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COMPACTÁVEIS 3-14
compactáveis
3.1 Introdução
requisitos impostos por razões construtivas e das condições ambientais locais. Com
[Lourenço, 1995].
Se o fluxograma apresentado é válido para betões normais também será para betões
dos vários constituintes deve haver necessidade de recorrer a métodos diferentes dos
ligante;
das curvas de referência. Será proposta uma curva de referência para betões
auto-compactáveis;
Uma unidade de volume de betão pode dividir-se numa parte sólida, composta pelo
somatório dos volumes absolutos dos diversos componentes, que se define como
compacidade (σ), e uma outra composta por líquidos e ar, identificada pelo índice de
[Lourenço, 1995]:
K K'
I= + ( 3-1 )
5 D max R − 0,75
D max
função dos meios de compactação e R o raio médio do molde. Nos casos correntes
K
I= + 4K ' ( 3-2 )
5 D max
Os valores de K e de K’ para betões normais são apresentados nas tabelas 3-1 e 3-2
[Lourenço, 1995].
Consistência Betão sem Betão com fraca Betão com forte Betão com fraca Betão com forte
adjuvante dosagem de dosagem de dosagem de dosagem de
plastificante plastificante superplastificante superplastificante
No caso do betão auto-compactável K’ será considerado igual a 0,004, uma vez que
Faury propõe esta valor para K’ no caso de não haver compactação e o valor de K
f c, j = k i, j × γ 2 ( 3-3 )
usado (i) e da idade (j); γ a compacidade da pasta ligante enquanto fresca definida
ν
analiticamente como γ = sendo ν o volume absoluto de ligante e I o índice de
ν+I
vazios.
f c, j
a) adoptando valores para f c , j e k i , j obtém-se γ = ;
k i, j
γ×I
b) pode-se calcular o volume absoluto de ligante ν =
1− γ
compactação são, na maioria dos casos, sempre que as resistências exigidas não
Eventualmente terá interesse realizar alguns ensaios em pastas para aferir do efeito
Existem diversas curvas de referência, que foram propostas por vários autores ao
Faury são, no nosso país, as mais amplamente divulgadas e aplicadas, razão pela qual
Importa salientar que estas duas curvas de referência consideram uma mistura
[Lourenço, 1995]:
100
p' (d ) = [p(d) − p c +s ]× ( 3-4 )
100 − p c +s
totalidade dos agregados, do cimento e das adições que passam através do peneiro de
c+s
totalidade de material sólido, ou seja, p c +s = × 100 , sendo c e s o volume
σ
Definida a curva de referência p’(d), interessa determinar a curva da mistura real que
volume absoluto, com que cada agregado entra na mistura (pi). Este procedimento
(cimento mais adições) (ν), pode-se obter o volume absoluto da totalidade dos
agregados (m):
m = σ−ν. ( 3-5 )
proporções, em volume absoluto, com que cada agregado entra na mistura (pi), pelo
volume absoluto da totalidade dos agregados (m) e pela massa volúmica absoluta de
Mi = pi × m × µi ( 3-6 )
1988]:
d
p(d ) = A + (100 − A) × ( 3-7 )
D max
100% Pc+s
p(d)
% de passados
p'(d)
A
0 Dmax
Diâmetros (escala d )
De acordo com a teoria de Caquot, Faury, em 1941, propõe uma curva de referência
que será obtida pela mistura em percentagens variáveis de dois constituintes, são eles
entre 0,0065 e D max / 2 mm, com uma percentagem em volume absoluto igual a:
B
y = p(D max / 2) = A + 17 × 5 D max + ( 3-8 )
R
− 0,75
D max
cimento e das adições que passam através do peneiro de malha D max / 2 ; Dmax a
Consistência / Terra
Muito Terra
Natureza dos Fluida Mole Plástica Seca pouco
fluida húmida
agregados húmida
Areias e
agregados ≥ 32 30 - 32 28 - 30 26 - 28 24 – 26 22 - 24 ≤ 22
grossos rolados
Areias roladas e
agregados ≥ 34 32 - 34 30 - 32 28 - 30 26 - 28 24 - 26 ≤ 24
grossos britados
Areias e
agregados ≥ 38 36 - 38 34 - 36 32 - 34 30 -32 28 - 30 ≤ 28
grossos britados
5
0,0065 − 5 D max / 2 5
0,0065 − 5 d
= ⇔
0−y 0 − p(d)
y × (5 0,0065 − 5 d )
⇔ p(d) = ( 3-9 )
5
0,0065 − 5 D max / 2
pela função:
100%
100-y
% de passados p(d)
compactáveis
Neste sub-capítulo será proposta uma curva de referência para o estudo do betão
auto-compactável.
Utilizando como referência os critérios expostos por Okamura e pela JSCE, verifica-
presentes na mistura.
Desta forma, pode-se determinar um ponto de uma curva de referência p’(d), que
100
p' (4,76) = [p(4,76) − p c +s ]× ⇔
100 − p c +s
100
⇔ 50 + G = [p(4,76) − p c +s ]× ⇔
100 − p c +s
(50 + G ).(100 − p c +s )
⇔ p(4,76) − p c +s = =⇔
100
Pc +s
⇔ p(4,76) = (50 + G ) × (1 − ) + Pc +s ( 3-11 )
100
Uma vez que a curva de referência de Faury, é a mais usada entre nós, e considera
5
uma distribuição proporcional à d , utilizar-se-á a mesma distribuição. Assim
referência da totalidade dos sólidos, por aplicação da expressão 3-10, é definida pela
função:
finos e médios cujas dimensões estão compreendidas entre 0,074 e 4,76mm. A razão
entre os dois conjuntos. O limite inferior de 0,074mm foi escolhido tendo em conta
que o que se pretende é uma curva de referência para quantificar os agregados, e por
isso, parte-se do pressuposto que a fracção dos constituintes do betão com dimensões
cimento e as adições.
p(0,074) = Pc + s + F ( 3-13 )
5
4,76 − 5 0,074 5
d − 5 0,074
= ⇔
p(4,76) − p(0,074) p(d) − p(0,074)
⇔ (p(d ) − p(0,074)) =
[p(4,76) − p(0,074)].(5 d − 5 0,074 ) ⇔
(5 4,76 − 5 0,074 )
Como a curva p(d) é composta por dois segmentos unidos por um ponto de quebra,
quando for representada num gráfico, em que o eixo das abcissas está graduado
5
numa escala proporcional à d , então, são necessários apenas 3 pontos para a sua
Tabela 3-6 – Coordenadas dos 3 pontos fundamentais para o traçado da curva de referência
Pc +s
4,76 (50 + G ) × (1 − ) + Pc +s 50+G
100
Dmáx 100 100
100%
100-p(4,76) 100-(50+G)
% de passados
p(d)
p(4,76) 50+G
p'(d)
p(0,074)
0 4,76 Dmax
p'(0,074)
5
0.074 Diâmetros (escala d)
Figura 3-4 – Curva de referência proposta para betões auto-compactáveis, p(d) e p’(d)
composição do betão. Para isso, pode-se recorrer à norma 613 do ACI (American
Estimado que foi o índice de vazios (I), o volume de vazios (vv) e o volume de
adjuvante (adj), e sabendo que o índice de vazios é parte do betão composta por
a = I − v v − adj ( 3-15 )
O adjuvante, se for líquido, será considerado na sua totalidade, por ser a sua parte
4.1 Materiais
4.1.1 Cimento
Características Valor
3
Massa volúmica absoluta [g/cm ] 3,15
Superfície específica [cm2/g] 3680
Resíduo a 45 µm [%] 18,0
Resíduo a 90 µm [%] 1,8
Água da pasta normal [%] 27,5*
Expansibilidade [mm] 1,0
Início de presa [min.] 170
Fim de presa [min.] 225
*
o valor obtido em ensaios realizados no presente estudo foi de
27,0 %
Compostos Simbologia %
Óxido de cálcio [CaO] C 62,2
Óxido de silício [SiO2] S 19,8
Óxido de alumínio [Al2O3] A 5,1
Óxido de enxofre [SO3] S 3,3
Óxido de ferro [Fe2O3] F 3,2
Óxido de magnésio [MgO] -- 2,5
Cal livre -- 1,1
Óxido de potássio [K2O] -- 1,1
Óxido de sódio [Na2O] -- 0,1
Resíduo insolúvel -- 2,0
Perda ao fogo -- 2,6
-
Cloretos [Cl ] -- 0,013
Resistências MPa
2 dias 5,5
À flexão 7 dias 7,0
28 dias 8,0
2 dias 33,0
À compressão 7 dias 44,8
28 dias 53,0
4.1.2 Adições
Características Valor
3
Massa volúmica absoluta [g/cm ] 2,20
2
Superfície específica [cm /g] 4750
Água da pasta normal [%] 18,0
Perda ao fogo [%] 3,9
4.1.3 Agregados
Utilizou-se uma areia e um areão rolados, uma brita 1 e uma brita 2. A areia e o
Curvas granulométricas
100
80
Passados ]%]
60
40
20
0
Depósito
0,074
0,149
0,297
0,59
1,19
2,38
4,76
9,52
12,7
19,1
25,4
38,1
Malhas [mm]
4.1.4 Água
4.1.5 Adjuvantes
Tendo por objectivo, na primeira fase, verificar o efeito das cinzas volantes na
superplastificantes SV3000 e o SV3010 nas dosagens (D.S.) de 0,0, 0,5, 1.0, 1.5, 2,0
e 2,5% da massa de ligante, para dois tipos de ligante; cimento I 42,5 R (C)e uma
respectivamente.
