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Pode-se abafar o fogo com uso de materiais di-

versos, como areia, terra, cobertores, vapor d’água,


espumas, pós, gases especiais etc.

Quebrando a Reação em Cadeia


Alguns agentes extintores, quando aquecidos no
fogo, sofrem ação do calor, reagindo sobre a área das
chamas, interrompendo assim a “reação em cadeia”
(extinção química). Isso ocorre porque o oxigênio
comburente deixa de reagir com os gases combustí-
veis. Essa reação só ocorre quando há chamas visíveis.

Classificação dos Incêndios e Métodos de Extinção


Este tópico é muito importante e cabe salien-
tar que dele depende o sucesso das nossas ações de
combate a sinistros. Eles são classificados de acordo
com os materiais neles envolvidos, bem como a situ-
ação em que se encontram. Essa classificação é fei-
ta para determinar o agente extintor adequado para
o tipo de incêndio específico. Entendemos como
agentes extintores todas as substâncias capazes de
eliminar um ou mais dos elementos essenciais do
fogo, cessando a combustão.
Essa classificação foi elaborada pela NFPA (Na-
tional Fire Protection Association – Associação Nacio-
nal de Proteção a Incêndios/EUA), e também adotada
pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.

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Incêndio Classe “A”
Este se se caracteriza em se tratando no fogo
envolvendo combustíveis sólidos comuns, como
papel, madeira, pano, borracha, é caracterizado pe-
las cinzas e brasas que deixam como resíduos e por
queimar em razão do seu volume, isto é, a queima se
dá na superfície e em profundidade.

Método de extinção
É necessário baixarmos a temperatura dos cor-
pos ( combustível ) neste caso resfriando-os para a
sua extinção, isto é, do uso de água ou soluções que a
contenham em grande porcentagem, a fim de redu-
zir a temperatura do material em combustão, abaixo
do seu ponto de ignição.
O emprego de pós químicos irá apenas retardar a
combustão, não agindo na queima em profundidade.

Incêndio Classe “B”


Incêndio envolvendo líquidos inflamáveis, gra-
xas e gases combustíveis, é caracterizado por não
deixar resíduos e queimar apenas na superfície ex-
posta e não em profundidade.

Método de extinção
Precisamos fazer uma separação da superfície
fogo com os corpos que estão queimando através
do abafamento ou da interrupção (quebra) da rea-

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ção em cadeia. No caso de líquidos muito aquecidos
(ponto da ignição), é necessário resfriamento.

Incêndio Classe “C”


Incêndio envolvendo equipamentos energiza-
dos. É caracterizado pelo risco de vida que oferece
ao brigadista.

Método de extinção
Uma vez que estamos lidando com corpos
energizados, a sua extinção necessita de agente ex-
tintor que não conduza a corrente elétrica e utilize o
princípio de abafamento ou da interrupção (quebra)
da reação em cadeia.
Esta classe de incêndio pode ser mudada para
“A”, se for interrompido o fluxo elétrico. Deve-se ter
cuidado com equipamentos (televisores, por exem-
plo) que acumulam energia elétrica, pois estes con-
tinuam energizados mesmo após a interrupção da
corrente elétrica.

Incêndio Classe “D”


Este tipo de sinistro envolve metais combustí-
veis pirofóricos (magnésio, selênio, antimônio, lítio,
potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, só-
dio, zircônio). É caracterizado pela queima em altas
temperaturas e por reagir com agentes extintores co-
muns (principalmente os que contenham água).

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Método de extinção
Necessitamos de agentes extintores especiais
que se fundam em contato com o metal combustí-
vel, formando uma espécie de capa que o isola do ar
atmosférico, interrompendo a combustão pelo prin-
cípio de abafamento.
Os pós especiais são compostos dos seguintes
materiais: cloreto de sódio, cloreto de bário, mono
fosfato de amônia, grafite seco.
O princípio da retirada do material também é
aplicável com sucesso nesta classe de incêndio.

1.2 - Legislação

Constituição Federal
O Estado pode legislar concorrentemente com
a União, a respeito do Direito Urbanístico, na área
de prevenção de incêndios (art. 24, inciso I).
Ao Corpo de Bombeiros, além das atribuições
definidas em Lei, compete a execução das atividades
de Defesa Civil (art. 144, § 5º).

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1.3 - Seguro

CIRCULAR SUSEP Nº 006, DE 16.03.92

A SUSEP, ( Superintendência de Seguros


Privados ), órgão ligado ao

Ministério da Fazenda, junto com o IRB ( Insti-


tuto de Resseguros do Brasil ), são órgão que fiscali-
zam os seguros das edificações em relação a Preven-
ção de Incêndios.

Regulamento para concessão de descontos aos


riscos que dispuserem de meios próprios de Detec-
ção e Combate a Incêndios.

