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IMUNIDADE INATA
Anelise Oliveira de Morais
O sistema imune tem como função a defesa contra microorganismos infecciosos, porém, respostas
imunes podem ser desencadeadas por todos os organismos reconhecidos como estranhos pelo corpo do
hospedeiro, inclusive antígenos próprios patologias autoimunes. Além disso, o sistema imunológico
serve também manter a homeostasia.
Exs.: Barreiras epiteliais (pele e cobertura dos tratos gastrointestinal e respiratório); temperatura
(febre); citocinas; lisozima; pH; bactérias comensais (flora intestinal).
Defesas Celulares
Moléculas Solúveis
RECEPTORES NO CITOPLASMA
Receptores do tipo NOD componentes da parede celular bacteriana.
Receptores do tipo RIG RNA viral
Sensores citosólicos de DNA DNA de microorganismos intracelulares.
OUTROS RECEPTORES
Receptores para carboidratos (Receptor de Manose e Dectinas)
BARREIRAS EPITELIAIS
Recobertas por camadas contínuas de células epiteliais que formam junções próximas umas as
outras, gerando uma função protetora, em grande parte, física, bloqueando a passagem dos
microorganismos entre as células a perda da integridade destas camadas epiteliais pelo trauma ou
outras razões predispõe um indivíduo às infecções.
Produzem substâncias antimicrobianas (defensinas e catelicidinas)
Presença de linfócitos T intraepiteliais reconhecem um pequeno número de estruturas
microbianas.
COMPONENTES CELULARES
Fagócitos (Neutrófilos e Macrófagos)
Células derivadas da medula óssea, que atendem a diversas funções antimicrobianas, com
morfologia linfoide e funções efetoras similares a de linfócitos T, mas sem receptores de antígeno
específicos. As principais funções das ILCs são fornecer defesa inicial contra patógenos infecciosos,
reconhecer células estressadas e danificadas do hospedeiro e auxiliar na eliminação destas células.
Subgrupo de ILCs tipo I, que desempenham importantes papeis nas respostas imunes inatas
principalmente contra vírus e bactérias intracelulares, reconhecendo alterações na membrana celular de
células anormais.
Linfócito grande com numerosos grânulos no citoplasma contendo proteínas que levam à morte das
células alvo. Quando as células NK são ativadas, a exocitose dos grânulos libera essas proteínas nas células-
alvo. Uma dessas proteínas, chamada de perforina, facilita a entrada de outras proteínas granulares,
denominadas granzimas, para o citoplasma das células-alvo. Por sua vez, as granzimas são enzimas que
iniciam uma sequência de eventos que causam a morte das células-alvo por apoptose.
ATENÇÃO NÃO É CÉLULA FAGOCÍTICA, ELA MATA, MAS ATRAVÉS DA EXOCITOSE DE SEUS
GRÂNULOS!
Outra função é que as células NK respondem a uma citocina produzida pelos macrófagos que se
chama IL-12 e, com isso, secretam IFN-γ, que ativa os macrófagos aumentando sua capacidade para matar
as bactérias fagocitadas, então aumentam o seu potencial microbicida.
Função regulada por sinais gerados a partir de receptores ativadores e receptores inibidores. Os
receptores ativadores reconhecem ligantes nas células infectadas ou danificadas, que precisam ser
eliminados, e os receptores inibitórios reconhecem células normais saudáveis, que necessitam ser
preservadas.
A maioria das células NK expressa receptores inibitórios que reconhecem moléculas do MHC de
classe I (todas as nossas células nucleadas tem o MHC de classe 1 expressas na sua superfície. Esse MHC
funciona como um “X-9” do nosso organismo, o dedo duro! Nesse MHC de classe 1, o tempo inteiro eu
estou colocando peptídeo meu – o que tem dentro da minha célula eu vou colocar ali – pra que seja
apresentado o que tem dentro da minha célula para os linfócitos T, mas quando eu estou infectada eu
Fique por dentro!
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também vou colocar o peptídeo desse parasita / desse microorganismo pra que ele também possa ser
apresentado para minhas células da imunidade adquirida). O fato da maioria das células NK expressarem
receptores inibitórios que reconhecem MHC de classe I é útil porque as células normais expressam
moléculas de MHC de classe I e muitos vírus levam a uma perda da expressão do MHC de classe I. Assim, as
células NK interpretam a presença das moléculas de MHC de classe I como marcadores de células normais,
saudáveis, e sua ausência é uma indicação de infecção ou dano.
ATENÇÃO O VÍRUS QUER BLOQUEAR A EXPRESSÃO DE MHC DE CLASSE I PORQUE ELE NÃO QUER QUE
O MHC DENUNCIE SUA PRESENÇA DENTRO DA CÉLULA, OU SEJA, É UMA FORMA DE ESCAPE DO VÍRUS
DA IMUNIDADE ADQUIRIDA.