cimento, com diferentes quantidades de água foram sujeitos à acção de uma sonda
Para o provete em que a penetração da sonda se dá até um ponto que diste 6 ± 1mm
as seguintes adaptações:
r.p.m. mais 3 minutos a 120 r.p.m.. Passado esse tempo parou-se a misturadora
Depois de estar pronta a calda, verte-se 1000cm3 desta no cone com a abertura
cronometra-se o tempo até que tenham fluido 500cm3, este tempo designa-se por
500
Qm = [cm3/s] ( 4-1 )
Tescoamento
fluidez das caldas, ou seja, quanto maior for o caudal médio de escoamento maior
será a fluidez.
Para a realização deste ensaio primeiro preparou-se a pasta, seguindo para isso o
cónico semelhante ao apresentado na figura 4-4 é colocado sobre uma placa de vidro
60s são o tempo necessário para que a deformação da pasta estabilize, ou seja, não
deformabilidade
d1 × d 2
Γm = −1 ( 4-2 )
d 02
tronco cónico.
curva de referência proposta neste trabalho (ver capítulo 3), tendo sido para isso
granular entre um betão auto-compactável e um betão normal, para isso foi realizado
seguida, nas tabelas 4-8, 4-9 e 4-10, apresentam-se os quadros sucintos das
Tabela 4-8 – Quantidades dos diversos componentes, por m 3 de betão, para os betões de máxima
dimensão 12,7mm
Tabela 4-9– Quantidades dos diversos componentes, por m 3 de betão, para os betões de máxima
dimensão 19,1mm
Tabela 4-10 – Quantidades dos diversos componentes, por m 3 de betão, para o betão BNS3
Em cada amassadura foi realizado um volume de 0,021m3 de betão. Com esse betão
sem apiloar o betão; retira-se o cone; cronometra-se o tempo até o betão atingir um
diâmetro de 50cm (T50cm ) e o tempo até o betão parar (Ttotal). Finalmente medem-se
O T50cm , o tempo para o betão atingir os 50cm de diâmetro, deve estar compreendido
entre 1 e 2s [Sonebi et al., 1999]. O Slump Flow deve ser 660±60mm [Petersson et
al., 1998].
4.3.2 L Box
O ensaio L Box realiza-se da seguinte forma: enche-se a parte vertical da caixa com
parte vertical e a horizontal; cronometra-se o tempo que passa até o betão atingir os
50cm (T50cm ) e o tempo até o betão parar (Ttotal); mede-se a altura de betão no início
Existem dois critérios, a razão H2/H1 superior a 60% [David, 1999] e a diferença
divulgado e utilizado.
a)
φ12 // 41mm
3φ
método da pressão. Na figura 4-8 está representado o aerómetro para betão utilizado.
ligação entre as duas câmaras através da alavanca existente na tampa e finalmente ler
Após a amassadura, o betão foi colocado, sem qualquer tipo de vibração, em moldes
resistência à compressão.
foram realizados, no betão com idade de 3, 7, 14, 28 e 56 dias. Em cada idade foram
ensaiados 2 provetes.
Com estes ensaios pretende-se verificar o efeito das cinzas volantes na fluidez e
Os resultados obtidos na realização deste ensaio são os apresentados nas tabelas 5-1,
Tabela 5-1 – Composições das pastas e resultados do ensaio de consistência normal, com a utilização
do Superplastificante SV 3010 e CV/(C+CV)=0,0
CV/(C+CV)=0,0 SV 3010
A [g] A/C A+Ad [g] (A+Ad)/(C+CV)
(C+CV) [g] % (C+CV) Ad [g]
500 135 0,0% 0,00 0,27 135,00 0,27
500 124 0,5% 2,50 0,25 126,50 0,25
500 117 1,0% 5,00 0,23 122,00 0,24
500 111 1,5% 7,50 0,22 118,50 0,24
500 104 2,0% 10,00 0,21 114,00 0,23
500 100 2,5% 12,50 0,20 112,50 0,23
Tabela 5-2 - Composições das pastas e resultados do ensaio de consistência normal, com a utilização
do Superplastificante SV 3010 e CV/(C+CV)=0,3
CV/(C+CV)=0,3 SV 3010
A [g] A/C A+Ad [g] (A+Ad)/(C+CV)
(C+CV) [g] % (C+CV) Ad [g]
350 + 150 121 0,0% 0,00 0,24 121,00 0,24
350 + 150 114 0,5% 2,50 0,23 116,50 0,23
350 + 150 100 1,0% 5,00 0,20 105,00 0,21
350 + 150 98 1,5% 7,50 0,20 105,50 0,21
350 + 150 82 2,0% 10,00 0,16 92,00 0,18
350 + 150 80 2,5% 12,50 0,16 92,50 0,19
Tabela 5-3 – Composições das pastas e resultados do ensaio de consistência normal, com a utilização
do Superplastificante SV 3000 e CV/(C+CV)=0,0
CV/(C+CV)=0,0 SV 3000
A [g] A/C A+Ad [g] (A+Ad)/(C+CV)
(C+CV) [g] % (C+CV) Ad [g]
500 135 0,0% 0,00 0,27 135,00 0,27
500 124 0,5% 2,50 0,25 126,50 0,25
500 117 1,0% 5,00 0,23 122,00 0,24
500 110 1,5% 7,50 0,22 117,50 0,24
500 104 2,0% 10,00 0,21 114,00 0,23
500 101 2,5% 12,50 0,20 113,50 0,23
Tabela 5-4 - Composições das pastas e resultados do ensaio de consistência normal, com a utilização
do Superplastificante SV 3000 e CV/(C+CV)=0,3
CV/(C+CV)=0,3 SV 3000
A [g] A/C A+Ad [g] (A+Ad)/(C+CV)
(C+CV) [g] % (C+CV) Ad [g]
350 + 150 121 0,0% 0,00 0,24 121,00 0,24
350 + 150 114 0,5% 2,50 0,23 116,50 0,23
350 + 150 99 1,0% 5,00 0,20 104,00 0,21
350 + 150 97 1,5% 7,50 0,19 104,50 0,21
350 + 150 83 2,0% 10,00 0,17 93,00 0,19
350 + 150 80 2,5% 12,50 0,16 92,50 0,19
Superplastificante SV 3010
0,28
(A+Ad)/(C+CV)
0,26
y = -1,7543x + 0,2648
0,24
0,22
0,20
y = -2,4629x + 0,2416
0,18
0,16
0,0% 0,5% 1,0% 1,5% 2,0% 2,5%
CV/(C+CV)=0,0 CV/(C+CV)=0,3
R. Linear CV/(C+CV)=0.0 R. Linear CV/(C+CV)=0.3
Figura 5-1 – Representação dos resultados dos ensaios de consistência normal. Dosagem de
superplastificante SV 3010 [%] vs. (A+Ad)/(C+CV)
Superplastificante SV 3000
0,28
(A+Ad)/(C+CV)
0,26
y = -1,7086x + 0,2642
0,24
0,22
0,20
y = -2,4286x + 0,2409
0,18
0,16
0,0% 0,5% 1,0% 1,5% 2,0% 2,5%
CV/(C+CV)=0,0 CV/(C+CV)=0,3
R. Linear CV/(C+CV=0.0 R. Linear CV/(C+CV)=0.3
Figura 5-2 – Representação dos resultados dos ensaios de consistência normal. Dosagem de
superplastificante SV 3000 [%] vs. (A+Ad)/(C+CV)
Através da análise dos resultados representados nestes gráficos pode concluir-se que
para a realização de pastas de consistência normal, tanto quando estas são compostas
só por cimento como quando são composta por uma mistura de cimento e cinzas
volantes.
