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DEFENSORIA PÚBLICA
Direito do Idoso e da Pessoa com Deficiência - Aulas 01 a 03
Cristiane Dupret
STJ – Informativo 572 – 2015 Corte (ADI 3.768/DF, rel. Min. Carmen Lúcia, Tribu-
Aplica-se o parágrafo único do art. 34 do Estatuto nal Pleno, DJe 26.10.2007). Possibilidade de o Po-
do Idoso (Lei 10.741/2003), por analogia, a pedido der Judiciário determinar, em casos excepcionais,
de benefício assistencial feito por pessoa com defi- que o Poder Executivo adote medidas que viabili-
ciência a fim de que benefício previdenciário recebi- zem o exercício de direitos constitucionalmente
do por idoso, no valor de um salário mínimo, não assegurados. Ofensa ao princípio da separação de
seja computado no cálculo da renda per capita pre- poderes não configurada. Precedentes. Agravo re-
vista no art. 20, § 3º, da Lei 8.742/1993. gimental conhecido e não provido. (STF - AI 707810
AgR / RJ - RIO DE JANEIRO - 1ª. Turma)
DO TRANSPORTE STJ – Corte Especial AgRg na SLS 1453 / RJ
15/02/2012
Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos
fica assegurada a gratuidade dos transportes coleti- PEDIDO DE SUSPENSÃO DE TUTELA ANTECI-
vos públicos urbanos e semi-urbanos, exceto nos PADA. LESÃO À ORDEM, SEGURANÇA E ECO-
serviços seletivos e especiais, quando prestados NOMIA PÚBLICAS NÃO CARACTERIZADA. Não
paralelamente aos serviços regulares. lesa o interesse público a decisão judicial que dis-
pensa os idosos de se cadastrarem para utilizarem
Constituição Federal gratuitamente o transporte público coletivo. Agravo
regimental não provido.
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o “(...)submissão dos idosos a procedimento de ca-
dever de amparar as pessoas idosas, assegurando dastramento para o gozo do benefício do passe
sua participação na comunidade, defendendo sua livre, cujo deslocamento foi custeado pelos interes-
dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à sados, quando o Estatuto do Idoso, art. 39, § 1º
vida. exige apenas a apresentação de documento de
§ 1º - Os programas de amparo aos idosos serão identidade. 4. Conduta da empresa de viação injurí-
executados preferencialmente em seus lares. dica se considerado o sistema normativo.”
§ 2º - Aos maiores de sessenta e cinco anos é ga- (STJ – Segunda Turma – 01/12/2009 - REsp
rantida a gratuidade dos transportes coletivos urba- 1057274 / RS – Ministra Eliana Calmon)
nos.
ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO
DO TRANSPORTE ORDINÁRIA. TRANSPORTE INTERESTADUAL DE
Arts. 39 a 42 PASSAGEIROS. ESTATUTO DO IDOSO. PLENA
• gratuidade aos maiores de 65 anos, transportes EFETIVIDADE DA NORMA QUE PREVÊ GRATUI-
coletivos públicos urbanos e semi-urbanos, exceto DADE. 1. A Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso)
nos serviços seletivos e especiais, quando presta- prevê a reserva de duas vagas gratuitas, por veícu-
dos paralelamente aos serviços regulares. lo, para idosos com renda igual ou inferior a dois
• 10% de assentos reservados aos idosos salários mínimos, no sistema de transporte coletivo
Art. 40. No sistema de transporte coletivo interesta- interestadual, bem como desconto de cinquenta por
dual observar-se-á, nos termos da legislação espe- cento (50%), no mínimo, no valor das passagens,
cífica: para os idosos que excederem as vagas gratuitas,
com renda igual ou inferior a dois salários mínimos.
I – a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veículo
para idosos com renda igual ou inferior a 2 (dois) 2. Com o ajuizamento da presente ação, a parte
salários-mínimos; autora pretende desobrigar-se de conceder o referi-
II – desconto de 50% (cinquenta por cento), no mí- do benefício, enquanto não houver a necessária
nimo, no valor das passagens, para os idosos que regulamentação da matéria e a criação da respecti-
excederem as vagas gratuitas, com renda igual ou va fonte de custeio, de modo a preservar o equilíbrio
inferior a 2 (dois) salários-mínimos. econômico-financeiro do contrato de concessão.
• Idosos entre 60 e 65 anos – legislação local.
