Você está na página 1de 75

Eliana dos Reis Callgars

PROSTITUIÇÃO:
Ü ETERNO FEMININO

escua
© by Edora Ecuta para a edição em lngua potugesa
2• reimpessão: outbro de 2006

EITOS
Manoe Tosa Brlnk
Mara Crisna Rios Maalhãe

CAPA
Laka Desgner Asocados,
com to de Leo Spgao

PRODUÇÃO DOIAL
raide Sanche

Caligaris iana dos Rei


Postião o eteno minno  Elana do es Cagars
So alo  Ecuta 06
88 p ; 4x2 cm
Bblogaa
Oigamente isseração de Mesrado
ISBN 857137239-X

 omortamento sexal 2 Femnilid ade 3 ostuição


4 Pscologa Clnic 5 Sexo (Pscologa)  Tíulo
CDD553

ditora Escuta Ltda


R D Hoem de Melo 446
0500700 São Palo SP
eefax  1) 38658950 / 3675-190 / 362-834
emal escta@uolcombr
wwedtoaescuacom.

acervo
lacaniano
Para Contardo,
Justfor a while .
NOTA

en,
de SãoNaso srcem
o eso
Pal, ese lir
íuoháco
em 1996, aua
oia
isseação
axio Uiesidae
de esrao
a CAPES. Caóica
Uqe
agraeimeo especial ai a Maoel Tsa Beick, qe oieo
e aba daquees anos c saei amizade e
geeosiae
Há ez aos, ao dei o Basi e emiaa ese ex,
eus aigos o peo Diaa e Mário Coo cariosaee me
andaa es diários (aa não nhaos e-ai), paa qe a
sadae o e país não tomase coa a inha aa
sempeQuao
pronopessoas
para ua
e conesa,
jaa oa ausee
nnca esiir:
ais preee
Car,
qe
se possa iaginar, osaneee ao e ado, me zeo i e
pacieeene me aa, eso qando eu gaúo umo
oaa Riardo e Raio hos sáis qe e ia cese
e fze pae a inha bsca; feea u  �ahso_
para ia aormenaa ciosiade pea ida Reo, e
L

geeroso irão, me acançu cagem s as aeas e


peii que e cnhecesse o und  eos ("só pea
etade, c ee i  )
raeEsaosisseação
quase dez aos
peranece
que pssei
nasos
ihas
Esos
gaea
Us
( caixs
Mas ess peêia as gaves ã i ie pois a
ese de urameo, qe dedi n Iiue f he Sy of
Viece e Bso, é jsaee u peuisa epíria e
quatativa com um gupo de postituas da cidade de São Pauo
A tese em sum cupre ua promessa dexada e aberto no
fm da isseração au resentada.
A ublcação o texo ue segue toou seno e se oo
necessária paa m, o descobrr que o essencal o e escre
em 1996 contnua aleno e resse à roa da essa e acao
de erna
SUMÁRIO

Laur: Fantasia de psão 1

Adrea: Psuçã cm vlên 33

Rchele Uma prsuã realzada 51

Cclusã 69

pne enldde ascula 71

Refrs T
LUR:
fANTSI DE PROSTITIÇÃ

cartazNo
me urpreede
cao paraAuciava
o aeroporouadepeça
Garlhos
de vestuário;
 eore
sobre
o corpo soso da odelo estava escrito Body fr sale (corpo à
veda)
o er aqela ase, e etras eores, pese que seu valor
publcitário estava o coteúdo verdadeiro e escodido que ela
reletia Fconava coo se ago extreaete precoso tivesse
sdo toado eprestado do capo da tasia eia e exposto
e letras garais para que todos qe ali pssasse, desde o
hmilde trabahador até o rco emresário estragero sobesse
a verdade.
Por qe chao essa, cetaete gêua, propagada de
verdade?
Ela pode cusar váras reações, as detre eas duas e
parece ais próxas de trazer  toa  eleeto relevate
do coteúdo psqico o Ua é: Qe hor, ode á se
vu colocar à veda u corpo de her, isso é cosa de prostta"
Essa seria a reação ais explcita e eqüete ou, o o,
esperada pois ela é absoutaete desva do deejo de ser
aquee corpo
sedo Otra reaçãpispossve
acado, esoé qe
o iteresse
a asepeoexpícta
obeto ão
uesea
está
prodida, o que sbliiarete fca veado é Tavez co essa
roupa me corpo possa ostrar-se  eda A propagada
exerce sa ecáca
12 Eiana Jos Rei Clhqr

A ulher que aresena a rieira reação ge orreno


oo o ibo a ruz e quaquer aroxiação o esej e
oreer seu copo Já na seguna reação, ela assimla eo olar
pela leiua e "Coro à vena algo que palpia num eopem
ser ro m_� sso  § senar,  que 
ura as ndações do eminno
m oem poeria er qualquer uma as ua reações, ão
sóor
a eserecD OU eso elonaoro
corpo; exaamente via aexposo, mas porque
femnzação ieni açãÜ
abm
poe habiar a ene asuna
 /' orpo a muler sore de uma rseza basane esona
ma riseza naa na esobera de ser drene o oo
uino Essa riseza é bsane esondda porque, pelo
onrário, o orpo a ulher poe ser aparenemene radiae
â ooio bronzeao, oeao exuberane Presume
se que exale alegria e exale o deseo Mas, não esqueçaos
não  preso uio para que esse opo pera a or que heio
e sombras, sem brho e aparenano oa a rseza da sua
exsêna
Em am  s a rsz  um alere da cosrução
s�q0c:·i -a;_ es CS)EPº ' pr-eo, f ssível
y· ar a seza e eroza-la de uma a neressane e ousa
No seguno,  riseza não ôe ser dsrçaa e a erozação
passa ea deonsração úba e que o orpo ão serve
meso ara aa  se não  posíve zre eseáve enão
sere a
aro que se raa aqu e uma generaização exagraa,
as"izem
que de eranão
rma
arar oo esejo
que esuamos a pos
asuno na
nãodeseruheres
araene
alvez seja ua esoha subeva. eso os raços mas esranhos
poem ser acopanhaos e uma uz no ohar, ua seução nos
esos ua aleria, que zm om µ esses esmos raços
stbeleçam, proclame· �g_ J4:-!jsi. '"Q
1outro Inversaee a eeza as eesal ode zer roar
lgas a aa geo a ada ohar a ada não sorriso oe aar
aenas a riseza do oro.
Laur: anlsio Je priui�ã 13

E 1929 Ferec escree:


/Ms ess agreivdde, cetmente enqued
 pel hmlção  un  nft edn m
-    (gúst de strã) é m rteíst 
Í psqs msln em gerl; à uler entrent só
! e ret  e e mbte  beez send rs
'. rteríss
-�  bnde e  ur 1929 p 4 
.. . �- ·"' • 

Sguo a aração e Fereci o coae a uler


esaria siuao e sua eez orao a sua coição e seuir
e arair eos senios
Aoece que agus eres arecem ser eaas a
reconecer e se corpo a ia e acesso a se uer e ouras
a rrio escoece ese "ólucro as usões coo
� coro aa sse a r c Üção d
 iiliae
  Ts _  
  uhres   
oeria goza =r 'f'
,l

or ereczi,
ouras ão Mas
isessa
escoler
isição
o coe
j é iferee
da eea,
aquea
e ortano
eocaa
a
seução, aida n�o -i- . °=e  _goe sa própra
e
A escua e mueres a cíca siíca aona ara a
iéia e que  escoa inia ara a seução (e não ara o
uo), e sua coseqüee ossibiliae e etregar-se esam
e uma ce  coinuiae co a freqüene faasa e
rosiiçãsa faasia surge e a reeia e e varaas  ·
nuances, a o  ão ser excessi§ Qyªua ds/
aias que orgaia a sexuaiae miià> 

* 

Laura, 25 aos, soeira ea e eigee  eria. Parece


aúco e rocura e arcro e alez ão seja e oo um ero
assi ensáo O aúco ão esva aixao  neu ugar
cocreo as resa que Laura rocrava ago que não sabia
esecfcar Já aia eso e coana e ário os,
ão reava roeas sexuais iores Sua vida rossioa
14 Eliana dos Re Calliqar

se esenvoia e oa extreaente saira. Tuo o que


cosegua veaz ea que ago ão esava e Agua coisa
atava
Ceta vez cohece u hoe Se ouvir a sa voz
apaixoase po suas ãos e ao vêo segurar  copo iagina
aqueas ãos sore o seu corpo Não emra e aes er ão
caraene e ejao u home Na aoescência ea azia
aasas e eixa-se captar por homens escohecios e e
casse socia fee a sua. Encuava a saa qao passava
a ente e raahaores a constução civ  Ia para o cue
muio ceo quano só os coservadores a piscina á esav e
ispiceeene eixava seu quni escoregar osrao pare
os seios Esse ipo de seução co hoens escohecios e
avez ipossveis agaavahe mas o que o jogo co garoos
e se eio e e sua ae
Reoeos ao ecoro e Laura co u hoe que
ovamee a z sonhar co  seução o esconhecdo; ea
poese asi zer preocpose. Na sessão segine a esse
encontro isse er perceo que em princpio o esconheco
ão guava o apo e u ao possíve sto he zia supor
qe suas asias er exreamee pegosas peo risco e
vrem a e ornar reaiae Ea saia qe ese homem e he
pareca possvel (como eram ipossíves os coservaores a
piscia de sa aoescênca) ea poa eüena
Essa oservação é porae pois  para a cama com
homes ue ea inha amado nca he era a iceça ecessára
para qe sas ftasas sexuais se reazasse De ma cera
frma o amor a proega a erega sexa Desa vez Laura
percee que é corresponia na roca e ohares e pea primeira
vez e úias sobre ir o no para a caa co u hoe.
Depos e ee erhe io a coe ea eora-se itos ias
antes e correspoer à atura E, to imporane é invaia por
ua fasa que jaas he ocorera e pesa: Se eu sai co
ee so uma puta"
Digo ua ftaia eora evieteete  rase se
apresee como  pesaeo iposo e io osessivo É
Laura: fanlasia Je posuão 15

notáve que tais ensamentos (mas eqüentes nos homens)


mente cooquem como condção uma esécie de acaso que
aee nã deende do sujeto P exeo como ouva um
acente homem quase aucintoamente: Se a cta do dnheo
o me boso  ma vou te que sai i pa m sauna e me
oea na nte do imei mem aa sevi" Na dnâca
obsessiva, de to a condição imessoa é u mandto oaca
oeo qua seua
sjeto instânca
entega sueeóica
à sa ntasa não só autoiza as anda
No caso do pesameto de aa, a ma é difeente a
condião coocada se eu sai com ee ..) deende da pópia
Laa A ase é potanto uma antasa qe já ecipi sa ópa
eaizaão
De fato, essa ase podz em Laa m eito de excitaão
 vedadea ameça tavez se instaasse caso e não ssse
co o omem qe cabaa de encontr.
 únca hestaão e toa seu óio desejo está na tita
oaeessã
essa subentendida
moalse
é oma a não
esutado é uma cos
e sbetdo cea ou
a ova Masa
consatação de que n fase se ita um desejo Afina e
:;� i·nt.%!,i.L
0

f 
ia
 o
aca

a

m �
Y!9 .�}·tio:A •'P�-íQB[
!t b
tansfmase em cla oa aa no s salva da eizaã,
pois de outa fma não teams com vive nuica;  ='
 } 1ê \
-
sea, desejand  mossve
aua bsco todas as fmas paa conveces· �
quaqe tipo
necessáio de apximação
dze Laa sempeseia
foaumcoaosamente
nde a necio Maso
enconta
seu desejo e não seia desta vez qe ea iia
Passaam um ia nteio jnts, caminaam pea cidade
oaam objetos demse os baço iniamse de namodos
Ea eidente paa ambos que deejavam esta em  ua mais
esevado e oona a intmidade (dos coos qe havia se
deseoado duante o ia No tina cao, e Laua mosto-s
esitente o us de m táx a eváo a u ua mais íntimo
16 Eliana do Res Callqris

O oe, e ua a u to eciia pega o telene e aluga


u cao Esse ato eixa Laura exteaente pessionaa
nuca u oe eostaa tanto esjo e têla os aços
Pouco, ou quase aa, se u o outo alé os omes a
convesa ga o eo e aeniaes e naa "soe caa um é
lao nada e eclaações, naa e poessas, nada e tocas
veas ntas
Vo, no caro alugao paa u mote Laua spõe de seu
copo co extea aciliade e oerece com ieae e
scnação Tuo o que eseja é da pae paa o homem
dsconhecdo A paav esconheco é u taço potante da
antasa de etega
Na evoução o cao os ois estão no sagão a
concessonáa É  nío de note chuvosa e a; sabe que a
vão sepaa-se, caa um toaá u táx, e naa a egado
coo contnuae da eação. Ee eta do oso um maço e
eo, e, este ento, Laua toa um coque e pensa:
"AGORA, EL V M PAG.

Reato esse agmeto a anáise de Laua paa ponua


uma séie e questões Ates gostaia e etoma (ao m
sato conoógco na hstóa de Laua) que esse econto
tansose nma ouaa hstóa e ao e sexo Sepao os
dos: amo e sexo, porque no enconto que nauguo a eaço
não se tato e ua antasa moosa que cutvasse a eazaço
o outo, mas s de ma ntasa caamente sexua que no
necessou (o necessta) e entes espe[ta]culaes pévios. O
ao é outo paágafo desse enconto e Laa co o
escoheco Pa ea, não i necessáro que ua antasa
aoosa do tipo "ee e aá  paa sempe possiitasse o
ecoto sexua No etato é peciso essata que o a petu
que esas ntass possegussem e Laua (eencontasse seus
canhos de goo co o eso  oe Dto e outo oo, ela
no teve que su e nunca mas econta o desconhecio Fo
possível tamém aa e se eixa se amada peo esconecio,
Laura:  anlsia Je poã 17

se qe  ao as a ez  coasse c aea a
d desjo sea.
Paa Laa a aasa  azada d desej eaa sempe
deaee eacada c  a de qe  pace eal e
 descec   em e me  om act ee
 eat aima qase se e Eidetemete ada e e
ela eaiaa sa atasas sea s dza-se  cet pâc
a sesaã
sada da ea de desapa
o qe e a úica
ea cilada pe saída
f dedapc
agústia ea a
 qse
ada sae  cece s oes om qem ela se eaiaa
sexamee  seja  qe eaaa sas asas
Cm s mes e amaa ea stmaa de qe zia
am o s desoecids qe "oaa O amo qe e
peii (  pea pmea vz ee cdições de emii) qe
ateesse om o me me o quem gzaa z 
e o estad de desapa ã mas exsisse
Uaei  caso de Laa co eempl paa pesa a
�trçã
et tasá
s s üa ema
°Se éü sa Oele
qeea
iteessa
pta eé "Aga
 a
ee ai e paa pdzem, tao a taçã da sóa e
da asa piegado este mm cm bjet de desejo
a_t a pesã essas aes a posterioi), aV!
 aet eato de Laa pl deseid
·   at qe's sa mpt ates:
• P e paa aa a desã de ohee  dei
ais tamee é pemeada de sessaltos a ed da
estão qe se taseste de mal "se e sai  ele s
 a pta?  de Laua "aga el e ai e paga abe qe tp
O pensae
e eia?
• O qe pde ea ma mle a aze esta asia "a a ele
ai e aa?
 Ql é a çã d eced essa 
·í .•o' I d; a le é bastae piado de qaqe
/ gifcaçã sg caçã pa a  ei passa c se pe
 s eba Fed pe  de e  co de em ma
18 Elian dos Re -Cqr
,1�
 anatia ascuia u a,  castaa u,  aina
\ ptara e u pêis u ievitav, se á < r  ta
l c  e  J� 
tL".   
· 

-
d ,. • 

�,i Pa u e para  uê  cp feii ste?


