Para a manutenção do plano de emergência, devem-se realizar reuniões mensais e


extraordinárias, se necessário, conforme recomenda a NBR 15219, para garantir que o
mesmo encontra-se ainda válido e funcional, devendo ainda passar por revisão completa
a cada 12 meses ou quando houver alteração significativa nos processos da empresa,
leiaute etc., ou se for constatada a possibilidade de melhoria do plano durante as reuniões.

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Para auxiliar a elaboração dos procedimentos de emergência no plano de emergência,
a NBR criou um fluxograma para auxiliar nessa atividade. A seguir, a Figura 3 apresenta
tal fluxograma.

Figura 3 – Fluxograma de procedimento de emergência contra incêndio


Fonte: NBR 15219

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UNIDADE
Ações contra Incêndio e a Proteção Passiva

Controle de Materiais de Acabamento


e Revestimento
O controle de materiais de acabamento e revestimento (CMAR) utilizado nas edifi-
cações tem como objetivo estabelecer os padrões mínimos para evitar a propagação
de incêndios e a geração de fumaça. Para tal, são avaliadas duas características básicas
desses materiais:
• Resistência ao fogo;
• Reação ao fogo.

Figura 4
Fonte: GettyImages

Os ensaios feitos para avaliar as características básicas indicadas são realizados con-
forme as normas nacionais e internacionais, classificando-os em Classes I a VI, conforme
apresentados nas figuras 3, 4 e 5.

Quadro 3 – Classificação dos materiais de revestimento de piso


EN ISO 11925-2
Classe/Método de Ensaio ISO 1182 NBR 8660 ASTM E 662
(exposição = 15 s)
Incombustível
ΔТ ≤ 30°C
I - - -
Δm ≤ 50%
t f ≤ 10s
A Combustível Fluxo Crítico ≥ 8,0 kW/m2 FS ≤ 150 mm em 20 s Dm ≤ 450
II
B Combustível Fluxo Crítico ≥ 8,0 kW/m 2
FS ≤ 150 mm em 20 s Dm > 450
A Combustível Fluxo Crítico ≥ 4,5 kW/m 2
FS ≤ 150 mm em 20 s Dm ≤ 450
III
B Combustível Fluxo Crítico ≥ 4,5 kW/m2 FS ≤ 150 mm em 20 s Dm > 450
A Combustível Fluxo Crítico ≥ 3,0 kW/m 2
FS ≤ 150 mm em 20 s Dm ≤ 450
IV
B Combustível Fluxo Crítico ≥ 3,0 kW/m2 FS ≤ 150 mm em 20 s Dm > 450
A Combustível Fluxo Crítico < 3,0 kW/m2 FS ≤ 150 mm em 20 s Dm ≤ 450
V
B Combustível Fluxo Crítico < 3,0 kW/m 2
FS ≤ 150 mm em 20 s Dm > 450

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VI Combustível - FS > 150 mm em 20 s -
Notas:
Fluxo Crítico - Fluxo de energia radiante necessário á manutenção da frente de chama no corpo de prova.
FS - Tempo em que a frente da chama leva para atingir a marca de 150mm indicada na face do material ensaiado.
Dm - Densidade ótica específica máxima corrigida.
ΔТ - Variação da temperatura no interior do forno.
Δm - Variação da massa do corpo de prova.
t f - Tempo de flamejamento do corpo de prova.

Fonte: CBPMSP (2018), Instrução Técnica n.º 10 – Anexo A

Quadro 4 – Classificação dos materiais exceto revestimento de piso


Classe/Método de Ensaio ISO 1182 NBR 9442 ASTM E 662
Incombustível
ΔТ ≤ 30°C
I - -
Δm ≤ 50%
t f ≤ 10s
A Combustível lp ≤ 25 Dm ≤ 450
II
B Combustível lp ≤ 25 Dm > 450
A Combustível 25 < lp ≤ 75 Dm ≤ 450
III
B Combustível 25 < lp ≤ 75 Dm > 450
A Combustível 75 < lp ≤ 150 Dm ≤ 450
IV
B Combustível 75 < lp ≤ 150 Dm > 450
A Combustível 150 < lp ≤ 400 Dm ≤ 450
V
B Combustível 150 < lp ≤ 400 Dm > 450
VI Combustível lp > 400 -

Notas:
lp - índice de propagação superficial de chama.
Dm - Densidade específica ótica máxima.
ΔТ - Variação da temperatura no interior do forno.
Δm - Variação da massa do corpo de prova.
t f - Tempo de flamejamento do corpo de prova.

