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UNIVERSIDADE 11 DE NOVEMBRO

FACULDADE DE ECONOMIA

TEMA: TEORIA DE EVOLUÇÃO INDUSTRIAL

4º ANO

CURSO: ECONOMIA

DOCENTE: Dr Henrique Bitebi

Cabinda aos, Abril de 2018


I-GRUPO

ERA PRÉ-INDUSTRIAL
ÍNDICE

1
4
4
4
5
6
8
10
INTRODUÇÃO

Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com


profundo impacto no processo produtivo em nível económico e social. Iniciada
na Inglaterra em meados do século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século
XIX. Ao longo do processo (que de acordo com alguns autores se registra até aos
nossos dias), a era agrícola foi superada, a máquina foi suplantando o trabalho humano,
uma nova relação entre capital e trabalho se impôs, novas relações entre nações se
estabeleceram e surgiu o fenómeno da cultura de massa, entre outros eventos. Essa
transformação foi possível devido a uma combinação de factores, como o liberalismo
económico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a
vapor. O capitalismo tornou-se o sistema económico vigente.

A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no século XVIII, trouxe mudanças


económicas e sociais com a evolução dos processos produtivos e uma nova concepção
entre o trabalho humano e as máquinas. No século XIX a Revolução se
internacionalizou, com as novas técnicas industriais utilizando-se de um volume bem
maior de matérias-primas, visando única e exclusivamente ao crescimento comercial e
económico de alguns países. A preocupação com o meio ambiente, quando existente,
era relegada a segundo plano, sempre tendo em vista sua utilização pelo homem. A
Revolução Industrial é um grande marco na história da humanidade, seus
desdobramentos afectaram todo mundo. Foi um acontecimento extremamente
importante para a humanidade, pois mudou o processo produtivo, ou seja, os produtos
deixaram de ser manufacturados e passaram a ser maquino facturados, o permitiu uma
produção em massa, permitindo assim colocar mais e mais produtos no mercado e a
preços muito mais atractivos.

É pertinente enfatizar que a Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra no século


XVIII foi o grande precursor do capitalismo, ou seja, a passagem do capitalismo
comercial para o capitalismo industrial. É fascinante, como a revolução industrial
mudou a vida das pessoas daquela época e como até hoje seus reflexos continuam
transformando o nosso dia-a-dia com a revolução tecnológica.

A Revolução Industrial representou a lenta e inevitável evolução do capitalismo que, em


última instância, substituiu a força motriz humana pelas máquinas, com profundas
consequências económicas, políticas, sociais e culturais. Mas, não podemos esquecer
que a produção manual que antecede à Revolução Industrial conheceu duas etapas bem
definidas, dentro do processo de desenvolvimento do capitalismo: primeiro o artesanato
foi a forma de produção industrial característica da Baixa Idade Média, durante o
renascimento urbano e comercial, sendo representado por uma produção de carácter
familiar, na qual o produtor (artesão) possuía os meios de produção (era o proprietário
da oficina e das ferramentas) e trabalhava com a família em sua própria casa, realizando
todas as etapas da produção, desde o preparo da matéria-prima, até o acabamento final;
ou seja não havia divisão do trabalho ou especialização para a confecção de algum
produto. Em algumas situações o artesão tinha junto a si um ajudante, porém não
assalariado, pois realizava o mesmo trabalho pagando uma “taxa” pela utilização das
ferramentas. É importante lembrar que nesse período a produção artesanal estava sob
controlo das corporações de ofício, assim como o comércio também se encontrava sob
controlo de associações, limitando o desenvolvimento da produção. A Revolução
Industrial foi responsável por inúmeras mudanças que podem ser avaliadas tanto por
suas características negativas, quanto positivas. Alguns dos avanços tecnológicos
trazidos por essa experiência trouxeram maior conforto à nossa vida. Por outro lado, a
questão ambiental (principalmente no que se refere ao aquecimento global) traz à tona a
necessidade de repensarmos o nosso modo de vida e a nossa relação com a natureza.
Dessa forma, não podemos fixar o modo de vida urbano e integrado à demanda do
mundo industrial como uma maneira, um traço imutável da nossa vida quotidiana.
A inactividade física é o mais recente na população humana em que uma empresa deixa
de ser nómada para se estabelecer em uma determinada localidade a que se deve a sua
causa! O processo entre nómadas e sedentários, inicia-se no Neolítico revolução
agrícola,  ou cerca de 10 mil anos atrás, tão difundida em todos os continentes em que
se preocupou com o melhoramento de algumas elementos citadas abaixo:

 Melhoria nos equipamentos, ferramentas e sistemas de armazenamento

 A divisão do trabalho (artesanato em primeiro lugar)

 Surgimento dos direitos de propriedade

 Cedo sistemas de escrita

 As religiões e os Estados organizado

 A guerra e a escravidão

Também vai se notar que no modelo demográfico das sociedades antigas, vai se
verificar sociedades agrícolas predatórias bem como as sociedades indústrias pois havia:

 As altas taxas de natalidade


 As taxas de mortalidade infantil elevadas
 A expectativa de vida 25 anos
CAPÍTULO I- FASE PRÉ-INDUSTRIAL

1.1- CONCEITOS

A fase pré-industrial é a fase anterior à revolução industrial. Diz-se da fase histórica que
antecede o aparecimento da actividade industrial.

INDUSTRIALIZAÇÃO

Entende-se por industrialização o processo de transformação de matérias-primas em


mercadorias ou bens de produção (esses últimos podendo ser novamente transformados)
por meio do trabalho, do emprego de equipamentos e do investimento de capital.
Obviamente, o crescimento da actividade industrial aumentou a demanda por matérias-
primas e mais recursos naturais, por isso o ser humano passou a explorar ainda mais a
natureza e, sobre ela e o espaço em geral, realizar cada vez mais intervenções e
impactos.

O processo de industrialização é um dos principais factores de transformação do espaço.


Por isso, a compreensão de seus aspectos, tipos e características é de grande relevância.
Um dos principais agentes de produção e transformação do espaço geográfico na
sociedade actual, sem dúvidas, é a actividade industrial, pois ela provoca efeitos sobre
os movimentos populacionais e o crescimento das cidades, interfere nos tipos de
produção no meio urbano e também no meio rural, entre outros.

Na visão de muitos autores no campo das Ciências Humanas, o processo de


industrialização é sinónimo da era da modernidade, ou seja, a industrialização das
sociedades marca, assim, a inserção delas no mundo moderno.

1.2- BREVE HISTÓRICO SOBRE A ÉPOCA PRÉ-INDUSTRIAL

Antes da Revolução Industrial, a sociedade em sua formação social, organização


política, cultural e económica é referida pelos historiadores como sociedade pré-
industrial. Posteriormente à Revolução Industrial, surgiu a sociedade industrial.

A sociedade pré-industrial vivia organizada sob uma economia agrária não mecanizada,


produção de artesanato sem linha de produção e sem produção de massa; não havia
divisão de trabalho, com uma linha de produção manual muito simples. A respeito das
relações sociais e da comunicação, a sociedade pré-industrial era provinciana, na
maioria dos casos, os indivíduos dependiam da informação passada pelo senhor das
terras da aldeia ou do rei. O indivíduo conhecia o mundo somente da sua própria aldeia.

As sociedades pré-industriais eram, maioritariamente, comunidades rurais, sem normas


jurídicas, sem acesso a plenos direitos ou direitos trabalhistas, havendo o uso da mão-
de-obra escrava junto com a do camponês. Sendo escravos ou não, os trabalhadores
rurais não possuíam condição livre, apesar de já existir uma protecção política e militar
por parte do rei ou do senhor feudal. Porém, nas corporações de ofício havia uma maior
liberdade para o trabalhador em comparação ao camponês da comunidade rural, mas
com ausência de uma ordem jurídica similar ao direito do trabalho que surgiria nos
períodos de reivindicações pós-industrial.

A partir da Revolução Industrial, surgiriam novos meios de comunicação que


ampliariam o acesso à informação e a veículos de distribuição mais rápidos em
comparação à falta de fontes de informações antes da Revolução Industrial. A sociedade
pré-industrial não tinha e não desenvolvia difusão cultural.

1.3- A EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA NA ÉPOCA PRÉ-


INDUSTRIAL

A economia do século XVII e XVIII caracterizava-se pelo predomínio da agricultura e


por manufacturas de tipo artesanal, sendo designada por economia pré-industrial. A
agricultura empregava a maior parte da população, porém utilizava uma tecnologia
rudimentar e pouco produtiva gerando escassos produtos alimentares para a população
existente, originando um difícil equilíbrio, entre o número de pessoas e as subsistências
disponíveis, sendo este um factor que também aumentava as epidemias devido às fracas
condições em que se encontrava o organismo da população.

A insuficiência dos recursos alimentares para o consumo das populações persistiu até
meados do século XVIII, altura em que se reuniram as condições necessárias para uma
revolução agrícola.

A economia da Europa pré-industrial caracterizava-se pelo predomínio da agricultura


tradicional e pela debilidade tecnológica que se tornava pouco produtiva. Assim sendo
não se produzia o suficiente para suprir as necessidades. As populações que viviam na
expectativa da colheita ficavam à mercê das condições climatéricas e da fertilidade
natural dos solos. Em anos de calamidade ou de chuvas intensas e invernos rigorosos, a
produtividade agrícola era largamente afectado, gerando crises de subsistência e,
consequentemente, picos súbitos de mortalidade. A falta de alimentos provocou a
estagnação da população, à qual se associavam outros factores, como as epidemias e as
guerras, condicionando o seu crescimento.

A insuficiência de recurso persistiu ate meados do século XVIII, momento em que a


introdução de novas técnicas na agricultura (adubação das terras, mecanização) e
criação de gado contribui para a emergência da revolução agrícola e para a alteração da
tendência negativa da evolução demográfica.

Vários progressos contribuíram para a melhoria das condições de vida da população e


para a evolução demográfica desse período. Os materiais utilizados na construção
demográfica desse período. Os materiais utilizados na construção das casas, higiene, uso
de vestuário de algodão bem como o desenvolvimento da medicina, afolhamento
quadrienal e utilização do quinino foram importantes para a diminuição da mortalidade.

Em meados do século XVII, a população europeia foi alvo de uma quebra demográfica
devido à economia pré-Industrial. Na primeira metade do século XVII, sentiu-se,
principalmente em Espanha, Itália e nos Estados Alemães, um grande recuo na
demografia.