�1 Evi    ç c à ãe e a relaçã com  pai
ê e

 ã cstçõ iaginária. Mas ea pruze t s eit


q�-i'"u·ma muer a situar-e sxuaent  fra tã
ivrsa s hes
ã ináris cTabém s its
i Feu: a itinuçãtitui
" . aui anatôica
/
·
? .    .       ,       ·         •      ; c-'w�

 acuniae u a einiiae é ua caractítica dscneci


que fg  acnce _a aatia 93  2]    4 1 ) . ç:)
-=· í�nina, qua"do  lh p a a mã na tentatva êÓntrar
sig f cante ue a trin ete u nau sxo tav e
par cm ua ngativa Vcê nã i  fih no u eu
prava para m cpet a  Sgun Freu A ã nte
té satiçã sm iites na sua raçã c eu f nn;
ste é se excçã  ais prit,  ais vre  aiva ência
!  O reaacii
Qan nato ac
s depara s pai  a 6enctra
} ua 
pópria dirnça atô  ca o ar ue rce e ue p r
intpreta c jante.  á aui est a cntraiçã se se
ar nã r intprta (u inteprtáve) co esjat a
nna nã ter co vir a r uhr Ma utant e
 ar nã pe er prpriante jante b pna  não e r
ai   pai mas uaet a e u h uaquer I
poe cçar a ns xpicar a cesia  ar para ue a
entrega e te pív a evdnte, a s tepo
  pis
acífino
inca
     qu a cxistência
      ntre
    ar
·   e· entrga
   nª  é
Expc a pcua  parceiro aso e sexua se s
feits u  inaugura pa reação c  pai Tavez
puéso pnsar u ua uhr, d ua cr ra, eana
a raçã ara ut ai  a s tp  ua a
bstate ais isa  ue actce cm os  Tes
emp s ess ppsit a  p ic ad pea us  a
cprn pes hon na raç asa, ua ouvim
Laura: anlia  p os 5 õ o 19

osos pacetes hoes dzedo : Mas o ue acotece que o


cosgo ca aradá-a?"
 qe ua he r sc u parcero é um ohar deseate
 e o sea cestuoso, e no s ea aucador de aga cupa
· ' de    de mher ue etá sedo deseado
> Segudo Fred  a ae�ça de casr aço qúe se 
mea é em relaço a todo seu corpo, o soente como
acotece
sae" ecompede
o eo em reaço
A aeaça para asaomeias
pês pos esseeto
passa ela peo
á
medo da peda de amor; se teor se cocretiza no medo de
erder ago exteor fo c opo ou sea repetdo o amor.
/ ôâe or de de arcssmo 
 ue taém aa a escoha obeta da uher de modo e par
\ ea, ser ada é  a ecssdade ms rte e aar" (id ,
· \p. 162)  
                    
·-�.>súnor;ói oa -à a a uher parece deer sua

 posíve
perder-ses Coso
caçoas
E sem
e ae
amor, etegar
Jstituta
seu
 corposeae quae
chaaaa
de muher e 
·  " 'ó r coa como ua ssteação posse e
ecssáa para ue m uhe possa gozr de seu coro 
ueso se compica ado costataos e o chaado aor
etra ua ea cono com o amor que ea pretedia ter
recebdo do pai.  seja é ecessáio e o ohar se 
conuge co m o ohar aoroso para ue a orde da snfcaçã o
ara ua muher ão sea perdda m oras paaras ainda é
ne é qe,
pbea seeá
m amor uesdee
g
po der
 Por outro aado,
sustetar entreo
ga sea , eviaveete é o amor do pai Ora esse amor rote
e dea s pos mpca por s sm dzer,  ipossib dade da
entrega
Isso  ustra otro aspec m co hecido da psico ogia das
here  sexo é as fáci u uado amoroso, pos só o
or oderia sstetar a decoposiço magáa e m copo
emo soe durante e depois d reaço sexu a No deeaos
20 Eana do Rei Calli q ars

os ad  ue sea m uase sepe as ueres ue depois do
-
ec�tro seu peguta Você e ama?
 Laua udo se ecot ra · outs vezes co seu ovo 
agora j podeos caá lo assim  copaeio vive ces ue
uca ate poderiam ser admitdas por e a Ceta vez ecotra
o eito coberto de pétalas de rosa; é uma das ceas mais
roâtica que podera ter imagiado. É suavemete detada soe
a maciez das
solictada foressua
a cooca coberta demas
oca na docesipura
beiosem
e ao mesmo
termos tepo 
igênicos
parte do corpo de se ome Nada s do ue a seguaça
oroa permitue avça femete sobre qaisqu er pdrões
de limtes a reação sexua As pétas ncoaram como
palavras e ao o ue ve depos é gratuito..
Vo aqui açar mão de mas u peueno agento cíico
paa auxiar ia argumetação
Beatriz á algus aos iibida com seu copo qe começa a
evehecer ão consegue mis e iagiar deseável, sentese
evergo
com seu comp da aeio
com algumas poições
de uito temp quado temsubeter-se
o ecde reações sexais
a ua
cirurgia plástica supodo que io ciitara sua capcdade de
etega-se e ter pazer se xu. De pois de bastate restabeecida
e pesado que ea a ora de mostrar lvemete seu ovo
corpo  proõe uma posiço a caa ue  iagia vai excit ar o
copaero  pois seu corpo ca totam ete à mostra e de fete
paa ee Quado termam ele e di "O ue é? Agora qe está
de corpo oo decidiu se ostra? 
Como reatou B eatriz em aáse: }\ad J
dee fi bem
Ela soe umamaior do quedor
verdadeira a dor do restabeleceto
acsista crgco
esperava ouv Como
está gostosa "e belo copo quae eção ao praze ue
suas ovs formas pudessem vir a icita no companeiro. Nada
dsso ela ouiu  ecião coida a mraça de ue ela
isita e produzir desejo  e isso sei proibido  As palaras do
copaeio de B eaz cioaa coo o anúcio de ue ela
deeria seirse culpda po ser bita de m corpo que deseja
desejo
Laur: f nlsi de poição 21

A r s  hres resse  cossr os esrçs is


r se oem s es e esejáveis Pnu o ceo? No,
é  cor url Coo esá e cê fz det? o ese é eu
eso hbu res su ssou rs eses  ão e águ)
Tem eo esprte? o no ço a, no soba empo coa
odo o dis às 6h  cmir tr quômetros) Tems 
impressão de estr ouvo Chpeuznho Veelo clcano
questões par oquando
escorregads lobo dsarç
 objeivde vovó
in e receendo
é: "Pra e comerresposts
 
A verdade do coo fmn n ou sobre o crpo fnino
não oe ser revea  Esríamos ao sobre o ls do co 
sobre  mnt  que inevtvelente ele comor. Ese corpo
no é seu estes caes n o seus são {brcdos lso
Es rmçes esve o o/Desvendm�o e
· rouzr desejo E  lguas mueres pruzr esejo é vo
<do      · "-. _
�-7Qãnaõ·e m  roi  pouzr eseo?
.

, Fo pro quno em lgu moeno precce de s va


 a mulher dr gu seus esejos r o homem "erro u hoem
 robdo ou sej r o p Pra um hoe que não seja o 
tvez el pense que  emssão es d Cm ese he
ea ode demonstrar seus muos menos ucs que car 
perds num ssado que tee que ser esqueco ( o tempo o
quero agradr meu a) Se o interesse em grar ao p t iesse !/
so expl ctmente demonsrado el ter  o casg  com a
pera o ar o rópro p e pssvelmente tabém cm _
  perda da consderaço mea

  'BâensÜ
probi mito par
um our hoem, be que
azer aeldrenç enre um
 entregr-se
Ela  cz de mur e mr Ms  se ci ouvd o
comnhero é recebd como u sua o p Lembrano Freu:
O pa  " qu e  exessa um sen d ent ;
ev o à e es o, c on ete-o e  eu pa  es á e
baendo" (estou snd spancd peo eu ) Esse
e es ancao é goa u con ergênca o senent o
e ua e o ao seua . Não é apes o cstio pela
22 Eina dos Rei Cal q ars

relção genl probida ma amém o ubstio


eresv o dquel e ação ( 1 9  , p . 237) 

Paece ue evtavete ua ue peanece


p oda a ee abad ad  a ate e ue uaque e
pode, de va  as  e e to  espea do  leb- a de
que est p ecad" cudad ! pede  a  d pai !)
/ aa agua uhees é ece ss ant ese sb o h a
_pateo uca ete ga-se ea ete, nã credo , assi,  isc
Q pde o ao d a Peanece lhees, a se
distaa  d ºssve ii � Pa utas  coo La ua taez
 'õs s e   ; de eu cop e ua a ais
póx ia d goo. Resta sabe coo ss acnte ce
Hé e De utsc c ta ue, e ui t casos, o a se
dstana a joe a uad ela tge a atd ade sexal a
ça v ve   c u a de ade d pa e se vinga pe sad 
Tod s hoen e lua de m oe ( 1 944 p 243)  A
v ngaça tab é te s gn cado de  ideld ade
S ua ue cca tds s hen o uga de u
, eu c p est jdo a d pb  iade , n p o e
uo gasto
aua tem u asg e c aea de se l ga que e c p
ocua no ei  eÓ é u cp dispível  acesve , que
aceit a tda as i vest das de  eu cpahei . Paa ela , situase
iediatamete a cona, a gesta, elação nte essas
ntasas e a sttuição. E talve esta meso a elaçã
ete a di o b ldade que u coo pde eea  e a pstitição
·   scee élne D eutsc h: A oça es , a eos e
a  ta sia , não  e  det  de sua ã e Deve gz a sua
exua lade, não e  ua ule  epei tável c a mã e, senã
v ve J vente, se ua  ottta ibi d , p 242)
"

'   pó�ca s adlecet e  unca ntas a seduzi u


ho e, c o seus o b à sta, ca ando ndu osaete
nu trotoir.
uado ée Deuch  tua a eação iag a da a
c a e, ve pea que, se a ãe de eta agu
ae de ua vida sexua ea tabé fntaiou  eso
Laro:  onlosio  priui�ã 23

m ção à su póp mã Tlv sso os qu  cos


 ssê  s muls o o  qu su mã uc g-
 zou u mã  g   já h o qu   ss m
m çõs sexus s l ão gosv uo u us
qusõs "Sá qu os s ãs são hscs? É ouo
pováv E souo: "Po ue s s cem o disuso
s mãs?
mPc quss ps
dmu mães sos o que
 sus  hs sgxpsso
muhs s muh
qu   os  v sxu ão é ão o ss e qu 
fh não s sor po ão st om qu hm ão
jo (o p. É posív que s ãs se em ssm d
vj s ls vej u vvm s vt 
· gssvid  ovvêc 
/ As lhs pes   dsuso mo pos  u
 m  mt  uão e u vsxu sjáv  ee
 os ps Tvz sj  mo   s o sío que
 ço
ss slp po us  cosgu v as coss 
Esss coçõs os  s ops es 
lçõs mgás o âguo pmh E m eess
-
sb qu  eç exs  sa ão se oo
-
 ã que u gozou e emte ão se oo ss mãe
_  L com  possbl  eega-se  um omm s
o po d s ão compoe  sgcção ue sgu
o mgáo s muhees vm o mo o p À odção 
que o mo o  s pogo com uhs e dees, m que
 p
    sso u u
Õ coá u são
eme gue
s coo homm
 mãegu
qu u
gozu ou j met eg-s  qum se g ss
eeg) é u eslh qu po p um cho ms 
ou  mo e qu o so co   Rso seuo
 p  sgcção e ous pvs  se 
S  copo m  vv o o pdo lgo se
o co  u hemo o u s ossv s ozo?
 k�tç   o do  u u'  u I1 O
,. .
  
  ·   "  • . . n    :o  

    �-   
.
24 Eln dos Rei Calliqr

<q,�   sa al  o opÔ> O oo  cost tuí_� ata


 a qu vo s snolao  culos êtao
 9sa50 yao Poto, o oo o: úâ'õam
s buao,  otzao aço a aço, ata a ta ao
< _  u cojuto m qu too  é óto  rozávl 
"Yaa ôS õi'q e "às mÜ; t�ma ; à "iã) os
las   Ã,  osa   puo a
f

uaço
ua  popo
a uma, po u os homs
osram so os u toma
( agaramt) as uhs
qu possu um
só  , ota to, s? pm usá-o a a  
v  as urs vvm (tab 1magaa  su oo \ 
m too rotz ávl  nbuloso ao or  u burao qu
r

prsa s bto o  vus Potato, as magam  


atuam ras  trauzr ss too otzávJ o orpo 
ca ! sra possv sr  toos os homn
, -"<:ó  qt· ê  'f - â =dc  oé� s" p e rs e gu e?
· Provavm psgu a pluraa o sjo os hos
u
oaia omo
 oha u toalza
s rotzaos o coo
Prsum uo stao
o opo po sr
 tQo  ho ·s  êõi"os as } < 1

pór magr u sj  um olho  u va


à muhr u orpo u ão s prá aos pao. A orag
para notrar ss oar xg, nvtavmt ua prgosa
trga Dgo pgosa po os rsultao  pr ão
auáv
Ettato, ssa posão  ntrga, talvz a uhr sap
as pors cosüêas a hsta  possa zr algo ntrssat
om sua ta naugural lataa
A spobla  por mha pact Laura ma
sta u oo o  não strco Ess copo é vvo como
um too sm otas  aclt or o Naa pac 
pir a ota Mas vtavt o  a ca sxual traz
osgo u scoto spcamt ara ua ulh omo
Laura, qu lata spo d su opo co lba. O m a
a sexua prouz xat a pço  u o copo ão
 too ago ta Au noramos a frota o opo 
Laura: f nlasia Je p ou�ão 25

nino que é iposta po ago exteo  iposta po copo o


hoe
A fasia deos uço (so ua puta") taez coduza
uma uh a se   em ü 'a paixão ca po u
hme - o   a coocou Esa aixo õe uma disão
· excuete ete aor e sexo: se e eteo peco o ao o
_/ a ou, etão se amo o pa não e enteo aa u Não é
só paaa pua
ee os homes que seSeráareseta
e a ama. que uacoo ecessáa
mulhe coseguea dcooa
etega
 seu coo agaose coo a aa do aor coês? Ou seá
que, paa se etea, ela pecsa epse o eaoaento
 i peo ópo copo cobeto dos estdos endaos que aea
(ou aleaam) os ohos evaiecidos do pai Essa disão raa
• sugee uma aeta aleate ete eusar o ozo no
 ou derse ee
  sâída dessa aleaa paece apesetarse da seue
omaFeud
 neces
(�
sio
ta o pa Mas o que s ca tra o a
-·� 

Não p osso e p l car a opsição qe po ess odo 


levanaa pelas mennas à masração fáca exce
spo ndo exis r al gm or conc orene qe ça a enna
larse olenaene conra essa aidade prazesa
Es  or est  ão. N ã pod e ser o ra co sa qe se 
senimeno narcssa de hlação lad à neja do
pên s, o lebr ee de qe a nal de onas es se é  pon o
no qal ela não pode copetir co os ennos, e qe
assmreconecmen
Se sera melho paa
o da dela aandonar
stnção a déa
ana ômca enrdeezê-lo
o s seos
rça-a a afastars da asclndade e da asação
acn pa noas las que condem ao
 �e<!VOlv ento da mnlda de (p 3 1 7).
Fre paece stuar essa ecoa co um natualae quase
bológca, oo se estese dzedo que dos sees uaos e
ohos azus poduzem lhos de ohos azus No esara reud
apeetado ua eso ctada esa passage?
26 Ena do Res Cali q r

Esse não é o úico oento na obra e Freu e ue ee


escreve a tasição a fse fálica à escola  a posição ina
coo u proc ess se soieto e  fcu ae Be saeos
que talvez só ua a se per ta a uma u er encontrr esse
luar ito femnno Ceto, re em otos váos momentos
embra ue essas são apeas conseraçes eais e e a
apoxção de u a mer ao inno tavez não passe de 
estatuto
sa teórco Não
fenae, assótambé
utas omuleres
e é oclente eerce
mas copcao e
atoóco auas v ram as ostas paa uauer possblade
e v a se leres/mnna. Aotano ou não ma escolha
hooerótica no é so e porta) eas se nsaam m
copleo e asculiniae Hélne Detsc esceve assm esa
posção   a ativae a ler  uire m caráte anoa e
perturbao quano se coloca e conto co o esto e sua
pesonalae, o seja com o núcleo feino Só ento oeos
fa e complexo de masculnae Mas aate, no esmo
cpítuo ea va
utas ezes bnão
oculta nhamueprotesto
"  o coplexo e acuiiade
as um teor às ções
inna 194 p 259-97, taduço lve 
Todas essa conieraçes paece imortantes para
lba e o contráro do e aece er a fra tranüla
pela qal re apresenta a cgaa ao feno, esse é 
processo dooio e ne sepre be suceo
Volteos à necessiae e trai o pa para sar a
ateatva etre se recusa ao ozo inno e se erder nee
Poderíaos
le paaneótco:
sorento contempar
que talvez pess as posiçes
e uuf paa e suaa tura
ndae
pretensase

.

