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RESENHA¹

FRANCO, M.A.; SAMPAIO, C.S. Linguagens, Comunicação e Cibercultura: novas formas de


produção do saber.
Edu Costa²

FRANCO e SAMPAIO nos colocam dois pontos de vistas que visualizam as mudanças
tecnológicas. O primeiro Tecnófobicos (visão negativa) e o segundo Tecnófilos (visão positiva).
Após confrontar os dois pontos de vista, eles introduzem uma analise critica sobre a tecnologia
e um questionamento sobre uma possível parceria entre escola e novas tecnologias.

No primeiro ponto, os autores fazem uma analogia entre as novas tecnologias e a história da
escrita, esta última era vista por muitos na Grécia Antiga como uma ameaça à memoria ou
mesmo ao pensamento, assim como também é o caso das novas tecnologias atualmente, que
é vista por muitos como uma ameaça à humanidade, trazendo o fim do pensamento, o
esvaziamento da cultura, a redução do ser humano à técnica, etc. O segundo ponto, vê que as
tecnologias trazem mudanças importantes para a humanidade, assim como a escrita que
causou transformações essenciais ao longo da história, nesse sentido entende-se que as
novas tecnologias trazem uma nova consciência, um novo espaço e uma nova inteligência.

Na analise critica os autores citam Umberto Eco, o qual percebe que assim como existe um
potencial nas novas tecnologias, também há riscos, principalmente para a comunicação visual,
então aponta que “o problema não é opor a escrita a comunicação visual... é como desenvolver
ambas”. Além disso, ele apontou outros dois problemas, que é a solidão e a falta de criticidade
para escolha de informações, é neste ultimo sentido que os autores trazem os argumentos de
Kerchove, o qual acredita que o mundo pode estar separado entre aqueles que programam e
os que são programados.

No que se diz respeito a questão da escola e novas tecnologias, os autores apontam que existi
uma dificuldade da escola lidar com os diversos tipos de linguagem, ou seja, a escola precisa
apropriar-se das mais diversas formas de linguagens, não só no sentido técnico, mas como
usar essa técnica para uma finalidade pedagógica, assim utilizando os recursos ao máximo,
trazendo a eles a pluralidade do real e fazendo com que os estudantes apropriem-se dos mais
diversos tipos de linguagens, não apenas as tecnológicas, mas sim abrangendo as mais
diversas formas e fazendo da linguagem tecnológica uma ferramenta intermediaria entre as
outras.

Penso que toda técnica é um instrumento e tem uma finalidade, também acredito que a
introdução de nova tecnologia trás sim mudanças significativas para o meio em que vivemos.
No caso das novas tecnologias, as encaro com otimismo, pois nos trazem novas
possibilidades, novas formas de comunicação e aprendizagem, porém vejo que ainda é
necessário que as pessoas apropriem-se da nova linguagem tecnológica, assim como as
escolas e instituições afins.

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¹ Trabalho apresentado ao grupo OFICIBER, sob a orientação do Prof. Andrei Morais.
² Aluno do curso de Ciência e Tecnologia da UFOPA, turma de 2011, matricula 201100321

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