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SETEMBRO/2005
17% no mesmo período.No entanto, a maior parte dos portadores de necessidades especiais
continua a estudar nas chamadas escolas especiais: são 245,1 mil matrículas em colégios
exclusivos deficientes. Para educadora Maria Teresa Mantoan, da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp), é preciso reforçar as políticas para estimular a Inclusão dessas
crianças nas escolas regulares. ( p/ o Jornal em 24/05/2002) “ O aumento é positivo, mas
enquanto as políticas não forem mais claras, a Inclusão não vai ocorrer como deveria”,
analisa a educadora.
Acredito que a falta de informação deve ser o grande problema que justifica a não
inclusão bem maior de crianças com deficiência no ensino regular brasileiro. Esta falta de
informação, aliada ao preconceito, ao medo, falta de elaboração de metas governamentais
para qualificar o ensino; tudo isso provoca a segregação de crianças, que vão perdendo
oportunidades de desenvolverem seu potencial e de exercerem cidadania. O ministério da
Educação ainda não é capaz de garantir a educação a todas as crianças portadoras de
deficiências. Outro fator é que, não adianta só as crianças matricularem-se nas escolas
regulares, o ensino brasileiro não está preparado para recebe-las com uma formação com
qualidade e onde a diversidade esteja presente de forma natural.
Conceitua-se a Inclusão Social como o processo pelo qual a sociedade se adapta para
poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e,
simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A
inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas, ainda
excluídas e a sociedade buscam, em parcerias, equacionar problemas, decidir sobre
soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos. (Sassaki,1997,p.3)
Um ótimo livro da jornalista Cláudia Werneck, trata com muita competência do tema
da Inclusão Social: Ninguém Mais vai Ser Bonzinho na Sociedade Inclusiva (1997), uma
obra para ser lida e estudada por muita gente: pessoas com deficiência, familiares,
profissionais de diversas áreas como habilitação, reabilitação, educação especial, mídia, etc.
Para que se possa incluir todas as pessoas, a sociedade deve ser modificada, e não as
pessoas, a partir do entendimento de que ela é que necessita ser capaz de atender às
pessoas, a partir do entendimento de que ela é que necessita ser capaz de atender às pessoas
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Pedagogos e psicólogos hoje não têm mais dúvidas de que a inclusão de pessoas
portadoras de necessidades especiais em salas de aulas regulares só é benéfica ao
aprendizado dessas crianças. Elas aprendem mais e interagem com os colegas de classe. “O
desenvolvimento pedagógico nessas condições é muito maior do que quando a criança é
educada em classes especiais, compostas apenas por portadores de deficiências”, afirma a
psicopedagoga Leny Magalhães, professora da PUC-SP, numa entrevista ao jornal: Diário
do grande ABC (09/06/2002), ela estuda a educação inclusiva há vinte anos.
A educação inclusiva representa um passo muito concreto e manejável que pode ser
dado em nossos sistemas escolares para assegurar que todos os estudantes comecem
a aprender que o “pertencer” é um direito, não um status privilegiado que deva ser
conquistado. ( N.Kunc, 1992 apud SASSAKI, 1999)
habilitou para o trabalho com a diversidade, nem tão pouco o engenheiro que projeta um
prédio sem rampas, e demais profissões que não previram uma sociedade para todos.
Os preconceitos em relação à inclusão poderão ser eliminados ou, pelo menos,
reduzidos por meio das ações de sensibilização da sociedade e, em seguida mediante a
convivência na diversidade humana dentro das escolas inclusivas, das empresas inclusivas,
dos programas de lazer inclusivos.Resultados já existem que comprovem a eficácia da
educação inclusiva em melhorar os seguintes aspectos: comportamento na escola, no lar e
na comunidade; resultados educacionais, senso de cidadania, respeito mútuo, valorização
das diferenças individuais e aceitação das contribuições pequenas e grandes de todos os
envolvidos, no processo ensino-aprendizagem, dentro e fora das escolas inclusivas.
Quando os educandos dos mais diferentes estilos estudam juntos podem se beneficiar
com os estímulos e modelos comportamentais uns com os outros. O ser humano necessita
passar por esse tipo de experiência para se desenvolver integralmente. A convivência na
diversidade humana pode enriquecer nossa existência desenvolvendo, em variados graus, os
diversos tipos de inteligência que cada um de nós possui. O fato de cada pessoa interagir
com tantas outras pessoas, todas diferentes entre si em termos de atributos pessoais,
necessidades, potencialidades, habilidades, etc., é à base do desenvolvimento de todos para
uma vida mais saudável, rica e feliz.
Sabemos que durante muito tempo a Educação Especial funcionou como um sistema
paralelo e não como parte integrante do sistema geral de educação, e assim foi-se criando
um mito de que é difícil trabalhar com pessoas portadoras de necessidades especiais. É
claro que não é fácil, mas também não exige nenhuma hiper estrutura e nenhum super
educador.
