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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO-UFRPE

UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS-UAG


LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

GABRYELLE MAYARA MONTEIRO DE MIRANDA

ELABORAÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS INCLUSIVOS ATRAVÉS


DOS PRINCÍPIOS DO DESIGN UNIVERSAL

GARANHUNS-PE
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 03
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 05
2

INTRODUÇÃO

O termo Design Universal (DU) foi desenvolvido por profissionais da área da


arquitetura e refere-se à criação de produtos e estruturas que são projetadas desde
sua concepção para funcionar e nivelar a maior quantidade possível de usuários
(EDYBURG, 2010). Tal entendimento também é abordado na Lei Brasileira de
Inclusão da Pessoa com Deficiência, LEI Nº 13.146, de 6 de julho de 2015 onde, em
seu Art 3º, é definido como a “concepção de produtos, ambientes, programas e
serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou
de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva” (BRASIL, 2015).
Desta forma, entende-se por DU a conscientização da diversidade humana e
a possível intervenção no espaço ambiental humano para projetar um ambiente
inclusivo, antecipando uma variedade de necessidades e respeitando às diferenças,
incluindo-se a variedade de idade e habilidades (MACE, 1985; CENTER FOR
UNIVERSAL DESIGN, 1997).
Como forma de adaptar o DU para o campo educacional é desenvolvido o
Design Universal para Aprendizagem (DUA). A CAST (Centro de Tecnologias
Especiais Aplicadas) foi um dos pioneiros na execução desta ideia utilizando-a como
um meio de concentrar pesquisas, desenvolvimento e a prática pedagógica na
compreensão da diversidade e na simplificação da aprendizagem através da
aplicação da tecnologia (EDYBURN, 2010).
O DUA é uma estrutura para o design instrucional que visa uma perspectiva
educacional flexível e de apoio a todos os alunos, incluindo aqueles com
dificuldades para aprendizagem, e apoia uma pedagogia eficaz que inclui materiais
curriculares, tecnologias e estratégias que favorecem vários meios de
representação, expressão e engajamento (MEYER; ROSE, 2000). Nesse sentido, a
adaptação do DU para a educação tem por objetivo que todos os alunos tenham as
mesmas possibilidades para aprender, com materiais didáticos e práticas que
acolham suas habilidades e necessidades.
A CAST desenvolveu uma estrutura que reforça um currículo ajustável que
possa ser apresentado de vários formatos tornando o conteúdo acessível. A
estrutura baseia-se na neurociência considerando três sistemas neurais do cérebro
envolvidos na aprendizagem: (a) sistemas de reconhecimento que identificam
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padrões e objetos, (b) sistemas estratégicos que nos dizem como fazer as coisas e
(c) sistemas afetivos que determinam o que é importante e fornece a motivação para
a aprendizagem (CAST, 2019).
Para propiciar aos alunos uma variedade diversificada de opções que
contemplassem os sistemas cerebrais citados anteriormente, os autores do Design
Universal para a Aprendizagem propõe que os professores trabalhem com múltiplos
meios de apresentar os conteúdos curriculares. Eles propõem que os professores
diversifiquem os materiais didáticos em seus formatos, as estratégias pedagógicas e
as relações entre a vida cotidiana de seus alunos e o conteúdo.
O DUA tem se mostrado como um grande auxilio para o desenho de
instruções de cursos, materiais e conteúdos, com objetivo de beneficiar as pessoas
de todos os estilos de aprendizagem, sem adaptação ou substituição de
equipamento (ZHONG, 2012). Diante disso, surgiu a indagação: De que forma os
materiais didáticos elaborados seguindo o principio do Design Universal favorecem o
processo de aprendizagem de alunos com e sem deficiência em uma turma do
ensino regular?
Ao conduzir a investigação, o objetivo geral foi definido como: Propor
materiais didáticos inclusivos que sigam os princípios do Design Universal. Para
atingir o objetivo geral, mencionado, foram elencados os seguintes objetivos
específicos: a) identificar, em sala de aula, se os materiais didáticos atendem as
necessidades de todos os alunos, b) planejar materiais didáticos inclusivos que
sigam os preceitos do Design Universal, c) promover a aplicabilidade destes
materiais em sala de aula e d) avaliar os resultados identificando se os materiais
didáticos inclusivos que seguem os princípios do Design Universal atenderam as
necessidades de todos os alunos.
Com breve levantamento na Associação Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa em Educação (ANPED), não foi encontrado trabalhos que citassem o
Design Universal. Artigos e trabalhos que abordassem a temática, no contexto
brasileiro, só foram identificados, em pequena quantidade, em bancos de dados
como os Periódicos CAPES e Google Acadêmico. Desta forma, mostra a
necessidade que mais trabalhos sejam desenvolvidos nesta área principalmente no
contexto da educação brasileira.
REFERÊNCIAS
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BRASIL. Lei Federal Nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de


Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm>. Acesso em: 01 de outubro 2019

CAST, Inc. (2019). CAST [Online]. Disponivel em: < http://www.cast.org>. Acesso
em: 04 de outubro de 2019

CENTER FOR UNIVERSAL DESIGN. (1997). What is universal design? North


Carolina State University. Retrieved June 4, 2003. Disponivel em:<
http://www.design.ncsu.edu:8120/cud/univ_design/princ_overview.htm>

EDYBURN, D. L. (2010). Would you recognize universal design for learning if


you saw it? Ten propositions for new directions for the second decade of UDL.
Learning Disability Quarterly, 33, 33–41.

MACE, RON. (1985). “Universal design, barrier-free environments for everyone.”


Los Angeles: Designers West 33(1): 147–152.

MEYER, A., & ROSE, D. (2000). Universal Design for Infividual Differences.
Educational Leadership, v58 n3 p39-43

ZHONG, Y. Universal Design for Learning (UDL) in Library Instruction. College


and Undergraduate Libraries, Bakersfield, v. 19, n. 1, p. 33-45, 2012.9

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