muito referir que até à dosagem de 0,5% temos um efeito mais intenso, o declive do
troço 0,0 – 0,5% é o maior, e que dosagens superiores a 2,0% não conduzem a
No que diz respeito às pastas compostas por mistura de cimento e cinzas volantes
superplastificante, este tem efeito, não só, sobre as partículas de cimento, mas
Tabela 5-5 – Valores das regressões lineares e respectivos quadrados do coeficiente de regressão
linear, R2, representadas nas figuras 5-1 e 5-2
com Ad = 0,0 diminui de 0,27 para 0,24, redução essa que somente se pode justificar
cimento com 30% de cinzas volantes. A avaliação destas figuras permite realçar que,
Superplastificante SV 3010
0,28
(A+Ad)/(C+CV))
0,26
0,24
0,22
0,20
0,18
0,16
0,0 0,3
CV/(C+CV)
SP=0,0% SP=0,50% SP=1,0% SP=1,5% SP=2,0% SP=2,5%
Figura 5-3 - Representação dos resultados dos ensaios de consistência normal. CV/(C+CV) vs.
(A+AD)/(C+CV) com a utilização de superplastificante SV 3010
Betão auto-compactável – Metodologia de composição 5-7
Resultados e análise de resultados
água necessária para a realização da pasta de consistência normal, é maior nas cinzas
Superplastificante SV 3000
0,28
(A+Ad)/(C+CV)
0,26
0,24
0,22
0,20
0,18
0,16
0,0 0,3
CV/(C+CV)
SP=0,0% SP=0,50% SP=1,0% SP=1,5% SP=2,0% SP=2,5%
Figura 5-4 - Representação dos resultados dos ensaios de consistência normal. CV/(C+CV) vs.
(A+AD)/(C+CV) com a utilização de superplastificante SV 3000
Nas tabelas 5-6 e 5-7 apresentam-se os cálculos dos declives dos diversos troços
representados nas figuras 5-3 e 5-4, respectivamente. A análise dos declives dos
efeito de redução de água, nas pastas constituídas por mistura de cimento e cinzas
dosagem de 2,5% o declive é menor o que significa que para dosagem superior a 2%
Tabela 5-6 – Cálculo dos declives dos troços representados nas figuras 5-3
SV 3010
CV/(C+CV) (A+Ad)/(C+CV) Declive do troço
% (C+CV)
0,0 0,27
SP=0,0% -0,0933
0,3 0,24
0,0 0,25
SP=0,50% -0,0667
0,3 0,23
0,0 0,24
SP=1,0% -0,1133
0,3 0,21
0,0 0,24
SP=1,5% -0,0867
0,3 0,21
0,0 0,23
SP=2,0% -0,1467
0,3 0,18
0,0 0,23
SP=2,5% -0,1333
0,3 0,19
Tabela 5-7 - Cálculo dos declives dos troços representados nas figuras 5 -4
SV 3000
CV/(C+CV) (A+Ad)/(C+CV) Declive do troço
% (C+CV)
0,0 0,27
SP=0,0% -0,0933
0,3 0,24
0,0 0,25
SP=0,50% -0,0667
0,3 0,23
0,0 0,24
SP=1,0% -0,1200
0,3 0,21
0,0 0,24
SP=1,5% -0,0867
0,3 0,21
0,0 0,23
SP=2,0% -0,1400
0,3 0,19
0,0 0,23
SP=2,5% -0,1400
0,3 0,19
O caudal médio de escoamento (Qm) representado por 500/T escoamento é uma grandeza
que se relaciona directamente com a fluidez das caldas, ou seja, quanto maior for o
Tabela 5-8 – Composições das caldas e resultados do ensaio de cone de Marsh, com a utilização do
Superplastificante SV 3010 e CV/(C+CV)=0,0
CV/(C+CV)=0,0 SV 3010
A [g] (A+Ad)/(C+CV) Tescoamento [s] Qm [cm3/s]
(C+CV) [g] % (C+CV) Ad [g]
Tabela 5-9 – Composições das caldas e resultados do ensaio de cone de Marsh, com a utilização do
Superplastificante SV 3010 e CV/(C+CV)=0,3
CV/(C+CV)=0,3 SV 3010
A [g] (A+Ad)/(C+CV) Tescoamento [s] Qm [cm3/s]
(C+CV) [g] % (C+CV) Ad [g]
Tabela 5-10 – Composições das caldas e resultados do ensaio de cone de Marsh, com a utilização do
Superplastificante SV 3000 e CV/(C+CV)=0,0
CV/(C+CV)=0,0 SV 3000
A [g] (A+Ad)/(C+CV) Tescoamento [s] Qm [cm3/s]
(C+CV) [g] % (C+CV) Ad [g]
Tabela 5-11 - Composições das caldas e resultados do ensaio de cone de Marsh, com a utilização do
Superplastificante SV 3000 e CV/(C+CV)=0,3
CV/(C+CV)=0,3 SV 3000
A [g] (A+Ad)/(C+CV) Tescoamento [s] Qm [cm3/s]
(C+CV) [g] % (C+CV) Ad [g]
ligantes.
3000 têm comportamentos muito semelhantes, razão pela qual se fará um comentário
Os resultados representados nas figuras 5-5 e 5-6 demonstram que as cinzas volantes
melhoram a fluidez das caldas, uma vez que o caudal médio de escoamento das
Superplastificante SV 3010
90,0
75,0
Qm [cm 3/s]
60,0
45,0
30,0
15,0
0,0
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50
CV/(C+CV)=0,0 CV/(C+CV)=0,3
Figura 5-5 - Representação dos resultados dos ensaios de cone de Marsh. Dosagem de
superplastificante SV 3010 [%] vs. Qm [cm 3/s]
Superplastificante SV 3000
.
90,0
75,0
Qm [cm 3/s]
60,0
45,0
30,0
15,0
0,0
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50
Dosagem de superplastificante [%]
CV/(C+CV)=0,0 CV/(C+CV)=0,3
Figura 5-6 - Representação dos resultados dos ensaios de cone de Marsh. Dosagem de
superplastificante SV 3000 [%] vs. Qm [cm 3/s]
caudal médio de escoamento das caldas compostas por mistura de cimento e cinzas
superplastificante.
