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Ciclo Celular

É o período que se inicia com a origem da célula, a partir de uma divisão


celular e termina quando esta se divide em duas células-filhas.
O ciclo celular é dividido em duas etapas: a
interfase e a divisão celular .
Nos eucariontes existem dois tipos de divisão celular: a mitose e a
meiose .
Ciclo Celular: interfase e mitose
Interfase
É a fase em que a célula não está se dividindo.
É o período mais longo do ciclo celular, aproximadamente 95% do tempo.
Neste momento ocorrem diversos fatos que possibilitam a divisão celular,
como: a replicação do DNA, a divisão dos centríolos e a produção de
proteínas.
A interfase é subdividida em três fases: G1, S e G2.
Na fase G1, que antecede a duplicação do DNA, as células aumentam de
tamanho, produzem RNA e sintetizam proteínas.
Na fase S ocorre a síntese de DNA. A quantidade de DNA no núcleo da
célula é replicado. Lembre-se que replicação significa o processo de
duplicação da molécula de DNA.
Antes de qualquer divisão celular há duplicação do DNA durante a
interfase.
A fase G2, corresponde ao intervalo entre a síntese de DNA e a mitose. A
célula continua crescendo e produzindo proteínas.
Ciclo Celular é o conjunto de fases que uma célula passa com o intuito de
duplicar-se, dando origem a duas células novas. Em células eucarióticas, o
ciclo celular é dividido em 3 fases principais, são elas: Intérfase; Fase
mitótica (Fase M) e Citocinese. Essas fases são de suma importância para
o funcionamento da célula, erros nesses processos podem acarretar na
morte celular ou até no desenvolvimento de células tumorais. Para que o
ciclo seja mantido de forma organizada, a célula conta com uma
maquinaria de processos regulatórios dependente da ação de ciclinas e
cinase.

Esquema do ciclo celular: I=Interfase, M=Fase Mitótica. A duração da fase


mitótica em relação às outras fases encontra-se exagerada.
Fases do ciclo celular:

Interfase

A Interfase é a fase mais longa do ciclo celular. Em média, a célula passa


cerca de 90% do tempo em Intérfase. Nessa fase, a célula consegue
nutrientes, cresce e duplica suas moléculas de DNA. Assim, prepara-se
para a divisão celular.
A interfase divide-se em três fases:
Fase G1
A primeira etapa da Interfase é marcada pela intensa síntese de enzimas ,
de RNA e no "estocamento" de proteínas compensando sua síntese
descontinuada durante as etapas da Fase Mitótica. Consequentemente
ocorre o crescimento celular.
Fase S
A segunda etapa da Intérfase é marcada, principalmente pela duplicação
do material genético, logo, dobrando a quantidade de DNA, fazendo que
cada cromossomo apresente uma cromátide irmã.
Além disso, na fase S, ocorre o início da duplicação dos centrossomas e o
início do seus movimentos para os polos da célula.
Fase G2
A terceira etapa da Intérfase é marcada pela intensa síntese de proteínas
e consequentemente de rápido crescimento celular, preparando a célula
para a Fase Mitótica.
O deslocamento dos centrossomas se dá por meio de dineínas e
cinesinas . Logo que foram duplicados, os centrossomas já
começam a produzir fusos astrais. Esses são associados a dineínas
causando um movimento de "esteira" fazendo o centrossoma se deslocar
para os polos. Ocorrem também a associação com duas cinesinas EG5 que
contribuem como uma segunda força para "empurrar" os microtúbulos e
deslocar os centrossomas.
Quando o centrossoma já estiver em sua devida posição, o fuso astral
relaciona-se com cinesina 14 fazendo uma força contrária à tendência de
movimento, fazendo com que o centrossoma pare em determinada
posição.
As fases G e S possuem estas denominações em decorrência de
abreviações do inglês - G para gap (intervalo) e S para síntese.
Fase G0
O estágio G0 não é presente em todas as células. Nessa etapa a célula
entra num estágio de repouso e não entra em processo de divisão celular.
Essas fase é observada mais frequentemente em células
Devido condensação dos cromossomos, estes podem ser vistos em
microscópios eletrônicos já na Prófase.
Prometáfase
Decomposição da membrana nuclear ( carioteca), formação de
cinetócoros e associação do fuso mitótico a estes. [1]
Metáfase
Durante a Metáfase, os cromossomos ligam-se ao fuso mitótico no plano
equatorial da célula dando origem à Placa equatorial e atingem o grau
máximo de condensação
As cromátides irmãs mantem-se ligadas umas as outras por meio de uma
proteína denominada coesina, até que se inicie a sua separação na
Anáfase . Devido ao fato dos cromossomos estarem no maior grau de
condensação, essa é a etapa mais procurada para visualizá-los no
microscópios eletrônico para a sua análise e para a construção de
cariótipos.
O fuso acromático completa o desenvolvimento e algumas fibrilas ligam-
se aos centrómeros (as outras ligam os dois
centríolos);
As pontas das cromátides são dobradas devido à associação da cinesina 4-
10, focalizando a força de distensão oriunda do microtúbulo no centro da
cromátide.
Anáfase
A anáfase começa pela duplicação dos centrômeros, libertando as
cromátides-irmãs que passam a ser chamadas de cromossomos-filhos.As
fibras do fuso, ligadas aos centrômeros, encurtam, puxando os
cromossomos para os pólos da célula. A anáfase é uma fase rápida,
caracterizada pela migração dos cromossomos para os pólos do fuso.
As fibrilas encurtam-se e começam a afastar-se:
Dá-se a clivagem dos centrómeros . Os cromatídios que antes pertenciam
ao mesmo cromossoma, agora separados, constituem dois cromossomas
independentes.
Telófase
A membrana nuclear forma-se à volta dos cromossomas de cada pólo da
célula, passando a existir assim dois núcleos com informação genética
igual;
Os núcléolos reaparecem;
O fuso mitótico dissolve-se;
Os Cromossomos descondensam e tornam-se menos visíveis:
Citocinese
Corresponde à divisão citoplasmática e, consequentemente, à
individualização das duas células-filhas; [2] A citocinese difere conforme a
célula for animal ou vegeta
Sistema de Regulação
O ciclo celular deve ser algo extremamente regulado, falha em seus
processos pode levar a célula a entrar em colapso e até gerar células
tumorais. Por esse motivo, células eucarióticas apresentam uma série de
mecanismos que impedem divisões celulares incontroláveis.
A ativação das moléculas responsáveis pelo mecanismo de divisão ocorre
por cinases dependentes de ciclina (CDK, do inglês Cyclin-Dependent
Kinases). Como o nome sugere, as CDKs requerem a ligação de ciclinas -
cujos níveis podem variar durante diferentes fases, em contraste com os
níveis de CDKs,que permanecem constantes - para serem funcionais, sem
a presença destas, não há atividade.Existem quatro classes essenciais de
ciclinas (cada tipo formando um complexo equivalente ao se ligar à CDK
correspondente):
1. Ciclinas-G 1 , também chamadas de ciclinas D em mamíferos, se ligam
às CDKs 4 e 6 e são responsáveis pelo controle de ciclinas-G 1 /S.
2. Ciclinas-G 1 /S surgem no final da fase G 1 e são rapidamente
degradadas na fase S, são responsáveis pela passagem do ponto de
regulação em G 1 .Nos vertebrados, corresponde à ciclina E conjugada
com CDK2.
3. Ciclinas-S contribuem para a duplicação cromossômica (através da
ativação da DNA polimerase) [3] , permanecendo transcritas desde o final
de G 1 até a anáfase.
4. Ciclinas-G 2 M ou -M estimulam a entrada na mitose.