Um importante receptor ativador nas células NK é o CD16, que é um receptor para anticorpos do
tipo IgG. As moléculas de anticorpo apresentam uma porção chamada de região Fc. O CD16 se liga às
regiões Fc de certos tipos de anticorpos IgG. Durante uma infecção, o sistema imune adaptativo produz
anticorpos IgG, que se ligam aos antígenos microbianos, e o CD16 nas células NK pode se ligar às regiões Fc
destes anticorpos. Como resultado, o CD16 gera sinais de ativação e as células NK podem matar as células
infectadas. Esse processo é chamado de citotoxicidade celular dependente de anticorpo.
Capturam microrganismos e outras substâncias reconhecidas como estranhas pelo nosso corpo
através da sua capacidade fagocítica, apresenta-os aos linfócitos e fornecem sinais que estimulam a
proliferação e diferenciação dos linfócitos.
Essas células apresentadoras de antígenos vão estar localizadas principalmente na porta de entrada
para os microorganismos. Quais são as principais portas de entrada para microorganismos? Nossa pele,
trato gastro-intestinal e, além disso, a via respiratória.
O que essas células vão ter de diferente? A célula dendrítica, o macrófago e o linfócito B possuem
núcleo, isso quer dizer que eles têm MHC de classe 1 porque toda célula nucleada tem MHC de classe 1,
mas além delas terem MHC de classe 1, as células apresentadoras de antígeno profissionais também
MACETE “MENOR COM MAIOR”: O MENOR “NÚMERO” DE MHC APRESENTA PARA O MAIOR
“NÚMERO” DE LINFÓCITO; O MAIOR “NÚMERO” DE MHC APRESENTA PARA O MENOR “NÚMERO” DE
LINFÓCITO!
Se o MHC de classe I apresenta para LT CD8 e todas as células nucleadas possuem MHC de classe I,
logo os linfócitos T CD8 podem reconhecer antígenos em qualquer tipo de célula nucleada, ou seja, todas
as células nucleadas são potencialmente APC para os LT CD8.
SISTEMA DO COMPLEMENTO
RESPOSTA INFLAMATÓRIA
Uma das primeiras respostas do sistema imune inato a uma infecção ou dano tecidual é a secreção
de citocinas pelas células teciduais de forma a induzir uma inflamação. A ida destes componentes do
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sangue para os locais inflamatórios é dependente de alterações reversíveis nos vasos sanguíneos dos
tecidos infectados ou danificados, que aumentam a chegada local das células que podem lutar contra as
infecções, como dilatação vascular; adesividade aumentada dos leucócitos circulantes para o
revestimento endotelial; e permeabilidade aumentada dos capilares e vênulas às proteínas plasmáticas
e fluidos.
As citocinas pró-inflamatórias TNF e IL-1 levam a uma expressão aumentada de selectina, integrinas,
moléculas da superfamília das imunoglobulinas e quimiocinas, estas últimas que estimulam o movimento
direcional de leucócitos para o sítio de infecção. Existem 3 tipos de selectinas. A do tipo L, que está
expressa nos leucócitos. A E e a P estão presentes no endotélio. As integrinas estão expressas apenas
nos leucócitos e as superfamília das Imunoglobulinas apenas no endotélio.
DEFESA ANTIVIRAL
A célula infectada vai começar a produzir interferon tipo I: interferon alfa ou interferon beta. As
células vizinhas já entram em estado de alerta, estado antiviral. Elas deixam de produzir algumas proteínas
que são necessárias para a replicação viral. Então quando o vírus vai infectar aquela célula, ele não
consegue replicar.
Além disso, o interferon aumenta a expressão do MHC I. Assim, se o vírus infectar aquela célula,
aumenta-se a chance de mostrar pro sistema que o vírus está ali. Então, os interferons tipo I regulam
positivamente a expressão de moléculas de MHC de classe I e, assim, aumentam a probabilidade de que as
células viralmente infectadas sejam reconhecidas e mortas pelos CTLs CD8 +.
As citocinas produzidas pelas células durante as respostas imunes inatas aos microrganismos
estimulam a proliferação e diferenciação dos linfócitos nas respostas imunes adaptativas.
A ativação dos linfócitos necessita de dois sinais distintos, o primeiro sendo o antígeno e o segundo
sendo moléculas, como coestimuladores e citocinas, que são produzidas durante as respostas imunes
inatas aos microrganismos. Esta ideia é chamada de HIPÓTESE DOS DOIS SINAIS PARA A ATIVAÇÃO DE
LINFÓCITOS. A necessidade do antígeno (o chamado sinal 1) garante que a resposta imune subsequente
seja específica. A necessidade para estímulos adicionais disparados pelas reações imunes inatas aos
microrganismos (sinal 2) garante que as respostas imunes adaptativas sejam induzidas quando existe uma
infecção danosa e não quando os linfócitos reconhecem antígenos inofensivos, incluindo os próprios
antígenos.