1.4- A ECONOMIA PRÉ-INDUSTRIAL DO SÉCULO XVII E XVIII

Durante esse período ocorreram crises que tiveram um grande impacto na demografia
europeia. Com as crises de subsistência, que geraram a fome, ocorreu a crise
demográfica do século XVII, também gerada por outros dois factores: a peste e a guerra.
Devido a estes três factores a taxa de mortalidade aumentou e a natalidade diminui,
mantendo assim um saldo fisiológico próximo a unidade, pois as pessoas serviam
simplesmente para repor as que morriam.

As limitações da agricultura tradicional tiveram impactos como as crises de subsistência


que, por sua vez, geraram fome. A agricultura desta época tinha propriedades de
carácter senhorial, mão-de-obra intensiva e baixa produtividade devido a técnicas
rudimentares.
As limitações da agricultura eram a dependência de estações com condições
climatéricas favoráveis à agricultura e da fertilidade do solo e as guerras e as epidemias,
que impediu o trabalho de muita gente.

Por último as alterações demográficas nos inícios do século XVIII, que consistiu no
surto demográfico consistindo no aumento significativo da taxa de natalidade e na
diminuição da taxa de mortalidade. Um dos factores que condicionou o surto
demográfico foi a Revolução Agrícola.

Essa revolução agrícola consistiu em inovações agrícolas como o afolhamento


quadrienal com supressão do pousio, substituindo-o por trevo sendo alimento para o
gado e ajudava no repouso do solo pois as suas exigências são mínimas. A melhoria
climatérica e boas colheitas, a introdução do gado (fertilização do solo, sistema
imunitário fortalecido e melhor consumo de proteínas), na introdução de novos
alimentos (para uma alimentação mais diversificada e equilibrada) e a melhoria dos
transportes fora todos factores que levaram a esta Revolução Agrícola.

A mudança de mentalidade mais cuidada com a higiene e saúde (com avanço da


medicina também) a nova concepção de família e cuidados com a criança foi outra
condicionante que teve também um contributo positivo para o declínio das guerras e
para o desenvolvimento industrial e comercial posterior.

Ao longo do tempo, as sociedades pré-industriais e industriais passaram por sucessivos


estágios de transformação, o que gerou directas consequências sobre os tipos de
produção de mercadorias e a forma de inserção destas no mercado.

Fase pré-industrial (artesanal)

A fase da actividade artesanal isto é, quando essa prática era o modo de produção
predominante estendeu-se desde a antiguidade até o século XVII. A produção era
individual e centrada na figura do artesão, que actuava desde o início do processo
produtivo até, por vezes, a comercialização de seus produtos.

Fase manufactureira  

Nesta fase as primeiras indústrias pautavam-se na manufactura, ou seja, no trabalho


manual. Essa fase estendeu-se durante o século XVII até meados do século XVIII,
quando se iniciou, na Inglaterra, o processo de Revolução Industrial. Utilizava-se o
trabalho manual e máquinas simples com a inauguração do processo de divisão de
tarefas e a formação das classes trabalhadoras (os assalariados) e as patronais (os
patrões).

Fase pós-industrial:  

Embora não haja consenso sobre esse termo, a fase pós-industrial seria aquela em que as
indústrias, embora ainda muito importantes, deixam de desempenhar um papel central
no cerne das sociedades em uma etapa recente. A principal característica, nesse caso, é
o deslocamento do emprego para o sector terciário (comércio e serviços), em um
fenómeno que os economistas chamam de terciarização da economia.

É válido ressaltar que as etapas acima mencionadas não se sucederam de forma linear
em todas as sociedades e nem de modo igualitário. Alguns países ou regiões do mundo
somente conheceram o processo de industrialização em sua fase mais avançada ou
moderna; outras regiões, em alguns países subdesenvolvidos, sequer podem ser
consideradas como sociedades industriais.

1.5- A AGRICULTURA TRADICIONAL

Na época pré-industrial, o capital dedicada à agricultura era limitada. A terra, a área


adequada para a exploração e cultivo era também limitada e não homogéneo seu valor
mudava de acordo com sua qualidade e localização. A aplicação de capital, trabalho e
técnicas era simplesmente para melhorar o factor solo quanto a sua:

 Expansão da área cultivada


 Maior produtividade
 Criação de sistemas de irrigação
 A dissecação das zonas húmidas
 Construção ou beneficiação de estradas etc.

A natureza orgânica, que recebe a maior parte dos recursos da terra, era o mesmo limite
no crescimento da comunidade o que levou com que houvesse:

 Predomínio absoluto da agricultura e da pecuária


 Domínio de explorações de pequena dimensão,
 A unidade básica de produção era a família.

A sociedade pré-industrial é do tipo agrário, estruturada em moldes tradicionais, onde o


poder está em regra associado à propriedade da terra.

Nas sociedades pré-industrias prevaleceu o modo de produção do sistema feudal. A


forma normal do sistema feudal de organização das sociedades europeias do século XI
até a Revolução Industrial foi baseada em um Estado fraco e sua essência é uma série de
benefícios económicos e obrigações pessoais que tinha de lidar com respeito aos
agricultores e politicamente, era dominada por senhores feudais (contas, Marquês, a
igreja). Neste sistema feudal havia servos que estavam sujeitas ao Senhor e tinham
pouca liberdade individual, pois tinham de servir e cuidar da terra e de pagar uma renda
para que ele pudesse estar com o Senhor pós eram escravos e que não eram
considerados homens não tinham qualquer direito legal.

Conforme o país e a época, as terras passaram a ser trabalhadas por escravos, servos ou
camponeses. A produção excedente era utilizada para manter o aparato militar e para o
sustento do padrão de vida da classe dominante. Tal fato ocasionou a emergência de
uma nova classe social, a burguesia, composta pelos mercadores e artesãos bem-
sucedidos, que acumularam riquezas e proporcionaram condições para o
desenvolvimento das artes e da ciência na era moderna.
REFERÊNCIAS BÍBLIOGRÁFICAS

SMITH, Adam. Riqueza das nações. São Paulo: Behar Editora, 1991.

PRONI, Marcelo Weishaupt. Capitalismo civilizado: economia e sociedade nos anos de


ouro. Campinas: Instituto de Economia/ UNICAMP, mimeo, 2006.

FAYOL, Henri. Administração industrial e geral. 10. ed. São Paulo: Atlas, 1990.

O’ROURKE, P.J. A riqueza das nações de Adam Smith: uma biografia/P. J. O’Rourke;
tradução Roberto Franco Valente. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 2008.

HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções: 1789-1848. São Paulo: ed. Paz e Terra,
2010.

HOBSBAWM, Eric J. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo (5a. ed.). Rio


de Janeiro: Forense Universitária, 2003.  ISBN 85-218-0272-2
II-GRUPO

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E SOCIEDADE INDUSTRIAL


Índice
INTRODUÇÃO..................................................................................................................1
1-CONCEITO BÁSICO.....................................................................................................3
1.1-INDÚSTRIA.................................................................................................................3
2- A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL...................................................................................3
2.1-Pionerismo Inglês.....................................................................................................4
2.2-As três Revoluções Industriais........................................................................4
3- SOCIEDADE INDUSTRIAL....................................................................................4
3.1- Movimentos Sociais.............................................................................................4
4.- REFERENCIAS BILOGRAFICAS.......................................................................5
LISTA NOMINAL

1. Armando Tovo Iembe Domingos


2. Belchor Sita Mavungo
3. Belmiro Brás Cosme
4. Eugénio Victorino Ngoma
5. Enoque Nguimbi Motivo
6. Linguissi Luemba Domingos
7. Jorge Wilson
8. João de Almeida
9. Mampassi Massingamani Lussala
10. Maria Mambo Gime Sambo
11. Xavier Macosso
INTRODUÇÃO

A Revolução Industrial é um grande marco na história da humanidade, seus


desdobramentos afetaram todo mundo. Foi um acontecimento extremamente
importante para a humanidade, pois mudou o processo produtivo, ou seja, os produtos
deixaram de ser manufaturados e passaram a ser maquino faturados, o permitiu uma
produção em massa, permitindo assim colocar mais e mais produtos no mercado e a
preços muito mais atrativos. Com isso a população ganhou ao longo do tempo maior
poder de compra e melhoria na sua qualidade de vida. Sabemos que o pioneirismo
inglês foi de grande importância para o desdobramento da mesma, não deixando de
ressaltar os movimentos dos trabalhadores que começam a despontar. Em muitas
regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores
condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram os sindicatos com o
objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve movimentos
violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de
máquinas", O kartismo foi mais brando na forma de atuação, optou pela via política,
conquistando diversos direitos para os trabalhadores. Estes movimentos de certa
forma deram base para a formação das leis trabalhistas que vieram depois. Esta
passagem do capitalismo comercial para o industrial provocou grande abalo na
sociedade da época, transformando todo o seu modo de vida, as novas invenções, o
trabalho em suma deu base a grande Revolução tecnológica, que vivemos até os dias
atuais, com base em pesquisa escrita, livros de escritores que presenciaram em seu
momento as transformações ocorridas na sociedade industrial, o objetivo da pesquisa
é entender como esta revolução tem os seus reflexos até os dias atuais, tanto na
tecnologia, como nas leis trabalhistas, no cotidiano de exploração, na alienação das
pessoas, enfim compreender no passado para iluminar o presente.
1-CONCEITOS BÁSICOS

1.1-INDÚSTRIA

Conjunto de actividade produtiva que se caracterizam pela transformação de matérias-


primas, de modo manual ou com auxílio de máquinas e ferramentas, no sentido de
fabricar mercadorias. De uma maneira bem ampla, entende-se como indústria desde o
artesanato voltado para o auto-consumo até moderna produção de computadores e
instrumentos electrónicos.

2- A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Em fins do século XVIII, o capitalismo consolidar-se-ia como sistema económico e se


caracterizaria pela acumulação de capital, pela propriedade privada, pela obtenção de
lucro e pelo trabalho assalariado. A Revolução Industrial seria fundamental para esse
acontecimento.

A Revolução Industrial representou a lenta e inevitável evolução do capitalismo que,


em última instância, substituiu a força motriz humana pelas máquinas, com profundas
consequências económicas, políticas, sociais e culturais.