• Transportes coletivos interestaduais 3. Com o objetivo de regulamentar o benefício em
• Estacionamentos públicos e privados: 5% das questão, foi editado, inicialmente, o Decreto
vagas. 5.130/2004, que, embora tenha conferido amplo
• Prioridade no embarque tratamento à matéria, foi omisso quanto à criação da
mencionada fonte de custeio.
Eficácia plena e aplicabilidade imediata do art. 230,
§ 2º, da Constituição Federal, que assegurou a gra- 4. Mais recentemente, no entanto, foi editado o De-
tuidade nos transportes coletivos urbanos aos maio- creto 5.934/2006, que estabelece mecanismos e
res de 65 anos, reconhecida em precedente desta critérios a serem adotados na aplicação do disposto
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esteja previsto no contrato, não sejam aplicados a existência de repercussão geral do tema versado
percentuais desarrazoados, com a finalidade de nestes autos, tendo, na ocasião, reafirmado a juris-
impossibilitar a permanência da filiação do idoso, e prudência dominante sobre a matéria, já consolida-
seja observado o princípio da boa-fé objetiva" (AgRg da no sentido da legitimidade de fixação
no AREsp 416164 / PE – Quarta Turma – 2014) de limite de idade em concurso público quando pre-
visto em lei e possa ser justificado pela natureza
O aumento da idade do segurado implica a necessi- das atribuições do cargo a ser preenchido (STF -
dade de maior assistência médica. Em razão disso, ARE 714730 AgR / GO - GOIÁS - Segunda Turma -
a Lei n. 9.656/1998 assegurou a possibilidade de 08/2013)
reajuste da mensalidade de plano ou seguro de
saúde em razão da mudança de faixa etária do se- DA HABITAÇÃO
gurado. Arts. 37 a 38
Essa norma não confronta o art. 15, § 3º, do Estatu- • Moradia digna
to do Idoso, que veda a discriminação consistente • Exeção do acolhimento em entidade de longa
na cobrança de valores diferenciados em razão da permanência
idade. Discriminação traz em si uma conotação • Instituições : Identificação externa visível, obri-
negativa, no sentido do injusto, e assim é que deve gadas em provê-los com alimentação regular e higi-
ser interpretada a vedação estabelecida no referido ene.
estatuto. Na hipótese dos autos, o aumento do valor • Prioridade na aquisição de imóvel para moradia
do prêmio decorreu do maior risco, ou seja, da mai- própria nos programas habitacionais públicos ou
or necessidade de utilização dos serviços segura- subsidiados com recursos públicos (L. 12419/11 –
dos, e não do simples advento da mudança de faixa preferência de pavimento térreo)
etária.
REsp 1381606 / DF – Terceira Turma - 2014 SITUAÇÕES DE RISCO
STJ – Informativo 573 – 2015
As medidas de proteção ao idoso são aplicáveis
A Defensoria Pública tem legitimidade para propor sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei fo-
ação civil pública em defesa de interesses individu- rem ameaçados ou violados:
ais homogêneos de consumidores idosos que tive- I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
ram plano de saúde reajustado em razão da mu- II – por falta, omissão ou abuso da família, curador
dança de faixa etária, ainda que os titulares não ou entidade de atendimento;
sejam carentes de recursos econômicos. III – em razão de sua condição pessoal.
Todas as entidades de longa permanência, ou casa- Legitimidade do Ministério Público ou o Poder Judi-
lar, são obrigadas a firmar contrato de prestação de ciário, a requerimento daquele, para determinar,
serviços com a pessoa idosa abrigada. dentre outras, as seguintes medidas:
I – encaminhamento à família ou curador, mediante
No caso de entidades filantrópicas, ou casa-lar, é termo de responsabilidade;
facultada a cobrança de participação do idoso no II – orientação, apoio e acompanhamento temporá-
custeio da entidade. rios;
O Conselho Municipal do Idoso ou o Conselho Mu- III – requisição para tratamento de sua saúde, em
nicipal da Assistência Social estabelecerá a forma regime ambulatorial, hospitalar ou domiciliar;
de participação prevista no que não poderá exceder IV – inclusão em programa oficial ou comunitário de
a 70% (setenta por cento) de qualquer benefício auxílio, orientação e tratamento a usuários depen-
previdenciário ou de assistência social percebido dentes de drogas lícitas ou ilícitas, ao próprio idoso
pelo idoso. ou à pessoa de sua convivência que lhe cause per-
Se a pessoa idosa for incapaz, caberá a seu repre- turbação;
sentante legal firmar o contrato. V – abrigo em entidade;
O acolhimento de idosos em situação de risco soci- VI – abrigo temporário.