 _ · ;� u'   pai a ao°Qa o nteese essa


' - Cfe·IçãT    "    _ .,   j
quea ue pe crer ue u dia o pa a amo, ue sabe,
não peraneça a posição de etera eaa de ter ese amor
ofrecido por outro (o outros) É certo e tenta encotrar o
ao que o pa não oreceu sea o é ma posção e extremo
Laur: fnlsi de poi  ã o 27

.
SetO  o ouo uca se o d pa e pt t,
{'
a a

u paece o su1cete u  equad E  s ptate, o


a a a

e ue tea cup esse peo c    ees a a

copc as  ete uexa f e, pot t, a ctdaa


a a a a a

ust ç e uca coespoe u fel de n  


a a a a a

esse hoe ue ã peá uca se enteg  ps ee s
a a

u substtut (sepe sgcate) o p 


uts�2 oes
Tsge fÚe ea o  i e oeece-se
a a a a

Jª 9º   Lü  <    z a

cee e, is ue é po eo esse ola e e ee a a

su deç sexul. Po outo   esse olha tamé le pee
a a a

eseu co cote tacto (peo eos, a part  expeêci a a

clca, peos esa ue  gi iaee ssim se passm a a a

as cosas paa a eia É c se a peue ag sse a a

ue o pa le popõe seu ete  as pee coo cção a

ue e eucie a sexu lete se co ã nos é est 
a a a a

oaad
cu despez
ue fueapeseta
s p s tê  lee,    o
a a
a a a a

Ua oç c s e co ts los esse c saeto


a a a

esole dca-se; epos e lgu te sozn , ecot a a

m o aoado Qu do ece p ssa cne a a a

 itlete, ela pensa e  coet ape s coo a e


a a

espe, sto ue é u ulhe lta com tês ls e


a a

pofssalete etbeec  cuc os p is su ecso


a a a a

u l ã é  supes u    e espoe: h! Ago


a a a a a

que eu pesa ue ocê t  pa c sa"


a a a a a

aCo
p tesai esse
 peecíclo e fg
etoueel
poetee?o Felae
p  íso o a a

a c pag
a a a a

ess , tauz e c stdae


a a a

É ssel ue, a poet -se  esse c p oso


a a a a a

lc sej ecesso  gia-se t nsgessoa net se 


a a a a a

o   le pate 


a a

Na stóa clc e  ua ecotamo u fato ast te


a a a

teess t o     esfçs paa usa a lav ut 


a a a a a

C ez ue el va  cas  ee p exeplo u le
a a a
28 Elin dos Re Caqri

uto ove co u  oe be as veo e vce-vea casa s


ultacas etc a fase saía apaete Mas é ua puta
eso. aa La essa a, e u ceta f, apotava
paa o fato  ue na ved o p eva gosa as p as aá
las e po sso, pocav econhecêla Tabé uando Laa
ea aolescete e tocava e naoao co eüêca, o pai
uioso coetava "Você a acaba seo a pta e ua  
aa peceba e, nessa aeaça de u hoo uuo, podeia
se escoe algo de  eseo (cinto eventaete) po
ela Instalo-s ssm a possbilad e etega-s se pede
o coeciento o pai, ois é cao, paa  oo eado as
onsas e o pai iiga a essas ules e ele paeca
espeza al escoia o se eseo Po cosegine na
fatasia e posttço Laua negociaa co o oeo e
susteao do ppio seo pae
Duate a aálse e Laa, enconei-e às vola co a
segute pegunta: nas tasias de postito, o estaia se
tatado e a ie tcaço istica co o pesio obeto
o e eo icoscete pateo? Mas a cíi ca   á a do ppio
Feu e oa l 905[190]) té a ta ove oossexa
 920)  os osa qe o aata is éico e  a tal ientcao
é popiaente u apaxoaeto ooetico peo obeo do
eseo pateo A stéic acaba aado a "pu supostate
eseada peo pai Agoa oua coisa seia consegui abta o
lga as "oas e ia eeadas plo pai
No esá ceto que essa soço sea ais a prpetuação
o iidável Éipo nno pois ela plca jstaente
econece e aceia o caáte aiscadaene aleatóio o esejo
asculio o pai.
A taa couos a ual ua le se encona e
elaço ao ebelza-s ae sea esta ee a caa insane,
sua sgiicaço  possibia e e pouz desejo  se gaaa
e u ao assegao pelo peço a castae Ness sentio,
a fasa e postituiço seia a das janelas paa e a
ule se atoze a epulsase o ccito ee ao peito
e sexo iteitao co o pai
Laura: f nlaa de p osllui 5ão 29

/  gua da postua e um eto podeso se o



_
,

 magáo eo. Po que a posttução asce cmo ua


 possã"
-
nna?
<=· Ã� Hcç;à popula seria de que s hmens tê
necesdade fsca de sexo e que aguas mulhees na aioa
das cultuas, decda oecer a essa ecessdade  obe
acessel ao csuo e toca do ded pagamen Co 
pã
emque é vedd um
estaelecda ao sujeto famto
necessta A eaão
e o oto e  cecal ca
 Não creo qe ea tão sile asim Dfícl  pesa
dento dessa atemtca spsta que aquea qe se orece
coo u ojeto que saca ua necessidade tamém etá saciand
alo
Emet Muhy e eu lo Hitória dos gndes bordéis
do mundo, dz:
Os onpesetes boés e Roa apaete
xeiam  scíio pecula sobr  ulhee da
f a ptr ci s. Paa as u res de la  peor qe
dpunha os recuss necro ora abas
aa aa o nés auio ma a cialit 
d eão gostava eso era  raaha no  paa e
co  S eudo Juv enl  tecea espoa  p ao
Cá udio  Vaéia Messa a, c lt ivava ese paze :
Cea e ao ea  esteda os eçó
aceoo de eu bode, ocpado o qato apeas
paa la eevado Denudava o alos pnao 
aasava as ea co a q e hav a dado à   b-

acio Bri ânco ( 1 994 p 35 )


O paze n de mtu-e c m a psttu tas nã é
algo o e, segund dfeetes moetos da hitóa da
hadade cfoe s ales getes ese ea  háto
eazáe  nã. A caã de Mu dca que a Roa aga
a mulhees de fas ptas tnha aceso a realzar essa
ftasia
Idepedetemete da nstioalzação o não do hito
(e da ataa)  ce no   pate e ra s da es do esmo
30 Eliana dos Rei Ca q ar

posseet codue ua uhe  ogaza ua as


e prostu ço ua asa  oece seu orpo a qua quer
home·  se escoha, sem reas s õ�s sp sete
oecersee ve para goar de seu coo se i up
Laura ôâ tr aa qu o  o que o
copanhero aquea note retrara do boso servra para coprar
he u  do presee que he sera orecdo Preru agar
um puro pagaeto
Certamete em notas
essa atasa coo
abru u são paas
possve campoas etco
prosttuas.
co
ess hoe. Não  o dero aoroso que a exctou e evou a
ele as sm  ti o  ua u'
a ra a sua puta co ee tuo se oara possíve  O uso
o possessvo em seu reato  aqu cruca  e  amb baa
s paavras de amor de m casa Sua ço aparece carete:
o posesvo  u vestígo o aor qe abre a possbade de
etega pos savaurda a scação da muler O posessvo
é ua espce e catão güstco Aás ete aua  seu
compae o se tuou a ese rsp o a espcie e oo
e carrete Ee he a Você  u puta Essa ase abra u
campo e oo ode e ostava de e perder as de ode ea
esa votava corgdoo  "Não e sou a sua puta .!

TRANSIÇÃO

Evoque ua atasa de postução coo passage


obrigatóra paa- que
eventuaete um copo
escapando de muler
às aas possa secohecer
edpcas erotarao
e
do goo que lhe sea possvel
Mas po sesíve que essa tasa apaeça a escuta c ca
e por mas que ea ecotre just fcatvs teórc as resta que sua
evocação produ de imed ato duas  por ass de  ojeções
 pea que poderíamo vugaete chaar de sta
da que ua a evocação s erega a uer  pepotca e 
voêc do seo ascuo Ela ão  teressate aqu peo
Laur: fnsia Je prlu ã o 31

seu coeúdo deoó co É mais reeae ear ene der o que
essa proesão d e mheres revea e eeualete, coira
o coesta quto à faasia qe La os pertu escutar 
esse o tema do seu o captlo
A oua objeão é de cuo as popiamete soca Se
dúida, ão é miha iteão prouz uma apolQgia a prostiuiço
rea coo vda prossoal Aida eoatase e ir
e
co-o â
ua vêcia dorccio a prostiião
ozo eino coinc a sepre
(a o ser eventualente
como veeos,  a supoo do  hoes) Escol etão  será o
erceiro cptuo  iterroar as enas e rua prostutas para
vercr se e coo a escoa à qul elas cem rosaene
ão é só o e to e ua volêca social  Ou meor dito não é
só o eio socia e ua v oênca mas ambé, ao eso epo,
ua aaão prouzida por codiões ocais ue na verdade
coiguram u raa edípico especco Tratase e ovo e
er se essa atuo oada cotesta ou cona a antasia
escuda o scurso de aura.
NDREA:
PRSTITUIÇÃO CM VILÊNCIA

uando a uhe tasgde as les do Éden e oece ao


hoe o fuo do sabe do e e do al o seno a casga
"Mutiplicaei os soeos da tua gavd ez, paás co do, a
 _ axão
 ·aasta-te-á paa o ado e ele e donª
KV  HA c�do: vve Eva vveu
A

divdda ete dos castgos que e atacaa o copo e o o


pas com do e a paxão astateá. Que são essas
habita
ulhe,
Não soua eses
coposees
quea secoloca
pmea acados
convenconou
pea dor
a questão,chama
quedoéao,
deãocorpo
peladedo
anga he?
de a
qao
civização hn Fala da uhe ono-se qase a
pseguião seja pel esatuto do nada que ta ese se
denoado ulhe  as que apesa de udo ava, o que j
colocava bastate pobeas  seja pelos ovieos das
iguad des huanas que elevo o grupo dto noa aos plcos
lunados de ua consdeação dubtáve
O ovento sta é esonsáve p sa a mle
esabeecdos,
coo
décdascidadã, coisa
co ado
Po ouo seus
que nde
lmee
temostos tabé
e devees
ão eaquedeenddos
oeeti
caso até poas
e está
sso
ocoedo deno dos pópos gupos mnstas  até que pono
o eto de sepe demanda codeaço não stuou aguas
uhees e um ceto dstacaeo dos hoes e de que a
34 Eln do Rei Cllqars

sso prodz  e prdz - vdas l es  qexosas E  otras


plavras, paree q e  ped de reconhe et  b
js soc m_en�  veo rerar aqela dem ada para 
'aor pao, a qal exl d amp dos possíves a etega
  !nna do oo Para sar e str esa qestão, rae,
aante m iportante ebae qe ocorre nos Estados
Undos há ais de ez anos e qe cna epesentativo e a
Antes dsso
penso etomo aguns
a onsio e maeeentos sobe os canhos qe,
mlhe enontra
Fed, a as o enos 90 esablecia um paaelo ente
a sexçã do ennoe as ninas ou, então, expava coo
e dva  sexação para s ennos e dexava e sspense o
qe ooria com as nns, dzendo qe até enão, os seus estos
no exav ar coo as cos as aontea para as nas  
A partr e ses extos e 1920, ele pas a esarecer pontos q
abrr  campo as cund e pesqisa 1 .  
  /ara o o,  o co ô qal g la, o crpo
a uher,
exas gera a desse
nnt): segunte conuão
orpo posterooaqe
algo  eao, toas as oras
sgnfca qe
 me tb ago pode ser eirao. O eno sa do Éipo
co ma dúvda eerna e uma ívia constante Dúva etea:
vo ou não ser privao como as ennas? Dívida conste tdo
re para vtar qe sso me acote a e tuo re paa agaee
ese prvgo sse pvilo é urgado po pa  poeos qe
casra (castrou ennas), não  casao e até agora não m
casro
aa  nnas, o passe: tenh ago, as  enor, vai
cresce Uma
potanto consatação
e traram, o qe posteror: não,toos
siga qe ave não perder
podem cesa, A
menna entra no Épo ( e a qestão omo ebra Freu,  de
saber se e co oerá s e) om a onstaão e qe
�/
=        ·    
.
-

  'Texos cmo: "Ag ma consqüênc  sí  s  f rnça anaômca


{ en  eo ( 1�5), Onzaã o n  til ( 193 ) Dsou ço /
1  mpe   Edpo ( 924).
-�_ /"
_-·
"

.
.
Andea: Prsu  ão cm vol�nci 35

too, or estare ropensos a erder ode ser caaos e


castrados, ncuse o a   _
  N· da abÕ�dage sbre a questo edpca,
o-me ebrar que a enna tra ueré entfcada
e se dentfca a art de uas gotas de sangue Dgo "gotas
de sangue no sento as fgurado osse; coo ua boa
metára para coeçar a faar o corpo da uher Esse coo
agnaraene
/ deinido doporcoo
ncalente uaftoso
espécee deretahado aginára sseablação corpo
 crúrgca reorçaa pela éa de a erda que  nucatriza   '
�erodicament:,_l  -
    ü o teto bíbco nos ugere é: Parrás co dor, teu
Gorpo ete ara    
soer  �oaor
 
a 
e"er
 o ata, para nós de econtrar nesse texto a descrção  _         ,  
rasejar      
        .            
\ doartíro
=- de nascer muler as sim de entender essa decção
coo se nstaurasse ou confiase e nossa cutura guas
zer
ntasas
aondaenas,
Teposneressane ou,coetão,
atrás pacipe asdequas
usoáico.
cada neuróticoulher
congresso pode
sobre a seuadae
contemporânea U das paestrantes, ue desde o co
apresentouse co o nst <!u do to de Lth Lebrou
u segundo ua tradçãoith i a eia uer .

crada por Dus  d eso o que Adão e co os mesos


drtos  Só que Ado recaou para o Sen or ue essa uher
era nsbissa, não aceitando detar-se a posção proposta pa a
o ao de rocração O Seor ecebeu as quexas de Adão e
expulsou
os or Lit
da Dedo
do paraso,
à sodão
castgando-a
de Adão, eus,
co adurate
pena deo soo
ter do
únco oe no paraso retrou-he ua cosea e crou auela
que ee caou A ajudate de Adão  dennaa Eva  a
qua, aparenteente, era as subss a
O coentáro da paestrante, aoada or gua uleres
a patéa fo o segunte "Por ue fora ecessáras duas
eres, Lth e Ea e Ado fo sere o eso e conta
seno o eso aé hoje?
36 Eliana dos Re Ca q ar

