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Mamanguape
2020
SUMÁRIO
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 9
REFERÊNCIAS 10
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1 INTRODUÇÃO: HISTÓRICO E CRIAÇÃO DA LEI MARIA DA PENHA
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Enquanto Maria da Penha não conseguia adquirir seus direitos ou ações
judiciais que a protegesse dessas violências pela justiça brasileira, ela recorreu à
justiça internacional, através do Centro pela Justiça e Direito Internacional (CEJIL) e
Comitê Latino Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos das Mulheres
(CLADEM).
Foi recomendada a finalização do processo penal do agressor de
Maria da Penha; a realização de investigações sobre as
irregularidades e atrasos no processo; a reparação simbólica e
material à vítima pela falha do Estado em oferecê-la um recurso
adequado; e a adoção de políticas públicas voltadas à prevenção,
punição e erradicação da violência contra a mulher. (CEOLIN;
BLUME, 2015, p. s/n).
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enunciados no inciso I quanto às questões de gênero e de raça ou etnia” (BRASIL,
2006, artº 8).
Um fator importante relatado na lei precisa-se ter nos currículos escolares
conteúdos que abordem “direitos humanos, à eqüidade de gênero e de raça ou etnia
e ao problema da violência doméstica e familiar contra a mulher” (BRASIL, 2006, artº
8).
Por último, é necessário por parte dos estados e do distrito federal a criação
de políticas e estratégias para o atendimento de mulheres que sofrem violência
doméstica e familiar. Desse modo, perante a lei:
2. 1 CRIMINALIZAÇÃO
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2. 2 MEDIDAS DE ASSISTÊNCIA E PREVENTIVAS PARA AS MULHERES
VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA
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Além disso, é garantido por lei às mulheres vítimas de violência o
atendimento policial e especializado, que seja de preferência profissionais do sexo
feminino.
A violência contra as mulheres é um assunto muito emergente e urgente, em
virtude de que, segundo o G1 (2019), apesar do Brasil ter tido uma redução de
homicídios dolosos em 2019, houve um aumento no número de casos de
feminicídios. Ainda segundo a reportagem, são 1.314 mulheres mortas pelo fato de
serem mulheres – uma a cada 7 horas, em média, sendo o estado do Acre e
Alagoas responsáveis pela maior taxa de feminicídio do país.
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Ao apresentar esses dados de violência contra a mulher, pode-se perceber
que, é uma consequência da ótica de inferioridade em relação aos homens,
colocando-as em uma posição de dominação, opressão durante séculos, fator
determinante para que elas sofram com tanta violência e percam sua condição como
indivíduo.
Apesar de pouca informação, uma vez que, a grande maioria das campanhas
contra a violência da mulher são voltadas para relações heterossexuais, outra
contribuição importante, foi amparar mulheres que independem de sua orientação
sexual, isto é, relações homoafetivas de mulheres, sejam elas lésbicas, cis ou trans,
também são passíveis de punição.
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● Violência psicológica relaciona-se ao ato que lhe cause dano emocional,
diminuição da autoestima, que prejudique, perturbe, degrade ou controle o pleno
desenvolvimento de suas ações
● Violência sexual é entendida como participação de uma relação sexual não
desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a
comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de
usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao
aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação;
ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
● Violência patrimonial ato que configure retenção, subtração, destruição
parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais,
bens, valores e direitos ou recursos econômicos.
● Violência moral relaciona-se a qualquer conduta que configure calúnia,
difamação ou injúria.
Apesar de, segundo a ONU, a Lei Maria da Penha ser uma das mais
avançadas do mundo com relação ao combate contra violência de gênero, como
exposto anteriormente, o número de violência contra a mulher só aumentaram com
o passar dos anos. Por isso, pode-se perceber que, há muitas falhas da sua
aplicabilidade. De acordo com a reportagem da Jusbrasil, o número insuficiente de
delegacias e situação de abandono de muitas delas, comportamento machistas dos
delegados, dificultação dos registros de boletins de ocorrência, tomadas de
depoimentos das vítimas ou testemunhas e a não atenção adequada dos Tribunais
de Justiça do País, podem explicar o não cumprimento da lei.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa feita mostrou que apesar da criação da lei que busca erradicar a
violência e os crimes contra as mulheres, o número de casos não pararam de
crescer durante os anos, mesmo sendo considerado crime. Isso permite constatar
que o estudo e a abordagem em nível social sobre esse tema é de extrema
importância.
REFERÊNCIAS
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BRASIL. Lei nº 11.240, de 7 de agosto de 2006. Lei Maria da Penha. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm>.. Acesso
em: 20 mar. 2020.
BLUME, Bruno; CEILIN, Monalisa. O que você precisa saber sobre a lei Maria da
Penha. Disponível em: https://www.politize.com.br/lei-maria-da-penha-tudo-sobre/.
Santa Catarina: Politize, 2015.
JUSBRASIL. Para ONU, Lei Maria da Penha é uma das mais avançadas do
mundo. 2010. Disponível em:
<https://ibdfam.jusbrasil.com.br/noticias/2110644/para-onu-lei-maria-da-penha-e-um
a-das-mais-avancadas-do-mundo> Acesso: 25 mar. 2020.
VELASCO, Clara; CAESAR, Gabriela; REIS, Thiago. Mesmo com queda recorde de
mortes de mulheres, Brasil tem alta no número de feminicídios em 2019. G1, 2010.
Disponível em:
<https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2020/03/05/mesmo-com-queda-re
corde-de-mortes-de-mulheres-brasil-tem-alta-no-numero-de-feminicidios-em-2019.g
html> Acesso: 25 mar. 2020.
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