al, por adulto ou núcleo familiar, caracteriza a de-
pendência econômica, para os efeitos legais. ACESSO À JUSTIÇA
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das, anotando-se essa circunstância em local visível neos, consideram-se legitimados, concorrentemen-
nos autos do processo. te:
• A prioridade se estende aos processos e proce- I – o Ministério Público;
dimentos na Administração Pública, empresas pres- II – a União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu-
tadoras de serviços públicos e instituições financei- nicípios;
ras, ao atendimento preferencial junto à Defensoria III – a Ordem dos Advogados do Brasil;
Publica da União, dos Estados e do Distrito Federal IV – as associações legalmente constituídas há pelo
em relação aos Serviços de Assistência Judiciária. menos 1 (um) ano e que incluam entre os fins insti-
• Para o atendimento prioritário será garantido ao tucionais a defesa dos interesses e direitos da pes-
idoso o fácil acesso aos assentos e caixas, identifi- soa idosa, dispensada a autorização da assembléia,
cados com a destinação a idosos em local visível e se houver prévia autorização estatutária.
caracteres legíveis Obs.: REsp 1106515 / MG – 2010
• A prioridade não cessará com a morte do benefi-
ciado, estendendo-se em favor do cônjuge supérsti- Lei 11.448/07
te, companheiro ou companheira, com união está- Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os Minis-
vel, maior de 60 (sessenta) anos. térios Públicos da União e dos Estados na defesa
dos interesses e direitos de que cuida esta Lei.
COMPETÊNCIA ABSOLUTA Em caso de desistência ou abandono da ação por
Art. 79. Regem-se pelas disposições desta Lei as associação legitimada, o Ministério Público ou outro
ações de responsabilidade por ofensa aos direitos legitimado deverá assumir a titularidade ativa.
assegurados ao idoso, referentes à omissão ou ao o Estatuto do Idoso é instrumento que representa
oferecimento insatisfatório de: aquilo que se Rogério Sanches denomina de espe-
cialização da justiça (nesse sentido Rogério San-
I – acesso às ações e serviços de saúde; ches e tantos outros autores). Em outras palavras, a
II – atendimento especializado ao idoso portador de política criminal no nosso país também vem sendo
deficiência ou com limitação incapacitante; conduzida de maneira a dar maior efetividade a
III – atendimento especializado ao idoso portador de casos em que a violência se direciona contra deter-
doença infecto-contagiosa; minado grupos de pessoas.
IV – serviço de assistência social visando ao ampa-
ro do idoso. DOS CRIMES
Parágrafo único. As hipóteses previstas neste Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena
artigo não excluem da proteção judicial outros inte- máxima privativa de liberdade não ultrapasse 4
resses difusos, coletivos, individuais indisponíveis (quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto na
o
ou homogêneos, próprios do idoso, protegidos em Lei n 9.099, de 26 de setembro de 1995, e, subsi-
lei. diariamente, no que couber, as disposições do Có-
digo Penal e do Código de Processo Penal.
Art. 80. As ações previstas neste Capítulo serão
propostas no foro do domicílio do idoso, cujo juízo STF - Art. 94 da Lei n. 10.741/2003: interpretação
terá competência absoluta para processar a causa, conforme à Constituição do Brasil, com redução de
ressalvadas as competências da Justiça Federal e a texto, para suprimir a expressão "do Código Penal
competência originária dos Tribunais Superiores. e". Aplicação apenas do procedimento sumaríssimo
Alegada violação do artigo 80 da Lei 10.741/2003 previsto na Lei n. 9.099/95: benefício do idoso com
(Estatuto Do Idoso). Competência "absoluta" do foro a celeridade processual. Impossibilidade de aplica-
do domicílio do idoso para processamento e julga- ção de quaisquer medidas despenalizadoras e de
mento de ações voltadas à proteção dos interesses interpretação benéfica ao autor do crime.
difusos, coletivos e individuais indisponíveis ou ho-
mogêneos. Hipótese diversa da tratada nos autos 3. Ação direta de inconstitucionalidade julgada par-
(interesse individual disponível). cialmente procedente para dar interpretação con-
Critério territorial de definição da competência juris- forme à Constituição do Brasil, com redução de
dicional que não conflita com o critério Objetivo (em texto, ao art. 94 da Lei n. 10.741/2003.
razão da matéria). (ADI 3096, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribu-
AgRg no AREsp 446494 / RJ – Quarta Turma – nal Pleno, STF, julgado em 16/06/2010
2014
A existência de crimes no Estatuto do Idoso não
Para as ações cíveis fundadas em interesses difu- afasta crimes previstos no Código Penal, como a
sos, coletivos, individuais indisponíveis ou homogê- lesão corporal.