Ora jusmee é ierssae esruar dessa ucidade


ou mesmo u iiae que abia a me n e o coo mi o
A mutipcdde ambém é rcebida o psiquismo mascuio as
ea ão represea ua raura ea" ea em sempre o o
coo orgaizador cera Para ua muer essa orgaização -
se é que ea exise  se á de rma diversa Segudo Gerard
Poer:
O oóo o f  no é m engma qaqe qe
sej a apaên qe o gnáo ene e a A
in ss anes oi ações e s  esenaçã o eno na
se ae o nm  asni  e amen o e s a 
evo  ne n iamene C o ese o a dae
esaa às aaas  se maném e oa are  &o
ae]a_ane s e s �   ul her ão te ieni  
as s ienicaes; qe exrem a ala e'
onstêna o ao eicao e revem a
iossbidae de efinr u oeo emnno \ 1

i ndae
o vazio, se res
n a a e na aesenaçã
ea neise (198 7 . 33o esse -· j
) onaeno
Seguido a cação aca be represenava ais)
poderíamos esar qu e o mio se esabeece - e for
nerropida coo  jogo de velar e revear - o esaço vazo
qe é prodzido coo eo de várias dicações desde que;
esse esaço o ea reechdo de ra inomáica   _
 ulpcdade ascia se opõe direae à ina
a edida e que ea  consolida graças ao fao de que o coro
fenino é oado coo º�1 ue rereen  Q E
ouras aavras a muiicidade ascuina arece sempre se ar
reavamene a u óo organizador cenral, esmo que esse
sea o caso, a iniae erida Nessesenido, aás, é verade
que u sc[ osivo sobre o miio é semre ua asia
aÜ a - ão pórTso ia   ser aa U J a
    e e ho  · êia sobre o soieno
ao eor do fao e ser sepre o mesmo a ua para ivear u
novo ugar. A possbidade de se  oco diferee é um
desea e agúsa (coo isse c ara que ném a
AnJrea: Posfuião como violênci 37

eea a e nã te peo naa e se cp se sepe 
mesm é a a e nã ce scs)
otanto  cp e  he, a fantasa ascna é ais
ve pe com mais ibeae goa é  orpo qe não eve
paga nã está enivia co nngé Algo imptate aqi se
apesenta pois tave  cp qe evese as antasias asclnas
sbe a iniade nã seja m cp de  he as si m
coo qe pems
einin (ientpensa
e mco
cmehipotéti c cp
mhe). Essaspaente
anasas
maga m cop qe se ofeece ncncinaente Não a
vs hes qe comentam: e e osse e, seia ma
pta Cmo se a ntasa ascna  pói o coo e a
lhe fsse a beae em se ece inintertamente Se
assi sse a he seia sepe inna  eten vazo
se signicação pópia, ponta a se oeece a go e às
ntaias s ts.
N coeç s ans 1990 hove em onais e estas
aecanas m ebate qe i apesentao n especia a Fola
de S. Paulo sb  tt Seo pô e nepitansmo". s
2

teas ana ca plêmicas na sceae nteaecana e


no m) e ae paa ança a qestão osescaminhos cads
qano  pe púbico teta a cnta da sexalae huana
(obe mnna)
O sena eblicano · Mitch McCnnel, e Kentucky,
apesent  et e lei ( ecet e cpensaçã às
vítms a pogaa qe peta qe as vtias e cimes
seais  ses epesetantes) etasse c  ocess
conta pbicações pgá icas qe teia nspia os ats e
ses ages  pet de lei visava esponsabiiza a gafa
(vs ts evistas e iles) e ces seais e sicpatas.
Paecia com esceve Bea Cavah  escito e jaista
a Folha - qe esse senad e apvetava e ua tenência

2. "Sex o, porô e neouritasmo  Folha de  Pau, 3 de o de 1 99 


38 Eliana dos Re Ca q ar

aercaa a o  s epresentaões o o própro ato para


tetar ipor  a e e servr a e preexo para a pesego
e aqe r o coseraa oscea 
Esse poeto e e aasao peo otê icário o seao
oteaecao gero a apa discssão A The New York
Times Book Revew 3
pbo m exto o escrto orte
aeicano Jo Ivng ataao o poeto e lei votao paa as
4

vas da poogaia e ctiano as eisas qe saír a 


apoo à déa
U dos pmeos arg mentos e rvg é de qe o estpro e
o moesaento sexa as ianças po exep o são cosas qe
antecede o apaeeo os vos eóto das revsas e os
víos ponogácos Otra estão aordaa e e oo o
poeto epeensíve é qe oamene seia uvoso esoar a
eponsbidae de alqe e sexa paa m teceo  e
ots paavas astá-la o veadeio crmioso
A éia, igêa os e ea o poeto ei é e qe se
paásemos
de oeêosde a osa estpros
va rea Sera ogo
cnea as pessoas
próxo dexaia
ao pesaeto
ágco iant e e ão omer chooa e ee boas nota na
· a;  ecso esa.
/'  g hega eso a ze a asão ao to e qe o
 c�já passo po as aas e oes mas geraete
eve a se pro aga cosa de  não se gosta e e não
se consege oo Ma eaee o ao objetvo o artgo
ea essata paa e ee caa  nas amgas feinsas"
o asrdo exstente o ato e e  oveto ( sta) e
a
pesse abé
apoapea
o taibedae
proeo eeeexpessão
Casavaeconsteaão
berdae deaopão
vg
e agmas emstas estivesse ansosas e proibr a
poogaia pos ee erava e poo tepo ates  ivo

3. Publi cado em 29 e mrço e 1 99


4 Auto : O mundo seg Grp, Hotl Nw H  he O flo e
De vai à e et
Andrea: Prosui � ão como vlên 39

e   sa c aad Ou Bods, Oselves 5 (Nossos copos


nós esa) esava send p b  peas d es de esc las e
de bib iecas púbicas p d  pís A da d i v ea pi ca
 aces  das u hees a in ações sbe seu cp e su a s aúde,
e,  ea, a cham ada id elg ia miis a  á d li v i
c dea da subv esiva 
Naquea casiã, uis ecie e gaizaçes de
esc i tes esc reveam cas às dieias de escla s e bibli ecas ,
enand evee a suaçã , aga as mesas miisas
esav dizend que as aiudes em elaçã a eu e a
mles ae sexua de caças s ó pdeiam se  mdf cadas se
acabáses c m as déis  s iv as
Mas a vez ea a idegia ue esava sed pbd
segud Irvig Ele lebava que esavam sed ppss e
i sau ds (pela va le ) e de cesra; es ess es qu e
ã s ã di ees d puria m qe v u s Esads Uids
a s ua igem cl zada, qua d u a mulher q ue c ees se 
aduléri era bigada a ada eas ruas de sua cidade c a
leta "A bda da  ei  P is s  as d Senad cCe ,
esaia u vme que meeca se camad de
epuaim
Evideemee,  ex de Irg vcu uma série de
ep sas de ue es . Rela a qe me parece as i eress ae
e ue anasei c um agme ieái. Adea Dwk
ubicu a The ew Yor Time Book Reve ua c ora -
essa a a ig d escri J Ivin g Ela dis se que  esdia
cm muler deeia da a desrui a idsi a g áica e
ambm c e scia de l ivs que acus am a ga ia e a
u il zaçã d c d a ulhe  cm  bje da ga a, que é
masculia
Andea D k , a épca em qu e esceve esse e, e
45  s. Cn a que duae sua des cê cia raba lh cm babá.

5. Boston Woe n' s Heah Col ec  ve  97 , S mon & Suster  Edi ção
rad e 1 992 e  996
40 Elana Jos Reis Cl q r

 a u e uue  s de asse éd a ea possve en otr
 vo sujos  nas prae es as   ubndo e  deção a
e eente esonddos s de u vaso de pans Os
 vos costva se Ulise , O Trópco e Câ e  e O amnt
de Ly Chattely.  esrtora ebr ue  eso os 1 5 ou  6
os peceba ue ao estaho hv nessa teseção espe
etre  ae  le e o seo so  uba de obscenidade
Euto sso sua d oo uhe e tepos pé-e
nsts otnua E pena que ea u ser huo co to
dos os etvos detos Ms anes ue tesse pssdo uto
dos  8 nos  ataada seua ment ês e es   pera e
oteeu udo tnh ove anos on ou os pas os qs par a
proteê por be ou po  o cham a poíc 
coo e e ep ress  " eu  uesto d o ptacado (s  se
outr epção)  seud e  espncada e estuprad por
dos oes; uado e estava use à bea da orte u de
seus aressores cetdo peo outo odeu epetda e pe
ersae u eta o otou  nnguém estaa tb
lhdo pra u rupo p fs a  ecer ez aos  8 anos
t  sido pes po par p d  stço na U pr
protest ontr  Guea do Vet Na pisão soeu brutd
des de dos édcos Peetração fçad co u espécuo p
 5 d tee srae to aina  Su eperê a fo reatda
e todos os jos s os édos não receber uaur
pução
Ela diz  "Pedi a aa  Fu fed mis do ue th palavs
Durate u a o deixou o pas. Votdo ecotrou-se se
sa pobe e nda suente tuatzd Qu  o caio
esoido po r dea  woki p  seuir e ndo? ui repto
suas pa s: Aped a troca seo p or die o. Passe u tos
os as rus vedo um eistên  seá e   Pensav ue
eu r reente ua e-durona doaejda, duoa
desespeada duo-endontda duronespnad por
oes sep ida de todos os dos iusive de aeça
paa bao 
Andeo: Prsitu  ã cm vlêna 41

E ra vez  pa sega vez D pre a faa 


ica ma :   . i ageia esaca  e ta a ags a
pl me própi mari"
Lvaa p se ai a mc a sava
machcaa, arisc pi aa. O mc  ss   peria l he
ar ma receia e Vaim  ieála. Te gr e d v
peir aa. Fi aaa e va árias vezes (pr aigs,
paes, pícia ec). Os viihs via s gis as gm
ia ada. N ha a preç  ea iz. E aui rascev  a
frase e ra e parece iterssa er rada ais
aiae E cgei a iscrs deai e  hmm
araa  raa. E chegi a iss eaix a
ralia d ihares e mes. Para i a vilcia 
casame i pi e a vicia a prsiiç Os oes
vivm a prgraa 
Dwrki acrscea e e se raah d icçã 
a-ic, ea ar vz a res cra  per e é pes
mr sre vc, p h e pis rgaias para a-a qiea
 escra pesa e Dee  a p graia c s  ss
iscrs  erais s efe  s v s escra vs  A úca
c a p graa é  sorri a mh er"
D  s flam esses arg s? Reaei as parcaet
mas  mais eiga ssíve  sem cmárs ara
u  eir p sa er a iia cara  s fas ipdeeene
as cseraõs e prpri Oprame uizar ais
agmas ases ds is esc ies qe me p arcm impres
Uma paciete cmeava er muas amigas pe ud
ara e, pra rcebe muas caras  ais em  h
ia: O merca d hms sá ac" Ea s pergava
O qe eá acec e s mes  v  c 
ss is crs? "
É pssvl  as mheres  sjam pd scar
ag   e própr i isc rs. Par ece  a spara  s gêers
 s grp s  gr s s hes/g p  s res ã  em
csegi  mi  ais  e c c  grp re iviica r  
as heres  a psiç e cpa  r gp    s hes
42 Eiana dos Re Cllqar

- de todos o s ma es (se é que estem . ) que envovem o se


uher Tavez os homens estejam somente escutndo o eo desse
dsus queoso e queedo a do ugar de avo de u oêna
proetada
Na esa época e que aonteca o debate entre Andrea
Dworkn e John Irvng  revista  apresentava u texto
6

nteressante de N Gbbs sore o back lash, expressão que podera


er traduzda
golpe oo
Ttavase do obak
retoo
lah do
dobumerangue ou o retoo
ovento nsta do
Nesse
texto era tada ua as dt por Reea West e 1 9  3  E
una  apaz de encontrr pesamente o que é mnso
Eu ó se que as pessos me aam de nsta ada vez que
eu expresso sententos que e deenca de ua dona de
asa o de ua posttut a
A rase é astante reveadora pos, po  lado, nos ala de
ua das dvses que habta a subjetvdade das uheres 
dona de asa e prosttuta Por outro deara que se nst é
oar
qedesea
u uga dente
ser uma muherAssm a questão
que oupe que porta
u ugar drenteé dos
eso
que
são popostos pea dvsão ente dona de cs e prosttuta?
Rebeca est popunha que a mnsta ocupse esse ugar
Tvez seja possíve que o ser her (drente d alteatva
entre dona de asa e prosttuta não sej ua dentdade  luga
úco e fxo Ser uhe s oars�  ada q
a pra  vdetoa qu a feindade vvda coo u  i

espa q poe nherse ao so  · das ondas nu r e v 
de dentcaõ
_ soedade
Na Tôos ohece estae frse
ua daa que ha
uma puta utur
n aa" Mas popular:
natura
1

nte a duâad na n   á; a ultipca


ção de d ses nn tas
O que envove o ugar de daa o ugar da dona de casa ou
eso o ug de e? Evove a posç o de saco de doção

6. 9 e março de 1 992
AnJrea: Prsliluião com voêc 43

o sebaear o apaa gae eso chegao a


ateia co u fo os baços Eoe a espécie 
:!'â�  r;.,t
g
(=v-
•'    ·
 r t

�êõ eaieica 0 -
Da  fI, er sagrad  (eso se
ecreos sbólicos especicos aparecer coo nocáe ara
us
/ A om ãe pod ser obeo e u deseo seual pcíco ão
ecessariamee iceuoso  coo já ou i hoes coe ar e
 aciee ulhees cofiare a gra e aé ose a a
<oa e que       ergue e oano S Ê  s
 -   Feud, �':!pt i .çal §c    _
 homes" ( 1 9 1    1 54 ) lera o cof o que u ino e a o
i saer de ua fora ais caa coo ua relação sua
\ acoece : e acab cocio que er ua ã  e ua rosua
 não exste mt cr�ç pq_i as duas}a_J < s !ül. f-
,