Fonte: CBPMSP (2018), Instrução Técnica n.º 10 – Anexo A

Quadro 5 – Classificação dos materiais, exceto revestimento de piso. Classificação dos materiais
especiais que não podem ser caracterizados através da NBR 9442 exceto revestimentos de piso
EN ISO 11925-2
Classe/Método de Ensaio ISO 1182 EN 13823 (SBI)
(exposição = 30 s)
Incombustível
ΔТ ≤ 30°C
I - -
Δm ≤ 50%
t f ≤ 10s

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UNIDADE
Ações contra Incêndio e a Proteção Passiva

EN ISO 11925-2
Classe/Método de Ensaio ISO 1182 EN 13823 (SBI)
(exposição = 30 s)
FIGRA ≤ 120 W/s
LSF < canto do corpo de prova
A Combustível FS ≤ 150 mm em 60 s
THR600s ≤ 7,5 MJ
SMOGRA > 180 m2/s2 e TSP600s ≤ 200m2
II
FIGRA ≤ 120 W/s
LSF < canto do corpo de prova
B Combustível FS ≤ 150 mm em 60 s
THR600s ≤ 7,5 MJ
SMOGRA > 180 m2/s2 e TSP600s > 200 m2
FIGRA ≤ 250 W/s
LSF < canto do corpo de prova
A Combustível FS ≤ 150 mm em 60 s
THR600s ≤ 15 MJ
SMOGRA ≤ 180 m2/s2 e TSP600s ≤ 200 m2
III
FIGRA ≤ 250 W/s
LSF < canto do corpo de prova
B Combustível FS ≤ 150 mm em 60 s
THR600s ≤ 15 MJ
SMOGRA > 180 m2/s2 e TSP600s > 200 m2
FIGRA ≤ 750 W/s SMOGRA ≤ 180 m2/s2 e
A Combustível FS ≤ 150 mm em 60 s
TSP600s ≤ 200 m2
IV
FIGRA ≤ 750 W/s SMOGRA > 180 m2/s2 e
B Combustível FS ≤ 150 mm em 60 s
TSP600s > 200 m2
FIGRA > 750 W/s SMOGRA ≤ 180 m2/s2 e
A Combustível FS ≤ 150 mm em 20 s
TSP600s ≤ 200 m2
V
FIGRA > 750 W/s SMOGRA > 180 m2/s2 e
B Combustível FS ≤ 150 mm em 20 s
TSP600s > 200 m2
VI Combustível - FS > 150 mm em 20 s
Notas:
FIGRA - Índice da taxa de desenvolvimento de calor.
LFS - Propagação lateral da chama.
THR600s - Liberação total de calor do corpo de prova nos primeiros 600 s de exposição às chamas.
TSP600s - Produção total de fumaça do corpo de prova nos primeiros 600 s de exposição ás chamas.
SMOGRA - Taxa de desenvolvimento de fumaça, correspondendo ao máximo do quociente de produção de fumaça do corpo
de prova e o tempo de suas ocorrência.
FS - Tempo em que a frente da chama leva para atingir a marca de 150mm indicada na face do material ensaiado.
ΔТ - Variação da temperatura no interior do forno.
Δm - Variação da massa do corpo de prova.
t f - Tempo de flamejamento do corpo de prova.
Fonte: CBPMSP (2018), Instrução Técnica n.º 10 – Anexo A

• Materiais de Revestimento: todo material ou conjunto de materiais empregados


nas superfícies dos elementos construtivos das edificações, tanto nos ambientes in-
ternos como nos externos, com a finalidade de atribuir características estéticas, de
conforto, de durabilidade etc. Incluem-se como material de revestimento os pisos,
forros e as proteções térmicas dos elementos estruturais;
• Materiais de Acabamento: todo material ou conjunto de materiais utilizados como
arremates entre elementos construtivos (rodapés, mata-juntas, golas etc.).