Pontos de Regulação
O Ciclo Celular é um processo extremamente complexo e de suma
importância para a célula. Falhas no ciclo podem causar danos graves,
como a morte celular, aploidia das células filhas, assim como o surgimento
de células tumorais. Para que isso não ocorra os mecanismos envolvidos
nos ciclo celular devem estar atuando em sinergia. Desse modo, a célula
possui pontos de checagem para perceber quando pode ir para a próxima
etapa do ciclo celular.
Existem três momentos em que os mecanismos de regulação atuam:
No final de G1
Antes de prosseguir para a Fase S, a célula deve analisar se possui
nutrientes necessários para começar a nova fase, uma vez que a síntese
de proteínas é mais lento a fase de síntese de DNA.
Na fase G2
Antes de iniciar-se a mitose existe outro momento de controle - caso a
replicação do DNA não tenha ocorrido corretamente o ciclo pode ser
interrompido e a célula volta a iniciar a fase S. Além disso, a célula
percebe se há erros irreversíveis no material genético e, caso o resultado
seja positivo, a proteína P-53 induz a morte celular por apoptose.
A verificação do material genético é dada por meio de proteínas
específicas que transitam pelo núcleo e, ao reconhecerem um erro no
DNA, mudam sua conformação espacial e associam ao sistema E3 de
ubiquitinização. A ubiquinitização dessas proteínas e o desacoplamento de
E3 faz com que novas proteínas se associem nessa região para tentar
reparar o material genético.
Na transição metáfase/anáfase
Ao final da metáfase, enquanto as cromátides irmãs estão ligadas uma a
outra por meio de coesinas, a célula checa se todas as cromátides estão
ligadas ao fuso acromático de forma que cada célula-filha receberá uma
cromátide.
Quando esse sinal é positivo, a APC-C e CDC-20 (ciclina) associam-se
promovendo a fosforilação de securinas.
As securinas são proteínas que inibem separases e, quando fosforiladas,
mudam sua conformação e desassociam destas, perdendo seu caráter
inibitório.
Após serem fosfatadas, as securinas se associam com o sistema E3 de
ubiquitinização e, após receberem 4 ubiquitinas, são identificadas por
proteosomas e degradadas.
Separases são as enzimas responsáveis pela quebra da coesina e
consequentemente pelo início do deslocamento das cromátides e,
portanto, dão início à Anáfase.
Divisão celular
A divisão celular é o processo pelo qual uma célula-mãe origina células-
filhas.
Através deste processo as células unicelulares se reproduzem e as
multicelulares se multiplicam.
A frequência de divisões celulares varia com o tipo e estado fisiológico de
cada célula.
No organismo humano, por exemplo, algumas células estão em constante
multiplicação. Um exemplo são as células da epiderme e da medula óssea,
que se multiplicam para repor as células que morrem.
Entretanto, alguns tipos de células mais especializadas como os neurônios,
hemácias e células musculares, nunca se dividem.

Tipos de Divisão Celular


Mitose. É o tipo de divisão celular que a célula-mãe, haploide (n) ou
diploide (2n), origina 2 células-filhas com o mesmo número de
cromossomos da célula-mãe.
É uma divisão equacional.
A mitose é realizada quando há reprodução assexuada.
Funções da mitose
Crescimento e regeneração de tecidos;
Cicatrização;
Formação de gametas em vegetais;
Divisões do zigoto durante o desenvolvimento embrionário.
Aprenda mais sobre a mitose e suas fases.
Meiose
É o tipo de divisão celular em que a célula mãe, sempre diploide (2n), com
cromossomos duplos, origina através de duas divisões sucessivas, quatro
células filhas com metade do número de cromossomos da célula mãe.
É uma divisão do tipo reducional.
Funções da Meiose
Formação dos gametas em animais;
Formação dos esporos nos vegetais.
Aprenda mais sobre a meiose e suas fases.
Saiba as diferenças entre os dois processos de divisão celular em: Mitose e
Meiose .

Conclusão

Pretende-se no final deste trabalho que o aluno compreenda os processos de ciclo ce


Introdução
no presente trabalho iremos falar sobre ciclo celular e divisões celulares.
Ciclo celular Quando somos formados, nos constituímos apenas de uma
única célula, chamada zigoto, que através de divisões e diferenciações
permite a formação do embrião e, depois, passa ao estágio de feto até o
nascimento.

Divisão Podemos dar o nome de mitose ao processo padrão de divisão


celular, na verdade mitose é um termo que se refere apenas à divisão do
núcleo da célula.

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