Vejamos:
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o
Conquanto se esteja diante de crime em tese prati- § 2 A pena será aumentada de 1/3 (um terço)
cado no âmbito das relações domésticas e familia- se a vítima se encontrar sob os cuidados ou res-
res, já que o acusado é filho da vítima, o certo é que ponsabilidade do agente.
esta última é pessoa do sexo masculino, o que afas- No caso de discriminação por motivo de raça, cor,
ta as disposições específicas previstas na Lei etnia, religião, ou procedência nacional contra pes-
11.340/2006 - cuja incidência é restrita à violência soa idosa, estar-se-ia caracterizado o crime incurso
praticada contra mulher -, notadamente a que dis- no art. 96, §1o do Estatuto do Idoso, sendo esta
pensa a representação do ofendido para que possa pena menor do que se fosse incurso nos crimes de
ser iniciada a persecução penal nos delitos de lesão preconceito previstos na Lei Caó.
corporal. Ou seja, o Estatuto do Idoso, que objetiva trazer
STJ – 2014 - RHC 51481 / SC normas protetivas a pessoas nessa condição, aca-
bou por abrandar a situação do agente que pratica
No crime de furto é possível aplicar o princípio da discriminação por raça, cor etc. contra pessoa ido-
insignificância? sa.
A conduta perpetrada pelo réu - subtração do valor Art. 97. Deixar de prestar assistência ao idoso,
de R$ 240,00, proveniente da aposentadoria de um quando possível fazê-lo sem risco pessoal, em situ-
idoso - não se revela como de escassa ofensividade ação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou
social e penal. dificultar sua assistência à saúde, sem justa causa,
STJ - AgRg no REsp 1448852 / MS - 2014 ou não pedir, nesses casos, o socorro de autoridade
pública:
Em crime contra a fé pública, praticado contra idoso, Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um)
incide a agravante do CP? ano e multa.
HABEAS CORPUS. MOEDA FALSA. ART. 289, §
1º, DO CÓDIGO PENAL. FÉ PÚBLICA. BEM JURÍ- Parágrafo único. A pena é aumentada de metade,
DICO TUTELADO. ESTADO, PESSOA JURÍDICA se da omissão resulta lesão corporal de natureza
DIVERSA OU PESSOA FÍSICA. VÍTIMAS. PREJU- grave, e triplicada, se resulta a morte.
ÍZO NOTÓRIO. AGRAVANTES. ARTS. 61, INCISO
II, ALÍNEAS "E" e "H", TAMBÉM DO CP. CRIME Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de
PRATICADO CONTRA ASCENDENTE MAIOR DE saúde, entidades de longa permanência, ou congê-
60 ANOS. INCIDÊNCIA. POSSIBILIDADE. neres, ou não prover suas necessidades básicas,
quando obrigado por lei ou mandado:
A fé pública do Estado é o bem jurídico tutelado no Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 (três)
delito do art. 289, § 1º, do Código Penal, o que não anos e multa.
induz à conclusão de que o Estado seja vítima ex- Vejamos o artigo 244 do CP:
clusiva do delito.
No caso de se praticar um crime contra criança, Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a sub-
maior de 60 anos, enfermo ou mulher grávida, a sistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (de-
norma, claramente, visou a proteger aquele que é zoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascen-
naturalmente mais vulnerável, punindo, com maior dente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não
rigor, o agente do delito. lhes proporcionando os recursos necessários ou
STJ - HC 211052 / RO - 2014 faltando ao pagamento de pensão alimentícia judici-
almente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem
Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei são de ação justa causa, de socorrer descendente ou ascenden-
penal pública incondicionada, não se lhes aplicando te, gravemente enfermo:
os arts. 181 e 182 do Código Penal.
Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde,
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a condi-
dificultando seu acesso a operações bancárias, aos ções desumanas ou degradantes ou privando-o de
meios de transporte, ao direito de contratar ou por alimentos e cuidados indispensáveis, quando obri-
qualquer outro meio ou instrumento necessário ao gado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivo
exercício da cidadania, por motivo de idade: ou inadequado:
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um)
ano e multa. Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e
o
§ 1 Na mesma pena incorre quem desdenhar, multa.
o
humilhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa, § 1 Se do fato resulta lesão corporal de natu-
por qualquer motivo. reza grave:
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
o
§ 2 Se resulta a morte:
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Já a Lei 10098, foi alterada em seus artigos 2º, 3º e Esta Lei, nos termos do parágrafo único do seu art.
9º. Foram incluídos os artigos 10 A e 12 Art. 9º. - 1o , tem como base a Convenção sobre os Direitos
Parágrafo único. Os semáforos para pedestres ins- das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facul-
talados em vias públicas de grande circulação, ou tativo, ratificados pelo Congresso Nacional por meio
que deem acesso aos serviços de reabilitação, de- do Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de
vem obrigatoriamente estar equipados com meca- 2008, em conformidade com o procedimento previs-
nismo que emita sinal sonoro suave para orientação to no § 3o do art. 5o da Constituição da República
do pedestre. Federativa do Brasil, em vigor para o Brasil, no pla-
no jurídico externo, desde 31 de agosto de 2008, e
“Art. 10-A. A instalação de qualquer mobiliário ur- promulgados pelo Decreto no 6.949, de 25 de agos-
bano em área de circulação comum para pedestre to de 2009, data de início de sua vigência no plano
que ofereça risco de acidente à pessoa com defici- interno.
ência deverá ser indicada mediante sinalização tátil O deficiente tem uma qualidade que os difere das
de alerta no piso, de acordo com as normas técni- demais pessoas, mas não uma doença. Assim, o
cas pertinentes.” deficiente tem igualdade de direitos e deveres com
“Art. 12-A. Os centros comerciais e os estabeleci- relação aos não deficientes.
mentos congêneres devem fornecer carros e cadei-
ras de rodas, motorizados ou não, para o atendi- Vejamos:
o
mento da pessoa com deficiência ou com mobilida-
de reduzida. Art. 4 Toda pessoa com deficiência tem direito à
Dentre as leis alteradas pelo Estatuto, temos ainda igualdade de oportunidades com as demais pessoas
a legislação previdenciária – Lei 8213/91: e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.
o
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VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e - Inclusão do parágrafo 2º no artigo 228, garantin-
à adoção, como adotante ou adotando, em igualda- do o direito de testemunhar em igualdade de condi-
de de oportunidades com as demais pessoas. ções , com direito a recursos de tecnologia assisti-
va;
Artigo 84: - Alteração do artigo 1518, que mencionava os
A pessoa com deficiência tem assegurado o direito curadores;
ao exercício de sua capacidade legal em igualdade - Art. 1548 – foi retirada a nulidade do casamento
de condições com as demais pessoas. contraído pelo enfermo mental sem discernimento;
§ 1o Quando necessário, a pessoa com deficiência Flavio Tartuce afirma que o dispositivo gera, no
será submetida à curatela, conforme a lei. plano familiar, uma expressa inclusão plena das
§ 2o É facultado à pessoa com deficiência a ado- pessoas com deficiência. Não é toda a deficiência
ção de processo de tomada de decisão apoiada. que retira o discernimento para a tomada de deci-
§ 3o A definição de curatela de pessoa com defici- são de constituição de família e de sua formação.
ência constitui medida protetiva extraordinária, pro- Contudo, há de se salientar, que mesmo com a
porcional às necessidades e às circunstâncias de mudança legal, a decisão de se casar é um ato de
cada caso, e durará o menor tempo possível. vontade. Se a vontade não existir em razão da defi-
§ 4o Os curadores são obrigados a prestar, anual- ciência, inexistente será o casamento.
mente, contas de sua administração ao juiz, apre- O casamento do deficiente que for incapaz de con-
sentando o balanço do respectivo ano. sentir ou manifestar de modo inequívoco o consen-
De acordo com este novo diploma, a curatela, restri- timento pode ser anulável, mas não nulo.
ta a atos relacionados aos direitos de natureza pa- Art. 1.550. É anulável o casamento:
trimonial e negocial (art. 85, caput), passa a ser uma (...)