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Segundo a Instrução Técnica n.º 10 – Controle de materiais de acabamento e re-
vestimento, os seguintes materiais são dispensados de avaliação:
10.1 Materiais como vidro, concreto, gesso, produtos cerâmicos, pe-
dra natural, alvenaria, metais e ligas metálicas, dentre outros, são con-
siderados incombustíveis.

10.2 Pisos de madeira maciça, na forma de tábuas ou tacos, mes-


mo que envernizados, estão dispensados da avaliação do CMAR
admitindo-se, genericamente, que se enquadrem na Classe II-A. [...]
(CBPMSP, 2018c)

Depois de conhecer os tipos de materiais e suas classes, podemos definir o tipo de


material a ser empregado em cada parte da edificação, conforme a sua ocupação/uso.

Quadro 6 – Classe dos materiais a serem utilizados considerando o


grupo/divisão da ocupação/uso em função da finalidade do material
Finalidade do Material
Piso Parede e Divisória Teto e forro Fachada
(Acabamento1/ (Acabamento2/ (Acabamento/ (Acabamento/
Revestimento) Revestimento) Revestimento) Revestimento)
A-35 e
Classe I, II-A,
Condomínios Classe I, II-A, III-A, ou IV-A8 Classe I, II-A ou III-A6
III-A, IV-A ou V-A7
Residenciais5
B, D, E, G, H,
Grupo/Divisão

I-1, J-14, J-2


Classe I, II-A,
C-1, F-1, F-2 Classe I, II-A, ou III-A9 Classe I, II-A
III-A, ou IV-A Classe I a II-B
F-3, F-4, F-6,
F-8, F-9, F-10
C-2, C-3, F-5,
F-7, F-11, I-2, Classe I, II-A,
Classe I, II-A Classe I, II-A
I-3, J-3, J-4 III-A, ou IV-A
L-1, M-23 e M-3
Fonte: CBPMSP (2018c), Instrução Técnica n.º 10 – Anexo A

Compartimentação
O que é compartimentação?

Compartimentação é o ato de separar, segregar, isolar, dividir as áreas de risco de


incêndio de modo a evitar a propagação do incêndio para as demais áreas da edifica-
ção, contendo assim o incêndio no seu local de origem.

A compartimentação pode ser horizontal e/ou vertical, sendo sua exigência definida
conforme a legislação estadual.

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UNIDADE
Ações contra Incêndio e a Proteção Passiva

Compartimentação Horizontal
A compartimentação horizontal, quando necessária segundo legislação estadual,
deve ter sua área máxima de compartimentação conforme indicado nas respectivas le-
gislações estaduais e instruções técnicas, em função da ocupação e altura da edificação.

A seguir, observe o Quadro 7 de área máxima de compartimentação, segundo IT


n.º 9 (CBPMSP, 2018b) de São Paulo.