J or ese arssãox uale
é a orgeee aa
e uÚ
 a es
maâuaoher
og o decesua nã
 Pare  oa
que a disão ere a pua e a aa abé esá prse a
L,aa sa culina  o que ais ua ez ão os peie esar
 que sea a úca são.  geal é sepre ehor pensa em
1 ros e uliplicdae e o apea e upicidde no qe
 cee s iúers fai e Q Y!  ª en hmaa 
   re à reação  a muh er co  prõôo,
Feu ao ongo  oo o eo O abu a irgindae" (918
[ 1 9 1 7 ] ) lemba o quao a pera a  rgae é ia coo u
ao
assanguoenoporque eole or ua
a ijúria
uherarcssa
ão s noquseno o da
ecorr coo
esuição e u rgão ssa ijúra é rprseaa  ra
racoaaa o recoheceo socia e que a pera da
 rg ae ea  ução o aor sexual Tabé é iorae
ebar o quao o eloaeo eanta a eação arcaca e
hosae paa co o hoe
ssa ração e hosiliae a as é o qu ua osiiae
acaca como sse aes reava ao pai que iaginaaee
4 Eana dos Re Calli q ar

o aq  qu h t o ou ão h coc  m daço a mas
d ca um aço qu o a a h está veno
Fcz scv:
/ (.   )  condço p   do pm o gozo seu l plen e
fm nn o é jusment e um es o og ânic : a uptu o
híen  el pên s e  d lt bu a da  agina  Supnho
que essa esão, que og nlment e não taz oo sexua 
cet secundmnte o desl ocme o   l bdo sbe
_  vagin ri da  1 929 p 43 
No etato  lão não sa s uc  aa dsloca a ido
ob a vagia ia as a v a  a é a s sgcaço d
a ota lsão qu a z h q a z conhc-s dnt
do  s at o  O q tnt o nsa é o st  coo
ssa ss ignficação po s i toat zada o s_
É stano q a �a Àd wÓkn ão s la 
não c co q pstêci la pocava atás dos
amáos pto 
atõs (lásc os Ds,
coo oUlise,
vos dtos pooácos
o xmplo . ) d ss
Qçá ptdss lê-os aa po d cada v  ctcá-los 
coloca-s como a vg noávl O ntão coo a e
v m dfaa lo hom c a al Toa s c sa ma
rava Nada o q  estou ttan do ponta va no  to con
táo a uma lta n ha co ta a volêca A popl ção 
na at sof  cotant ataqus e volêncas sxs
nas as do ndo nto Ma s pac a const atação d que
xatant o U o país oc dtal od a a da do moas
o e do
ao noputaso
dc d volêca ésxua
as sacda
oa oé valo
 dos aís co
co maat vo do
ídc sja pobláco pla alta cnag d vioênca
qu sã o dnc aas   std as)  s o q  nos país od
não há c sa  lação à ooga ( como os aís ód
cos o a Hoada o xpo  o ídc d  volêca  a é
óxo a z o E sa s  vaç   va a  a  qu tal v a
aa d aaq à voêc sua ão sa a ssão a
ooaa
Andea: Prosilu�ão como voa 45

Reoado à esctora  a sas dcaraçs e rpio


ão das co  epo it ráro  pnso u é ass  eso
u ea dj ser da - dveos vantar  pon ais sut 
Por  tatos soetos no copo? workin oi atacada
sexamente trs vzs; como consüência sgndo ela
brnas no undo a prosttço  nalnt ncontra
 marido   spanca Termo e sr bastant ingênuos
para toarmos todos esses ftos coo coincdências Vamos
tentar ar a sguna vota No prieiro ata a t nov
anos rlata o acontcdo os pais sses não toma auer
providênca vence o ptriarado diz ela) Essa ase se ngat
a u erto convencinto d u exist a urra ntr os
gênros dsd a mas tenra idad É coo s Adra ncessitass
ternar  vnc  u prde oupano portanto o ugar
 vtim o al obvant não é prvado de gozo
É o pi u venc é   pri qu u corpo sja
lacerado , ais  o qu isso tavz ee goz dess to mso
Não ia d ser a das lituras possvis o gozo o pi (tanto
pra os ons omo ara as muheres) o seja a suspeita 
u l go do podr d castrar as ninas  açaros ninos
portanto e goz de u corpo oercido ao scrício Não é
raro scutar na clínica antasias d punições sias plo pai
chegando até à crca ção Falari ais aant dsse pai roz
no q se rr às mulrs
No sgudo ataque o to  Dworkin prtcr a  go
paciista ip  a ça ma ia O vento dv sr
suido
O rcro atau vem do social É prsa e os éios da
prisão a violna om o spéulo
A posttição é visitad coo ua possibilidade d qu o
s opo s endurça a partir de suas própras ãos. worn
elge a protção como a retoada  podr nss monto
 a vida é ea e não os "otros  decid oo su corpo
vai s ndurcer, s orr, se atratar se punir Mas ess
so corpo voa às mãos do rdo  ma ma v  
corpo matratado
46 Elian Jo Re Caiqars

Os somts por  rdos são dgos d costrão


ms o qu  terss coo já dss  é omr o mpo como
áro e a sá o  uz d p cás
Tvz sja emo co  vtór do rcdo que um
meia se res a o su corpo prvdo d um ped o de c
que prece ser to vozado  Sm vceu o p ora pod
mos sur a uta N vrdde ão xste ut eum ms
ps uma tetva d pzumeto do que "st peo
do  me em parecr u ut d ras quo ão
com  ã drtamt com o p. A mãe muts vzes é a qu
dá  ra ssa lt o corpo pa qua a e recma
como se  m ão vess sdo capz d z  prft Cos
dro ( s é pes um prtess ore um t qu mrece
r ma or drsso) que udo  m od drg-se drt
et ao p  su uta trá ms cces de resovr sus
quexs
No sgudo omto Dwork cocu que tudo sso deve
ser squecdo, mometo de dscso Vmos esperr 
doscênci par votar à crg da quxa E ss retora o
tercero mometo A que é depostad o soci que mpd e 
muhr d caar o qu ostr (e mbre-se do atque od os
médicos a achucm) O socl é resposaizdo p do d
ser mer Aui apens um pequ oservão que lívo pr
os pis que  dolescêc a troduz um pouco d queix did
o uo fra das pards d cas 
Úos mometos do rto emerem  prostituão e o
mrdo que espc  Adr dz : Perd a f Fu fria is do
que tha pvras
Por que ua mur pod cgr  car sem pavrs? O
que dá acesso à pavra?
Freu o íco de su c ca ouva como vrddros os
tos de sedução que sus pctes dzam tr sodo 
fâcia Apesr   ms dt tr vrfcdo u sss reto s
fazm part ds ftss das stércs u iurrm sua
cíc o dou  scutáos pos os rsptv por
prssrm u m os s d aúst m 
Andrea: Prosui  ão como volêca 47

É ua ans a que se o a no desapao pouzdo pelo


sabe  inn de que  pa tabé é castado Essa desceta
acaeta teo pos; send o pai casad sua foa paa potee
es  ainaiaente) d  nuída O qe ptege  ena  que
a apaa inicalmene  é sua cnsante tentativa de apnta que o
sueit que ea eseja ( pa e po conseqüência s outos hmens
c que cuzaá na vida) nã é digno  seu ao Cend que
ee nã é no ea se potee de ca pesa as mahas esse
ao nindaveente: não e deiaei pea Esse seia u
pieo vie nt ma inái a enin a (muhe) e eaã
ao pai  oviet que cas stbe ecid pediá adi alee
de nventa  "in in 
O pai não é di no d seu am ois é u sueito an uii
que a acou etaene  copo E p out ado nã é
sucnteente potente paa poteêla o ales da vida. Essa
é a fantasi a que cooca a u e e sbea is n que se ee à
violência seual. Quand ea é tea além da conta elas
uhees quando é fantasiada e antecpada co  eiza e eps a
é que ea é a evivncia de ua vioência já iaginaizada (violência
do pai sbe  co que a z mulhe n iagná  a castaão).
Tavez essa cena e esse te se taduz n que Dwokin
z A utizaã d co po da uhe c obet  a poaf a
que é scuna A poogafa é vivenciada cm  estu 
Se a aposta  fé incn dicon a na vo ênci ds hoe ns
 o que agita  encont exa, o encnt se see voência.
O se seá te ido c mita angústia pois ee seia a asã
de evie o sanuinolento casti divin (paiás c , tua
feida nnca se cicatizaá etc) qe substitui e epesenta ao
esm tep a v oência pate a É a epetão d que á oceu
ianaiaente no crp se possibidade de eotiza  ut
da vi ência (o cop inn) Aliás tata-se de ua insistênca
ais  que de uma epetção.
Desde essas conside aões eteos a pegunt a in icia 
Como ua ue pde a sa do Édp? Deixando de se a ila
ueiosa do pedao e cne que he o negad  aptad
pe pai  Se a úti  tentaiva d ela ço c os hoens na vda
48 Elana do Res Calh q ari

 ma m hr é o otro o m m sjito i oo  pa q


ssa mhr aia ão io sapar  ria o pai roz
Ns aso, o oto om o so ao  po ar
ssa mhr a i�r co  opo so a orma  ca cta
 poanaa (é s para isso q  m qr)
O rato o txto  Dwori é xmpar  ma ma 
costtição a tasia  itas mhs; or ss motio é
itrssat sitáo
A qixa ao pai( c
ontos
o patriarao) é o po a qixa
fti  prcoc
O siêcio paifista tm a sa ção q roz a
atê ia na ia os sjitos (o sxua u naa q ro sr)
A sgr, a rsposabiização o oia pos ma o no
o to aosc t a ia  aa m)
_  Efi, a prostitição coo única saa  com o objtio 
· ur cr o coo com as próprias ãos -  como scho o
cotro co o ario spaaor, q só po sr i o coo o
Q
rtoo s nssa
ãos ara,
o paiacrnto o coço
protiição srja coo ma  ioência
à q çosamt a s sumt  sguo s rato  por
razõs  orivêcia soa oirma ossa itura pois a
prostitião  ra apar oo a atuação irta o qu s
rpt s o coço m sa ia: a iolêcia ata ca  
ltrapa  atação nss caso é atuação a sma
" ·w•-   

ncssia psíqica q cada a tasia  ara co a


irnça  q s trata aqi para Ara,  a ataão sm
alor rótico, s a ntasia rtia q parc tr s tornao
possíe para Laa A protitição d ra tm o mso
statto  para carza o qu  m masoqiso q s rsora
 atr trat o jolho as pras das msas. Ela é
xmpar  m os ois acassos possíis a ilad 
são, por m ao, a  i ao êorpü rüzaa pl m ,
or otro ma trga sm sigiicã q só p  ry<ª 
co oo Dworki ita Üma saía ial q parc sr
a st sss ois asos o io a gra a irgo
riiicaora, qu s toa a ocação d sa ia 
Andrea: Dsliui � ão om viênc 49

D rgns ross u   mlr s la nsr n


gm  g r s c g  rm   V rgm ar
s lrs ingrs r xss  s o
s n sss E cnu   sa ransgrss É
ossl q a s lrs sj ncssário u passo  mis
o q prmacr ss úc lugr  � sgrss 
êc d s mulplic d  mr s cra  rg:
qlasuqus
c c
c c sss cs
rcnci m m
 Es o n
amr
ssa  pi
rg
·âqula q m o p s i um g sl  coo prê
gn um  
g   qu  dá acss à para n n, cr n  
é só o m  a rêc a iênci s poc é 
rgindd  ms ã é só sso
Pcisas q i lmrr q  r-s  css r 
  rr-s c  p     co r u prl 
ún c icç rci po a é a dn cç o alo o
qu
carpaa sr u
ar mul u rdnna
sj lirs s asn astclds
rs A saaé
) para b  am no já qu  poss rdcr o
prr ar  l (au cnn co pêns)  } dr 
Nss can h surg  ós d pdr a Ô  r
aa pr l com a  rgm aq la qu   cta o r do
r  rncr ms z uso d sp ço oroso co
  spç   ç   r   tfc ço  s_o
q
 rá u l n prca s plvrs.
Is n "  se ü; ôs s q trab
 clnca 
ulhrs scc
s sm  sio
r c d sus cs
s ss rcíc  d s
 '{a signc  só cnsir qu um i s pi s
mu q o qs  s  oáas sJ   u ur
 
 Od l  ém  i
Ms  só d   s  ms  s ul rs
Co r  m r   c  o gz s  sã 
c  lmrand q s cor é csr eno 
sd pr  s c mu? S  o sss
50 Eliana Jo Res Clliq,

cost aemee evive   su csa ção  ão oe ae 


µ  e coato com o seu  _'
Revive a caração g paclmete o ecae é  exa
e se po ea avesao com já foi m vez e
vio êia" masia Pois ambém fo i ea viêia e a  z e
faz lhe É  lacate olha o eseo asclino e aa o
·Cú of�O ieee.
o Êea ees
:� - '1,_  .= -
\éus es�!e e pegta

.

po gaa
   
qu-s  OS
 ·
mhe?
• 


:� :Ai yle recod  e avacei aterior mente  bre o
· ifceqilíb e a eega sexa e o mo Ua fansia
pôe se eaiza  aso e Lua sem o ao om coição
év e aece poe v a se mae e estee gaças à
veção, po eemo e eócas paicles o amo De
ae oma é  se amaa e emie a m mhe não
soe a volêa ieuiv e o to sexa ia. Taez
Dwok  tenha io coições e esca  e ees
mlhe?ee
poe-se É possíve
amo Oemo
es(aqele
bisse esmo
qe  e 
ehoem
aesatmb
e seém
iil cohece, m a o pa lhe igiu) po si só ão possibiita
a pva, mas ambm sem ele  eega é a A2aaya
1   ipssíve oabçã ds   o e e eg
Anea se posici a  e foma  o et  o ao  a eega e a
voêca hega a ea a s mas pu ceza, a e sem amo
É o ue ela ha e pogai  peie   hoe
avega ee a vige e a pa e goza o oo ae e ee
ma É   oogia e  beo deseo oe eca-se,
ão
e s{
só seem
 
paa
ueimamo-os
o e ees
 aos
odeij
oos,aça
ens
hagas
e
lhees  
;Õoki e Joh Ivg esejam os is
lemba e a ooaa esá em caa m e nós  os Qe
e as mees
e a poogafia é a apseaçã o oeia o aasma
ue aima ossas v s sexais ão é ecessá o se psiaalist
paa sabê-lo Os atasas o pssem os  ossos sóãos  mos
e poem sai à oie o eo ão à rua asssao aees
e a  ão os ecohe cea
ocHL:
MA PROSTITUIÇÃO REALIZADA

ochele te 13 nos é fl e ua prostuta que, ao


egrvidar teve seu proeto de aortr ipeio pea irã ais
velha  proposta eta r era que  gravez sse levaa a
tero e que o final  gestação o eb lhe fsse oo, á que
não tinh filhos e esejava ter u
Qado a ea asce a mãe deaparece e a ia oa o
lugar a ãe e ochle Esa ta, uano ochele nha cerca
e 9 anos aoece  a enina pssa a orar co outra a (tamém
rã aochee
ãe),écsaa
toaaecoo
co filhos
oe-ora grauta Deve raalh
nos azeres doésticos, cuiar a csa, as roupas e os itos
ios, co algua retrções não poe servirse lveene a
ispensa ne a gelaera, apena quano for autorzaa. Não
tem permissão para sar e casa Rochee reclaa e cansaço e
e foe, e a segua ti  tercera ãe , quano a enna,
certa anhã, ao acorarse tea sair a caa iz: "Não. Tu
ess uio casaa Eo eraecers na caa aé que e
casaço passe
u a naCcaa
peranecer dereaAooueé parece,
peiaoeftoir aoeale
ue oas eve
escanso
solcado pela a tenha so a caa ão será se conseüêncas
Fio o dio ecso, ochee oge e passa a vagar peas
rua e Prto legre. Peanec dos ias a ee e ua
52 Eln Jo, Reis Cai qar

e c a c m  om e aa e ue   I u to de Educaço 


Uma da euae aecee a ea cee paa
ca a. A e da e udae  me a  uao par a  urd e 
c ado a guarda da me a
A a de Rhee ão caizada e eretada: ere
ree  as e aiaas o se  uio para  er a meia de
oa
Do  o   prae ara a hsór a desa  a ee
exa  oeo e ua a
O rmero  que a ias ruxera as o da prra
cmuho de Rchee para demotrar à pcóa que a
ere  av  qu ao h a  e io a e a: "A t  e do
da primea cmuhão ó compra, ea que era uma -
aradecd e, de quaquer rma, á ha os aus hábios de ruar
e adar co he caad
o ono d prceo de er ev a , chee e cree uma
cara basae carhsa r as ias, que mra na cdade
róxia a P   ere died que em audade e qe gos aria
muio e re las Eas  acredia  qe a caa eh a s ec a
or Rochee e reem  Paa ós u  ee Vao rasa r
a uas os  Ou eja, a a rova de que a   rasido
quano o i dee ao e  que exe, passa por ua o
Ua o oda err coo rva e que o eio fra ca do
Da esa rma, a o rasada pode ear a prv a
ex ê ca e Roche e, que ara  é  u, a u 
da  á  gee, ó que ua 
O r ceso  rád: a a ão i e e o  uz pere que
Rochee peraea com a nva e quara ãe.
O eud o que chaa a aeo ão s oícas ai
que e  de Roche e pi c o prces i rápdo e o ui
asiu a guara oiciada, Rochee pára de ser ua pea
pcóa
A  ca  ai  e que chee e re iad pe queas
uia çõe  ide  da rpa  da o  irm ou ea, equeo
r aear de ear e preeeda c oa roua E
ur  inr a e, ea e e a dur  amorad o da ir
Rocle: Um p rosfu � ã relizad 53