Para modificar estas idéias precisamos agir, sensibilizando a sociedade e convivendo
com a diversidade humana dentro das escolas inclusivas, empresas inclusivas e dentro de
políticas públicas inclusivas. Estes são os alicerces do processo de inclusão.
Na Escola Inclusiva todas as pessoas portadoras de necessidades especiais e de
distúrbios de aprendizagem têm direito à escolarização, o mais próximo possível do normal.
O seu principal objetivo é acolher todos que apresentem alguma diversidade, portanto
estamos falando de uma sociedade de direitos para todos.
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Estes são os reais objetivos da educação previstos na constituição. Pessoas que valorizem as
crianças portadoras de necessidades especiais, e métodos que valorizem o que a criança tem
de bom e não o que ela não tem, ou tem de ruim; isto seria uma escola inclusiva, dentro de
uma sociedade para todos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
PASCHOAL, Engel. Escola para Todos. Folha do estado de Cuibá, MT, 25/04/02.
Disponível em: <http://www.sentidos.com.br>
PRB Urbano – 1
Mestranda em Letras
Professora de Libras Aplicada
7º período de Fonoaudiologia do
CES/JF
5º período do Normal Superior da
Faculdade Metodista Granbery
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enquanto as políticas não forem mais claras, a Inclusão não vai ocorrer como deveria”,
analisa a educadora.
Acredito que a falta de informação deve ser o grande problema que justifica a não
inclusão bem maior de crianças com deficiência no ensino regular brasileiro. Esta falta de
informação, aliada ao preconceito, ao medo, falta de elaboração de metas governamentais
para qualificar o ensino; tudo isso provoca a segregação de crianças, que vão perdendo
oportunidades de desenvolverem seu potencial e de exercerem cidadania. O ministério da
Educação ainda não é capaz de garantir a educação a todas as crianças portadoras de
deficiências. Outro fator é que, não adianta só as crianças matricularem-se nas escolas
regulares, o ensino brasileiro não está preparado para recebe-las com uma formação com
qualidade e onde a diversidade esteja presente de forma natural.
Conceitua-se a Inclusão Social como o processo pelo qual a sociedade se adapta para
poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e,
simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A
inclusão social constitui, então, um processo bilateral no qual as pessoas, ainda
excluídas e a sociedade buscam, em parcerias, equacionar problemas, decidir sobre
soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos. (Sassaki,1997,p.3)
Um ótimo livro da jornalista Cláudia Werneck, trata com muita competência do tema
da Inclusão Social: Ninguém Mais vai Ser Bonzinho na Sociedade Inclusiva (1997), uma
obra para ser lida e estudada por muita gente: pessoas com deficiência, familiares,
profissionais de diversas áreas como habilitação, reabilitação, educação especial, mídia, etc.
Para que se possa incluir todas as pessoas, a sociedade deve ser modificada, e não as
pessoas, a partir do entendimento de que ela é que necessita ser capaz de atender às
pessoas, a partir do entendimento de que ela é que necessita ser capaz de atender às pessoas
e efetuar mudanças. O crescimento, o desenvolvimento dos portadores de necessidades
especiais, por meio da educação, reabilitação, qualificação profissional, etc, deve ocorrer
dentro do processo de inclusão e não como uma exigência, para estas pessoas poderem
fazer parte da sociedade. Muitos princípios para a prática da Inclusão são considerados
incomuns, diferentes e difíceis, como: a aceitação das diferenças individuais, (muitas vezes
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é difícil para os próprios pais aceitarem o problema dos filhos) a valorização de cada
pessoa, a convivência dentro da diversidade humana, a aprendizagem através da
cooperação, da ajuda mútua, do entendimento.
Esta diversidade humana é representada principalmente pela origem nacional, sexual,
religião, cor, idade, raça, gênero e deficiências. Infelizmente, muitas pessoas ainda são
excluídas por serem consideradas diferentes.
Pedagogos e psicólogos hoje não têm mais dúvidas de que a inclusão de pessoas
portadoras de necessidades especiais em salas de aulas regulares só é benéfica ao
aprendizado dessas crianças. Elas aprendem mais e interagem com os colegas de classe. “O
desenvolvimento pedagógico nessas condições é muito maior do que quando a criança é
educada em classes especiais, compostas apenas por portadores de deficiências”, afirma a
psicopedagoga Leny Magalhães, professora da PUC-SP, numa entrevista ao jornal: Diário
do grande ABC (09/06/2002), ela estuda a educação inclusiva há vinte anos.
A educação inclusiva representa um passo muito concreto e manejável que pode ser
dado em nossos sistemas escolares para assegurar que todos os estudantes comecem
a aprender que o “pertencer” é um direito, não um status privilegiado que deva ser
conquistado. ( N.Kunc, 1992 apud SASSAKI, 1999)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
PASCHOAL, Engel. Escola para Todos. Folha do estado de Cuibá, MT, 25/04/02.
Disponível em: <http://www.sentidos.com.br>
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