No que diz respeito às caldas compostas por mistura de cimento e cinzas volantes a
dosagem de superplastificante que conduz à fluidez máxima ser menor do que para
as caldas compostas só por cimento, indica que o superplastificante é mais eficaz nas
Tabela 5-12 - Composições das pastas e resultados do ensaio de espalhamento, com a utilização do
Superplastificante SV 3010 e CV/(C+CV)=0,0
CV/(C+CV)=0,0 SV 3010
A [g] (A+Ad)/(C+CV) D1 [mm] D2 [mm] Γm
(C+CV) [g] % (C+CV) Ad [g]
Tabela 5-13 - Composições das pastas e resultados do ensaio de espalhamento, com a utilização do
Superplastificante SV 3010 e CV/(C+CV)=0,3
CV/(C+CV)=0,3 SV 3010
A [g] (A+Ad)/(C+CV) D1 [mm] D2 [mm] Γm
(C+CV) [g] % (C+CV) Ad [g]
Tabela 5-14 - Composições das pastas e resultados do ensaio de espalhamento, com a utilização do
Superplastificante SV 3000 e CV/(C+CV)=0,0
CV/(C+CV)=0,0 SV 3000
A [g] (A+Ad)/(C+CV) D1 [mm] D2 [mm] Γm
(C+CV) [g] % (C+CV) Ad [g]
Tabela 5-15 - Composições das pastas e resultados do ensaio de espalhamento, com a utilização do
Superplastificante SV 3000 e CV/(C+CV)=0,3
CV/(C+CV)=0,3 SV 3000
A [g] (A+Ad)/(C+CV) D1 [mm] D2 [mm] Γm
(C+CV) [g] % (C+CV) Ad [g]
Superplastificante SV 3010
15,00
12,50
10,00
Γm
7,50
5,00
2,50
0,00
0,0% 0,5% 1,0% 1,5% 2,0% 2,5%
CV/(C+CV)=0 CV/(C+CV)=0,30
Figura 5-7 Representação dos resultados dos ensaios de espalhamento em pastas. Dosagem de
superplastificante SV 3000 [%] vs. Γm
Superplastificante SV 3000
15,00
12,50
10,00
Γm
7,50
5,00
2,50
0,00
0,0% 0,5% 1,0% 1,5% 2,0% 2,5%
CV/(C+CV)=0 CV/(C+CV)=0,30
Figura 5-8 Representação dos resultados dos ensaios de espalhamento em pastas. Dosagem de
superplastificante SV 3000 [%] vs. Γm
Está claramente definido nos gráficos apresentados nas figuras 5-7 e 5-8, que as
pastas compostas por mistura de cimento e cinzas volantes têm maior capacidade de
por mistura de cimento e cinzas pode justificar-se pelo facto do superplastificante ser
cinzas volantes essa relação já não se apresenta linear em todo o seu domínio, no
cimento.
semelhante à das pastas sem cinzas para valores de superplastificante de 2,5%. Com
superior ao SV 3000.
homogéneo.
Antes de se fazer uma apresentação dos resultados obtidos em cada um dos ensaios
Foram realizados betões com máxima dimensão dos agregados 12,7 e 19,1mm, uma
parâmetro F varia entre 0 a –4. O volume de agregados grossos foi limitado entre
0,30 a 0,34m3 para agregados com máxima dimensão 12,7mm e entre 0,30 a 0,32m3
para agregados com máxima dimensão 19,1mm, para isso o parâmetro G variou entre
0 e –6. A definição destes valores tem por base os critérios propostos por Okamura
[Okamura et al., 1995] e pela JSCE [JSCE, 1998], no entanto estes não são
rigorosamente verificados.
Parâmetros Quantidade de
Amassadura pc+s [%] D [mm]
F G grossos [m3/m3] máx
ensaio por si só não é suficiente para se afirmar que um betão é ou não auto-
compactável. Para isso é necessária a associação com outros ensaios como o L Box.
Tabela 5-17 – Resultados obtidos no ensaio de Slump Flow ( a) Sem segregação ou agregação; b)
Muito cascalhudo; c) Com segregação )
Slump Flow
Amassadura D final
T50cm [s] T total [s] D1 [mm] D2 [mm] Observações
[mm]
12,7-0,19-0,30 1,5 9,5 646 638 642 a)
12,7-0,19-0,34 1,5 10,5 665 680 673 a)
12,7-0,16-0,30 1 12 680 670 675 a)
12,7-0,16-0,34 1,5 10 662 660 661 b)
19,1-0,19-0,30 1,5 11 640 645 643 a)
19,1-0,19-0,32 1 8 650 640 645 a)
19,1-0,16-0,30 1 13 652 670 661 a)
19,1-0,16-0,32 1 11 673 684 679 b) c)
valores aceitáveis (entre 600 e 720mm), o que demonstra que todos estes betões
figura 5-9.
680
Diâmetro Final [mm]
670
660
650
640
630
30
34
30
34
,
,
-0
-0
-0
-0
19
19
16
16
,
,
-0
-0
-0
-0
,7
,7
,7
,7
12
12
12
12
Figura 5-10 – Ensaio de Slump Flow para betões com Dmáx. = 12,7mm
680
Diâmetro Final [mm]
670
660
650
640
630
30
32
30
32
0,
0,
0,
0,
9-
9-
6-
6-
,1
,1
,1
,1
-0
-0
-0
-0
,1
,1
,1
,1
19
19
19
19
Betões com Dmáx = 19,1mm
Figura 5-11 – Ensaio de Slump Flow para betões com Dmáx. = 19,1mm
Por análise das figuras 5-10 e 5-11, atesta-se que, para a mesma quantidade de pó, o
e que, para a mesma quantidade de agregados grossos, o diâmetro final aumenta com
diâmetro final obtido no Slump Flow. Quando se trata de betões com máxima
Na figura 5-13 está representada a relação entre o volume da pasta e o diâmetro final
obtido no ensaio Slump Flow. Nos betões com máxima dimensão dos agregados de
19,1mm o Slump Flow diminui com o aumento de pasta presente no betão, o que se
justifica pelo facto de o aumento relativo de pó, conduzir a um aumento de pasta, que
por sua vez vai conferir uma maior coesão à mistura, diminuindo a fluidez, e como
685
680
Slump Flow [mm]
675
670
665
660
655
650
645
640
1,40 1,60 1,80 2,00 2,20
3 3
Grossos/Pó [m /m ]
Dmáx=12.7mm Dmáx=19.1mm
685
680
Slump Flow [mm]
675
670
665
660
655
650
645
640
0
0
38
38
39
39
40
40
41
41
42
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
Dmáx=12.7mm Dmáx=19.1mm
mais fino e por isso com uma superfície específica maior, quando comparada com a
até 0,410m3, valor a partir do qual existe claramente uma queda de Slump Flow, o
pasta.
5.2.2 L Box
obtidos no L Box e a sua representação gráfica está patente nas figuras 5 -14 e 5-15.