Co esses ados pereos o cas o e isa a o ia


ciosade e sae e deso erá ocee Peraneceá
essa oa cas o gaará e oo as ra?
Gilbero Dee  o de  vro brle - Menias
da oite - e qe erevisa e o graa eas pros ídas
escravas o Noroese o Bras Na as erevisas epos de
coar sµ a sóra pesoa  ( üâ �as �fstràçô' d,)
 '_da
aer  o ?   pu-má.re
 ê) íâTê·p�gnti
1 00) Para as eas e;pse
a as
caças são sas caas Eas cessaeee abora os
asees; são os "os e as as o q ecpera a re falar
essa grade casa qe é a a Os resos são o almeo e aez
a prosção s ej o úco oroe do da (Feeo 1992  e
qe fra podeos pesar a prosção como úco o rzoe
soca e por qe peso qe Rocele ao er sas fo rasgadas
pode ecorarse com o orzoe a ora do corpo prostuído?
As eas, e ses reaos, geralee dze qe saíram
e casa porqe eava casaas e ciar os afazeres
oésco e os ãos eores Tabé avez prcpaee
poqe soe pressões e asséos exas dos pas, parasos o
os oo faa a ea qe orava co o o:
(  ) as p casa do eu o e u  ão u ero pore e e s ó
qué abê e c t asad o comi go Quado eu aa l
prá dê e d u p rto e co i d  u ina que ans
o ee E ss e ne góci o de i c assi ra no com
me u to  eu ch o s so ui o fo , vim p  rua ( Feelo
1 992 p 6 e 1 27).
O qe esraha é qe a a é possíve ransar; a a é
possve ecora essa cobraça rea qado saee é essa
cobraça qe ea oge qado some de casa. Sabe qe
ão é a coraça cera coo se pagar o preço qe é cobao e
caa osse algo esvo e a a pesse ser ago feree
Na ra o pasa a ser acesíve v vel e rcpaee ela ão
esá sea às cobraças dos dos parees os pas,
pass ec) Esas corança ão podedo ser siócas
54 Eana dos Re Call q ari

são eais no coo  Não poe s e s cas poe  qeno


ses coos  os ios pa es aca e s e va o s co e
paes: são hoens asqu Poano se tem qe se ea
qu seja ea eso A casa toase a a
- Essa oça é sa a g?  qet ão co ocad a a
m e nn  de .
- Não e não tenh o amga ão cono ne  na
ro pa e e tô estd o  ssas enn as d e r n o o
a gas de vedae , ã . Aga e eade só a e (   
 60)
A ãe é coocaa nesse espaço úco, não L 
i<ealiz�ã      IJµª  
iguas aais ocupam na ogaia ção suetiva das enias
Aaeene qu o ze e aga e vae é só a
ãe é aquea cuja lbaça cofra e  ãe poese pe 
se aaa. A ãe poea aa e coo  o a ze eisi a
casa
uco
Se a eas
casa
nãoaexstu
oanão
eoa
o poe
e oaa-se
coo caa
capaes
auto
e
eja ahu   caee Uo Se a casa não estiu
 que eaente eas a explsas igo reamene ois
as vive a ca os ios e u pai imagináio que as iva
que as pva soet o e po e e  ao E sse peio coo
já ito é consane na va e ua ue e consitivo · _e_ sa
sgncação
Qano Fe no tet soe iae ae esões
paa ene e e oa ua ena const sa eação /

co as asOen
guas aeas  ee coena
eos agoa nos so  nteresse no sendo de
saer ncente e cosa õe f a ess odeosa
n cção da enina com s  e Conf e s ae os 
esse é se desn o hbta: es á deter nado a da ga
ª_ a ic  la< a seu a  933[19 32 ]   1 50
O acsso ao pa foi negao às ennas qu aaona a
casa e p c a    1 
esaç;  ai não se apeseno coo  acoaouo yi  \
:_       - .     ,   �   • - ·
Rochee: Uma p osllu � ão reaizaJa 55

one descansar or agu tepo ue eja e sua anústia e


 aor pe�o 'erane eno a , sto ue o ai ·
 e
ÍâÔ enos i u aor enotrado ou cogtado 
Volteos a Rochele para penar a "exstnc e "nã
exstna de ua essoa atravs de ua to
Uma oto coo uea traza pela ta de Rochele é, e
peraece até teros 99 anos a representação do ohar mate
ue noscasas
nossas vê oo o bebê
osas peret
ães e esperado
permanece coMeso disates d
port-retraos de
beb sonho. É  oa o dsej aterno ue pusa sobre a
 craça da to E essa ou essas tos é qe vão construndo a
a    no sentdo sbóco ue ua o pode ter enanto
gura da nserção mlr
Note-se ue as tas de Rohele ostra  to da pera
counhão; da enina be-omportada ue ela s espeaa ue
Rocele esse a er, eso ue eas sse naazes de azer
o necessáo paa que Roele fsse ou se toasse essa eina
Quando a oto é asgada, enhu olhar as pous sobre
ochee; ela gaha as ruas, recsa entrar e otra oo Ou
então vestr rvaente, as roupas da nova ã o ue é a
a de coloarse na o da rã
Lujo Basserann, storadr aleão, no ivro Hsóra d
postituçã, dz:   ua das op nões pr ent eme ne
ontraórias e  ue o f o sculo assao se coraz a era
de ue fora  uher honesta e o a postua u prdo d
vlização ( 968,  15 1 )
Se a ulher honesa, como chaa o autor, é u prodto da
cvilização, o que aotece com as menas ue chega às uas
e encontra a prostituição? N caso das enas de a o
processo cvilizador é se êxt o
Precsaos s  tuar alguns pontos para eneder esse
esecífico da vvênc a da ua pelas menas,  e é a rostituçã
Por ue a prost ução sera o úc hrzonte do   e coo isso
eara entrelaçado co a fatasia nina de prostuição?
Faz seno evocar  fantasia e prositução no caso as
enia de rua?
56 Eln dos Re Ci g ar

Se o eepo a   esapaa co ua ca


cega ao ud a ea ecee sua pea o d a
ae o ue  e oece u uga o  u e a O u e 
esse e gee e ão c o. sa  a o o que a ãe gos aa
de ve o e ceeza que vê na sua cana
evtaeent e apesa da   co ua na pe teade a a
ãe aé  caa onase aô (agua vees mas epo
ana)
pos pacega,
o pa s de se  o meo
e ceg fogac
paa asga t,ee
cottao
cega paapeasva
ãe,
a ªIÇ < esa_ ca �€    s.  pegua He
eutsc: O e epea a c   p?" ( 1 94, p 28   J
P! a cona a ãe e fo a ele Espa
ue o pa eja  a a eaade não u
repeetante d a f  o aa  caene pea ãe)
·  •  C en s e enas se apoxa do pa? Toman o
esmo eeplo a foto coo se va e coss paa a
eeojetva da mãe?
pa co avae e adagessvae
o uado a fuc ia scosa,en
esas sã acetas
é a etua pe 
de Hée
Deutsc a santa que os pas aceta uo as a
agessvde s es p se u ao soca ecec.
Apesa do s va o s soc ia s estae gads as psíqucos  vce
vesa ão é ossv exa e acescenta ue o pa enuato
hóspee e ua sueivade ascu na ae suas ptas a  o
oe d e oa as nceniva a  o que a uma  a muh.
Os esos  vetos e a vdae e agessvdae, ecessá os
paa asase da mãe nã ão u ncentivas na mena
Na sua nesda em eão a pa ea pecsa sua esses
vmens e  a ene s ens 
 oo a ena é  e  eocaa e coo a  que a d
eino  ea p exepo não poe g-se ao pa
uzando e e aae e agessvae. Ea tena o encna
ouas f  mas e apoxmaão qu, evaveete ecae a
seução d copo Esa é u epeca ooosa, pos ao
cooa eu cp a abaa ela epe encoao cmo
co po qu é aginaaee casa, e seu ua ca
Rc�ele: Uma posiuão raizad 57

Ou e hor u e fo echec o como m o ars de ma


ioêci
/ H e D úsc  a d ço a mea peea t em
,

ois pais - o pai do i co o ual sa eaç  co sc ente e
 subli aa or uma troca moos a; e o pai a oie ue acareta
ameaçs de cueae  seduço e e mola sonos
_  gu iantes" ( 1944, p 23  ) .
A s tasi a de c ueae e seuço irrompe  a ora e
edr ue o pai ohe e ecoheça a ei , isto que ela só poe
imagiariaete te um corpo iio (imgianoo como
amputao, ou seja,µgiao ue algua cueae patea
(m iÚrc   ·a c 
ieiaemente eoca a hoa a seução ue camai a
aeç o patea  �uir o_  sii sr  a  !te :
ele recohece ue o corpo a meia  ei o pois  i ele
qe o castrou  Só ue o pai é tamé caao a rasga a to a
etreg
eiaa se
umalimites
eeaoupriera
seja a to
comuhão
ue, o olhar
O pai,aem
mãesa
catia a
tam o salaor
Por um lao, el  crue  seduor ( o pi  oie)  por otr
aastou o co po da me a o s lases o canes a me.
ui reato um pequeo episóio e uma joe ue por
ot os 1 2 anos pega um tx  Com seu cuo e aolecete
vestio, co ça a crua  a decruar s as es até mostrar o
iício as calcihas No al a coria, o motorista de táxi propõe
ue sigam para a otra ola " a menina sa corre o do áxi e,
em casa, jogase
motorsa e fecordo
propostasos açose do
sexuais uepa,
ea izeo e o
estaa uito
cocaa O pai a a cea espraa por ela ca rioso uer
chmr a pol cia ec  Ei o que ess a joem procraa?
No acho ue se tte e m baal proeto stico e
seução e ga a ena Ea me parece pocu aa sa e prieiro
ue seu corpo poderia er oecio e podur seção Ese
oo  castrado ms fsc a seguo u e esa e ço poei
se desoca a a patea  portato oco rre co outro ou
58 Eiana dos Re Cal q ri

com outo hm s; cio que o i d idd poto o


pi do di, es d bços eos p p e qu po
cosee ele s em dio do sduo É coo s 
pocurss um imção de qu  ps  de su copo sedu ,
el ão perdi o mo pto, ou sj  ão prdi  potço
do p do di S es s poço se  erompsse, el o podei
rogr ms de o pi d ot po erédio dos motorsts
d áx
O m o vot  p cs d o por x mplo hoj u
priciei de um br u, he, p di" em. E  en
vo p cs codo d s bods seui s Sej os quto
os o io me ohou" sej o doe os o moois do
áx ou e sduzir" Por que ss dç?
Ms um vez c to él Dusch Muits ezes  si
se dvide em dois os o prmo o to moquis, produz tesão
sexulo seudo, o t  mooso, poporco ods s deícs
d seO'quedcocrico
e desj(1944, p.ov
238 moç que ce cim, se
seu pi pe s h ivs  dito sem oece brio): Ms você
é um pu o qu você z p que ee h ito tl propos ?".
Certmete o sudo o d s, como d
éle Deusch o suceder e o úco roo que  mi
er é q e só xse o  i d oe o p cruel Q�_
y  sr mdo,
 ó v  r esejdo
O que coce com Rocee qudo s s rsmle s
oos? E pricíp io qum rs  o d His Majes the Baby
és
o pAsdo  cinç
posço p do or
cou cd,mo Aquvve
e Rochele é  mã qe
os dos
os   o  su ds ruiço  sob o comdo do mesmo dreo
_,-0 que se pode esprr seo  ução do copo ofrcdo?
Já que iuém que m o g o copo rit quem qu me
sg ?
  ·  eudo os doi temos d tsi qu Hél Deutsc
cit - o empo masquis   o tmp o  o meo
d dor em um ço spcc pois \{ do i
·:�- ..�- ·
Roc�ee: Uma p rosliluião eazada 59

eo de ca oddo peo pae a voaço ea a o a d


  · 
As p eas a as saóas de a o acene
ea de ea sedo levada  ça o  go e hoen ea
se opas co os oho vedados sendo evada paa a
cvena ode deeado il se eal  zaa Nesa cavena
oo hoens eava  asicia se corpo ea aaado
de a  pea ece exposo ao oha do hoens  E enia
edo pensava o qe c oeeá ? "o qe e faão?
Ceaee a as a baóia dessa paciene  qe
ea evada a oça co os ohos vendados o qe a ipedia de
abe qe e a o hoe e de qe se a edo - eoza
a vonia qe ão é oóoga  vionca que evetaee
oga as enia e a paa a posição.
o enano a das no o copeaene esage a  A
éa cada e Hée Desch segndo a qu a voêcia eva

de absovção
(as poea
 ad o ea e  eqe
aifes lad da egine
n ereg  a:
 ago s  se o qe
o
 paadoxamee  pos  b a a pópa eega
Mas, a vez as sso pode e vedade pa a pcene
q asa se  evd a ç a paa a cvea coo po exepo
paa aa na medda em qe a do (o vegoha o cp)  
apeo ando ao ao do p Enqano a eias de ra não
paece seqe po de  pa cjo ao posa se aido
po  apeo.
A pa da eozaçõe ao e Fed qano de Lcan
paece ca caa a eação do hoes co a dívda pae o
a oeece  econheceo sbóco à condço de
ecohece qe a 1coiddee é devda. Mas paa a mhee
po ode paa o ecocieno de qe o pa ezo se aaho
o seja qe eha epeseado a eaidade e oposço  e?
A dívida ia é pga o ea se paga co o coo
o onde abé se da a posidade de a he se
ecohecda coo sje o É d es oa qe o econecieno
do pai acoece; é ai  po sa ieveção (po agiáia qe
60 Eln Jos Rei Callqr

sea sre o coro da enna que o a reaiza sua are e


reesear a eaae e osç à e
Des dessa neeço o coro da u her no em ais
nada a erder a n er ee eo É u cor que j ee sua
rieira fo rasgaa co cosu ua outra Para que o
cro  o se perca, u oh e e es�ad  0JªÇ 
Esse pa sca ete cue e seduor ee é é o ai que
recee
hoes.oEs raço s a haemo
ao eso que ié iestda
o  ueseuaee
entea p r ouros
a ila as
raos e  uro home  uur r1  49 to
as jusaee or eear a eteg ;garae sua roe õ So
eses g us rto s e assage da e   e dizem
respeo a o crpo da e a
A muher rabah a qucaee para fzer existir  co
ro gd  coro que n  se exoha qe se teha a sao
do deeo ate  e no arig  do aor Po r our a  aias
ue aceam ara u  goo  io eam-na a qerer se exor e
,�-=·  . 

t
, /f
'
 rsuio
se etregar Eueteressae
segu Bochpesare Warburg
a rge e
da aara
do atim
\\ prostiuee que sifica "eor ireete   a ent
 ae  coocar Exo abe rtaete c oca a f ene 
 'sse du és o coaet ds uheres é igado à
é a  que a muher é u be r ado que  dee se exo
Mas eu gosaria de  nssi ea  rada de u só hme raa
desro da)  ai Ms é um be rad fario) e toos s
hoe   à exceção o ai O dupo sentid da aara "rado
(forto aricuar e esp ro ido) iusa a dupa ia de acess o à
iidade
Eo, o que acotece quado o ai  é ua eceç?
Quad o ara cer a ea e aa ça depos as as deve
  traar c m ai adrasto ou tio ?
_  > < eercí c a s ç da s en as a ear  der
)

{  ab sdo  rÜ as ·  •  prc: 


\·' - , � ecoo diree o que é buscad nma nasia euóca coo
a de Laur. As eas ocua um enconro co o ai
iagiár o que é crue e que pria o pai d nie É aque e pai
Roc�e e: Uma posllui  ão reaizada 61

que só a echecea e ea  seu c e que ã se


ccaia c exceçã  que as desejaia cm quaque ut 
Esa excçã cm aa aes,  ecessáa aa que a
mu pssa justamee eega eu c  uma vez que  a
d ai a eea O que dee aqui é que  mei1J a,
cm quaque mue ecisa c ceta e eameteâlijas 
pai que a desea (seja ee ec aad el ti adast Ó ô
em de casa)  Ela eve disac ia-se desse ai c ceaete
Mas ã e ca um pai diu det que ssa l he esitui
 cp Sb  ha de um i eteaee ntu  cp
e esm desaaece ã se ais c  de gene e v  a e
   
. !f·COr( de .bicho  ,_   - • ·               �  "  

_/   
 a eaiva de gi da cba ça ea que  dits aees
.