Mas, não podemos esquecer que a produção manual que antecede à Revolução
Industrial conheceu duas etapas bem definidas, dentro do processo de
desenvolvimento do capitalismo: primeiro o artesanato foi a forma de produção
industrial característica da Baixa Idade Média, durante o renascimento urbano e
comercial, sendo representado por uma produção de carácter familiar, na qual o
produtor (artesão) possuía os meios de produção (era o proprietário da oficina e das
ferramentas) e trabalhava com a família em sua própria casa, realizando todas as
etapas da produção, desde o preparo da matéria-prima, até o acabamento final; ou
seja não havia divisão do trabalho ou especialização para a confecção de algum
produto. Em algumas situações o artesão tinha junto a si um ajudante, porém não
assalariado, pois realizava o mesmo trabalho pagando uma “taxa” pela utilização das
ferramentas.

É importante lembrar que nesse período a produção artesanal estava sob controle das
corporações de ofício, assim como o comércio também se encontrava sob controle de
associações, limitando o desenvolvimento da produção.
Com a Revolução Industrial, a qualidade das relações de trabalho no ambiente
manufactureiro se transformou sensivelmente. Antes, os artesãos se agrupavam no
ambiente da corporação de oficio para produzirem os produtos manufacturados. Todos
os artesãos dominavam integralmente as etapas do processo de produção de um
determinado produto. Dessa forma, o trabalhador era ciente do valor, do tempo gasto
e da habilidade requerida na fabricação de certo produto. Ou seja, ele sabia qual o
valor do bem por ele produzido.

As inovações tecnológicas oferecidas, principalmente a partir do século XVIII,


proporcionaram maior velocidade ao processo de transformações da matéria-prima.
Novas máquinas automatizadas, geralmente movidas pela tecnologia do motor a
vapor, foram responsáveis por esse tipo de melhoria. No entanto, além de acelerar
processos e reduzir custos, as máquinas também transformaram as relações de
trabalho no meio fabril. Os trabalhadores passaram por um processo de
especialização de sua mão-de-obra, assim só tinham responsabilidade e domínio sob
uma única parte do processo industrial.

Com o passar do tempo, as formas de atuação do capitalismo industrial ganhou outras


feições. Na segunda metade do século XIX, a eletricidade, o transporte ferroviário, o
telégrafo e o motor a combustão deram início à chamada Segunda Revolução
Industrial. A partir daí, os avanços capitalistas ampliaram significativamente o seu raio
de ação. Nesse mesmo período, nações asiáticas e africanas se inseriram nesse
processo com a deflagração do imperialismo (ou neocolonialismo), capitaneado pelas
maiores nações industriais da época.

Durante o século XX, outras novidades trouxeram diferentes aspectos ao capitalismo.


O industriário Henry Ford e o engenheiro Frederick Winslow Taylor incentivaram a
criação de métodos onde o tempo gasto e a eficiência do processo produtivo fossem
cada vez mais aperfeiçoados. Nos últimos anos, alguns estudiosos afirmam que
vivemos a Terceira Revolução Industrial. Nela, a rápida integração dos mercados, a
informática, a microeletrônica e a tecnologia nuclear seriam suas principais conquistas.

A Revolução Industrial foi responsável por inúmeras mudanças que podem ser
avaliadas tanto por suas características negativas, quanto positivas. Alguns dos
avanços tecnológicos trazidos por essa experiência trouxeram maior conforto à nossa
vida. Por outro lado, a questão ambiental (principalmente no que se refere ao
aquecimento global) traz à tona a necessidade de repensarmos o nosso modo de vida
e a nossa relação com a natureza. Dessa forma, não podemos fixar o modo de vida
urbano e integrado à demanda do mundo industrial como uma maneira, um traço
imutável da nossa vida quotidiana.

2.1-Pionerismo Inglês

Em meados do século XVIII, a Inglaterra dava os primeiros passos da Revolução


Industrial, transformando-se na maior potência da época até princípios do século XX
devido ao seu avanço na produção. Acompanhe alguns dos factores que
possibilitaram a Inglaterra ser “mãe” da Revolução Industrial.

1) Políticos:

 Parlamentarismo: Desde 1688 foi instalado na Inglaterra o sistema


parlamentarista de governo, que abriu espaço para a acção da burguesia,
dando fim ao Absolutismo Monárquico.
 Criação do Banco da Inglaterra: ato do Parlamento que facilitou o
financiamento da burguesia inglesa para implantação de indústrias.

2) Económicos:

 Acúmulo de Capitais: A Idade Moderna é vista como a “fase de acumulação


primitiva de capitais”, onde a burguesia comercial, apoiada pelas ideias
mercantilistas, teria acumulado capitais para investir na produção industrial. A
Inglaterra, como teve um bom desenvolvimento comercial nesse período,
reuniu condições para seu desenvolvimento industrial.
 Reservas Minerais de carvão e ferro: a Inglaterra encontrava em seu território
reservas abundantes de carvão e ferro, matérias-primas essenciais para a
primeira fase da Revolução Industrial.

3) Geográficos:

 A Inglaterra estava afastada, no sentido territorial, da maioria dos grandes


conflitos europeus, tendo, por isso, um desenvolvimento interno melhorado.

Facilidade de transporte naval interno e internacional.

4) Sociais:

 Mão-de-obra abundante devido as leis de cercamento (enclosure acts), que


afastavam os camponeses da terra, obrigando-os a partir para a cidade, onde
formavam o “exército industrial de reserva”.
Pensamento progressista, por parte da burguesia e da nobreza capitalista (Gentry)

2.2-As três Revoluções Industriais

A Primeira Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra, no século XVIII (1780-1830).


A Inglaterra foi o primeiro país a passar por esta revolução.

Por volta de 1830, a Primeira Revolução Industrial se completou na Inglaterra, e daí


migrou para o continente europeu. Chegou à Bélgica e França, países próximos do
arquipélago britânico. Por volta dos meados do século XIX, atravessou o Atlântico e
rumou para os Estados Unidos. E, no final do século, retornou ao continente europeu
para retomar seu fio tardio na Alemanha e na Itália, chegando, também, ao Japão.

O ramo característico da Primeira Revolução Industrial é o têxtil de algodão. Ao seu


lado, aparece a siderurgia, dada a importância que o aço tem na instalação de um
período técnico apoiado na mecanização do trabalho.

O sistema de técnica e de trabalho desse período é o paradigma manchesteriano,


nome dado por referência a Manchester, o centro têxtil por excelência representativo
desse período. A tecnologia característica é a máquina de fiar, o tear mecânico. Todas
são máquinas movidas a vapor originado da combustão do carvão, a forma de energia
principal desse período técnico. O sistema de transporte característico é a ferrovia,
além da navegação marítima, também movida à energia do vapor do carvão.

A base do sistema manchesteriano é o trabalho assalariado, cujo cerne é o


trabalhador por ofício. Um trabalhador qualificado é geralmente pago por peça.

A Segunda Revolução Industrial começou por volta de 1870. Mas a transparência de


um novo ciclo só se deu nas primeiras décadas do século XX. Foi um fenômeno muito
mais dos Estados Unidos que dos países europeus.

E esta segunda revolução industrial que está por trás de todo desenvolvimento
técnico, científico e de trabalho que ocorre nos anos da Primeira e, principalmente, da
Segunda Guerra Mundial.

A Segunda Revolução Industrial tem suas bases nos ramos metalúrgico e químico.
Neste período, o aço torna-se um material tão básico que é nele que a siderurgia
ganha sua grande expressão. A indústria automobilística assume grande importância
nesse período. O trabalhador típico desse período é o metalúrgico. O sistema de
técnica e de trabalho desse período é o fordista, termo que se refere ao empresário
Ford, criador, na sua indústria de automóveis em Detroit, Estados Unidos, do sistema
que se tornou o paradigma de regulação técnica e do trabalho conhecido em todo o
mundo industrial.

A tecnologia característica desse período é o aço, a metalurgia, a electricidade, a


electromecânica, o petróleo, o motor a explosão e a petroquímica. A electricidade e o
petróleo são as principais formas de energia.

A forma mais característica de automação é a linha de montagem, criada por Ford


(1920), com a qual introduz na indústria a produção padronizada, em série e em
massa.

Com o fordismo, surge um trabalhador desqualificado, que desenvolve uma função


mecânica, extenuante e para a qual não precisa pensar. Pensar é a função de um
especialista, o engenheiro, que planeja para o conjunto dos trabalhadores dentro do
sistema da fábrica.

Temos aqui a principal característica do período técnico da Segunda Revolução


Industrial: a separação entre concepção e execução, separando quem pensa (o
engenheiro) e quem executa (o trabalhador em massa). É, pois, o taylorismo que está
na base do fordismo. É criação do taylorismo (Taylor, 1900) essa série de
segmentações que quebra e dissocia o trabalho em aspectos até então organicamente
integrados, a partir da separação entre o trabalho intelectual e o trabalho manual
(operários).

Taylor elabora um sistema que designa de organização científica do trabalho (OIT).

O trabalho taylorizado é especializado, fragmentado, não-qualificado, intenso,


rotineiro, insalubre e hierarquizado.

A Terceira Revolução Industrial tem início na década de 1970, tendo por base a alta
tecnologia, a tecnologia de ponta (HIGH-TECH). As atividades tornam-se mais
criativas, exigem elevada qualificação da mão-de-obra e têm horário flexível. E uma
revolução técnico- científica, tendo a flexibilidade do Toyotismo. As características do
toyotismo foram desenvolvidas pelos engenheiros da Toyota, indústria automobilística
japonesa, cujo método foi abolir a função de trabalhadores profissionais
especializados para torná-los especialistas multifuncionais, lidando com as
emergências locais anonimamente.
A tecnologia característica desse período técnico, que tem início no Japão, é a
microeletrônica, a informática, a máquina CNC (Controle Numérico Computadorizado),
o robô, o sistema integrado à telemática (telecomunicações informatizadas), a
biotecnologia. Sua base mistura, à Física e à Química, a Engenharia Genética e a
Biologia Molecular. O computador é a máquina da terceira revolução industrial.

O modelo japonês de desenvolvimento caracterizou tanto o período de


hipercrescimento (Boom Japonês) de 1956-1973, quanto a ousada reestruturação
económica e tecnológica que enfrentou com sucesso os desafios da década de 1970.

O cerne do processo de desenvolvimento japonês desde a década de 1950 é o


projecto nacionalista do Estado desenvolvimentista, implementado pela burocracia
estatal em nome da nação.

Os burocratas do Estado têm orientado e coordenado as empresas japonesas,


organizadas em redes, ajudando-as com políticas de comércio, tecnologia e crédito
para competir com sucesso na economia mundial.

O superávit comercial foi transformado em superávit financeiro e, aliado à alta taxa de


poupança interna, permitiu uma expansão não-inflacionária, possibilitando, ao mesmo
tempo, altas taxas de investimento, aumento rápido dos salários reais e a melhora dos
padrões de vida.