medida extraordinária IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo
Art. 85, § 2o. A curatela constitui medida extraordi- inequívoco, o consentimento;
nária, devendo constar da sentença as razões e - Inclusão do parágrafo 2º no artigo 1550:
motivações de sua definição, preservados os inte- A pessoa com deficiência mental ou intelectual em
resses do curatelado. idade núbia poderá contrair matrimônio, expressan-
do sua vontade diretamente ou por meio de seu
Alterações no Código Civil: responsável ou curador
- Revogação de todos os incisos do artigo 3º;
- Alteração do artigo 4º, em relação aos relativa- Segundo o artigo 85 do Estatuto o curador do defi-
mente incapazes – Os que, mesmo por causa tran- ciente só atuará nos atos de natureza patrimonial e
sitória, não puderem exprimir sua vontade, antes negocial, mas o parágrafo segundo que receberá o
absolutamente incapazes, passam para a categoria artigo 1550 do CC prevê que vontade de casar pode
de relativamente incapazes. ser expressa pelo curador. Clara a contradição entre
- os dispositivos.
Consequências da nova capacidade plena dos por- Direito intertemporal - Caso tenha ocorrido um ca-
tadores de deficiência: samento de uma pessoa deficiente, sem discerni-
mento para os atos da vida civil, antes da vigência
- Ações de interdição anteriores do Estatuto, este casamento nasceu nulo por afron-
- Prescrição e decadência – artigos 198 e 208 ta ao inciso I do artigo 1548 do CC e não se torna
- Negócios jurídicos – Invalidades dos artigos 166 “válido” pela mudança legislativa. Prevalece a lei do
e 171 do CC momento da celebração do casamento.
- Quitação dada - Alteração e revogação de incisos do artigo 1557,
- Recebimento de doação referente ao erro essencial
- Responsabilidade
A nova redação do inciso III do artigo 4º. é a seguin- Continua em vigor o inciso III, com redação altera-
te: da:
III- aqueles que, por causa transitória ou perma- III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito
nente, não puderem exprimir sua vontade. físico irremediável que não caracterize deficiência
A alteração tem por consequência que, com a vi- ou de moléstia grave e transmissível, por contágio
gência do Estatuto, aquele que não puder exprimir ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do
sua vontade passa a ser assistido, ou seja, participa outro cônjuge ou de sua descendência;
do ato juntamente com seu representante legal. - O título IV deixa de ser nomeado “Da tutela e da
Artigo 228 – Os portadores de enfermidade ou re- curatela” e passa a ser nomeado “ Da tutela, da
tardamento mental, assim como os cegos e surdos curatela e da tomada de decisão apoiada”
foram retirados do rol das pessoas que não podem - O artigo 1768 não se refere mais à interdição e
ser admitidas como testemunhas; terá vida curta, em razão do novo CPC
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- Alteração em diversos artigos que compõem o Terceiro com quem a pessoa apoiada mantenha
título. Dentre eles, o artigo 1767, que não dialoga relação negocial pode solicitar que os apoiadores
com o próprio Estatuto. contra-assinem o contrato ou acordo, especificando,
- Inclusão do artigo 1.775-A: Na nomeação de por escrito, sua função em relação ao apoiado.
curador para a pessoa com deficiência, o juiz pode- Em caso de negócio jurídico que possa trazer risco
rá estabelecer curatela compartilhada a mais de ou prejuízo relevante, havendo divergência de opi-
uma pessoa. niões entre a pessoa apoiada e um dos apoiadores,
O Estatuto inova nesta matéria. Admite, por força do deverá o juiz, ouvido o Ministério Público, decidir
artigo 84, parágrafo 1º, a interdição de pessoa ca- sobre a questão.
paz: “quando necessário, a pessoa com deficiência
será submetida à curatela, conforme a lei”. Se o apoiador agir com negligência, exercer pres-
Logo, com a vigência do Estatuto temos uma nova são indevida ou não adimplir as obrigações assumi-
categoria de pessoas capazes: os capazes sob das, poderá a pessoa apoiada ou qualquer pessoa
curatela. apresentar denúncia ao Ministério Público ou ao
juiz. Se procedente a denúncia, o juiz destituirá o
O Estatuto não indica a função do curador do defici- apoiador e nomeará, ouvida a pessoa apoiada e se
ente. Duas são as possíveis leituras. Pela primeira, for de seu interesse, outra pessoa para prestação
o deficiente sob curatela pratica pessoalmente os de apoio.
atos da vida civil. Esta leitura é equivocada, pois se
assim fosse, por que haveria de se nomear um cu- A pessoa apoiada pode, a qualquer tempo, solicitar
rador ao deficiente? o término de acordo firmado em processo de toma-
da de decisão apoiada.
