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16/03/2020

*D e n t e s
decíduos anteriores c o m
destruições extensas

Paciente do gênero feminino, 3 anos e 6 meses de idade

REABILITAÇÃO ESTÉTICA
de dentes anteriores decíduos

Profa.Fernanda Guzzo Tonial

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*PLANO DE TRATAMENTO E FATORES ENVOLVIDOS


 Aleitamento materno até por volta dos 3 anos de idade
 Conscientização, cooperação e motivação do núcleo familiar
 Ao exame clínico, notou-se a existência de amplas destruições coronárias nos incisivos superiores, havendo a
presença de abscesso periapical nas regiões correspondentes aos dentes 51 e 61;  Condicionamento da criança ao tratamento

 Na arcada inferior foram encontradas cavidades extensas abrangendo mais da metade da extensão da coroa
 Controle da doença cárie e remoção dos focos de infecção (Adequação do meio oral)
nos dentes 74, 75 e 84, todas aparentemente sem envolvimento pulpar . No dente 85 a lesão de cárie ativa  Hábitos bucais deletérios : dedo, chupeta, mamadeira, onicofagia
se restringiu a superfície de esmalte na face oclusal .
 Aspectos oclusais
 O raio X periapical evidenciou estágio 3 de Nolla dos elementos 11 e 21 ( 1/3 da coroa completa).  Tratamento Reabilitador

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Primeira etapa:
*Controle da doença cárie e remoção dos focos de infecção!!

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“Desde idade precoce (18 a 24 meses) , as


crianças reconhecem-se em espelhos e
Recursos terapêuticos
fotografias , demonstrando consciência de
si mesmas como seres fisicamente distintos”

(Maria Salete Nahas Pires Corrêa)

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*Mantenedor de espaço estético funcional fixo


Recursos terapêuticos
Recursos terapêuticos

MATRIZ DE ACETATO

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Pinos intrarradiculares: pino de fibra d e vidro

Vantagens:
 A u m e n t a resistência à fratura d o
remanescente dentário

 R esultados estéticos satisfatórios

 Técnica de fácil execução

Desvantagens:

*Radiolucidez

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* R e s t a u ra ç õ e s di re t as e m re s i na c o m p o s t a
c o m auxílio de matr i z d e acetato
 Matriz dental utilizada com materiais restauradores, resinas
fotopolimerizáveis, acrílicos e silicatos, inclusive para a Classe IV.
CONTRA INDICAÇÕES ??
 Bruxismo

 Mordida profunda

 Fo r ç a o c l u s a l a c e n t u a d a
sobre os dentes anteriores
 Mord id a e m topo
Coroas Able ® Coroas TDV ®
 Fa l t a d e e s p a ç o p r o t é t i c o

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*As coroas são identificadas pelo número do dente


e sua dimensão mesio-distal.

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Reabilitação Estética e
* Inc is ivos dec íduos s uper ior es c o m gr ande des t r uiç ão
Funcional e m Dentes Decíduos

 Avaliar quantidade de estrutura dentária


* P o u c a p e r d a d e d i m e n s ã o vertical remanescente
*L esões d e cárie d e cor a m a r e l a d a e consistênc i a endurecida para adesão do pino intrarradicular e restauração coronária.

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EXAME CLÍNICO

Oclusão
 Não corrige a mordida aberta

 Mordida em topo – contra indicado


Aumento da dimensão vertical
 Mordida profunda – aumentar antes * Restauração e m resina c o m p o s ta n a superfície oc lus al
a dimensão vertical d o s prim eiros m olares dec íduos s uperiores até
desoclusão na região de caninos (1 a 3 m m ) .