O Japão conseguiu combinar crescimento com redistribuição, elevar os salários reais


de forma substancial e reduzir a desigualdade de renda a um dos níveis mais baixos
do mundo.

Índices elevados de investimento em P&D e enfoque em indústria avançada


capacitaram o Japão a assumir uma posição de liderança nos sectores de tecnologia
da informação em uma época em que seus produtos e processos se tomaram
essenciais na economia global.

Esse desempenho económico contou com estabilidade social e alta produtividade da


força de trabalho, por meio da cooperação entre a gerência e os trabalhadores,
possibilitada pela estabilidade no emprego e pela promoção da força de trabalho
permanente com base no tempo de serviço.

A revolução industrial ela pode ser observada ou caracterizada de seguinte maneira:


1ª Revolução 2ª Revolução

Industrial: Inglaterra Industrial: Europa, EUA e Japão

(segunda metade do século XVIII); (segunda metade do século XIX);

Máquina a Vapor; Ferro e Carvão. Motor a combustão interna e energia

eléctrica; Aço e Petróleo.

3ª Revolução

Industrial: Mundo (pós -2ª Guerra Mundial);

Biotecnologia e Microeletrônica;

Era das Comunicações; Globalização.

A estabilidade social baseava-se em três factores principais:

• Comprometimento do povo para reconstruir o Japão;

• Acesso ao consumo e grande melhoria dos padrões de vida;

• Família patriarcal forte e estável que reproduzia os valores tradicionais, induzia à


ética do trabalho e proporcionava segurança pessoal a seus membros, à custa da
manutenção da submissão feminina.

Os mecanismos do “milagre japonês” foram:

• Incansável direcionamento para exportações com base em alta competitividade, pelo


aumento da produtividade, pela qualidade do trabalho e pelo proteccionismo dos
mercados internos;

• Abundância de capital resultante do alto índice de poupança e crédito de curto prazo


para os brancos, a baixas taxas de juros;

• Esforço sustentado para o desenvolvimento tecnológico e inovação tecnológica, com


programas patrocinados pelo governo;

• Ênfase na indústria;
• Política industrial mudando da setores de baixa tecnologia para os de alta tecnologia,
acompanhando a demanda mundial.

3-A SOCIEDADE INDUSTRIAL

Burguesia

Camada social dominante que assume o poder em lugar da nobreza do período


anterior. Os burgueses se tornaram donos dos meios de produção (fábricas,
ferramentas, fazendas) e contratavam a mão-de-obra dos operários (proletários)

Proletariado

Oriundos, sobretudo dos antigos camponeses que viveram processo de êxodo rural no
início do processo de Revolução Industrial (pois havia também a mecanização no
campo), os proletários viviam em condições precárias, sem moradias adequadas e
sem legislação trabalhista. Os homens não recebiam o suficiente para sustentar a
família e mulheres e crianças se obrigavam a trabalhar por salários ínfimos. As
jornadas de trabalho chegavam a 16 horas por dia.

3.1-Movimentos Sociais

Com o advento da Indústria e a má situação do trabalhador fabril, ao longo do século


XVIII e XIX, foram surgindo movimentos sociais que contestavam a estruturação da
sociedade capitalista, denunciando a exploração do proletariado por parte da
burguesia. Tais movimentos atingiram várias formas, indo da reivindicação por
maiores direitos políticos aos trabalhadores à proposta de revolução para por fim ao
capitalismo e as desigualdades. Acompanhe as principais manifestações contra essa
situação:

 Ludismo: No inicio do século XIX, grupos de trabalhadores ingleses invadiam


as fábricas e destruíam as máquinas, vistas por eles como culpadas pela sua
miséria. O nome Ludismo vem do suposto líder do movimento, Nedd Ludd.
Vários Luditas foram presos e enforcados, o que acabou dissolvendo o
movimento.
 Cartismo: Movimento que eclodiu na Inglaterra, devido à organização política
dos trabalhadores que faziam reivindicações trabalhistas tais como: redução da
jornada de trabalho para 10 horas/dia; sufrágio universal masculino, imunidade
parlamentar, etc. O movimento tinha apoio de grupos da classe média e de
socialistas e liberais. Em 1848 o movimento teve seu apogeu com a Carta do
Povo, documento com as principais reivindicações entregue ao Parlamento
Inglês. Este movimento não obteve sucesso imediato, sendo que apenas no
final do século XIX algumas de suas reivindicações seriam atendidas.
 Pensamento Social da Igreja: Contra os pensamentos Socialistas, e
procurando evitar os excessos capitalistas, o papa Leão XIII defendeu, através
da encíclica “Rerum Novarum”, a manutenção da propriedade privada, a
colaboração das classes sociais e as associações de ajuda mutua entre
trabalhadores.
 Socialismo Utópico: Alguns intelectuais começaram a criticar os exageros do
capitalismo, como as altas jornadas e baixos salários. Porém, no socialismo
utópico não havia uma proposta de ruptura com o capitalismo, mas sim a ideia
de reformas. Pensadores como Owen, Saint-Just e Fourier são os destaques
desse tipo de socialismo.
 Owen era administrador de indústrias na Escócia e tentou melhorar as
condições de seus operários, diminuindo a jornada de trabalho e criando casas
mais adequadas para os trabalhadores; Saint-Simon criou uma fazenda
modelo administrada por intelectuais e cientistas, visando o aprimoramento
administrativo; Fourier criou os falanstérios, espécies de comunidade
alternativas onde se recebia remuneração conforme a jornada de trabalho, sem
a obrigação de uma jornada fixa.
 Socialismo Científico: Karl Marx e Friederich Engels elaboraram aquilo que
conhecemos como Socialismo Científico. “Científico” pois demandou de todo
um estudo sobre as estruturas sociais históricas que chegou àquilo que Marx
chamou de “o motor da história”, a luta de classes. Para ele, a História humana
sempre apresentou uma classe que domina e outra que é dominada. Assim,
em Roma dominavam os patrícios, enquanto os plebeus eram dominados; na
Idade Média os nobres dominavam os camponeses; e na sociedade do século
XIX (época de Marx) os burgueses dominavam o proletariado.
 Para os marxistas (comunistas), os proletários deveriam ter consciência de
classe, ou seja, consciência de que são explorados pela burguesia e, a partir
disso, se organizar para acabar com a opressão burguesa. Para Marx, a base
da exploração era a propriedade privada, que deveria ser suprimida.
 O proletariado organizado deveria fazer a Revolução do Proletariado,
derrubando a burguesia do poder e acabando com a propriedade privada.
Aconteceria então a Ditadura do Proletariado (socialismo), que seria a
transição entre capitalismo e comunismo. Quando chegássemos ao
Comunismo, não haveria mais governo ou propriedade privada e seria “o fim
da história” (pois não haveria mais luta de classes).
 Anarquismo: Pensadores como Mikhail Bakunin concordavam em parte com
as teses de Marx, mas não aceitavam qualquer tipo de governo (nem mesmo o
socialista). Desse modo, os anarquistas queriam destruir o capitalismo e
imediatamente acabar com a propriedade privada e o governo. São também
conhecidos como Comunistas Libertários, pois pregavam uma espécie de
comunismo sem a transição socialista.
REFERENCIAS BILOGRAFICAS

BARBOSA,V. Mendonça, G. de L. Licenciatura em Ciências Sociais: problemas e


perspectivas. Marilia-SP: Ed. Unesp, 2001.

CARREIRO, C. H. Porto. Marx está morto? Rio de Janeiro: Ed. EDC, 1980.

COSTA, Cristina, Sociologia. São Paulo: Ed. Moderna, 1997.

DURKHEIN, E. As regras do método sociológico. São Paulo: Ed. Martin Claret, 2002.

FAUCONNET, Paul. Emile Durkheim – Educação e Sociologia. São Paulo: Ed.


Lourenço Filho, 1978.

HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções: 1789-1848. São Paulo: Ed. Paz e Terra,
2010.

MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. Manifesto Comunista. Rio de Janeiro: Ed.
Garamond, 1998.

MAZZEO, Antonio Carlos. Sociologia política marxista. São Paulo, Ed. Cortez, 1995.

O’ROURKE,P.J. A riqueza das nações de Adam Smith: uma biografia / P. J.


O’Rourke; tradução Roberto Franco Valente. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 2008.

RODRIGUES, José Mauricio. Sociologia e Modernidade, para entender a Sociedade


Contemporânea. São Paulo: Ed. Civilização Brasileira, 2001.
III-GRUPO

CLASSIFICAÇÃO E FACTORES DETERMINANTES DA INDÚSTRIA


LISTA DOS PARTICIPANTES

Nome: Abel Tito Nobre Miguel

Nome: ErnestroNhamba Balo

Nome: João Ngoio Morais(chefe)

Nome: Joel MaboteNguala

Nome: Martinho Suami

Nome: Manuel Inês

Nome: Nilsa Laura Firmino

Nome: Orlata Santana da Costa Sambo

Nome: Isabel Cristina Futi Pedro

Nome: Rosa Pedro Castelo


Índice
1-INTRODUÇÃO................................................................................................................1
3-CONCEITOS BÁSICOS..................................................................................................3
3.1-INDÚSTRIA..................................................................................................................3
3.2-CLASSIFICAÇÃO E FACTORES DETERMINANTES DA INDÚSTRIA.................3
4-TIPOS DE INDÚSTRIA...................................................................................................4
4.1A INDÚSTRIA ESTÁ DIVIDIDA EM TRÉS SECTORES...........................................4
4.2-Sector Primário..............................................................................................................4
4.3-Sector Secundário..........................................................................................................4
4.4--Sector Terciário............................................................................................................5
4.5-FACTORES LOCACIONAIS DA INDÚSTRIA........................................................................5
7-CICLO DO PRODUTOR........................................................................................................6
8-REFERÊNCIAS BÍBLIOGRÁFICAS.........................................................................................8
1-INTRODUÇÃO

A evolução industrial no século XVIII proporcionou a mecanização dos sistemas de produção.


Este macro impulsionou a burguesia industrial a buscar alternativas, a fim de que melhorasse a
produção de mercadorias do meio de uma aceleração rápida da economia emergente vinculada
ao escoamento dos transportes. Portanto, a revolução industrial consistiu em um conjunto
de mudanças tecnológicas com profundo impacta no processo produtivo em
nível económico e social. Iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII, expandiu-
se pelo mundo a partir do século XIX. Ao longo do processo, a era agrícola foi
superada, a máquina foi suplantando o trabalho humano, uma nova relação
entre capital e trabalho se impôs, novas relações entre nações se estabeleceram e surgiu
o fenómeno da cultura de massa, entre outros eventos. Essa transformação foi possível
devido a uma combinação de factores, como o liberalismo económico, a acumulação de
capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. O capitalismo tornou-se o
sistema económico vigente.