Classificação dos riscos a proteger.

Para fins de proteção de que trata este item, são


os riscos isolados, no conceito da Tarifa de Seguro
Incêndio do Brasil, classificados em três classes, de
acordo com a natureza de suas ocupações.

Classe A - Riscos isolados cuja classe de ocu-


pação, na Tarifa de Seguro

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Incêndio do Brasil, seja 1 ou 2, excluídos os
“depósitos” que devem ser considerados como
Classe “B”.

Classe B - Riscos isolados cujas classes de ocu-


pação, na Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil, sejam
3, 4, 5 ou 6, bem como os “depósitos” de classes de
ocupação 1 ou 2.

Classe C - Riscos isolados cujas classes de ocu-


pação, na Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil, sejam
7, 8, 9, 10, 11, 12 ou 13.

Os riscos, cujas instalações de detecção e com-


bate a incêndio satisfizerem às exigências do presen-
te Regulamento, gozarão dos descontos a seguir de-
terminados, aplicáveis às taxas básicas da TSIB.
Os descontos previstos neste Regulamento não
serão aplicáveis aos prêmios correspondentes a Ris-
cos Acessórios, previstos no artigo 4º da TSIB.
Os descontos somente serão concedidos a ris-
cos que dispuserem de sistema de proteção por ex-
tintores de acordo com este Regulamento.
A exigência prevista no subitem anterior pode-
rá ser dispensada, quando, no risco a proteção por
extintores for comprovadamente inadequada.
Os descontos máximos atribuíveis são
os seguintes:

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Para sistema de proteção por extintores, 5%
(cinco por cento);
Para sistema de proteção por mangueiras
semi-rígidas:

a) 5% (cinco por cento) quando o risco for


protegido por sistema de abastecimento por bomba
ou por sistema conjugado ao sistema de hidrantes,
de chuveiros automáticos ou à rede de consumo ge-
ral, ou ainda, embora tendo sistema independente, já
seja beneficiado com desconto por hidrantes;

b) 10% (dez por cento) quando o risco for pro-


tegido por sistema independente de abastecimento
por gravidade ou por tanque de pressão e não for
beneficiado com desconto por hidrantes.

As Seguradoras deverão manter em seus arqui-


vos as documentações a seguir, relativas às conces-
sões dos descontos por ela aplicados:

a) Planta dos riscos, confeccionada de acordo


com as convenções padronizadas pelo IRB, com in-
dicação detalhada dos sistemas de proteção existen-
tes, devidamente assinada pelo Segurado;

b) Laudo de inspeção dos sistemas de proteção;

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c) Laudo de instalação, fornecido pelo Se-
gurado, firma ou pessoa habilitada, com descrição
pormenorizada dos dados técnicos, especificações e
aparelhagem do sistema de proteção;

d) Informação detalhada sobre a brigada


de incêndio;

e) Questionário de Tarifação Individual e Des-


contos - QTID, devidamente preenchido e assinado;

f) Cópia da apólice em vigor.

1.4 O papel do engenheiro de segurança na pre-


venção e combate a incêndios

FUNÇÃO: ENGENHEIRO DE SEGURANÇA


DO TRABALHO

• Assessorar os diversos órgãos da Instituição


em assuntos de segurança do trabalho.

• Propor normas e regulamentos de segurança


do trabalho.

• Estudar as condições de segurança dos lo-


cais de trabalho e das instalações e equipamentos.

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• Examinar projetos de obras e equipamentos,
opinando do ponto de vista da segurança do trabalho.

• Indicar e verificar a qualidade dos equipa-


mentos de segurança.

• Estudar e implantar sistema de proteção


contra incêndios e elaborar planos de controle de
catástrofe.

• Delimitar as áreas de periculosidade, insalu-


bridade e outras, de acordo com a legislação vigente,
emitir parecer, laudos técnicos e indicar mediação de
controle sobre grau de exposição a agentes agressi-
vos de riscos físicos, químicos e biológicos.

• Analisar acidentes, investigando as causas e


propondo medidas corretivas e preventivas.

• Opinar e participar da especificação para


aquisição de substâncias e equipamentos cuja ma-
nipulação, armazenamento, transporte ou funciona-
mento possam apresentar riscos, acompanhando o
controle do recebimento e da expedição.

• Colaborar na fixação de requisitos de apti-


dão para o exercício de funções, apontando os riscos
decorrentes desses exercícios.

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• Manter cadastro e analisar estatísticas dos aci-
dentes, a fim de orientar a prevenção e calcular o custo.

• Realizar a divulgação de assuntos de segu-


rança do trabalho.

• Participar de programa de treinamento,


quando convocado.

• Elaborar e executar programas de treina-


mento geral e específico no que concerne à seguran-
ça do trabalho.