Quadro 7 – Área máxima de compartimentação


GRUPO TIPO DE EDIFIC AÇÕES
TIPO I II III IV V VI
Edificação Edificação Edificação de Edificação de média Edificação Edificação
DENOMINAÇÃO
térrea baixa baixa-média altura altura mediamente alta alta
Um 6,00m < H ≤ 12,00m <H Acima de
ALTURA H ≤ 6,00m 23,00m<H≤30,00m
pavimento 12,00m ≤23,00m 30,00m
A-1, A-2, A-3 - - - - - -
B-1, B-2 - 5.000 4.000 3.000 2.000 1.500
C-1, C-2 5.000 3.000 2.000 2.000 1.500 1.500
C-3 5.000 2.500 1.500 1.000 2.000 2.000
D-1, D-2, D-3,
5.000 2.500 1.500 1.000 800 2.000
D-4
E-1, E-2, E-3,
- - - - - 2.000
E-4, E-5 e E-6
F-1, F-2, F-3,
- - - - - -
F-4, F-7 e F-9
F-5 e F-6 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 1.000
F-8 - - - 2.000 1.000 1.500
F-10 5.000 2.500 1.500 1.000 1.000 1.000
G-1, G-2, G3
- - - - - -
e G-5
G-4 10.000 5.000 3.000 2.000 1.000 1.000
H-1, H-2, H-4,
- - - - - -
H-5
H-3 - 5.000 3.000 2.000 1.500 1.000
H-6 5.000 2.500 1.500 1.000 800 2.000
I-1 - 10.000 5.000 3.000 1.500 2.000
I-2 - 10.000 5.000 3.000 2.000 2.000
I-3 7.500 5.000 3.000 2.000 1.500 1.5000
J-1 - - - - - -
J-2 10.000 5.000 3.000 1.500 2.000 1.500
J-3, J-4 4.000 3.000 2.000 2.500 1.500 1.000
M-2(1) 1.000 500 500 300 300 200
M-3 5.000 3.000 2.000 1.000 500 500
Fonte: CBPMSP (2018b), Instrução Técnica n.º 9 – Anexo B

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Para que exista uma compartimentação horizontal, pode-se considerar os seguintes
tipos de elementos de separação:
• paredes corta-fogo;
• portas corta-fogo;
• vedadores corta-fogo;
• registros corta-fogo (dampers);
• selos corta-fogo;
• dispositivos automatizados de enrolar corta-fogo;
• afastamento horizontal entre aberturas.
As áreas de compartimentação horizontal devem ser separadas por
paredes de compartimentação que atendam aos tempos requeridos
de resistência ao fogo (TRRF), conforme IT 08 – Resistência ao fogo
dos elementos de construção, não podendo ser inferior a 60 minutos.

[...]. (CBPMSP, 2018b)

Figura 5 – Exemplo de compartimentação horizontal


Fonte: CBPMSP, 2018

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UNIDADE
Ações contra Incêndio e a Proteção Passiva

Compartimentação Vertical
A compartimentação vertical, quando necessária segundo legislação estadual, deve
ter também a sua área máxima de compartimentação conforme indicado nas respectivas
legislações estaduais e instruções técnicas, em função da ocupação e altura da edificação.

Para que exista uma compartimentação horizontal, pode-se considerar os seguintes


tipos de elementos de separação:
• entrepisos corta-fogo;
• enclausuramento de escadas por meio de parede e portas corta-fogo de com-
partimentação;
• enclausuramento de poços de elevador e de monta-carga por meio de parede de
compartimentação;
• selos corta-fogo;
• registros corta-fogo (dampers);
• vedadores corta-fogo;
• elementos construtivos corta-fogo de separação vertical entre pavimentos consecutivos;
• selagem perimetral corta-fogo;
• dispositivos automatizados de enrolar corta-fogo.

Figura 6 – Exemplo de compartimentação vertical


Fonte: CBPMSP, 2018

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• Elemento corta-fogo é aquele que apresenta, por um período determinado de
tempo, as seguintes propriedades: integridade mecânica a impactos (resistência);
impede a passagem das chamas e da fumaça (estanqueidade); e impede a passa-
gem de caloria (isolamento térmico);
• Elemento para-chamas é aquele que apresenta, por um período determinado, as
seguintes propriedades: integridade mecânica a impactos (resistência); e impede a
passagem das chamas e da fumaça (estanqueidade), não proporcionando isolamen-
to térmico.

Saídas de Emergência
As saídas de emergência compreendem todos os acessos, corredores, as rotas de
saídas, escadas, rampas, o elevador de emergência, ou seja, todo o trajeto de rota de
fuga no case de incêndio até um local seguro.

Figura 7
Fonte: GettyImages

O espaço livre a ser considerado nesse trajeto de rota de fuga deve ser calculado
para cada pavimento da edificação em função de sua população. Para o cálculo dessa
saída, devemos seguir o recomendado pela NBR 9077 e/ou legislações estaduais.