A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra no século XVIII, trouxe mudanças


económicas e sociais com a evolução dos processos produtivos e uma nova concepção
entre o trabalho humano e as máquinas. No século XIX a Revolução se
internacionalizou, com as novas técnicas industriais utilizando-se de um volume bem
maior de matérias-primas, visando única e exclusivamente ao crescimento comercial e
económico de alguns países. A preocupação com o meio ambiente, quando existente,
era relegada a segundo plano, sempre tendo em vista sua utilização pelo homem. A
Revolução Industrial é um grande marco na história da humanidade, seus
desdobramentos afectaram todo mundo. Foi um acontecimento extremamente
importante para a humanidade, pois mudou o processo produtivo, ou seja, os produtos
deixaram de ser manufacturados e passaram a ser maquino facturados, o permitiu uma
produção em massa, permitindo assim colocar mais e mais produtos no mercado e a
preços muito mais atractivos.

É pertinente enfatizar que a Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra no século


XVIII foi o grande precursor do capitalismo, ou seja, a passagem do capitalismo
comercial para o capitalismo industrial. É fascinante, como a revolução industrial
mudou a vida das pessoas daquela época e como até hoje seus reflexos continuam
transformando o nosso dia-a-dia com a revolução tecnológica.
A Revolução Industrial representou a lenta e inevitável evolução do capitalismo que, em
última instância, substituiu a força motriz humana pelas máquinas, com profundas
consequências económicas, políticas, sociais e culturais.Mas, não podemos esquecer
que a produção manual que antecede à Revolução Industrial conheceu duas etapas bem
definidas, dentro do processo de desenvolvimento do capitalismo: primeiro o artesanato
foi a forma de produção industrial característica da Baixa Idade Média, durante o
renascimento urbano e comercial, sendo representado por uma produção de carácter
familiar, na qual o produtor (artesão) possuía os meios de produção (era o proprietário
da oficina e das ferramentas) e trabalhava com a família em sua própria casa, realizando
todas as etapas da produção, desde o preparo da matéria-prima, até o acabamento final;
ou seja não havia divisão do trabalho ou especialização para a confecção de algum
produto. Em algumas situações o artesão tinha junto a si um ajudante, porém não
assalariado, pois realizava o mesmo trabalho pagando uma “taxa” pela utilização das
ferramentas. É importante lembrar que nesse período a produção artesanal estava sob
controlo das corporações de ofício, assim como o comércio também se encontrava sob
controlo de associações, limitando o desenvolvimento da produção. A Revolução
Industrial foi responsável por inúmeras mudanças que podem ser avaliadas tanto por
suas características negativas, quanto positivas. Alguns dos avanços tecnológicos
trazidos por essa experiência trouxeram maior conforto à nossa vida. Por outro lado, a
questão ambiental (principalmente no que se refere ao aquecimento global) traz à tona a
necessidade de repensarmos o nosso modo de vida e a nossa relação com a natureza.
Dessa forma, não podemos fixar o modo de vida urbano e integrado à demanda do
mundo industrial como uma maneira, um traço imutável da nossa vida quotidiana.
3-CONCEITOS BÁSICOS

3.1-INDÚSTRIA

Conjunto de actividade produtiva que se caracterizam pela transformação de matérias-


primas, de modo manual ou com auxílio de máquinas e ferramentas, no sentido de
fabricar mercadorias. De uma maneira bem ampla, entende-se como indústria desde o
artesanato voltado para o auto-consumo até moderna produção de computadores e
instrumentos electrónicos.

3.2-CLASSIFICAÇÃO E FACTORES DETERMINANTES DA INDÚSTRIA

A indústria contemporânea caracteriza-se pela produção em massa nas fábricas, na qual


os objectivos padronizados resultam da intensa mecanização e automação do processo
produção. Outros característicos são a racionalização do trabalho, objectivando o
aumento da sua produtividade e o máximo rendimento das máquinas. Ocorreu também
uma radical mudança na estrutura da direcção e da propriedade das indústrias: as
sociedades anónimas tornaram-se a forma mais frequente de propriedade e a
organização do processo produtivo passou à responsabilidade de um corpo técnicos
administradores, a qual cabe realizar o planeamento da produção e a política de
investimento. Nos países altamente industrializados, muitas empresas perderam seu
carácter local, tornando-se grandes corporações multinacionais.

Distinguem-se as indústrias em vários ramos, com forme os bens que produzem:


indústria de bens de capital ou bens de produção (máquinas e equipamentos), indústrias
de bens intermediários (matérias- primas para outras empresas) e indústrias de bens de
consumo.

São classificadas como indústria tradicionais ou de trabalho intensivo as que ocupam


grande contingente de mão- de- obra se apoiam em tecnologia atrasada, e com indústrias
modernas ou de capital intensivo as exportadoras de tecnologia sofisticada, com
operários altamente especializados e elevada taxa de investimento por pessoas emprega.
4-TIPOS DE INDÚSTRIA

As indústrias são divididas em três grupos:

Os principais tipos de indústria e a suas descrições

 Indústria de base: transformam matéria-prima bruta em matéria-prima


processada, para a utilização por outras indústrias.

 Indústria de bens intermediários: produzem máquinas e equipamentos utilizados


nas indústrias de bens de consumo.

 Indústria de bens de consumo: transformam matéria-prima fabricada pela


indústria de bens em itens para o consumidor final. Podem ser subdividida em
três subgrupos, de acordo com o produzirem:

 Bens duráveis;
 Bens semi-duráveis;
 Bens não duráveis.

4.1A INDÚSTRIA ESTÁ DIVIDIDA EM TRÉS SECTORES

4.2-Sector Primário
Envolvem a extracção de recursos directamente da Terra, incluindo agricultura,
mineração e madeira. Eles não processam os produtos de forma nenhuma, enviam para
as fábricas para ter lucro.

5-Sector Secundário
Esse grupo envolve-se no processamento de produtos vindos de muitas indústrias
primárias. Inclui todas as indústrias, aquelas que refinam metais, produzem móveis ou
empacotam produtos agropecuárias como a carne.

5.1--Sector Terciário
Esse grupo foca-se no oferecimento de serviços. Inclui professores, administradores e
outros serviços do género.
Existem muitos outros tipos de indústrias e frequentemente são organizadas em
diferentes classes ou sectores: recebendo uma grande variedade de classificações.

Os sistemas de classificação da indústria usados pelo governo normalmente dividem as


indústrias em três sectores: agricultura, manufactura e serviços. O sector primário é
formado pela agricultura, mineração e extracção de matérias-primas. O sector
secundário é a de manufacturas. O sector terciário foca a produção de serviços.

Algumas vezes fala-se em sector quaternário, que consiste de serviços intelectuais como
a pesquisa e desenvolvimento.

5.2-FACTORES LOCACIONAIS DA INDÚSTRIA

A actividade industrial é a principal fonte de atracão demográfica, urbana e económica


de determinado território. Mas o que interfere em sua localização? Por que uma
indústria se encontra em uma determinada localidade espacial e não em outra? A
resposta para essas questões é chamada de factores locacionais, que são as vantagens
competitivas que as empresas e as indústrias vêem em um determinado local que atraem
seus respectivos investimentos.

Na escolha da localização de uma indústria, não é considerado somente um factor, mas


sim todos aqueles que são benéficos à indústria. Uma ressalva para indústrias
mineradoras, que se localizam em lugares onde a matéria-prima está disponível.

Um exemplo clássico é as indústrias do século XVIII, que deveriam ficar próximas à


sua matéria-prima de fonte energética: o carvão.

Actualmente, conforme a mudança nos tipos de indústria, sua localização não será tão-
somente em função da proximidade de sua matéria-prima.

Porém, quais são os factores locacionais?

Podemos enumerar oito tipos principais, a saber:

Transporte:  envolve infra-estrutura (qualidade, disponibilidade e meios); custos dos


transportes; novas tecnologias e meios de transportes. Para cada tipo de produto da
indústria há um meio de transporte adequado.
Energia:  infra-estrutura de energia em uma dada região, como a disponibilidade,
estrutura de transmissão e novas tecnologias.

Mercado Consumidor:  tamanho do mercado, juntamente com as características


socioculturais do consumidor e seu poder aquisitivo. Acesso físico do cliente ao produto
(no caso, os meios de transporte).

Matérias-primas: é um factor locacional clássico. Envolve a disponibilidade, o tipo e a


qualidade da matéria-prima, como também seu custo e transporte.

Mão-de-obra/força de trabalho: envolve a disponibilidade, produtividade,


qualificação, nível de organização e salários, como também as regras jurídicas que
variam de acordo com cada país ou região de um mesmo país.

Incentivos fiscais: é quando o governo concede isenções de impostos, como o ICMS,


às indústrias, para instalarem-se em seu território. Em muitos casos, há também a
concessão de terrenos para a instalação da unidade produtiva da fábrica. No Brasil,
instalou-se nos últimos anos uma “guerra fiscal” entre municípios e estados da
federação para a atracção de indústrias para seus respectivos territórios

7-CICLO DO PRODUTOR

 Segundo o economista George Benko, para cada fase de produção de um objecto


industrial existe uma lógica espacial. De acordo com Benko, um produto pode ter três
fases de produção: desenvolvimento, estandardização ou amadurecimento e declínio.
Cada fase requer um tipo de força de trabalho mais representativa e um local de
produção mais apropriado, segundo a lógica capitalista.

Disponibilidade de Capital:  refere-se à disponibilidade do mercado em dispor, sempre


que necessário, ao empresário, recursos em dinheiro para novos investimentos, bem
como um ambiente propício aos negócios (relações financeiras) para trocas de capitais
(bancos, empresas, etc.).

Portanto, o carvão mineral foi um dos mais importantes factores locacionais durante a
primeira Revolução Industrial, uma vez que era a principal fonte energética da época.
São os factores que determinam a instalação de indústrias em determinado local. Cada
tipo de indústria precisa de alguns factores mais intensamente do que de outros. Todos
os ramos industriais necessitam fundamentalmente de boa rede de transportes e de
telecomunicações. Mas, por exemplo: indústrias de base precisam mais de
disponibilidade de matérias-primas e energia do que outras coisas; indústrias de alta
tecnologia requerem mão-de-obra altamente qualificada; indústrias de bens de consumo
dão importância à proximidade de um mercado consumidor amplo.