• Planejar e executar campanhas educativas


sobre prevenção de acidentes.

• Participar, conforme a política interna da


Instituição, de projetos, cursos, eventos, convênios
e programas de ensino, pesquisa e extensão.

• Trabalhar segundo normas técnicas de segu-


rança, qualidade, produtividade, higiene e preserva-
ção ambiental.

• Executar tarefas pertinentes à área de atua-


ção, utilizando-se de equipamentos e programas de
informática.

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• Executar outras tarefas compatíveis com as
exigências para o exercício da função.

Destacamos as funções que cabe ao Engenheiro


de Segurança no tocante a Prevenção e Combate a
Incêndios, de forma que, este profissional esta intima-
mente ligado a esta vasta área dentro das Empresas.

1.5 – Extintores e suas capacidades

Extintores se tratam de equipamentos destina-


dos a serem utilizados em princípios de incêndios
que são recipientes metálicos que contêm em seu
interior agente extintor para o combate imediato e
rápido a princípios de incêndio. Podem ser portáteis
ou sobre rodas, conforme o tamanho e a operação.
Os extintores portáteis também são conhecidos sim-
plesmente por extintores e os extintores sobre rodas,
por rodas, por carretas.
Como temos as classes distintas de incêndios,
teremos também diferentes tipos de extintores e se
classificam conforme a classe de incêndio a que se
destinam: “A”, “B”, “C” e “D”. Para cada classe de
incêndio há um ou mais extintores adequados. Todo
o extintor possui, em seu corpo, rótulo de identi-
ficação facilmente localizável. O rótulo traz infor-
mações sobre as classes de incêndio para as quais o

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extintor é indicado e instruções de uso.
Os extintores devem conter uma carga mínima
de agente extintor em seu interior, chamada de uni-
dade extintora e que é especificada em norma.

Extintores Portáteis
De maneira a utilizar de forma fácil e rápida em
seu manuseio, destinados a combater princípios de
incêndio. Recebem o nome do agente extintor que
transportam em seu interior (por exemplo: extintor
de água, porque contém água em seu interior).

Extintor de água:
Capacidade: 10 litros

Unidade extintora: 10 litros

Aplicação: Classe A

Alcance: 10 metros

Pressão interna, expelindo água ao ser acionado


através do gatilho.

Extintor de pó químico seco pressurizado:


Capacidade: 1, 2, 4, 6, 8 e 12 Kg

Unidade extintora: 04 Kg

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Aplicação: Classes B e C, se for na D, o pó
é especial

Alcance: 05 metros

Pressão interna, para se obter a liberação do pó,


aperta-se o gatilho.

Extintor de Pó Químico Seco (Pressão Injetada)


Capacidade: 4, 6, 8 e 12 Kg

Unidade extintora: 04 Kg

Aplicação: Classes B e C, se for na D, o pó


é especial

Alcance: 05 metros

Pressão externa que esta junto ao cilindro em


outro cilindro pressurizado, para se obter a liberação
do pó, abre o cilindro pequeno e este pressuriza o ex-
tintor e ai apertam o gatilho para o funcionamento.

Extintor de gás carbônico


Capacidade: 2,4 e 6 Kg

Unidade extintora: 06 Kg

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Aplicação: Classes B e C

Alcance: 2,5 metros

Pressão interna e acionando o gatilho o gás


é liberado

Tomar cuidado com a descarga, pois, ele opera


com baixas temperaturas e corremos o risco de quei-
maduras nas mãos, então temos a parte apropiada
para manusear o difusor.

Extintor de espuma:
Extintor de Espuma Mecânica (Pressurizado)

Capacidade: 09 litros água + LGE

Unidade extintora: 09 litros

Aplicação: Classes A e B

Alcance: 05 metros

Pressão interna e acionando o gatilho a pré-


-mistura água e lge são expelidas e forma-se então a
espuma, com a entrada de ar.

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Extintor de espuma:
Extintor de Espuma Mecânica (Pressão Injetada)

Capacidade: 09 litros água + LGE

Unidade extintora: 09 litros

Aplicação: Classes A e B

Alcance: 05 metros

Pressão externa em um cilindro de alta pressão,


acionando o gatilho a pré-mistura água e lge são ex-
pelidas e forma-se então a espuma, com a entrada
de ar.

Manutenção e Inspeção
A manutenção começa com o exame periódico e
completo dos extintores e termina com a correção dos
problemas encontrados, visando um funcionamento
seguro e eficiente. É realizada através de inspeções,
onde são verificados: localização, acesso, visibilidade,
rótulo de identificação, lacre e selo da ABNT, peso,
danos físicos, obstrução no bico ou na mangueira, pe-
ças soltas ou quebradas e pressão nos manômetros.

Semanais: Verificar acesso, visibilidade e sinalização.

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