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Recurso para reabilitação estética


e m dentes decíduos anteriores
EXAME RADIOGRÁFICO

 Possibilidade de tratamento endodôntico


 C istos – contra indicado (exodontia)
 Reabsorção radicular patológica ou fisiológica SEQUÊNCIA OPERATÓRIA
(avaliar ex t e n s ã o )

 Avaliar quantidade de osso alveolar


suficiente para suportar a carga mastigatória

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Reabilitação
SEQUÊNCIA Estética e
OPERATÓRIA
Funcional e m Dentes Decíduos
 Tera pia endodôntica dos
c o n d u t o s r a di c ul a r e s

 Isola me nt o a bsoluto (s e mpr e


q u e pos s í ve l ) Incisivos centrais superiores decíduos : Comprimento
radicular varia de 16 a 17 mm antes do início da rizólise.
 Desobtura ç ã o do terç o
c e r vi c a l d o c a na l r a di c ul a r
c o m c ur e t a s d e de nt i na : me d i r
c o m s o n d a pe r i odont a l Incisivos laterais superiores: comprimento radicular
variando de 14-16 mm.
 Veda me nt o do ca na l c om guta
percha

Toledo, OA. Topografia canalicular dos dentes decíduos como contra-indicação dos tratamentos dos canais radiculares. Rev. As - soc Paul Cirurg Dent 1961;15(1): 24-28.

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PREPARO PARA POSICIONAMENTO DO PINO DE FIBRA DE FIDRO SEQUÊNCIA OPERATÓRIA


1 ) S e l e ç ão d o p i no c o m t a ma nho
 O comprimento do pino no interior compa tí ve l c o m a luz do ca na l
D e t e r mi na ç ã o d o
do conduto não deve exceder a 4 2/3 d o conduto c o mp r i me n t o d o pi no, ma r c a r
milímetros, para que não ra d i c u la r c o m lá pis a t é ½ da fut ur a c or oa
interferir na rizólise . preenchidos c o m
2 ) R e c o r t e d o p i no : a lta r ot a ç ã o e
Pasta G uedes- Pinto b r o c a d i a ma n t a d a
Gu ta p erch a
1/3 d o conduto 3) D e s ga s t e gr a da t i vo n a
c i r c unfe r ê nc i a d o pi no, e vi t a ndo
Pino de fibra de vidro ra d i c u la r q ue o fr a gme nt o s e pe r c a
(1/3 do canal e ½ da desobturado
futura coroa) 4) N o fina l a s pa rtes p o d e m ser
s e p a r a d a s ma n u a l m e n t e
5 ) A p a r a r c o m b r oc a a s pont a s d o s
f r a g me n t o s .

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 Limpeza dos pinos com


álcool 70%

 Aplicação de adesivo
nos pinos e

fotopolimerização

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Sequência operatória para


 Condicionamento com ácido fosfórico 37% do r e m a n e s c e n t e  Aplicação de sistema adesivo intracanal e fotopolimerização
d e n t á r i o e p a r t e in trarrad icu lar  Cimentação do pino com cimento dual de acordo com as
recomenda çõ e s d o fabricante
 Lavagem e secagem

 Espalhar o cimento por todas as paredes do canal, molhar o pino


no cimento e posicioná-lo (centralizado) e fotopolimerização

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A p ó s c i me nt a ç ã o d o pi no d e
f i br a d e v i d ro

 Confecção do mu n h ão de resina composta opaca (tipo cor A


0,5 ou B 0,5) c o m formato expulsivo, d e cervical p ara incisal

REV ASSOC PAUL CIR DENT 2014;68(1):22-9

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Sequência operatória para


A p ó s c i me nt a ç ã o d o pi no
ut i l i za ç ã o d e m a t r i z d e a c e t a t o
d e f i br a d e v i d ro
 Seleção do tam anho da m atriz (auxilio do compasso de p o nt a s eca )
 Medição da coroa com compasso de ponta seca

MTW MTW

Medida cérvico-incisal Medida mésio-distal

 Tam anho cervical e form ato compatível co m o dente a ser reco ns t ruíd o .