Tabela 5-18 - Resultados obtidos no ensaio de L Box ( a) Sem segregação ou agregação; b) Muito
cascalhudo; c) Com segregação e bloqueio na zona da armadura )
L-Box
Amassadura H2/H1 600-H1
T50cm [s] T total [s] H1 [mm] H2 [mm] Observações
[%] [mm]
12,7-0,19-0,30 1,5 8,5 95 78 82 505 a)
12,7-0,19-0,34 2 13 90 70 78 510 a)
12,7-0,16-0,30 2 16 90 67 74 510 a)
12,7-0,16-0,34 3 17 135 45 33 465 b)
19,1-0,19-0,30 1,5 11 100 75 75 500 a)
19,1-0,19-0,32 2 11,5 105 70 67 495 a)
19,1-0,16-0,30 1,5 11 90 75 83 510 a)
19,1-0,16-0,32 1,5 13 95 65 68 505 b) c)
Ensaio L Box
90 515
600-H1 [mm]
H2/H1 [%]
70 495
50 475
30
30 455
34
30
34
0,
0,
0,
0,
9-
9-
6-
6-
,1
,1
,1
,1
-0
-0
-0
-0
,7
,7
,7
,7
12
12
12
12
Betões com Dmáx. = 12,7mm
Ensaio L Box
90 515
600-H1 [mm]
H2/H1 [%]
75 505
60 495
30
32
30
32
0,
0,
0,
0,
9-
9-
6-
6-
,1
,1
,1
,1
-0
-0
-0
-0
,1
,1
,1
,1
19
19
19
19
Tendo em conta que se verificou uma situação semelhante no ensaio de Slump Flow,
Betão vv [l/m3]
12,7-0,19-0,30 18
12,7-0,19-0,34 10
12,7-0,16-0,30 11
12,7-0,16-0,34 15
19,1-0,19-0,30 13
19,1-0,19-0,32 10
19,1-0,16-0,30 12
19,1-0,16-0,32 11
de vazios [l/m3]
20
15
10
5
Volume
0
30
34
30
34
0,
0,
0,
0,
9-
9-
6-
6-
,1
,1
,1
,1
-0
-0
-0
-0
,7
,7
,7
,7
12
12
12
12
Betões com Dmáx. = 12,7mm
Figura 5-17 – Betão vs. Volume de vazios para betões com Dmáx. = 12,7mm
de vazios [l/m3]
15
10
5
Volume
0
30
32
30
32
0,
0,
0,
0,
9-
9-
6-
6-
,1
,1
,1
,1
-0
-0
-0
-0
,1
,1
,1
,1
19
19
19
19
Figura 5-18 – Betão vs. Volume de vazios para betões com Dmáx. = 19,1mm
resistência, uma vez que será tanto maior quanto menor for o volume de vazios,
no entanto, não se deve esquecer que estes betões utilizam uma grande quantidade de
água e que esta pode ser superior à necessária para a hidratação. E que se isso
Betão auto-compactável – Metodologia de composição 5-25
Resultados e análise de resultados
preconizados por Okamura (40 a 70 l/m3), pela JSCE (45 l/m3) ou mesmo se
comparados com os indicados na norma 613 do ACI (25 e 20 l/m3 para máxima
Tabela 5-20 – Resistências à compressão obtidas em betões com máxima d imensão de agregados
12,7mm (Rc – resistência à compressão; Rcm – resistência à compressão média)
Tabela 5-21 - Resistências à compressão obtidas em betões com máxima dimensão de agregados
19,1mm (Rc – resistência à compressão; Rcm – resistência à compressão média)
Tabela 5-22 – Resistências à compressão obtidas com o BNS3 (Rc – resistência à compressão; Rcm –
resistência à compressão média)
BNS3
Idade
[dias] Rc Rcm
[MPa] [MPa]
45,6
7 44,9
44,2
55,1
14 55,7
56,3
60,4
28 58,3
56,1
71,8
56 69,6
67,4
figuras 5-19 e 5-20 verifica-se que os betões que contêm mais ligante, possuem
resistências superiores aos outros, e que estas diferenças se acentuam com o tempo.
A figura 5-19 permite atestar que para betões com máxima dimensão de agregado
idades jovens, mas que a partir dos 14 dias de idade a tendência se inverte.
70,0
60,0
50,0
Rcm [MPa]
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
0 10 20 30 40 50 60
Idade [dias]
Figura 5-19 – Resistência à compressão média em função da idade para betões com Dmáx. = 12,7mm
70,0
60,0
50,0
Rcm [MPa]
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
0 10 20 30 40 50 60
Idade [dias]
Figura 5-20 – Resistência à compressão média em função da idade para betões com Dmáx. = 19,1mm
Na figura 5-20 verifica-se que para betões com máxima dimensão de agregado
possuem uma pequena quantidade de grossos, mas a partir dos 28 dias de idade a
tendência inverte-se.
_ _
s s
Xn − t α . < µ < Xn + t α . ( 5-1 )
,n −1 n , n −1 n
2 2
_
Sendo: X n a média da amostra; t α a variável de t-Student, dependente do número
, n −1
2
amostra.
variam entre 0,14MPa, para o betão 12,7-0,16-0,34 aos 56 dias e 5,37MPa, para o
_ _ _ _
0,14 0,14
X n − 12,706. < µ < X n + 12,706. ⇔ X n − 1,26 < µ < X n + 1,26 , para o desvio
2 2
padrão mínimo, e
_ _ _ _
5,37 5,37
X n − 12,706. < µ < X n + 12,706. ⇔ X n − 48,25 < µ < X n + 48,25 para o
2 2
Significa isto que o valor das médias, com 95% de confiança estatística, das
dispersão dos resultados deste tipo de ensaio. Este erro é tanto mais significativo
quanto menor for o número de amostras, e neste estudo apenas se usaram 2 amostras.
[
R i = R máx × 1 − exp(− k × t in ) ] ( 5-2 )
Uma vez que a expressão faz depender a resistência da resistência máxima, então
parece razoável que se agrupem os betões com 0,16m3 de pó num grupo e os betões
com 0,19m3 de pó noutro, uma vez que as resistências máximas a atingir serão
diferentes.
Fazendo o ajuste destes dois grupos de dados com recurso ao método dos mínimos
Tabela 5-23 – Resultados do ajuste dos dados à expressão proposta por Jalali
É interessante referir que a resistência à compressão dos betões com 0,16 e 0,19m3
70
60
50
Ri [MPa]
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60
Idade [dias]
--- 0,16m3 de pó --- 0,19m3 de pó
Alguns dos provetes obtidos foram fotografados por forma a se poder observar o
Figura 5-22 – Fotografias dos betões 12,7-0,19-0,30 e 12,7-0,19-0,34 com a idade de 28 dias
Figura 5-23 – Fotografias dos betões 12,7-0,16-0,30 e 12,7-0,16-0,34 com a idade de 28 dias
Figura 5-24 – Fotografias dos betões 19,1-0,19-0,30 e 19,1-0,19-0,32 com a idade de 28 dias
Figura 5-25 – Fotografias dos betões 19,1-0,16-0,30 e 19,1-0,16-0,32 com a idade de 28 dias
Da análise das superfícies dos cubos ressalta o seguinte: as superfícies dos provetes,
rotura dos cubos ocorreu da forma habitualmente observada para cubos de betão
normal.
grossos.
duas fotografias que se apresentam nas figuras 5-26 e 5-27. Donde se verifica que o
BNS3 BAC
BNS3 BAC
Verifica-se que o tamanho das bolhas de ar que ficam ocluídas entre a cofragem e a
destaque este aspecto. Apresentam-se nas figuras 5-28 e 5-29 o aspecto da interface
entre a pasta ligante e o material granular do BAC e nas figuras 5-30 e 5-31 o mesmo
entre a pasta e o material granular do BAC são de muito menor dimensão do que as
do BNS3.
Com base nos resultados obtidos nos ensaios de avaliação da auto-compactação, isto
não foram considerados uma vez que o primeiro não satisfaz os critérios do ensaio da
Para a realização das amassaduras, o índice de vazios foi determinado por estimativa
da expressão de Faury.