Segundo a NBR 9077, a largura mínima das saídas é de 1,10m, porém, essa deve
se atentar ao recomendado pelas legislações estaduais, que podem ser mais rigoro-
sas. Como exemplo, a Legislação de São Paulo que, segundo a Instrução Técnica
n.º 11/2018, recomenda como largura mínima das saídas de emergência para acessos,
escadas, rampas ou descargas, 1,2 m, para as ocupações em geral.

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UNIDADE
Ações contra Incêndio e a Proteção Passiva

Em função das ocorrências de acidentes, como o exemplo da Boate Kiss, as le-


gislações sofrem revisões periódicas, por exemplo, na IT 11/2014 (SP) foi incluído o
seguinte item:
5.4.3.4 Nas edificações do Grupo F, com capacidade acima de
300 pessoas, serão obrigatórias no mínimo duas saídas de emer-
gência, atendendo sempre as distâncias máximas a serem percor-
ridas. Deve haver, no mínimo, duas saídas com 10m entre elas. [...]
(CBPMSP, 2018d)

A inclusão desse item impediu a abertura de diversas novas casas de show que, em
função de sua localidade, não tinham como atender à distância de 10m entre duas saídas.

Em 2018, a IT 11 sofreu nova revisão e novo item foi incluído:


5.4.3.5 Nas edificações do Grupo F, quando exigidas duas saídas,
se não houver possibilidade de afastamento de 10 m entre as sa-
ídas, admite-se saída única no pavimento, ou mais de uma saída
com menos de 10 m entre elas, se atenderem a no mínimo, 1,5
vezes a largura mínima necessária ao escoamento da população.
[...] (CBPMSP, 2018d)

Com essa revisão, houve uma flexibilização no dimensionamento das saídas de


emergência, porém com a tentativa de garantir a sua efetividade de funcionamento
quando da inclusão de um coeficiente de segurança de 1,5 vezes.

Figura 8
Fonte: GettyImages

Além do dimensionamento das saídas de emergência, durante o projeto, é necessá-


rio avaliar toda a rota de fuga, ou seja, o caminho por onde se passa até chegar à saída
de emergência.

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Assim, faz-se necessário avaliar o recomendado nas respectivas legislações estadu-
ais e instruções técnicas, principalmente no que diz respeito às distâncias máximas a
serem percorridas para atingir as portas de acesso às saídas das edificações e o acesso
às escadas ou às portas das escadas.

A seguir, o Quadro 8 traz exemplo das distâncias máximas permitidas para o di-
mensionamento das rotas de fuga, conforme Instrução Técnica n.º 11/2018 de São
Paulo, em função da ocupação da edificação.

Quadro 8 – Distâncias máximas a serem percorridas

Sem chuveiros automáticos Com chuveiros automáticos


Grupo/ Saida Única Mais de uma Saída Saída única Mais de uma saída
Divisão Sem Sem Sem Sem
Andar Com Com Com Com
de detecção detecção detecção detecção
detecção detecção detecção detecção
Ocupação automática automática automática automática
automática automática automática automática
de fumaça de fumaça de fumaça de fumaça
de fumaça de fumaça de fumaça de fumaça
(referência) (referência) (referência) (referência)
De saída da
edificação
45 m 55 m 55 m 65 m 60 m 70 m 80 m 95 m
(piso de
AeB descarga)
Demais
40 m 45 m 50 m 60 m 55 m 65 m 75 m 90 m
andares
De saída da
C, D, E, F, edificação
40 m 45 m 50 m 60 m 55 m 65 m 75 m 90 m
G-3, G-4, (piso de
G-5, H, L descarga)
eM Demais
30 m 35 m 40 m 45 m 45 m 55 m 65 m 75 m
andares
De saída da
edificação
80 m 95 m 120 m 140 m - - - -
(piso de
I-1 e J-1 descarga)
Demais
70 m 80 m 110 m 130 m - - - -
andares
De saída da
edificação
50 m 60 m 60 m 70 m 80 m 95 m 120 m 140 m
G-1,G-2 e (piso de
J-2 descarga)
Demais
45 m 55 m 55 m 65 m 70 m 80 m 110 m 130 m
andares
De saída da
edificação
40 m 45 m 50 m 60 m 60 m 70 m 100 m 120 m
I-2, I-3, J-3 (piso de
e J-4 descarga)
Demais
30 m 35 m 40 m 45 m 50 m 65 m 80 m 95 m
andares
Fonte: CBPMSP (2018d), Instrução Técnica n.º 11 – Anexo B