Esses factores variam ao longo da história, e por isto os actuais factores não são os
mesmos dos primórdios da industrialização. Por exemplo, na primeira Revolução
Industrial, um dos mais importantes factores eram as reservas de carvão mineral, a
principal fonte energética da época. Actualmente, entretanto o carvão tem importância
para indústrias que não sejam a siderúrgica apesar de que mesmo assim, a importância
para esta reduziu-se muito.
8-REFERÊNCIAS BÍBLIOGRÁFICAS

SMITH, Adam. Riqueza das nações. São Paulo: Behar Editora, 1991.

PRONI, Marcelo Weishaupt. Capitalismo civilizado: economia e sociedade nos anos de


ouro. Campinas: Instituto de Economia/ UNICAMP, mimeo, 2006.

FAYOL, Henri. Administração industrial e geral. 10. ed. São Paulo: Atlas, 1990.

O’ROURKE, P.J. A riqueza das nações de Adam Smith: uma biografia/P. J. O’Rourke;
tradução Roberto Franco Valente. Rio de Janeiro: Ed. Jorge Zahar, 2008.

HOBSBAWM, Eric J. A era das revoluções: 1789-1848. São Paulo: ed. Paz e Terra,
2010.

HOBSBAWM, Eric J. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo (5a. ed.). Rio


de Janeiro: Forense Universitária, 2003.  ISBN 85-218-0272-2
IV- GRUPO

INDÚSTRIA DE SERVÍÇOS E SERVIÇOS DE APOIO A


ACTIVIDADE INDUSTRIAL
Lista dos participantes

1- Artur Simba I. Paiado


2- Anselmo Pambo Bonge
3- Ester Luzolo Nsanda Ana
4- Felismina Joaquim Rosa
5- Isabel T. Pequeno
6- Joel Niati Ngoma
7- Maria Lúcia Miguel
8- Maria Elizabeth Ntoto
9- Moisés Muabi Micaela
10- Samuel Sonsa Panzo
INTRODUÇÃO

A industrialização foi considerada, pelo menos desde finais da década de 40 até ao


inicio da década de 70, como condição necessária para desenvolvimento económico do
país. Não foi idéia pacificamente aceite, tendo consumido, a primeira metade do século
XX boa parte de alguns debates e ao longo das ultimas décadas, a evidencia sobre o
fenómeno de desindustrialização observado noutros países de rendimentos mais
elevados tem suscitado discussões sobre a viabilidade e as potencialidades, assim como
as suas relações como processo de crescimento económico. É interessante este facto, na
medida em que parece traduzir algum desfasamento entre a discussão pública de
questões económica e a evolução das condições económicas gerais.

Nesse sentido, a tecnologia de serviços tem vindo assemelhar-se a da indústria


transformadora. De algum modo, ter-se-a iniciado um processo de generalização entre
vários sectores, da capacidade de dinamização do nível geral da actividade
tradicionalmente atribuídas as indústrias transformadoras – mas ao nível de agregação
considerado, permanecem algumas diferenças importantes quanto aos efeitos
multiplicadores globais da indústria, dos serviços e da agricultura.

Como se referiu, os serviços têm constituído a parte mais dinámica da economia em


termos de criação de empregos. Reafetação de recursos para outros sectores de serviços
levanta duvidas sobre a possibilidade de crescimento a longo prazo da produtividade
dos factores, tradicionalmente mais elevadas nas indústrias transformadoras, com
conindustriais. Em segundo lugar, é esperar que os preços relativos de não
transacionáveis aumente com o rendimento per capta, principalmente porque os preços
são determinados no mercado interno e, também, porque nalgumas dessas actividades
aumento de preços são, na ausência de aumento de produtividade significativos a forma
de se conseguir aumentar a remuneração dos factores. Finalmente, é de referir a
importância da política cambial na definição dos preços relativos; a valorização efectiva
dos escudo, na década de 60 e a partir de finais dos anos 80, terá contribuído para a
reafetação de recursos para a produção de transacionáveis.
CAPÍTULO I- FUNDAMENTO TEÓRICO

1.1- CONCEITOS DE INDÚSTRIA, MERCADO E SERVIÇOS

Assim como no caso da empresa, a evolução da Economia Industrial é também marcada


pela tentativa de oferecer conceitos de indústria e mercado mais adequados à análise
económica. Destaca-se, mais uma vez, a insatisfação com o tratamento conferido ao
tema pela abordagem tradicional neoclássica. No âmbito da dicotomia concorrência
perfeita/monopólio que marca esta escola, o mercado é tratado como um espaço abstrato
de encontro de oferta e demanda, adotando-se uma noção de produto como algo
absolutamente bem definido e, portanto, perfeitamente distinguido na análise dos
consumidores. Com relação a isso, o mercado reflete, em última instância, o conjunto de
empresas (mono) produtoras desta mercadoria, de forma que a cada indústria
corresponda um mercado. Em consequência, o conceito de indústria assumido por esta
corrente expressa espaços delimitados e estanques de competição.

Ao contrário, a suposição de um processo de crescimento da empresa marcado pela


crescente diferenciação de produto, além de um movimento de expansão diversificante
da atividade produtiva como uma estratégia fundamental, insere um alto teor de
heterogeneidade de produto, ao menos no que se refere à percepção dos consumidores.
Isto implica maior importância analítica da substituibilidade de produtos e do foco e
direcionamento dos esforços competitivos, aspectos que passam a preponderar para uma
definição mais adequada de mercado e indústria.
O mercado, portanto, corresponde à demanda por um grupo de produtos substitutos
próximos entre si. Para uma empresa diversificada, no entanto, a ideia de mercado
envolve também outros espaços concorrenciais em que pode actuar, definidos como
área de comercialização por Edith Penrose. A indústria, por seu turno, é definida pelo
grupo de empresas voltadas para a produção de mercadorias que são substitutas
próximas entre si e, dessa forma, fornecidas a um mesmo mercado. Da mesma forma
que para a noção de mercado, para uma empresa diversificada a indústria pode
representar um conjunto de actividades que guardam algum grau de correlação técnico-
produtiva, constituindo um conjunto de empresas que operam métodos produtivos
semelhantes, incluindo-se em uma mesma base tecnológica de acordo com Penrose.
Na ária da economia e do marketing, um serviço é o conjunto de actividades realizadas
por uma empresa para responder as espectativa e necessidades do cliente. Por isso, o
serviço é definido como sendo um bem não material. Como tal os
fornecedores/prestadores de serviços não costumam propriamente manipular grandes
matérias-primas e beneficiam de reduzidas restrições físicas. Por outro lado o seu
principal valor é a experiência. Convêm relembrar que os fornecedores de serviços
constituem aquele que se conhece como sector terciário da indústria.

2.1- FUNDAMENTOS DE UM PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO

O papel histórico desempenhado pelas indústrias transformadoras no desenvolvimento


económico das nações esta associado a tecnologia e a evolução da procura. Caso a
procura de diferentes bens e serviços varie de forma diferente a medida que se altere o
rendimento per capta, é razoável argumentar que uma economia poderá conseguir mais
facilmente uma taxa de crescimento económico mais rápido se produz os bens cuja
procura mais cresce. Evidencia disponível a um nível bastante agregado sobre a procura
ao longo das décadas de 50 e de 60, surge valores para a elasticidade da procura em
relação ao rendimentos dos bens industrias significativamente superior as dos bens
agrícolas e dos serviços.

Do lado da tecnologia pode argumentar-se, em primeiro lugar, que o crescimento de


sectores de actividades que utilizem põe unidade de produção. Muitos consumos
intermédios exercem sobre a actividade económica um estimulo superior ao exercido
pelo sector de crescimento de actividade relativamente isolado.

Em primeiro lugar, em que medida se poderia considerar o crescimento industrial como


condição necessária para o desenvolvimento económico do país. Em segundo lugar
discute – se um processo de industrialização, constitui de facto o traço fundamental do
desenvolvimento económico, sugerindo – se algumas hipótese explicativo sobre a
trajectória seguida pela economia. Finalmente discute – se a eventual relevância de um
novo processo de transformação estrutural, ligado ao desenvolvimento das tecnologias
de transformação e de comunicações, que poderá fundamentar uma sistematização das
actividades económicas diferentes da que totalmente tem sido considerado na analise do
processo de crescimento económico.
2.2- SERVIÇOS INDUSTRIAIS E SUA RELAÇÕES INTER-EMPRESARIAIS

O processo de industrialização destaca por momentos de encolhimento da produção de