.
ve, a meia ecta s uas  de  cr  C
dz De tei : "A miséia ju as meias a rua Ela s ã têm
ada aa vee ã sabe le cziha, esceve Só dem
\_yeJ�-niql}
 ossuem:
Pems aqui es�í o corpo"ü(1992
 ' , p 8).
·âs ]gou�í"ã   
itua al a miséia iacia imenei z u excelete
tabalh e pesqua e nvitas Ent, alg ais é
esecia ete c ate e eu li  S as fts das meinas da
ite Di stei es v veu u uga, u luga substittiv 
aa,  mes, eas estã s ts d i, la c m glh
aa a cea que   ai cmêas O que elas busca a a 
cia mas, uit ais  que iss buscam u c ecmet,
um am, cuam ev ca u ai que fça eceçã  entat,
eas só sabem cua
que ecnam esseseual
é só desej am iigi
pela ta e seus
a seus cs
cs ã háO
eceçã.
be uma c esa ete i s estagei Um dz a out:
"N Basi só te utas e tebl A que  ut esde
"Péa á, eu su ca d cm um a baseia; lica  ie i:
"Ah ! si e que ie jga a sua muhe? 
eá qe as sas meias deveam aee  eb
aa deae de se aea chcidas c as?
62 Eana Jos Rei Clhqar

Na a a poa cessae de ago q e es oreça 


 o gar de s bolaão, eas se de para co carcara s
do pa do d e do pa da oe Eas coa o caão q as
aça para ee co se oar desjae (fg do es orece
a o diree da oercida pea ã) E ecoram o cee
e  tabé a carcara do pa c el  agene da repada
reaada e ada magiára E aos ecoro  co o caão
e coAso cliee
eias ecora
é o coo das eias
abé qepai
o do eádaem evdêcia
ru, que por
m isae, pecea ser  stito posível do pai do dia
a ele ietavelee repee a fg do pa imagiáio É coo
se a erega do copo das eas de a a osa cutra sepre
devovesse ao pa iagário s a verdade de u pai  magário
S�! respao siólco    
--. Em  93,  ta ' publico ma repoagem iniulada:
De o Diabo? sore o pas de a os hoe ue dão
proeção explora e cia os eores a criialdade
 chaado pai de a dá raalho e proege dos pergos da
cdade De e Dabo para o eores qe peraba pela
rua do Bral. A maoa da criaas ão sae ode ele moa
e sua verdadera dedade C o ao isrio cada pessoa
acaa conado hisóra dees e à veze divergees sore
o e o pai
Maro eraxate   daquee ue pode ser o o ão:
"É  ee   o pai de a sempre auda as cranças  di 
ereviado "aro egrxae dá coa e depois asa
sexualee das criaças  afira Alexdra ex-menia de
a ue era proegda por aro
Coo odo pai de a di a eporagem aro  Deus e o
Dabo Às ve só Des coo qado socorre  garoo caído
a calçada co  a caeça arada; oras vezes só Dao coo
o caso do aso exa É esse dplo pa qe as eas
ecotra a ua O pai Deu  o pai Dao O elor  pai

I 25 de mai o  1 993.
Roche: Uma proslilui�ão aizada 63

eus (pa  do da  que ais ceo ou mais ta de sepre se reve a
abo (pai a note) 
Res ta a úvida se oc ee teno sua pmera o to rasgada
- ai ás ea tev e muas fotos r asgada pe as váias ã es 
enconrará outro eo e eazêa qe não seja passando por
enegas eas sem respdo si mbói co.
A nquietação sobre ese ema  se m poi  ínma a
poss b l ade
zooQca qu edelh qesueé ore
as menn
cidaas e a saiam a eaiade qu ase
/_ É coo se hes fsse pedido que ma nive sse o i maginári o
 o caava do tebo e das puas e egusem susenado o
reão da úsca que os estange iros aoram "não existe pecao
do ado e ba xo do Eq ador   Já qe eas tê o "diabo  o corpo
e são  me i n as se fto " , d�.Y - n r _expul s a ºJ>!s?: 
Apesar de todos os aspecto socioecoômico  e mesmo os
rapo s de men nas que  ra enganadas co a pom essa e m
eprego e a exse
Dmensten cabaraagoecravas de protbo
na poção s, como
dessas ovens em reata
reaçoGàberto
vida ue e u me pero caar e escoh a
Mais um eato de Gr cia Feneo 
- O que você a ch q u s pssos pns m ds
nins coo ocê?
Vgbnds, mloqus!
 E oc o qu  c  ocs s s
 Vg unds  oqurs  (p. 63)
Ess e não  o úni co exemplo q e encontre de não es upeção
as meninas com o uga social que es é indicado ois esse
lug ar  v vio por elas como s edo o seu .
Outro eempo trazdo por Densten: "Com reze aos
Cáuda te ma paixo: daçar osta també e conhecer
novas p esoas  Na boate onde ra baa  te dança e sempre ge nte
ova paa conecer Preere fcar al a rabaar como abá em
Sant arém ( 1 992  57 
Por que e auns cas os as meias cegam a a mti r e
perem a a ou a boate ou eja a pros ttu ção?
64 Eana dos Res Clh q ari

Ouo aseco qu o oemo eiar de aoa é ue


ea s que a era daa coo cera é a d vgae. A
asag e da c a aa a rua é um maco eq vae  e à asagem
de v gem ara ' her essa o  o e  do de seua mee a va 
A me as de a ouco lam;  o v o à es coa e se j
am esqueceram  Desevove uma guagem gesua e sa
e ee  aam u d ae o só or ea c oree o Fe eo
992)
O que as ennas de a fm que escadaa e fsca?
Gam? C heam coa? Rouam? Dor em ao el e o? Exõe
sua gravez? De que vee nos a?
Charles Mela, em seus raaos sobre deliênca
(  992 aoa o deli qüee coo eto fta de um our o ue
ça va er a ei ou seja o deiqee ag ria ara tea enco ra
um a ue eim o recohea emo ue a oma esse
reco ecimento sja o jugamen to ou a pisão
Nos re aos  o e meos ( o e as) de u a econra-
se aci mee que a c onnu dae das v das o s meios de ua se
á ea deinqüênc a e ue mu o joves aos 1 4/ 1 5 nos oe
ser ches de gague Aém da j gran exrnca de ua
ees so menoes de ida de o qu z co m ue ocue u ug ar
de desaqe na ga ge  endo e vis ta ue seo julgados (ca o
sejam re os) c oo meores De ualque ma eles se engaja
a deliqüê nca cujo  oioe é u e co ro ( a ez eserao)
co a le
E as eni as? Se a casa deas é a a, se co c oamos  ue
elas tabé v ve num udo de eaões eas desovias de
vao sb ó co o ue seu deso o sea amé o eso
de see recohecas a e ea denência? Po que eas
enco  coo des o a ostuço?
Paa os mei os e gur a deiê ca é segui a rocu a
e  ai imólico  ocua r agum a aiaço em s a  do
a  de d ia As meinas so las do mesmo de samaro soc al e
am ar; ar e a amé ago da casr ao alou ea uscm
a mesma co sa u os me  os a ec onam ag o diee A
euço e a ra oeece é o ecoo com a osuio
Rc�ee: Uma p osllu  ã raizaJa 65

(geralete baraa) que evera lhe rettur o que perera


eo eula  e caa, eo a <> raaa 
-- ·   o o  aô ree, a o�ige o ao  e aía à 
ão ie para o e io e e a: para abo, prece que o
i!}  ai  f   e eoa o
tuo, é aqui qu e a quet ão e op a e exate  egu
a lha i aa por Feu , o que e ree a o a o a
caraço
o ecoroaculi
co a leinae feina.
emo que Oelaei o que a
ea vvia cooà bualiae)
ua procura 
Coo toda outa eiqüee (Mela, 1992), ua oa
epera e a ea a reação a lei O acao etá ilíto o to
e ue, oe é perao recoeceto, encotae, por e
aio , repre Oe e eperav a ibó lo, ó  e aia
utaiae rea \ª a eia ão é frete, alvo ue eu
§.

ah o aa evcar u ao  e pa paa ieitae nte e 


orta de eu cor po Ela procua e ec otra a , e  ovo  o pai
agiáro, o pa a ote Aquele que a rvou, que ó a
"recoecera
 / Laca 95354) elo realapota
e eupara
o©ofto e que ea il aa
qqur e a faze paar da procura o flo ia gnáro à o
pêi rel o pa Se o ão aoee, e geal,  oque, a
eaguara, etá preete u pa ból io, po oto que ea
 No ca a eia e ua é extaee io que paree fta
• i Ela ve ia , po ato, u efie e pê ea eum o
 _ JÜ vá u a a utitui o lo paeo  o que é aracteítco
 â a é a a, coo o aterioee  Ma e a cotatação
º

o a pee, e paece até que popa, e e atae a


fração
eu coro aoeoeex r que lhe ela,
A patr outorga
elaa aee
ofre daecotíua e
ot tur
coo u epéie e oeto epecal e, viveo oo ta, e
reohee oo u gr up as ea e r ua.
P que ão ra  mpeete ouca ? ão  o louca
poque a culura o tepla u ugar para o ojet o eecia que
  la e oa  Ela t u  uga
  Krotituição ftl é quae a rega e toa a zoa
bralra; o que em outro paíe ea ecaora e
66 Eliana Jo Reis Clliqari

prssa qaade o sea a aoescente qe sere a


gostos especfcos, aqui é ercaoria de conso poplar
Seraos ingêos e atra a era a peoia; ago iero
ceraente ocore
Diestei n cita a ase estupef cate "   passo os
qinze qios, est á bo ( 1992  p 2 ) As eninas de rua n sa
procra consege situar-se e  ustetarse coo objeto entrege
ao próprio pai iaginário que as prio Aqu ocoe m giro: esse
uo escânao e a onpresença da prostituição inti taez
tesenhe  pai ignário socia ca ceade é
soiaete arente na eiguade soca e ns �as extremas
e oíno e exporação Ese pai iagnáro não parece ser
sociaente contido, corigio or  p ibóico Sobre es se
pano e no nã o estrana qe a menina asse a presr que
a sa entrega rea, a etrega o oeto especia que é seu copo,
seja  resosta soca esperada e adequada. Se o pa socia é o pa
da noite, coo procuráo se não pea enrega o coo?
É posse não pensar na entrega o copo a nia ao
coonizao onde ão  necessria a nteeiação da inguage,
a espé ie e antecipaço " É o e corpo e ee quer ! . A
entrga o corpo das eninas e a, e nos sa ctura deoe
ao ai sua erae  e pa iagináro e respao sbco O
pai  da segue oo nnaeete
Quando e era criança, apren esta úsica
Se essa a se essa a fosse  iha
e andava e adava ladilha

co pednhas
pa , cm
o eu aa pednhas
 meu d e b lhant
amor assa .
A etra da úsca certaente é otra para nossas eninas
e ra, porqe na a eas, os ros não acopanha os
passos o or. Que por ees passa são os copos, coos
priaos e peire aor
Anrea Dworkin parece ter rennciao ao ao paterno
qano os pai s sieciara a voência ita a se corpo ees não
aa os raços coo o pa de a pacete o episódo o
Rochl: Uma p •ositu  ão realizada 67

táxi Sobrou a Andrea a repetição de uma entrega à iocia


coo destino mposto à muher e  finamente  a possiiidade
da reota.
As menias de ua nca ouam ar do aor pae
rrancarse à mãe rasgar a o toa-se assi siôio de e
aer rasgr o corpo Mas não só ua vez ad nfntm coo se
a uantidade e continuidade do pai da noite pudessem ir a
constitir um paiodocasos
Em abo dia  é dici ar de ntasia de postituião
as si de prosttuição rea coo atação de u moento decisio
a subjetivação de ua uer ao qual a cance ão i dada de
simpesente acontecer Um momento decsio para ue uma
ulher possa ter acesso ao in io nela esa
Resta ebrar ue a prost_�  ãoecessariaen
te o to de ioêcas e as(abea SyªJtorge udo
le chaa de eprostituta; di: "Não, sou P!§Ü QÇ  COk
�S(. Ea screve em seu ro Eu mulher Jd vid, seu ao
por sua prosão
· / - Por qe a pros ia desp era ieresse ? Ua oi sa
q percbo  q as pessoas qerem ito saber 
repito da vid a sa da prost ia pa ra eedr a sa
prpia se aidade
Chamar a prosia de her d da"  a
epress ão ree adra Mias heres ão osa m as
e aco p erfio A vida é  espao ode s pod vi ver
o desjo, a asia" Nesse espa a prostia az s
rabaho prssio a  coidiao  aôo  Aa a da
E or as possões amb há taas m hres d a ia:
ere ras , prf ssoras, prá ias, secreáas, arie s,
catoras, tera peas ,  avadiras escio ras, cad a  a e
se campo de ra baho 
Qa é o cmp de a prosi ta É o o de sejo  e 
diss há poco Da  asia, do s oo do ist éri
A prosttta garda cogo mas caves, es
 stério a id a I nc usi v  cae do mstér o d sd ução
tr om   m l  Só qe s se mi sér i spe ser á
máco até o ia dos tepos Nca vai dixar de ser
(1 992 p 172 ).
·,  .  - 
ONCLUSÃO

Po u canho fene Laua, Anéa e as ennas e


ua nos emaa que a posução  po tature seu corpo
na usca o esejo os ouos  é u aço não conngene o
mno
Funaenamene, ea epesena paa a uhe a
necessae e um esejo que pouse soe seu copo acano
sua exsênca
que abe
Essaassubeânea
conua necessae
poas a oa oe
vieóica
a leva Ana
a umeexecíco
eaizase ass,
aluma
nasmáco
Ia �iªey9o
-k 
a )fni4e :i frêg� s�mpré àéad. -  ·      ; .
1

 Qà o a anô  aJ, essa mesa
necesse  exss-se n sn ,iê olênca sexua
ª-º

soa e se ao eóco De quaque a, a neogaço o


esejo os oos e o ozone (o anasmátco que seja) e
enegase a al esejo paecem consu u aço o fnno,
aez aé seu aço ecso. 1 _sc ue a quesão a
seja quà nó l
posução
"   
 nomu
íno
Í h  esm
e o_ àmq <.9 paL -      sa que
nasa  é u
s�:-óiha sine
·a  n
    ae'
 Tas conseações aém conduem ao o e que a
posução ocua um uga cena na eazaço soca o
mno
 -·; . '  , : 