[Lourenço, 1995], que se considera ser o caso do betão auto-compactável, por isso
água adj. vv I= K
Betões K' K Desvio
[m3] [m3] [m3] água + adj. + vv Média
padrão
12,7-0,19-0,30 0,189 0,007 0,030 0,226 0,004 0,35
12,7-0,19-0,34 0,190 0,007 0,025 0,222 0,004 0,34 0,35 0,0038
12,7-0,16-0,30 0,192 0,006 0,028 0,226 0,004 0,35
19,1-0,19-0,30 0,190 0,007 0,029 0,226 0,004 0,38
19,1-0,19-0,32 0,188 0,007 0,027 0,222 0,004 0,37 0,37 0,0021
19,1-0,16-0,30 0,190 0,006 0,026 0,222 0,004 0,37
0,0038 0,0038
0,35 − 4,303. < µ < 0,35 + 4,303. ⇔ 0,34 < µ < 0,36 , para betões com
3 3
0,0021 0,0021
0,37 − 4,303. < µ < 0,37 + 4,303. ⇔ 0,36 < µ < 0,38 , para betões com
3 3
Verifica-se que a dispersão dos valores é muito pequena, e que todos os valores de K
Nas figuras 6-1 e 6-2 estão representados os valores de K para cada betão, em função
0,38
K
0,36
0,35
0,34
12,7-0,19-0,30 12,7-0,19-0,34 12,7-0,16-0,30
Betões
K Média de K
0,38
0,37
K
0,36
0,34
19,1-0,19-0,30 19,1-0,19-0,32 19,1-0,16-0,30
Betões
K Média de K
Pode-se concluir que, nas condições do presente estudo (areias roladas, agregados
para betões com máxima dimensão igual a 12,7mm e será igual a 0,37 para betões
que não se previa na expressão de Faury (ver capítulo 3). E que a variação do valor
igual a 0,224±0,002.
sempre que as resistências exigidas não sejam muito elevadas, as grandes definidoras
da quantidade de ligante.
23
22,5
22
21,5
Pc+s [%]
21
20,5
20
19,5
19
18,5
0,15 0,16 0,17 0,18 0,19 0,20
3
Volume de pó [m ]
pode ver para a obtenção dos volumes de pó mínimo e máximo preconizados pela
uma dada resistência, a expressão de Feret (3-3), habitualmente usada para betões
verificar através da figura 6-4 e respectiva tabela 6-2, onde são apresentadas as rectas
relativamente baixos.
70,0
60,0
50,0
Rc [MPa]
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
0,150 0,160 0,170 0,180 0,190 0,200
2
γ
Tabela 6-2 – Relação entre a resistência à compressão em MPa e a compacidade da pasta ligante
Idade
Rc =k. γ2 R2
[dias]
3 Rc = 149,01γ2 0,75
2
7 Rc = 193,03γ 0,82
14 Rc = 222,56γ2 0,81
2
28 Rc = 254,44γ 0,80
56 Rc = 296,41γ2 0,82
determinação.
Propõe-se, por isso, o uso de uma expressão semelhante à de Feret, mas em que a
f c, j = k i, j × γ 3
( 6-1 )
ν
como γ = sendo ν o volume absoluto de ligante e I o índice de vazios.
ν+I
70,0
60,0
50,0
Rc [MPa]
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
0,055 0,060 0,065 0,070 0,075 0,080 0,085 0,090
3
γ
Tabela 6-3 – Relação entre a resistência à compressão em MPa e a compacidade da pasta ligante
Idade
Rc =k. γ3 R2
[dias]
3 Rc = 353,98γ3 0,84
7 Rc = 458,68γ3 0,94
14 Rc = 528,59γ3 0,90
28 Rc = 604,67γ3 0,92
56 Rc = 704,05γ3 0,92
800
0,2291
y = 283,84x
700
R2 = 0,9905
600
500
Kij
400
300
200
100
0
0 10 20 30 40 50 60
Idade [dias]
apontados para ele são válidos para misturas de 70% de cimento e 30% de cinzas
obtenção de betões auto compactáveis, uma vez que a estes valores correspondem a
Da análise da figura verifica-se que o parâmetro F é tanto maior quanto menor for a
fracções finas dos agregados quando existem menores quantidades de ligante, para
que haja uma camada lubrificante, isto é pasta, capaz de reduzir as tensões internas
devidas à colisão entre partículas dos agregados grossos, responsáveis pela obstrução
do fluxo.
1
Parâmetro F 0
-1
-2
-3
-4
-5
18,0 18,5 19,0 19,5 20,0 20,5 21,0 21,5 22,0 22,5 23,0 23,5
Percentagem de cimento + adições [%]
F = −1.1101 × Pc +s + 20.924
(R2 = 1.00) ( 6-2 )
determinação (R2) igual a 1, mostra que a expressão 6-2 explica bem os dados.
F
Amassadura pc+s [%]
Real Previsto (6-2)
12,7-0,19-0,30 22,5 -4 -4,1
12,7-0,19-0,34 22,4 -4 -3,9
12,7-0,16-0,30 18,9 0 -0,1
19,1-0,19-0,30 22,5 -4 -4,1
19,1-0,19-0,32 22,4 -4 -3,9
19,1-0,16-0,30 18,8 0 0,1
Por observação da figura 6-8, onde estão representadas as curvas de referência p(d)
dos betões realizados, verifica-se que p(0.074) tem sempre o mesmo valor,
igual a 18.5%.
agregados, p’(d), utilizadas na realização dos diferentes betões. Verifica-se que para
quebra bem nítido na malha de 4,76mm e que para betões com máxima dimensão
19,1mm a quebra não é tão acentuada, sendo por isso uma curva granulométrica
100
80
Passados [%]
60
40
20
0
4
59
19
38
76
52
,7
,1
,4
07
14
29
12
19
25
0,
1,
2,
4,
9,
0,
0,
0,
Malhas [mm]
19,1-0,19-0,30 19,1-0,16-0,30 19,1-0,19-0,32
12,7-0,16-0,30 12,7-0,19-0,34 12,7-0,19-0,30
100,0
80,0
60,0
Passados [%]
40,0
20,0
0,0
-20,0
4
59
19
38
76
52
,7
,1
,4
07
14
29
12
19
25
0,
1,
2,
4,
9,
Malhas [mm]
0,
0,
0,
Figura 6-9 – Curvas de referência p’(d) para betões com Dmáx. = 12,7mm
100,0
80,0
60,0
Passados [%]
40,0
20,0
0,0
-20,0
59
19
38
76
52
,7
,1
,4
4
7
07
14
29
12
19
25
0,
1,
2,
4,
9,
Malhas [mm]
0,
0,
0,
Figura 6-10 – Curvas de referência p’(d) para betões com Dmáx. = 19,1mm
mistura.
0,35
0,34
Grossos [m3]
0,33
0,32
0,31
0,30
0,29
-7,00 -6,00 -5,00 -4,00 -3,00 -2,00 -1,00 0,00 1,00
Parâmetro G
Dmáx. = 12,7mm Dmáx. = 19,1mm
Linear (Dmáx. = 12,7mm) Linear (Dmáx. = 19,1mm)
0,90
Grossos/Pasta [m 3/m3]
0,85
0,80
G = -6
G = -3
G = -6
0,75
G= -4
G=0
G=0
G = -1
G=0
0,70
0,65
30
34
30
34
30
32
30
32
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
9-
9-
6-
6-
9-
9-
6-
6-
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
-0
-0
-0
-0
-0
-0
-0
-0
,7
,7
,7
,7
,1
,1
,1
,1
12
12
12
12
19
19
19
19
Betões
segundo não passou nos ensaios de avaliação de auto-compactação, isto porque tem
uma relação grossos/pasta muito elevada. Daqui se conclui que é necessário ter em
semelhante.