Uma segunda leitura indica que o curador de pes- O apoiador pode solicitar ao juiz a exclusão de sua
soa capaz deverá representa-lo ou assisti-lo. Con- participação do processo de tomada de decisão
tudo o desafio é exatamente saber se o curador apoiada, sendo seu desligamento condicionado à
deverá representar o deficiente ou apenas assisti-lo, manifestação do juiz sobre a matéria.
pois como se trata de pessoa capaz, não há no
sistema uma resposta a essa pergunta. Aplicam-se à tomada de decisão apoiada, no que
- Inclusão do artigo 1783 A, que passa a dispor so- couber, as disposições referentes à prestação de
bre a tomada de decisão apoiada. contas na curatela.
A tomada de decisão apoiada é o processo pelo Conceito de pessoa portadora de deficiência:
qual a pessoa com deficiência elege pelo menos 2 “Aquela que tem impedimento de longo prazo de
(duas) pessoas idôneas, com as quais mantenha natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o
vínculos e que gozem de sua confiança, para pres- qual, em interação com uma ou mais barreiras, po-
tar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da de obstruir sua participação plena e efetiva na soci-
vida civil, fornecendo-lhes os elementos e informa- edade em igualdade de condições com as demais
ções necessários para que possa exercer sua capa- pessoas. “
cidade.
O Estatuto dispõe sobre o atendimento prioritário.
Para formular pedido de tomada de decisão apoia- A pessoa com deficiência tem direito a receber
da, a pessoa com deficiência e os apoiadores de- atendimento prioritário, sobretudo com a finalidade
vem apresentar termo em que constem os limites do de:
apoio a ser oferecido e os compromissos dos apoi-
adores, inclusive o prazo de vigência do acordo e o I - proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
respeito à vontade, aos direitos e aos interesses da II - atendimento em todas as instituições e serviços
pessoa que devem apoiar. de atendimento ao público;
O pedido de tomada de decisão apoiada será re- III - disponibilização de recursos, tanto humanos
querido pela pessoa a ser apoiada, com indicação quanto tecnológicos, que garantam atendimento em
expressa das pessoas aptas a prestarem o apoio igualdade de condições com as demais pessoas;
Antes de se pronunciar sobre o pedido de tomada IV - disponibilização de pontos de parada, estações
de decisão apoiada, o juiz, assistido por equipe e terminais acessíveis de transporte coletivo de
multidisciplinar, após oitiva do Ministério Público, passageiros e garantia de segurança no embarque
ouvirá pessoalmente o requerente e as pessoas que e no desembarque;
lhe prestarão apoio. V - acesso a informações e disponibilização de re-
cursos de comunicação acessíveis;
A decisão tomada por pessoa apoiada terá validade VI - recebimento de restituição de imposto de renda;
e efeitos sobre terceiros, sem restrições, desde que
esteja inserida nos limites do apoio acordado.
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DEFENSORIA PÚBLICA
Direito do Idoso e da Pessoa com Deficiência - Aulas 01 a 03
Cristiane Dupret
VII - tramitação processual e procedimentos judici- nem de tê-la provida por sua família o benefício
ais e administrativos em que for parte ou interessa- mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei
o
da, em todos os atos e diligências.
n 8.742, de 7 de dezembro de 1993.
Tais direitos são extensivos ao acompanhante da Art. 51. As frotas de empresas de táxi devem reser-
pessoa com deficiência ou ao seu atendente pesso- var 10% (dez por cento) de seus veículos acessíveis
al, exceto os incisos VI e VII. à pessoa com deficiência.
o
Nos serviços de emergência públicos e privados, a
§ 1 É proibida a cobrança diferenciada de tarifas
prioridade conferida pelo Estatuto é condicionada
ou de valores adicionais pelo serviço de táxi presta-
aos protocolos de atendimento médico.
do à pessoa com deficiência.
Com a alteração do Estatuto, a pessoa com defici-
(...)
ência não poderá ser obrigada a se submeter a
Art. 52. As locadoras de veículos são obrigadas a
intervenção clínica ou cirúrgica, a tratamento ou a
oferecer 1 (um) veículo adaptado para uso de pes-
institucionalização forçada.
soa com deficiência, a cada conjunto de 20 (vinte)
No entanto, o consentimento da pessoa com defici-
veículos de sua frota.