diversos ramos industriais importantes, principalmente daqueles referentes à indústria
de transformação.
Nesse contexto, podemos destacar as mudanças nas relações entre empresas no decorrer
do processo produtivo que também têm importantes consequências espaciais, como a
dispersão ou concentração de um determinado grupo de indústrias pelo território.
Dentre as diversas relações entre empresas, propomos estudar a dinâmica geográfica da
fabricação de produtos para outras indústrias para assim contribuir no entendimento do
denso tecido de relações inter-empresariais. A idéia é focar a análise nas empresas
industriais que fabricam produtos sob medida para outras empresas de acordo com as
especificações técnicas da indústria contratante. Esses produtos são agregados ao
processo produtivo da contratante como consumo intermediário (no caso dos bens
completamente incorporados à produção) ou como investimento (quando se trata de
máquinas e equipamentos). As relações de trabalho envolvidas referem-se à prestação
de serviços a outras empresas, mas as atividades exercidas são tipicamente industriais
por se tratarem de transformações de insumos em outros bens mediante utilização de
capital e trabalho.
O último quartel do século XX é marcado por importantes transformações nas relações
Intraempresariais motivadas pelo avanço na divisão internacional do trabalho e
acirramento da concorrência produtiva. Ambos se tornam viáveis com o
desenvolvimento dos meios de comunicação e de transportes, o que permite reduzir os
tempos de deslocamento e decisão entre as empresas localizadas nas mais diversas
cidades.
Uma das consequências é a intensificação nas relações inter-empresariais. Segundo
Dantas, as grandes empresas aprimoram tecnicamente o processo produtivo e muitas se
especializam, contratando outras para desempenhar determinadas funções, uma
estratégia para reduzir custos e tempo de produção. Intensificam-se as relações entre
indústrias e prestadoras de serviços, assim como são ampliados os vínculos
intraindustriais, o que abrange uma situação particular: indústrias que contratam
indústrias dedicadas a produzir bens específicos para serem agregados ao seu processo
produtivo.
Neste contexto, acentua-se significativamente a divisão do trabalho, o que é visualizado
por diversos autores como Daniels e Moulaert . Citando as releituras da obra de André
Fischer, Firkowski e Sposito identificam, entre meados das décadas de 1970 e 1980,
grandes perturbações tanto na economia industrial como nas relações entre a atividade
industrial e o espaço geográfico. Predominou no período o modelo flexível de produção,
em direção à inovação tecnológica, que leva à maior complexidade das relações das
indústrias com o espaço.
O trabalho industrial se terceiriza e se especializam, as atividades de serviço se
multiplicam no interior da indústria. As divisões técnicas, social, espacial do trabalho
traduzem diretamente esses fenômenos no espaço geográfico: a oposição entre a
indústria dos espaços metropolitanos e aquela das regiões periféricas não para de se
acentuar.
Os anos seguintes são caracterizados por ampliação do grau de abertura da economia,
desregulamentação financeira, menor intervenção do Estado (mudanças de ordem
macroeconômica) que influenciaram no acirramento da concorrência, levando a
alterações nas formas de produção e gestão empresarial (mudanças de ordem
microeconômica).
A aceleração da busca por inovação tecnológica amplia a influência das indústrias sobre
O desenvolvimento regional. As grandes empresas aceleram o processo de
especialização e, ao demandarem produtos e serviços que anteriormente produziam,
estimulam a aparição e/ou permanência de pequenas e médias empresas. As empresas
menores ganham nova função com o desenvolvimento de estratégias de parcerias entre
firmas de tamanho e de especialidades diferentes e o desenvolvimento de redes de
inovação nas quais cooperam atores de conhecimentos múltiplos e diversificados.
O processo é mais evidente em sectores não vinculados diretamente ao processo
produtivo, como limpeza, administração, segurança. No entanto, também se manifesta
na contratação de mão de obra ou na produção de insumos que são incorporados ao
processo produtivo das grandes empresas. Geralmente se refere à produção de itens com
características bem peculiares, desde embalagens (que serão consumidas integralmente
no processo produtivo), peças para automóveis ou máquinas e equipamentos que
atendem as necessidades específicas de produção da indústria demandante. Assim, as
mudanças nas formas de produção estimulam o desenvolvimento de algumas atividades,
como alguns serviços industriais, um fenômeno que, assim como outros, tende a ocorrer
e se desenvolver na medida em que seja lucrativo para as empresas industriais executá-
los.
A intensificação do capital vivo (a criação de novas actividades) sempre é capaz de
forçar a criação de infra-estrutura. Nas circunstâncias actuais, uma nova actividade só
chega a ser introduzida se conta com um mercado e se presume que ela ofereça taxas de
lucros elevadas para o capital empregado.
Quando as empresas industriais preferem contratar firmas especializadas para atender
determinadas fases do processo produtivo, em vez de incorporar mais mão de obra e
novas tecnologias assumindo os consequentes aumentos dos custos internos, estimulam
a contratação dos serviços industriais. Normalmente, são actividades com tendência a
concentração espacial, relacionadas à existência prévia de outras empresas industriais
que sejam clientes potenciais, além de um mercado de trabalho qualificado e acesso
fácil às redes de comunicação e informação. Como resultado, há maior presença de
empresas industriais em aglomerações metropolitanas, que também funcionam como
lugares centrais para uma área de influência geralmente extensa .
Esta concentração é reproduzida com maior ênfase em centros e áreas de controle e
acompanhada por descentralização espacial de certos estágios de produção e serviços
produtivos padronizados. Nas áreas metropolitanas centrais, onde a concentração de
firmas grandes existe, há economias de escala e especialização de firmas que prestam
serviços produtivos sob várias formas, para os mais distantes locais. As firmas grandes
têm implementado uma estratégia de descentralização de operações nas regiões
periféricas, em países industrializados e em desenvolvimento. Por trás da estratégia
estão ambos: penetração no mercado e/ou busca por mão de obra mais barata .
Estabelece-se uma rede de pequenas e médias empresas especializadas que podem
participar de vários estágios do processo produtivo de uma empresa que centraliza a
produção e em grande medida comanda as relações. Os serviços ao produtor ampliam a
eficiência operacional da firma contratante e o valor da produção. Também estimulam a
inovações de tarefas de modo a aumentar a eficiência e permitir rápidos ajustes às
mudanças económicas.
Avanços nas relações inter e intraindústrias levam a diferenças entre localização da sede
das empresas industriais e áreas com maior produção ou número de estabelecimentos
industriais. Segundo Lencioni, a separação entre a unidade produtiva propriamente dita
e o gerenciamento empresarial não é um fenômeno inédito, mas que tende a ser cada
vez mais freqüente.
A confecção ou fabricação de máquinas específicas feitas sob encomenda, os frascos de
vidro, as pinturas industriais, os tratamentos de usinagem e galvanoplastia de peças e
ferramentas fazem parte da fabricação de produtos e prestação de serviços industriais
específicos, destinados a outras indústrias, um segmento que amadurece mais
rapidamente.

3.1- SERVIÇOS INDUSTRIAIS PELA PERSPECTIVA SISTÊMICA: AS


FRONTEIRAS DO CONHECIMENTO
O contexto mercadológico tem demonstrado mudanças transitando de um contexto
voltado puramente à produção de bens tangíveis para uma oferta de valor diferenciado
com a prestação de serviços.
Em âmbito industrial a agregação dos serviços pelos fabricantes é motivada por fatores
como a possibilidade dos fabricantes de bens tangíveis reduzirem seu capital
imobilizado.
Assim, nos sistemas de serviços industriais as próprias variáveis de processo do sistema
produtivo e do sistema de prestação de serviços estabelecem dependências. É nesse
sentido que as questões da gestão da produção de fabricantes industriais, sobretudo
quando recaem na análise do fluxo do valor, precisam considerar o reflexo quando da
inserção de serviços industriais.
Esses reflexos podem apresentar comportamento não linear e, mais especificamente, o
seu carácter dinâmico constitui um dos factores de risco que promovem resistência à
adopção de tais serviços pelos fabricantes.
Porém, quantidade e variedade de estudos acerca dos serviços industriais dificultam a
visualização da real extensão do conhecimento do reflexo dinâmico desses serviços no
fluxo de valor dos fabricantes. Esse conhecimento promove aporte às decisões dos
gestores de produção da indústria manufatureira, bem como evidencia aos
pesquisadores da área o direcionamento de pesquisas.
Em convergência com a característica dinâmica e não linear dos serviços industriais
esse estudo é operacionalizado pela perspectiva sistêmica. Teve se como objetivo
“retratar a distribuição das pesquisas que abordam a influência da agregação de serviços
industriais no fluxo de valor dos fabricantes”.
3.2 - DEFINIÇÕES E SINGULARIDADES DOS “SERVIÇOS INDUSTRIAIS”
Para um melhor esclarecimento sobre o fenômeno abordado buscou-se evidenciar como
os serviços industriais são entendidos pelos autores, verificando alinhamentos ou
divergências conceituais que podem condicionar os estudos. Nesse sentido, segmentam
as definições atribuídas ao fenómeno “industrial service” em quatro classificações.
Conforme essa classificação as definições estão :
 Definição focada na indústria
 Definição focada no processo
 Definição focada nos ativos
 Definição focada nas características dos serviços

Definição focada na indústria:


Nessa categoria enquadra as definições com base no “indivíduo ou organização que
sejam comercializados ou em relação à entidade que presta um serviço”. Essa categoria
concentra ainda definições divergentes ou, até mesmo, conflitantes em alguns aspectos.
São exemplos definições como: serviços industriais são comercializados para clientes
industriais; serviços industriais são comercializados para clientes com produção
industrial; ou, serviços industriais são todos aqueles serviços desenvolvidos e prestados
por um fornecedor industrial.

Definição focada no processo:


Conforme essa categoria engloba as definições do fenómeno que enfatizam a visão de
processo associando os serviços industriais a todos serviços relacionados ao processo
organizacional.

Definição focada nos ativos:


Nessa categoria segmenta mas definições cuja declaração está relacionada ao ciclo de
vida dos bens industriais assumindo um inter-relacionamento entre ambos. São
exemplos definições declarando etapas de manutenção, atualização, pós vendas e
demais etapas consideradas no ciclo de vida.
Definição focada nas características dos serviços:
Focam nas características de intangibilidade, heterogeneidade, inseparabilidade e sua
característica de perecível, ou ainda, especialização e tecnologia, entre outros conforme
os pontos de vista ressaltados pelos autores. Ou seja, conforme essas são definições que
focam nos aspectos que diferenciam os serviços dos bens tangíveis.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
DAVID,Kufer e Lia Hasenclever, Economia Industrial, 2º edição revista e ampliada.
http://www.revistas.usp.br/geousp/article/view/85210
Barbosa Filho, F. H., Pessôa, S. A. & Veloso, F. A. (2010), ‘Evolução da produtividade
total dos fatores na economia brasileira com ênfase no capital humano — 1992-2007’,
Revista Brasileira de Economia 64(2), 91–113.
V-GRUPO

DESINDUSTRIALIZAÇÃO E TERCIALIZAÇÃO DAS ECONOMIAS


INTRODUÇÃO

A actividade industrial consiste no processo de produção que visa transformar matérias-


primas em mercados através do trabalho humano e, de forma cada vez mais comum,
utilizando máquinas. Essa actividade é classificada conforme seu foco de actuação,
sendo ramificado em três grandes conjuntos: indústrias de bens de produção, indústrias
de bens de intermediários e indústrias de bens de consumo. A indústria contemporânea
caracteriza-se pele produção em massa nas fábricas, na qual os objectivos padronizados
resultam da intensa mecanização e automatização do processo produtivo.
INDUSTRIA

Conjunto de actividades produtivos que se caracteriza pela transformação de matérias-


primas, de modo manual ou com auxilio de maquinas e ferramentas, no sentido de
fabricar mercadorias. De uma maneira bem ampla, entende-se como indústria desde o
artesanato voltado para o auto-consumo até a moderna produção de computadores e
instrumentos electrónicos.

TIPOS DE INDUSTRIAS

A indústria divide-se em três (3) grandes grupos:


 Indústria de base: transforma matérias-primas brutas em matéria-prima
processado, para a utilização por outras indústrias.
 Indústria de bens intermediários: produzemmáquinas e equipamentos
utilizados nas indústrias de bens de consumos.
 Indústrias de bens de consumo: transforma matéria-prima fabricada pela
industria de base em itens para o consumidor final. Podem ser subdivididas em
três(3) subgrupo, de acordo com o que produz:
 Bens duráveis;
 Bens semi-duráveis;
 Bens não duráveis.