fluxo. Assim sendo parece evidente que G não depende somente da máxima
Sendo o volume da pasta a soma do volume da parte não sólida, isto é, o índice de
mais adições, e do índice de vazios (I). A escolha destas variáveis tem por princípio
Uma vez que tanto expressão 6-4 como a 6-5 têm uma variável resultante do ensaio
Utilizando as expressões 6-3 e 6-4 e definidos os valores que se pretendem obter nos
A título de exemplo: num betão com máxima dimensão dos agregados 12,7mm,
percentagem de cimento mais adições igual a 18,5%, que conduz a um F igual a 0,45,
um índice de vazios igual a 0,226, que se pretenda um Slump Flow à volta de 660mm
e H2/H1 aproximadamente 80% o parâmetro G pode variar entre 1,27 e 3,16, sendo
que, um valor superior a 1,27 conduz a H2/H1 ≥ 80% e um valor inferior a 3,16
Slump
Dmáx. Pc+s H2/H1
I F Flow G Expressão
[mm] [%] [%]
[mm]
660 -- 3,2 6-3
18,5 0,45
-- 80 1,3 6.4
12,7 0,226
660 -- -2,6 6-3
22,5 -4,06
-- 80 -1,4 6.4
660 -- -0,1 6-3
18,5 0,45
-- 80 -1,2 6.4
19,1 0,221
660 -- -5,8 6-3
22,5 -4,06
-- 80 -3,8 6.4
Slump G
Dmáx H2/H1
Amassadura F real I Flow Previsto Previsto
[mm] [%] Real
[mm] (6-3) (6-4)
12,7-0,19-0,30 12,7 -4 0,226 642 82 0 -0,1 -1,0
12,7-0,19-0,34 12,7 -4 0,222 673 78 -6 -6,1 -5,1
12,7-0,16-0,30 12,7 0 0,226 675 74 0 0,5 0,2
12,7-0,16-0,34 12,7 0 0,222 661 33 -6 0,6 -9,2
19,1-0,19-0,30 19,1 -4 0,226 643 75 -1 -1,1 -0,1
19,1-0,19-0,32 19,1 -4 0,222 645 67 -4 -3,2 -4,8
19,1-0,16-0,30 19,1 0 0,222 661 83 0 -0,3 -0,1
19,1-0,16-0,32 19,1 0 0,220 679 68 -3 -3,7 -4,0
intervalo previsto pelas equações 6-3 e 6-4, no entanto os valores são muito
aproximados.
estimativa de G for realizada com a pretensão de obter 660mm no Slump Flow e 80%
na L Box, valores médios dos critérios, então a previsão de G seria 0,8 e –2,5 para a
equação 6-3 e 6-4 respectivamente. Entende-se deste modo a razão deste betão não
utilizada a equação 6-3 e 6-4 respectivamente. O parâmetro G utilizado foi –3, pelo
eliminação da segregação.
Os valores dos volumes de vazios obtidos no betão fresco variaram entre 10 e 18 l/m3
para betões com a máxima dimensão dos agregados 12,7mm e entre 10 e 13 l/m3
algo excessivos.
Neste sentido, e tendo em conta o profundo enraizamento, entre nós, dos valores
indicados na norma 613 do ACI, sugere-se a utilização dos volumes de vazios nela
indicados, isto é, 25 e 20 l/m3 para máxima dimensão dos agregados 12,7 e 19,1mm,
Estimado que foi o índice de vazios (I), o volume de vazios (vv) e o volume de
adjuvante (adj) e sabendo que o índice de vazios é parte do betão composta por
a = I − v v − adj
( 6-6 )
O adjuvante, se for liquido, será considerado na sua totalidade, por a sua parte sólida
ser pequena.
Com base nos 8 betões realizados podem-se determinar várias relações, que poderão
compactável, antes de fazer a amassadura. Todos os valores das relações que são
partir das composições estudadas. Estas figuras demonstram que tanto o volume de
0,430
Volume da pasta [m3]
0,415
0,400
0,385
0,370
30
34
30
34
30
32
30
32
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
9-
9-
6-
6-
9-
9-
6-
6-
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
-0
-0
-0
-0
-0
-0
-0
-0
,7
,7
,7
,7
,1
,1
,1
,1
12
12
12
12
19
19
19
19
Betões
1,20
1,15
1,10
1,05
1,00
0,95
0,90
0,85
30
34
30
34
30
32
30
32
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
9-
9-
6-
6-
9-
9-
6-
6-
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
-0
-0
-0
-0
-0
-0
-0
-0
,7
,7
,7
,7
,1
,1
,1
,1
12
12
12
12
19
19
19
19
Betões
É de notar que para volume de pasta inferior a 0,386 m3, aparentemente, não é
possível obter um betão auto-compactável, uma vez que os betões representados por
grossos/pó para cada uma das composições estudadas. Verifica-se que existe um
0,90
Grossos/Pasta [m3/m3]
0,85
0,80
0,75
0,70
0,65
30
34
30
34
30
32
30
32
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
9-
9-
6-
6-
9-
9-
6-
6-
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
-0
-0
-0
-0
-0
-0
-0
-0
,7
,7
,7
,7
,1
,1
,1
,1
12
12
12
12
19
19
19
19
Betões
auto-compactação, daí que tem interesse verificar se estes valores tem alguma
2,20
Grossos/Pó [m3/m3]
2,00
1,80
1,60
1,40
30
34
30
34
30
32
30
32
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
0,
9-
9-
6-
6-
9-
9-
6-
6-
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
,1
-0
-0
-0
-0
-0
-0
-0
-0
,7
,7
,7
,7
,1
,1
,1
,1
12
12
12
12
19
19
19
19
Betões
Nas figuras 6-17 a 6-20 apresentam-se estas relações. Foram realizadas as várias
Da figura 6-17, ressalta, conforme esperado, que existe uma correlação forte entre o
0,42
Volume da pasta [m ]
3
0,41
0,40
Nas figuras 6-18, 6-19 e 6-20 observa-se que os parâmetros F e G não se conseguem
1,17
3
3
1,15
1,13
1,11
1,09
1,07
-7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1
Parâmetro F ou G
G (12,7mm) G (19,1mm) F
Linear (G (12,7mm)) Linear (G (19,1mm)) Linear (F)
0,85
Grossos/Pasta [m /m ]
3
0,81
3
0,77
0,73
0,69
-7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1
Parâmetro F ou G
G (12,7mm) G (19,1mm) F
Linear (G (12,7mm)) Linear (G (19,1mm)) Linear (F)
1,90
Grossos/Pó [m /m ]
3
3 1,80
1,70
1,60
1,50
-7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1
Parâmetro F ou G
G (12,7mm) G (19,1mm) F
Linear (G (12,7mm)) Linear (G (19,1mm)) Linear (F)
0,85
0,80
Areia/Pasta [m /m ]
3
0,75
3
0,70
0,65
y = 0,0356x + 0,8
0,60 2
R = 0,9101
0,55
-5 -4 -3 -2 -1 0 1
Parâmetro F
agregados finos. Por outro lado quando a quantidade de pasta é pequena conduz a um
Betão auto-compactável – Metodologia de composição 6-25
Avaliação do método de composição proposto
F maior, que por sua vez vai aumentar a quantidade de agregados finos. Este facto
partículas dos agregados grossos está assegurada, não sendo necessária grande
dos agregados grossos tem que ser realizada também com recurso às areias,
Nas figuras 6-22 e 6-23 estão representadas as relações entre o parâmetro G e a razão
coeficiente de determinação.
1,60
Grossos/Areia [m /m ]
3
3
1,35
y = -0,0567x + 1,0196
2
R = 0,9349
1,10
y = -0,0506x + 0,9905
R2 = 0,9367
0,85
-7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1
Parâmetro G
Dmáx. = 12,7mm Dmáx. = 19,1mm
Linear (Dmáx. = 12,7mm) Linear (Dmáx. = 19,1mm)
sobretudo na sua fracção mais grossa. Mas, o aumento na quantidade de grossos tem
que ser compensada, em parte, com o aumento de pasta, aumentando desta forma o
0,55
0,50
y = -0,0142x + 0,4298
2
R = 0,9994
0,45
y = -0,0105x + 0,4266
R2 = 0,9423
0,40
-7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1
Parâmetro G
Dmáx. = 12,7mm Dmáx. = 19,1mm
Linear (Dmáx. = 12,7mm) Linear (Dmáx. = 19,1mm)
NORMAL 7-3
7.1 Custos
um betão normal. As grandes causas para este acréscimo de custo são: a necessidade
grandes quantidades.