ência em situação de curatela poderá ser suprido,
Parágrafo único. O veículo adaptado deverá ter, no
na forma da lei.
mínimo, câmbio automático, direção hidráulica, vi-
O consentimento prévio, livre e esclarecido da pes-
dros elétricos e comandos manuais de freio e de
soa com deficiência é indispensável para a realiza-
embreagem.
ção de tratamento, procedimento, hospitalização e
pesquisa científica.
CRIMES
A pessoa com deficiência somente será atendida
Art. 88. Praticar, induzir ou incitar discriminação de
sem seu consentimento prévio, livre e esclarecido
pessoa em razão de sua deficiência:
em casos de risco de morte e de emergência em
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
saúde, resguardado seu superior interesse e adota- o
das as salvaguardas legais cabíveis. § 1 Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se a
vítima encontrar-se sob cuidado e responsabilidade
Normas de destaque: do agente.
Art. 24. É assegurado à pessoa com deficiência o o
acesso aos serviços de saúde, tanto públicos como § 2 Se qualquer dos crimes previstos no caput
privados, e às informações prestadas e recebidas, deste artigo é cometido por intermédio de meios de
por meio de recursos de tecnologia assistiva e de comunicação social ou de publicação de qualquer
todas as formas de comunicação previstas no inciso natureza:
o
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e mul-
V do art. 3 desta Lei. ta.
Art. 28 o o
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DEFENSORIA PÚBLICA
Direito do Idoso e da Pessoa com Deficiência - Aulas 01 a 03
Cristiane Dupret
II - por aquele que se apropriou em razão de ofício ência qualquer ação ou omissão, praticada
ou de profissão. em local público ou privado, que lhe cause morte
Art. 90. Abandonar pessoa com deficiência em ou dano ou sofrimento físico ou psicológico.
hospitais, casas de saúde, entidades de abrigamen- Art. 79. O poder público deve assegurar o
to ou congêneres: acesso da pessoa com deficiência à justiça, em
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e igualdade de oportunidades com as demais
multa. pessoas, garantindo, sempre que requeridos,
adaptações e recursos de tecnologia assistiva.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem não § 1 A fim de garantir a atuação da pessoa com
prover as necessidades básicas de pessoa com deficiência em todo o processo judicial, o
deficiência quando obrigado por lei ou mandado. poder público deve capacitar os membros e os
Art. 91. Reter ou utilizar cartão magnético, qualquer servidores que atuam no Poder Judiciário, Minis-
meio eletrônico ou documento de pessoa com defi- tério Público, na Defensoria Pública, nos órgãos
ciência destinados ao recebimento de benefícios, de segurança pública e no sistema penitenciário
proventos, pensões ou remuneração ou à realização quanto aos direitos da pessoa com deficiência.
de operações financeiras, com o fim de obter vanta- § 2o Devem ser assegurados à pessoa com defici-
gem indevida para si ou para outrem: ência submetida a medida restritiva de liberdade
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, todos os direitos e garantias a que fazem jus os
e multa. apenados sem deficiência, garantida a acessibilida-
de.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um § 3o A Defensoria Pública e o Ministério Público
terço) se o crime é cometido por tutor ou curador. tomarão as medidas necessárias à garantia dos
Art. 94. Terá direito a auxílio-inclusão, nos termos direitos previstos nesta Lei.
da lei, a pessoa com deficiência moderada ou grave Art. 80. Devem ser oferecidos todos os recursos de
que: tecnologia assistiva disponíveis para que a pessoa
I - receba o benefício de prestação continuada pre- com deficiência tenha garantido o acesso à justiça,
o
sempre que figure em um dos polos da ação ou
visto no art. 20 da Lei n 8.742, de 7 de dezembro atue como testemunha, partícipe da lide posta em
de 1993, e que passe a exercer atividade remune- juízo, advogado, defensor público, magistrado ou
rada que a enquadre como segurado obrigatório do membro do Ministério Público.
RGPS; Parágrafo único. A pessoa com deficiência tem
II - tenha recebido, nos últimos 5 (cinco) anos, o garantido o acesso ao conteúdo de todos os atos
benefício de prestação continuada previsto no art. processuais de seu interesse, inclusive no exercício
o
da advocacia.
20 da Lei n 8.742, de 7 de dezembro de 1993, e
que exerça atividade remunerada que a enquadre
como segurado obrigatório do RGPS.
ATRIBUIÇÕES DO MINISTÉRIO
PÚBLICO NA LEI Nº 13.146/2015
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