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UNIDADE
Ações contra Incêndio e a Proteção Passiva

Todo tipo de edificação que possui mais de um pavimento tem a necessidade de uti-
lizar as escadas como meio de escape (rota de fuga). Assim, é preciso saber qual tipo
de escada deve ser utilizada na edificação, sabendo que existem 3 tipos básicos:
• Escadas não enclausuradas ou escada comum (NE);
• Escadas enclausuradas protegidas (EP);
• Escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF).

A seguir, exemplo dos tipos de escadas de emergência que devem ser consideradas
nas rotas de fuga conforme Instrução Técnica n.º 11/2018 de São Paulo, em função da
ocupação da edificação.

Quadro 9 – Tipos de escadas de emergência por ocupação


Dimensão
Altura (em metros) H≤6 6 < H≤ 12 12 < H≤30 Acima de 30
Ocupação
Tipo de escada Tipo de escada Tipo de escada Tipo de escada
Grupo Divisão
A-1 NE NE - -
A A-2 NE NE EP PF (1)
A-3 NE NE EP PF
B-1 NE EP EP PF
B EP PF
B-2 NE EP
C-1 NE NE EP PF
C C-2 NE NE PF PF
C-3 NE EP PF PF
D - NE NE EP PF
E-1 NE NE EP
PF
E-2 NE NE EP PF
E-3 NE NE EP PF
E PF
E-4 NE NE EP
E-5 NE NE EP PF
E-6 NE PF
NE EP
NE
F-1 NE EP
F-2 NE EP PF
PF PF
F-3 NE NE EP PF
F F-4 NE NE EP PF
F-5 NE NE EP PF
F-6 EP PF PF
NE PF
F-7 EP EP
NE
Fonte: CBPMSP (2018d), Instrução Técnica n.º 11 – Anexo C

Não são aceitas escadas com degraus em leque ou em espiral como escadas de segurança.

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Iluminação de Emergência
A iluminação de emergência deve atender à NBR 10898 – iluminação de emergên-
cia, e às legislações estaduais através também de suas respectivas instruções técnicas,
sempre que for exigida a sua instalação.

Figura 9
Fonte: GettyImages

A Instrução Técnica 18 (CBPMSP, 2018g) de São Paulo, por exemplo, informa que
deve ser adotado o indicado na NBR 10898, naquilo que não contrariar o disposto na IT
18, ou seja, se não houver indicação na IT 18, deve-se seguir o indicado na NBR 10898.

Como o próprio nome diz, iluminação de emergência, esse sistema deve ser instalado
de forma geral pra garantir a evacuação e o resgate no caso de incêndio na edificação.

Deve-se avaliar o tipo de iluminação e as características indicadas nas respectivas


legislações estaduais. Como exemplo, a IT 18/2018 de São Paulo divide em dois tipos
as iluminações de emergência, a saber:
• Iluminação de emergência de aclaramento; e
• Iluminação de emergência de balizamento.

De modo geral, o que mais se utiliza é a iluminação de emergência de aclaramento,


que tem a função de garantir a saída segura de todas as pessoas do local em caso de
emergência, possuindo intensidade suficiente para tal.

Já a iluminação de emergência de balizamento é aquela com símbolos e/ou letras que


indicam a rota de saída que pode ser utilizada, normalmente instaladas acima das portas
de saída ou como sinalização de rota de fuga.

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UNIDADE
Ações contra Incêndio e a Proteção Passiva

Durante a definição de localização das luminárias de emergência, deve-se observar


as distâncias máximas entre os pontos de iluminação, que não pode exceder 15 m, e a
distância entre o ponto de iluminação e a parede, que não deve exceder 7,5 m, segundo
a IT 18/2018 de São Paulo. Tal instrução permite outras distâncias de instalação, desde
que atenda aos parâmetros da NBR 10898.