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Sequência operatória para


Sequência operatória para utilização d e matriz d e acetato
utilização d e matriz d e acetato
 Preparo vestibular c o m broca d i a m a n t a d a e m o m b r o (c h a n f r o l a rg o )
c o m margens arredondadas.
 Recorte cervical da matriz
c o m t e s o u r a f i n a p a r a a d a p t á -la
a o r e m a n e s c e n t e d e n t á r i o e e vi t a r
excesso s m a rg i n a i s .

 A matriz deve acompanhar a


a na tomia cervical do dente:
Ve s t i b u l a r e P a l a t i n a c o n ve x a s  Preparo final d e ve ter formato expulsivo
Proxima i s c ô n c a va s ( d e v i d o a o c o n t o r n o d a papila)
 Escolha de cor da resina

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Sequência operatória para


utilização d e matriz d e acetato

 Provar as matrizes de acetato e verificar se há espaço


suficiente p ara resina entre reman es cen te dental e coroa

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Sequência operatória para


utilização d e matriz d e acetato
 Perfurar a matriz n a face palatina c o m explorador ( d e d e n t r o p a r a
fora) p a r a q u e o e x c e s s o d e materi a l r e s t a u r a d o r e x t r a v a s e .

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Sequência operatória para Sequência operatória para


utilização d e matriz de acetato utilização d e matriz de acetato

 C ondicionamento c o m ácido
 Inserç ã o da ma triz pr e e nc hi da c o m resina
fosfórico dos m u n h õ e s e r e m a n e s c e n t e s s ob pressã o no d e n t e p r e p a r a d o
d e n t á r i o s , l a va g e m e secagem ;
 R e moç ã o dos excessos cervica is de resina
 Aplicação do sistema adesivo nos composta c om e s p á t u l a
munhões e r e m a n e s c e n t e s d e n t á r i o s , e
fotopolimerização;  Verifica r posiç ã o da ma triz no a rco

 P r e e n c h i m e n t o d a matriz c o m resina  Fotopoli meriz a ç ã o e m toda s a s fa ces do dente


c o m p o s t a , c o m auxílio d e espátula d e (20segundos em ca da fa ce)
resina, e m p e q u e n a s p o r ç õ e s .

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Sequência operatória para


utilização d e matriz d e acetato

 R e mo ç ã o cuidadosa da matriz c o m a ponta do explorador  R emoção dos excessos de resina composta na


(m a r g e m g eng iv a l entr e a matr iz e a r es ina c o m p o s t a p o lim e r iz a d a ) região cervical e ajustes oclusais c o m b r o c a d i a m a n t a d a .

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*AJUSTE OCLUSAL

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RADIOGRAFIA FINAL
*Importante para:

 Visualização de excessos de
resina com posta na região
cervical

 Controle d o tratam ento


endodôntico e reabsorções
fisiológicas.

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Referências B ibliográficas

 WANDERLEY, M .T., ZARDETTO, C.G.C., ALDRIGUI, J.M. – Utilização de Pinos


Intrarradiculares na Reabilitação Estética e Funcional em Dentes Decíduos Anteriores. In:
BÖNECKER, M., GUEDES-PINTO, A.C. – Estética em Odontopediatria - Considerações
Clínicas; São Paulo: Santos, 2011. Cap. 10, p. 115-136.

 WANDERLEY, M.T., VERRASTRO, A.P. – Reabilitação e Prótese em Odontopediatria –


In: GUEDES-PINTO,A.C., BÖNECKER, M ., RODRIGUES, C.R.M .D. -
Odontopediatria –Fundamentos de Odontologia. 1 ed. São Paulo: Santos-GEN, 2009. Cap. 17,
p. 329-355.

 WANDERLEY, M.T., TRINDADE, C.P., CORREA, M .S.N. – Reabilitação


Protética em Odontopediatria – In: CORREA, M.S.N. Odontopediatria na Primeira Infância.
3 ed. São Paulo: Santos, 2010. Cap. 40, p. 637-657

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