A industria esta dividida em quatro grande sectores:


 Sector privada: envolve a extracao de recursos directamente da terra, incluindo
agricultura, mineiro e madeira.
 Sector secundário: esse grupo envolve-se no processamento de produtos vindos
de muitas industrias primarias.
 Sector terciário: esse grupo foca-se no oferecimento de serviço.
 Sector quaternário: esse grupo concentra-se na pesquisa cientifica e teológica.

Existem vários tipos de indústias e frequentemente são orgnizados em diferentes


classses ou sectores, recebendo uma grande variedade de classificaçoes.
CLASSIFICACAO DAS INDUSTRIAS

As indústras classificam-se em idústrias tradicianais ou de trabalho intensivo e indústria


moderna ou de capital intensivo.
 Idústrias tradicionais ou de trabalho intensivo: são as que ocupam grandes
contigente de mao-de-obra e se apoiam em tecnologia atrasada.
 Indústria modernas ou de capital intensivo: portadores de tecnologia
sofesticada, com operários altamente especializados e elevada taxa de
investimento por pessoa empregada.

DESINDUSTRIALIZAÇÃO E TERCIARIZAÇÃO DAS ECONOMIAS

Desindustrialização é um processo de mudança social e economia causada pela


eliminação ou redução da capacidade industrial ou actividade em um país ou região,
especialmente a indústriapesada ou indústriatransformadora. E um termo oposto de
industrialização.
Teorias que predizem ou explicam o processo de desindustrialização têm uma longa
linhagem intelectual. Robert Rowthom argumenta que a teoria de Marx da queda de
lucro (industrial) pode ser considerada como uma das primeiras explicações.Esta teoria
argumenta que a inovação tecnológica permitemeios mais eficientesde
produçãoresultando em aumento da produtividade física, seja uma maior produção de
valor de uso por unidade de capital investido. Em paralelo no entanto as
inovaçõestecnológicas substituem pessoas por máquinas ea composição orgânica do
capital social diminui. Assumindo que o trabalho só pode produzirum valor adicional
novo, essa maior produçãofísica incorpora um valor menor.

Rowthorn e Wells (1987) distinguem as explicações de que a industrialização e um


processo positivo, sendo sinal da maturidade da economia, e aquelas de que a
desindustrialização pode ser tanto um efeito e uma causa de mau desempenho
económico.
A primeira observação importante a respeito do conceito ampliado de
desindustrialização e que o mesmo e compatível com um crescimento (expressivo) da
produção da industria em termos físicos. Em outras palavras uma economia não se
desindustrializa quando a produção industrial esta estagnada ou em queda, mais quando
o sector industrial perde a importância como fonte geradora de empregos ou valor
adicionado para uma determinada economia. Dessa forma, a simples expansão da
produção industrial (em termos de quantum) não pode ser utilizada como prova da
inexistência de desindustrialização ao contrário do que afirmam alguns macros
economistas apressadinhos.

A segunda observação e eu a desindustrializa cão não esta necessariamente associada a


uma reprimarizaçao da pauta de exportação. Com efeito, aparticipação da indústriano
emprego e no valor adicionado pode se reduzir em função da transferência para o
exterior das actividadesmanufactureiras mais intensivas em trabalho ou com menor
valor adicionado. Se assim for, a desindustrialização pode vir acompanhada por um
aumento de participaçãode produtos com maior conteúdo tecnológico e maior valor
adicionado na pauta de exportações. No entanto, se a desindustrialização vier
acompanhada de uma reprimarizacao da pauta de exportações então isso pode ser
sintoma da ouocorrênciade doença holandesa, ou seja, da desindustrialização causada
pela apreciação da taxa real de cambio resultante da descoberta de recursos naturais
escassos num determinado p ais ou região.

CAUSAS DA DESINDUSTRIALIZAÇÃO

Segundo o Rowthorn e Ramaswany (1999) a desindustrialização pode ser causada por


factores internos e externos a uma determinada economia. os factores internos seriam
basicamente dois a saber: uma mudança na relação entre a elasticidade renda da
demanda por produtos manufacturado e serviços e o crescimento mais rápido da
produtividade na industria do que no sector de serviços.
Nesse contexto o processo de desenvolvimento económico levaria naturalmente todas
economias a se desindustrializar apartir de certo nível de renda per-capita isso porque a
elasticidade renda da demanda de serviços tende a crescer com o desenvolvimento
económico tornando-se maior do que a elasticidade renda da demanda por
manufacturados. Dessa forma acontinuidade do desenvolvimento económico levara a
um aumento da participação dos serviços no PIB e, a partir do certo ponto, a uma queda
daparticipação da indústria no PIB. Alem disso, como a produtividade do trabalho
cresce mais rapidamente na indústriado que nos serviços, a participação do emprego
industrial devera iniciar seu processo de declino antes da queda da participação da
indústria no valor adicionado.
Os factores externos que induzem a desindustrialização estão relacionados a grau de
integração comercial e produtivas das economias ou seja com o estágio alcançado pelo
que assim é chamado processo de globalização. Nesse contexto, os diferentes países
podem se especializar na produção de manufacturados (o caso da China e da Alemanha)
ou na produção de serviços (Estados Unidos e reino Unido). Alem disso, Alguns países
podem se especializar na produçãomanufacturadosintensivos em trabalho qualificado,
ao passo que outros podem se especializar na produção de manufacturadosintensivos em
trabalhonão qualificado. Esse padrão de desenvolvimento gera uma redução do emprego
industrial (em termos relativos) no primeiro grupo e um aumento do emprego industrial
no segundo grupo.

CONSEQUÊNCIA DA DESINDUSTRIALIZAÇÃO

No contexto dos modelos neoclássicos de crescimento os quais fundamentam a visão do


mundo dos economistas ortodoxos brasileiros a ocorrência ou não do fenómeno
dadesindustrialização e irrelevante, haja vista o crescimento de longo prazo e
consequência apenas de acumulação de factores e do processo tecnológico sendo
independente da composiçãosectorial daprodução. Para esses economistas uma unidade
de valor adicionado tem o mesmo significado para o crescimento de longo prazo seja ela
gerada na indústria na agricultura e no sector de serviços.
As diversas correntes do pensamento heterodoxo,contudo, consideram que o processo
de crescimento económico e sector-específico. Mais precisamente, oseconomistas
heterodoxo acreditam que a industria e o motor do crescimento de longo prazo das
economias capitalistas, uma vez que:
Os efeitos de encadeamento para frente e para trás na cadeia produtiva são mais fortes
na indústria do que nos demais sectores da economia.
A industria e caracterizada pela presença de economias estáticas e dinâmicas deescalas,
de tal forma que a produtividade na industria e a função crescente da produção
industrial.
A maior parte da mudança tecnológica ocorre na indústria. Alem disso, boa parte do
processo tecnológico que ocorre no resto da economia e difundida a partir do sector
manufactureiro.
Em suma a industria e vista como especial pelo pensamento heterodoxo pois ela e forte
de retornos crescentes de escala, e a fonte ou e a principal difusora do processo
tecnológico e permite o relaxamento da restrição externa ao crescimento de longo prazo.
Nesse contexto, a desindustrialização e um fenómeno que tem impacto negativo sobre o
potencial de crescimento de longo prazo, pois reduz a geração de retornos crescentes,
diminui o ritmo de progresso técnico e aumenta a restrição externa ao crescimento.

TERCEIRIZACAO OU TERCIALIZACAO

Terceiriza ou outsourcing ou externalizção e uma forma de organização estrutural que


permite a uma empresa privada ou governamental transferir a outras suas actividade
meio proporcionando maior disponibilidade de recursos para sua actividade-fim,
reduzindo a estrutura operacional, diminuindo os custos economizando os recursos e
desburocratizando aadministração para as empresas. Em alguns contextos distingue-se
terceirização de outsourcing; ambos os conceitos estão geralmente intimamente ligados
a subcontratação.
A pratica empresarial de contratar externamente, isto e com outras empresas produtos e
serviços necessários ao seu processo produtivo. Geralmente as actividades terceirizadas
estão relacionadas com actividade periféricas ou complementares a uma empresaembora
em certos casos,como ocorre com o (Consorcio Mudular), a terceirização ocorre na
actividade primordial de uma empresa O objectivo e de reduzir custosde produção, não
apenas por bareteamento das despesas com a mão-de-obra como também pela
racionalização de custos com a redução por exemplo estoques.

VANTAGENS
Alguns argumentam que traria de certos avanços em termos de liberdade
empreendedorial, trazendo uma necessária flexibilização da nossa actualidade rígida
legislaçãotrabalhista e que também a terceirizaçãoseria possível retirar muitos
trabalhadores que hoje tem de recorrer a informalidade oferecendo-lhes salários
maiores. Por exemplo ainda que devido a terceirização 25000 empregos por ano foram
perdidos nos EUA durante o período de 1992 a 2007, mesmo assim este sistema criou,
em media cerca de 100 mil empregos por ano em países em desenvolvimento de baixo
salário. Como resultado o emprego aumentou na América Latina,África e Ásia. A
terceirização causa a desburocratização e desencargo do gerenciamento dos
funcionários, assim aumentando o lucro. A empresa não tem de se preocupar com a
orientacao sobre as funções a serem desempenhadas, e toda a burocracia trabalhista.

PROBLEMAS
A terceirizacao afecta os terceirizados, que em geral trabalham em condições mais
precárias, os permanentes cujos os salários, por isso mesmo, tendem a se aviltar, e as
vezes a própria empresa tomadora que alem de lidar com ocombate histórico entre o
capital eo trabalho, ve-se a braços com um conflito inédito entre trabalho e trabalho. Ela
causa aumento da rotatividade de mão-de-obra e os níveis de desemprego. Pode causar
fraude das garantias dos trabalhadores dificultando a criação de normas protetivas e
facilitando a edição de normas precárizantes. Pode causar fraude das garantias dos
trabalhadores facilitando a edição de normas precarizantes.
CONCLUSAO
Com isso concluímos que a inovação tecnológica permite meios mais eficientes de
produção, resultando em aumento da produtividade física, ou seja uma maior produção
de valor de uso por unidade de capital intensivo. Em paralelo, no entanto, as inovações
tecnológicas substituem pessoas por máquinas e a composição orgânica do capital social
diminui. Assumindo que o trabalho só pode produzir um valor adicional novo, essa
maior produção física incorpora um valor menor.

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