70 Elana dos Rei Call q ar

Ogalet ua da v a que  levaa  a e traalho,


juto co a ecuta de Laua  a cotatação (tabé plo
d cuo d  ha pcete ) de qu a ulher re cohece 
ctca coo mn  a toda t etatv a d u ho paa el
emo  co ttuí coo o to  de o, meo qu  a
para  a  Com o e , d e tm ão   epo  po por ao
o, e p statuer, gca mldad
Na d ção, col oco m apdc alguma rõ qu 
de to ar e paa outa qutão o: co o, na mac ulad,
é po íl se de ado ?
Deo u tea em aerto. É a pergunta qu talvz
lcoamete, tenha anado todo ete taalho qual é a
alidde de vda pottuição como proão, da qu ão
pace er ó vítma de ua vol ênc a oc al  pata, ma , ao
cotáo, � rcem fa do exc íco óco m o
APÊNDICE
fML MSU

undo
sobreNu glês
igo dedprece
u prdoxo
gay uy Heley
idetiddelgus - ielecul
obsevções
scul pecioss
ti
 Ele leb do
o cso
de Mky Mrk, u rapper bostono cuj (uto)pooção etá
ligd à opos de eu pópio coro coo objeto eróco. E
rtcul s cps dos discos de Mky Mk pece ze u
bom rguento de veds co o sex-aeal do rapper. Tlez
justente po isso r eh setdo  ecesside de exlict
e várias ereists u orienção heeossexul, coo se 
eo to de ele se popo o deseo público  lgo se ecotrsse
osoM
e dúvi
 u ddo oeto de su cer ceiou pos
pr u publicide de Clvi Klei que se endeeçv o undo
Aqu podeío ze u eslv Klei unc d
que  dit propgd tvesse coo lvo específco  ior
gay.

eic Mis clee di que el opuh u copo


sculio desejável  codo e resslo els cuecs Clv
gay

Klei   que qusesse  ele se ideicr ou sej  quque


hoe que ssi udesse esper susci o esejo de rceis
ou pceios Mky Mk, no etto ess ocsião e que seu
copo
lscivodeseável dexds
pels predes cporeseciddes
seus discos e se poev
erics, chou
ecessáo issi e ss se expressou:
E g os to par ti lamente é d e boca, a caa u 
tem ses gosos. Cohço m mo d caas gay e
72 Eliana do Reis Cai qari

res pe to eles .  s e você é gay poe vr para mnha casa
mas ão te  zr a que a ea c o go Não e e epar
co g  ! Mas r ag a ua  rm que v ocê vai pdr oar !
(Gofrey 1 992, apu Hae  994 p 87 )
A ras é ntáv p quv ps a istóia  lvar a
rmã  tradiina mas mns mum é a prsta d ar
hand Fa as sim urs amnt ra rmada a masulini dad,
r,. .

mas  dei
to de sxada ab rta uma  prta, m r uma jana, pa qual
 bemvind
Dr-s-á qu  q é diberad: ra nsá qu
ar mantivs uma psiçã digams, prmtra para
nrmar su v ar  í  pubitár  pra Cavi n Kn 
para  púb  gay qu ess a pub idd evntua av java
s m ass m, a respst a d ary ar n s itrrga. É
m s sua pretnsa masundad s nntrass d aguma
rma ada  m dú vid a pl simpls t d l s r r a
um  lar ds jante , p namnt, a ds  ds utrs  P
ss a rspsa d Ma dsmnt su innt  n mmnt msm
m qu  s l a m  m aã para a mã, º�X<d s 
!Ç ª s ã _ u a n.
Dsha se as si um para dx u  talvz seja inern t à
psiçã d mem qu prisa u qu r x bir sua masuin idad,
prô-a pub i amnt a ds  Par qu, justam nt pr s
mstrar  darar a masuiidad s nntra testada,
l aa m  úvi da
Pr mas q u su a masuiniad sa xplita (tan t p suas
daraõs, quat ps própris lês d ma u le
mstra), Mark Mar se nntra d a guma rma , mii zad
as  s da pp u açã minina  hssexua 
Anal gamnt, ua part rvat d s rv stas que, sd
s as 1970, frm ciadas sbr  md da Playboy 
dst adas a um pbi mii  na vrdad nnt a a mairia
d sus i trs ntr s mns . A  sa é bm nida pe a
agn as d marketing, embra eneg ada peas smas r evstas 
 bm ps sl que d lad ds spetaes s per ua
spie d suiçã pela ua qu "gsta de sr desejad
Apêndc. f ehdade masulia 73

qm s c a sj  saa t pss a lvaar


fclas sbr  s d q s spõ a sá ls
 s ta z, à cç q  lm! pac zr
y a, q cva  vt mssal a ca 
r Rsta sab s ssa spsç é cta  
O pi-up asc pac dvr rsv ma açã
pssív  dt a passvda q ivtavlt  sa
cda p scrsc
pct tatt  ss
n  mam, plascl
 sa ibçãdad (
 achsm)
Hly sg q a am qat tal a tmaa d
ma, cs it um a spéc  pcss d izaç Nã
sr idscada  ar p ss can O, 
m, acrscar  a qaçã mpssvl s vrca
svamt qa  magm q  "ac qr rpr  s
sá stiada vsivm a ssctar  dsj sa 
spctad
parcEmqtas
 ftpalav �a   vla a
 1br-src qbJo
cm a d
ts a:
dse,
 pr s só sc para ncar a psçã   q
assm s '  qsã s nps masclns   ak
a   vlr s ca até  cas  q ta
s xba a pópria ascli d
É , prvavlt,  s drama a asclna  d
ã pr bs ,  ím  s cta c a dicil
qst d q sra da msa  va  asclida Ps,
cm já apac, a 9 <4 a_ µaslda  a
ma
a rvq
sava  sj  m lar   cmprt 
ctrá.
Ra a pl aca ctad, Marky ar apsa
d rpr úa vs sa scla ssal,  s vu
pdi  só d s sad pls gays, s tab t
c  a da m q pa s cp, snd ssa
psiç f  c ç   c fm ad Aq
 mpta ssala q QI  Ç º   sg  
sipt s · Nma paia a   
74 Eliana dos Reis Cali q a•is

eposos ao o, ão ao esejo O osrar que ica i iae


�Úe] qxpô e proõ-O corpo ao oar esejae os U!
Quao o e eposção eição deoação o coro
esou epe e refeino ao deseo, ou sea peso u
movieo que ecomo a vo ecorar o deseo o Ouro Esou
see iu a ·esião 10 ca corar,
coo reoo a cormaç ão e que;ó c z e>
areceEsse o dê
aoar ric
ara um caescêcÍ
c es
ere a e 'ary Mark
fmiiliae eo
fao e roor o coro  jo coaescência a qual
enconramos u a sre  e veriicaões  a a co daa asi
como na clínica É eqüee que ueres recoheçam ou
aoem co io o s atéc os oe vesi e
couro, grosso goe granes auagens e osenao etre as
eras sua ere Harey & Davso Coo se oos esses
aaratos, que paa u oar eavisao oeriam ser connios
co a coirmação da mascuae, assem raiaene paa
oroeo
ouro cao a eia
e exibição mesa
o coro e queesãoroosa
ou eo percebo e um
o coo ao
esjo os oros De ovo, a erceção remee quase a uma
mecâica feização o coro ese que ese quera aarecer
como esejáve É neressae oar que a evenua queixa as
muheres ão concer e à orenação sexua o homem criticao
se ee or exempo,  acusao e homossexuaiae  aeas
eos raços exeos e miniade comumene associaos com
essa orienação sexua.
De o, uias vezes esse ome exiio" recee olhares
amiraivos as muheres Mas esses olhares êm a nção e
enar esvenar qua o < do    ue  ouz oaree 
ierogar com9  (ª ura r ra esar no seu
uga? Ou se J _J§ RÊomo poera
ocuar um a 1a gera  os coos u
É o que surge fciee no a-eeio que assi se
rouz em um casa ou me ocee: u hme, ga
eo oar fmio que arece pousr sobre seu ces e
cahe o e sus peioa e na oe ear  sobreu
Apêndice. femdade ascula 75

esta oca em que a odcação os copos está na moda 


constu múscuos at se paece com o objeto apaente o esejo
mo. Sua ecepção seá tta quano a esma muhe que
ee qus sedu ou agaa podeá he ze que ela no gosta
ese tpo de coo asculo  e  o ada  que aca u
fma de bchce (coo se expesou a ulhe de u aete)
ua ta eotaão do copo po um home Desespeado, ele
podeá potesta com seu aasta po exeplo aentado a
ncuáve hstea e sua ule De fato não tem oque
ecoece essa eve stuação u gope hstco  ulhe a
hstóa ão est necesaaene nndo a seu oe a
uaço e ve seu esços masculnos tansados e
evelaoes e sua mlae Acotece que o olha enno
que ousa com teesse sobe u copo mascuno exbdo
oecdo ao deseo  um oa nvestgante tavez nveoso cuo
pessuosto é ustamete a mnae do corpo asculo ue
se expõe
Fáta 30 anos eatava e algumas esõe de aálse o
quanto sof ao ea o baeo e ncona seu ado
eisando seu úsculos peante o espeho ou meso etado
cavos ou epnas Relatava o quanto as dáas sessões de
ástca do ao a ncooava Cotava Ele paece ua
bcha se admando se cultuano não poe p asa date e u
espelho se vec a se sa aaêc a contnua sendo desejável
Na paa gosta de usa ungas núculas e ão paa osto
paa eta sua casa na pesença dos outos"
seus Ocopanheios
desaze com a eposiço
 bastate e os cudados
eqüente a aa dedouitas
corpo de
uhees e ão  u eo soma de cúes de que outas
uhees cooue seus olos sobe o copo de seu oe J
as se decanta essa osevação A equaço ue se apeseta

: ·um êõr;e hoem quato a;· oee s ' �e
enuato copo mascuo Passa nevtyeente a se u copo
de omem eozado coo mo_Qece-se coo casa e
eto de deseo sea u taço ppo da id
'-�ri•"
76 Eian do Reis Cll q r

Oece seu copo prsiere, coocá  o e e xosçã o


co  tenção  ea e ue ee se pecedo como u co po
pu ce com es cooo s coes cheos  oi meos ou
se  co   eção ef  de que exs equao co o e sej
coo tl desejado é de o u fsa ds uhees que
eo à m s e d de
São as es (da uto cnçs às vezes use beês)
ue ost
pece íve s
  que
é óbo o_§ão
ut9se 1
ádeg - uts
de ostra ezes;
 p cd
sã o s s cuj s boc s o bej os duos  esco eg "se
quee un� o ábo is de quem he oece  fce  são es que
se a  eâ o oo o bs  bto, o c heo
  e   d Ç CID JUs C ! 
· E desde uto jove s a uhees á pece eceb ue
o tcket p o f é u êue h ete essta e
ecode o coo, mas ode escoe sea dáco se
essl
oduz a d adseuo
Prostuee
d su
ulhfees
t s quemo
coo eeeete
s ea eseç se
ex íc a ou ecacad  de u faas de osttuã o ou eso
a t uação - às ezes  o   d ó etega.
Esse tço do no c da póa Não só ele em
ze e ds delzçõe mascuas d mldade as se
cosu coo u c éo soc  de  dde
EFERÊNCIAS

ma bblgafia ca da   da  cutda o a-


eceu m  ao dane sclh poato mitam n  à
oba
tadas oá
nc am
adassod
x toads,
 Dc ogn
to
en,cativ
guma
a a q
acceta ba
dsos
 uma a
emboassednucia
ncxacd-
obas "coultaas

ÜBRAS CID

EN , joivHiói
o e Jaei d a prottião
zaão aseia, 1968 uma itepetaão cu ua
LOCH e WT Dictionae Etyologque e l Lg
Fçaie. Pis U  932
DTH é ne ( 944) La picologia de la muje Buenos Ais:
osaa, 1952 2 v.
DNN, Gbto Ms da no   iço de nina
escaa  a S ão auo Átca 1 99
DKN An Repo ta a ohn Ig Se po ô e nopuit ani s
mo sp c olha de S Plo,  mo 992 ad en Mais !
FNO, rácia M e  Mein de u: uma ia e /4/92
DY R cad D' t look nw   a   up  Scre
vimeno
Gâa G 992
FENZ,   9 Macuio e   no n  Obr cot
 Pau Ma tn Fo e, 1992  IV
78 Eliana �os Res Clliqris

FEU Sund (  905 [  9  ]  Fame no d an e de um cao de 


a n Edçã nd sl e  ds Os scl cs C le
as de und u o de anei  Iago   9  v VII
   9    o ep  de ecoa de obje o  o elos h o
en (onribuçõe à pc ogi a do aor )  n diço andard Bra-
seira da Oras scolócas Coeas de iu reud i de
aneiro Iago  976 v XI
 (  9  8   9 1 7). O tab da virndade  n dçã tanrdo
ra das Obs sccs plets de iund reud
Basi-
e
Janeiro ago 1 97 v XI
_ ( 1 9  9)  a cr nça é anc aa   Eiçã ard rasie -
r ds Oas Psiclóicas Cpetas e imnd Freud io e Ja-
o: Iago ,  97 v 
 (  9)  p cogênee de u ao de omoelio nua
uh  Ediçã andard  s li  das Obras sicog ics Com
leas de Sigmund red. Rio de Janeiro: Iago,  96 . XII
_ ( 92 3)  A oani zação geni al in ni  ua ierpolação a eo
ia da eu a dade n dão nda r  s e a das Ors s co-
icas os d iwzd ud io d nei ro Iago, 976  v IX 
 (  94) A lçã o do cme o  Édio   Edição Standa
 s e ra as Ors Psic óicas ope ts de Sigun d reu io
de Janeiro: Iago, 96 v XI 
 (1 9  Aluas coneqüncias psíica  disno anaô i-
ca enr e os seo  n Edição Standard Basieira das Oras Psicoó
gias omles de Si und Freud. o de Jaeio Iago, 976  v X
_ (  93 3   93] ) Feinii e  ovas onêcia s nodtóias
ob  sicanális e  dção ndard Brsieir ds Obras Psicoó
 gicas Ceas d e gmun d Freud o de Janeo Iao, 197 v

"k< Y  u ay Te ar  o a an   ac line de  e a Ar of
Mco Drag Cc Qerly, Od GB  ole e, vo 3,   ,
pavera 994
IN , Jon  Tepo d cenura ex o ornô e e opura o  spe
ca oha de  Pl ,  aio 1 992 C adeo Mi ! 
L  acq ue   9) L e émn e Le I V a eon d 'obje e
es srucres freudennes  Pr  e il , 99
Referhcias 7

 abea a. E le a vda o e Jaer: Rosa os Te-
pos, 92.
MN Cae Aloolo, delqüêca toxcoa  ma 
a  a e goza. São Pa o  Ecu,  992
M HY E e ( 983 ) Hitór o  ganes bordéi do u . Po
o Aee e e íio 994
/  Géa (985). A ece ção em   a o e Jaeo: Joge
\ Za 1987

PRINCAS ÜBR5 ON5ULfADA5

A, Pae Freud e lafe Pari: Caaéy, 99


CLI Coa do Seuld de ni na Desg avação o  e
 pedo e oro Aegre, Coopeaiva Ca Jaces acan,
98
_ Pc
RGS,
oga acul 
Poo Ae  988 Ds gaação o Se  áio poo  a
LN, Cha e. Nou elle etude  u  l 'ri Pais  Josep Cls
984
Rage Pa e tore d O Pas  JeaJa ces Pave  954
 Reto r à Roy Pai Jeaacqes Pae  95
SÉ Jac es L âe d  or de a prot uti  de  0 à os jo s a
s o, 993
SOLL, Robe Peenation f Gender oes ae U  esy
Pess  99 
WLLON, Eea V Moter ada Whore  The dea ao  ad
De gato of Mohehood e w ok he Gd Pess  9 8

Você também pode gostar