Designações / Custo
12,7-0,16-0,30 12,7-0,19-0,30 12,7-0,19-0,34 19.1-0,16-0,30 19.1-0,19-0,30 19.1-0,19-0,32
Unitário
Cimento [kg] 285 340 340 285 340 340
15 Esc. 4.275 Esc. 5.100 Esc. 5.100 Esc. 4.275 Esc. 5.100 Esc. 5.100 Esc.
Cinzas volantes [kg] 122 146 146 122 146 146
6 Esc. 732 Esc. 876 Esc. 876 Esc. 732 Esc. 876 Esc. 876 Esc.
SV 3000 [l] 5,76 6,87 6,87 5,76 6,87 6,87
200 Esc. 1.152 Esc. 1.374 Esc. 1.374 Esc. 1.152 Esc. 1.374 Esc. 1.374 Esc.
Areia média [kg] 830 754 656 824 727 680
1,25 Esc. 1.038 Esc. 943 Esc. 820 Esc. 1.030 Esc. 909 Esc. 850 Esc.
Areão [kg] 306 350 395 436 464 496
1,25 Esc. 383 Esc. 438 Esc. 494 Esc. 545 Esc. 580 Esc. 620 Esc.
Brita [kg] 526 483 547 412 395 421
1 Esc. 526 Esc. 483 Esc. 547 Esc. 412 Esc. 395 Esc. 421 Esc.
Água [l] 192 189 190 190 190 188
0,1 Esc. 19 Esc. 19 Esc. 19 Esc. 19 Esc. 19 Esc. 19 Esc.
Custo Total 8.124 Esc. 9.232 Esc. 9.230 Esc. 8.165 Esc. 9.253 Esc. 9.260 Esc.
rendimentos do LNEC [Manso et al., 1997], com o valor dos custos actualizados
utilizados e os resultados.
Mistura do betão
Quant. Unid. Descrição do recurso C. Unitário C. Totais
0,400 h Betoneira 499 Esc. 200 Esc.
0,600 l Gasóleo 111 Esc. 67 Esc.
1,200 h Servente 1.090 Esc. 1.308 Esc.
0,400 h Manobrador de máquinas 1.404 Esc. 561 Esc.
Custo da mistura : 2.136 Esc.
15000
Material + mistura
0,2767
y = 3829x
12000 2
R = 0,9667
Custo [Esc.]
9000
Material
0,3448
y = 2378,4x
6000 2
R = 0,9668
3000
0
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0
Rm [MPa]
Material Material + Mistura Potência (Material) Potência (Material + Mistura)
Figura 7-1 – Relação entre as resistências médias aos 28 dias e os custos de produção para o BAC
respeitante ao material, sendo o custo da mistura igual. Existindo uma base de dados
12000
Material + mistura
0,3567
y = 2424,6x
9000 2
R = 0,9917
Custo [Esc.]
Material
6000
0,4785
y = 1177,6x
2
R = 0,9948
3000
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Rm [MPa]
Material Material + Mistura Potência (Material) Potência (Material + Mistura)
Figura 7-2 – Relação entre as resistências médias aos 28 dias e os custos de produção para o BNS3
entre o BAC e o BNS3 varia entre 15 e 24%, e é tanto maior quanto menor for a
1,40
1,35
Material
-0,1337
y = 2,0197x
BAC / BNS3 1,30
1,25
1,20
Material + mistura
1,15 -0,08
y = 1,5792x
1,10
0 10 20 30 40 50 60 70
Rm [MPa]
LNEC [Manso et al., 1997], com o valor dos custos actualizados, considerando uma
custos referidos.
Fundações directas
Quant. Unid. Descrição do recurso C. Unitário C. Totais BAC / BNS3
BNS3
0,645 l Gasóleo 111 Esc. 72 Esc.
0,430 h Vibrador 197 Esc. 85 Esc.
2,010 h Servente 1.090 Esc. 2.192 Esc.
Custo colocação do BNS3 : 2.349 Esc.
0,73
BAC
0,000 l Gasóleo 111 Esc. 0 Esc.
0,000 h Vibrador 197 Esc. 0 Esc.
1,580 h Servente 1.090 Esc. 1.723 Esc.
Custo colocação do BAC : 1.723 Esc.
O custo de colocação do betão varia com o tipo de elemento a betonar, por essa razão
tabela 7-5 verifica-se que o BAC apresenta custos de colocação a variar entre 56 e
Custo de colocação
Elemento de construção BNS3 BAC BAC / BNS3
Fundações directas 2.349 Esc. 1.723 Esc. 0,73
Ensoleiramento geral 2.910 Esc. 2.203 Esc. 0,76
Vigas de fundação 2.908 Esc. 2.181 Esc. 0,75
Pilares de fácil betonagem 2.037 Esc. 1.143 Esc. 0,56
Pilares com dificuldade média de betonagem 6.863 Esc. 4.830 Esc. 0,70
Pilares de difícil betonagem 8.898 Esc. 5.997 Esc. 0,67
Pilares de grandes dimensões 2.908 Esc. 1.854 Esc. 0,64
Paredes 5.852 Esc. 4.601 Esc. 0,79
Vigas e lintéis 3.615 Esc. 2.890 Esc. 0,80
Lajes maciças (pavimento) 2.682 Esc. 1.842 Esc. 0,69
Lajes fungiformes 2.895 Esc. 2.290 Esc. 0,79
Lajes maciças (escadas e consolas) 3.501 Esc. 2.661 Esc. 0,76
Varandas 0,10m de esp. 6.028 Esc. 4.405 Esc. 0,73
interessa saber o que acontece com o custo global, custo de produção e colocação em
obra. Para isso irá realizar-se a adição do custo de produção com o custo de
se na tabela 7-6.
BAC e BNS3 é menor para resistências elevadas, qualquer que seja o elemento
difícil betonagem o BAC é mais económico do que o BNS3, tanto para Rm20 como
para Rm55; c) para varandas 0,10m de espessura o BAC e o BNS3 têm praticamente
1,13
BAC / BNS3
1,00
0,87
Lajes maciças
Lajes maciças
Pilares de grandes
Fundações
Paredes
Vigas de fundação
Ensoleiramento
Pilares de facil
Vigas e linteis
Varandas 0,10m
Pilares de dificil
Lajes fungiformes
dificuldade média
(pavimento)
(escadas e
directas
de betonagem
betonagem
consolas)
betonagem
Pilares com
dimensões
de esp.
geral
Rm = 20MPa Rm = 55MPa
aumento do volume dos lotes de betonagem, que poderá conduzir a uma diminuição
Por outro lado os custos associados à cofragem poderão ser superiores aos do betão
tixotropia do material.
8. CONCLUSÕES 8-3
8. Conclusões
superplastificante;
máxima, respectivamente;
500
Qm = , que indica o caudal médio em cm3/s. Deste modo os
Tescoamento
Tendo em conta as condições em que foi realizado este estudo, pode-se concluir que
correntes;
ν
definida analiticamente como γ = sendo ν o volume absoluto de
ν+I
referência proposta;
indicado;
0,386 m3 e 1,05;
outros casos o BAC apresenta um custo mais elevado do que o BNS3, sendo
aplicação;
Todo o trabalho foi realizado com cimento tipo I 42,5R e cinzas volantes. Teria
A aferição dos parâmetros da curva de referência proposta foi realizada somente com
decorativo, onde o BAC pode ser competitivo. Esta pode ser uma outra área de
investigação.
9. BIBLIOGRAFIA
9-1
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