Deve-se atentar ao nível mínimo de iluminamento para cada ambiente, onde, para locais
planos, como corredores e halls, deve ter um iluminamento mínimo de 3 lux e, para locais
com desnível, o mínimo de 5 lux, como escadas e passagens com obstáculos.

Sinalização de Emergência
A sinalização de emergência tem como objetivo reduzir o risco de incêndio através de:
• Alerta ao risco existente;
• Orientação para ações de combate contra incêndio;
• Localização de equipamentos de combate contra incêndio;
• Sinalização de rota de fuga para o abandono da edificação em caso de incêndio.

Figura 10
Fonte: GettyImages

A sinalização de emergência é classificada em sinalização básica e sinalização com-


plementar, onde:
A sinalização básica é o conjunto mínimo de sinalização que uma edi-
ficação deve apresentar, constituído por 4 categorias,

5.3.1.1 Proibição

Visa a proibir e coibir ações capazes de conduzir ao início do incêndio


ou ao seu agravamento.

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5.3.1.2 Alerta

Visa a alertar para áreas e materiais com potencial de risco de incêndio,


explosão, choques elétricos e contaminação por produtos perigosos.

5.3.1.3 Orientação e salvamento

Visa a indicar as rotas de saída e as ações necessárias para o seu


acesso e uso.

5.3.1.4 Equipamentos

Visa a indicar a localização e os tipos de equipamentos de combate a


incêndios e alarme disponíveis no local.

[...]

A sinalização complementar é o conjunto de sinalização composto


por faixas de cor ou mensagens complementares à sinalização básica,
porém, das quais esta última não é dependente.

5.3.2.1 A sinalização complementar tem a finalidade de:

5.3.2.1.1 Complementar, através de um conjunto de faixas de cor,


símbolos ou mensagens escritas, a sinalização básica, nas seguin-
tes situações:

a. indicação continuada de rotas de saída, orientando o trajeto com-


pleto até uma saída de emergência;

b. indicação de obstáculos (pilares, arestas de paredes e vigas, des-


níveis de piso, fechamento de vãos com vidros ou outros materiais
translúcidos e transparentes) e riscos de utilização das rotas de saída;

c. mensagens específicas escritas que acompanham a sinalização básica,


onde for necessária a complementação da mensagem dada pelo símbolo;

d. Indicar as medidas de proteção contra incêndio existentes na edifi-


cação ou áreas de risco;

e. Indicar a lotação admitida em recintos destinados a reunião de público.

5.3.2.1.2 Informar circunstâncias específicas em uma edificação ou


áreas de risco, por meio de mensagens escritas;

5.3.2.1.3 Demarcar áreas visando definir um leiaute no piso, para


assegurar corredores de circulação destinados às rotas de saídas e
acesso a equipamentos de combate a incêndio e alarme, em locais
ocupados por estacionamento de veículos, depósitos de mercadorias
e máquinas ou equipamentos de áreas fabris;

5.3.2.1.4 Identificar sistemas hidráulicos fixos de combate a incêndio


por meio de pintura diferenciada, as tubulações e acessórios utilizados
para sistemas de hidrantes e chuveiros automáticos quando aparentes.
(CBPMSP, 2018h)

Em função de suas finalidades, a sinalização de emergência possui regras também


para a confecção de suas placas, onde as mesmas podem ser feitas em placas de mate-

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UNIDADE
Ações contra Incêndio e a Proteção Passiva

riais plásticos, chapas metálicas ou outros materiais semelhantes, desde que atendam às
seguintes principais características:
• resistência mecânica;
• não propagar chamas;
• resistir ao intemperismo;
• possuir elemento fotoluminescente para as cores brancas e amarelas.

Toda sinalização de emergência deve possuir marcação e rotulagem conforme a NBR


13434-3 de 2005, item 6, onde os elementos devem ser identificados de forma legível e
deve também possuir a identificação do fabricante, normalmente através do CNPJ.

As placas de sinalização também devem atender aos padrões geométricos e suas di-
mensões devem ser adequadas ao local de instalação. Veja no Quadro 9 as dimensões
em função da distância de instalação.

Quadro 10 – Forma geométrica e dimensões


Cota Distância máxima de visibilidade
Sinal Forma Geométrica
(mm) 4 6 8 10 12 14 16 18 20 24 28 30
Proibição

D 101 151 202 252 303 353 404 454 505 606 706 757
D
D
Alerta

L 136 204 272 340 408 476 544 612 680 816 951 1019
L
L

L
L

H
H
L
L

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D
D

L
Cota Distância máxima de visibilidade
Sinal Forma LGeométrica
(mm) 4 6 8 10 12 14 16 18 20 24 28 30
Orientação, salvamento e equipamentos

L 89 134 179 224 268 313 358 402 447 537 626 671

L
L

H
H
L H
63 95 126 158 190 221 253 285 316 379 443 474
L (L=2,0H)

Fonte: CBPMSP (2018h), Instrução Técnica n.º 20 – Anexo A

O texto das placas de sinalização também deve atender às dimensões adequadas ao lo-
cal de instalação. Veja no Quadro 11 as dimensões em função da distância de instalação.

Quadro 11 – Altura mínima das letras em função da distância de leitura


Altura mínima Distância de leitura com Altura mínima Distância de leitura com
(mm) maior impacto (m) (mm) maior impacto (m)
30 4 300 36
50 6 350 42
65 8 400 48
75 9 500 60
85 10 600 72
100 12 700 84
135 16 750 90
150 18 800 96
200 24 900 108
210 25 1000 120
225 27 1500 180
250 30 1500 180
Fonte: CBPMSP (2018h), Instrução Técnica n.º 20 – Anexo A

Para conhecer melhor toda a sinalização de emergência utilizada, veja o Anexo B da


Instrução Técnica n.º 20 (CBPMSP, 2018h). (consulta legislação em vigor) Disponível em:
https://goo.gl/uULzv5

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UNIDADE
Ações contra Incêndio e a Proteção Passiva

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
Anexo A e B da Instrução Técnica 17/2018 (CBPMSP)
https://goo.gl/uULzv5
Anexo B e C da Instrução Técnica 16/2018 (CBPMSP)
https://goo.gl/uULzv5

Vídeos
BOMBEIROS PMESP - Primeiros Socorros
Assista ao vídeo sobre os primeiros socorros elaborado pelo Corpo de Bombeiros
de São Paulo.
https://youtu.be/Z_0XT_6opiQ

Leitura
A proteção passiva em estrutura e escadas metálicas
https://goo.gl/h9FpFh

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Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9077:2001:
Saídas de emergência em edifícios. 2001.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 15219:2005:


Plano de emergência contra incêndio – Requisitos. 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 14276: 2006:


Brigada de incêndio – Requisitos. 2006.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10898:2013:


Sistema de iluminação de emergência. 2013.

CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


(CBPMSP). Instrução Técnica n.º 02/2018 – Conceitos básicos de segurança contra
incêndio. 2018a.

CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


(CBPMSP). Instrução Técnica n.º 09/2018 – Compartimentação horizontal e compar-
timentação vertical. 2018b.

CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


(CBPMSP). Instrução Técnica n.º 10/2018 – Controle de materiais de acabamento e
de revestimento. 2018c.

CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


(CBPMSP). Instrução Técnica n.º 11/2018 – Saídas de emergência. 2018d.

CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


(CBPMSP). Instrução Técnica n.º 16/2018 – Plano de Emergência. 2018e.

CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


(CBPMSP). Instrução Técnica n.º 17/2018 – Brigada de incêndio. 2018f.

CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


(CBPMSP). Instrução Técnica n.º 18/2018 – Iluminação de emergência. 2018g.

CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


(CBPMSP). Instrução Técnica n.º 20/2018 – Sinalização de emergência. 2018h.

SEITO, Alexandre I.; GILL, Alfonso A.; PANNONI, Fabio D.; ONO, Rosaria; SILVA,
Silvio B.; CARLO, Ualfrido D.; SILVA, Valdir P. A Segurança Contra Incêndio no
Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008.

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