Você está na página 1de 8

Introdução

O presente trabalho fala-se da medição ou passagem de volume e de gases, seus instrumentos


e suas técnicas. Veremos que a precisão do matéria esta relacionada com a temperatura na
qual o material esta sendo utilizado (em geral são calibrados à temperatura de 20°C). Existe
também uma relação entre o diâmetro onde se localiza o traço de aferição (marca onde se faz
a leitura) e precisão do material.

Varemos também que a concentração de gases pode ser rapidamente determinada pela leitura
directa dos instrumentos. Essa leitura pode ser definida em aparelhos nos quais as amostras e
análises são tomadas directamente pelo instrumento, e as informações necessárias podem ser
lidas directamente em um mostrador ou indicador.
Medição de volumes:

As medidas de volumes podem ser efectuadas para serem usadas numa análise qualitativa (na
requer muita exactidão nas medidas de volume) ou numa análise quantitativa (requer elevada
exactidão nas medidas de volume). Portanto, é necessário saber diferenciar e usar
correctamente os materiais volumétricos, de modo a reduzir ao mínimo o erro das análises.

Técnicas

A técnica de medição do volume de uma amostra depende do estado físico da amostra


(liquido ou sólido) e da sua forma (regular ou irregular).

Os resultados obtidos podem ser expressos em unidades SI, metro cúbico (m3), ou em unidade
submúltiplas deste, que é o caso mais frequente. Normalmente as unidades submúltiplas mais
usadas são o mililitro (ML), ou centímetro cúbico (cm3) e litro (L) ou o decímetro cúbico
(dm3). (FATIMA Nunes).

Medir volumes de líquido

Para medir volumes de líquidos usa-se diversos instrumentos, consoante o rigor a observar e o
volume da amostra.

Para medições rigorosas usam-se pipetas, buretas ou balões volumétricos. Para medir
menos rigorosas utilizam-se as provetas. Qualquer um destes instrumentos tem inscrito
algumas informações importantes, tais como:

 Volume máximo (capacidade)


 Graduação da sua escala, normalmente em mililitros
 Tolerância (limite máximo do erro)
 Traço de referência, no caso de pipetas ou balões volumétricos
 Temperatura de calibração (temperatura a que deve ser feita a medição e que é,
normalmente 20°C).

Erros de paralaxe – erros associadas à incorrecta posição do observador. A leitura devera ser
feita de modo a que a direcção do olhar coincida com linha tangente à parte interna do
menisco se este for côncavo (ex: agua), ou à parte externa do menisco se este for convexo (ex:
mercúrio).
Figura 1: Leitura da água e mercúrio

Instrumentos, características

Pipeta Graduadas – escala graduada, normalmente, em mL.

Pipetas Volumétricas – tem um traço de referencia na parte superior, indicador do nível a


que deve ficar o liquido, para que o volume medido seja p que esta assinado na pipeta.

Esses instrumentos dão medidas rigorosas (exactos) do volume de líquidos e são de vidros.

Como utilizar?

As pipetas são utilizadas com a respectiva pompete.

1. Lava-se a pipeta com água desionizada e, em seguida, com um pouco de líquido a


medir
2. Mergulha-se a extremidade da pipeta no líquido a medir e, com um pompete, aspira-se
o liquido ate ligeiramente acima do nível do volume pretendido, com a pipeta sempre
na posição vertical
3. Deixa-se cair o excesso de líquido ate o nível pretendido, pressionando a pompete
4. Deixa-se, finalmente, escoar o liquida para o recipiente de recolha, com a
extremidade da pipeta encostada a parede do recipiente, pressionando do mesmo modo
a pompete.

Buretas – escala graduada, normalmente, em mL. Dão medidas rigorosas de volumes de


líquidos e são de vidros.

Na extremidade interior tem uma torneira que permite controlar o caudal de líquido a medir.
Como utilizar?

1. Previamente, lava-se a bureta duas vezes, com um pouco de líquido a medir, rodando a
bureta quase horizontalmente
2. Prende-se a bureta num suporte
3. Com o auxílio de um funil enche-se a bureta ate um pouco acima do nível desejado.
4. Deixa-se escoar o líquido em excesso, garantindo a eliminação de bolhas de ar que
possam existir ao longo da bureta
5. Faz-se a leitura do nível inicial do líquido (Vi)
6. Para os destros, com a mão esquerda controla-se o caudal do líquido a escoar através
da torneira, para um recipiente de recolha, em geral um erlenmeyer, enquanto com a
mão direita se vai agitando esse recipiente, caso não acha agitado magnético.
7. Faz-se a leitura final do líquido (Vf). O volume do líquido escoado será V = Vf – Vi.

Balões volumétricos – tem um traço de referência na zona tubular, o colo do balão, indicativo
do nível a que deve ficar o líquido a medir, para que tenha o volume correspondente à
capacidade do balão. Dão medidas rigorosas (exactas) do volume de soluções e são de vidros.

Usa-se na preparação de soluções a partir da dissolução de sólidos ou na diluição de soluções


de concentração conhecida.

Como utilizar?

1. Na preparação de soluções a partir de sólidos diluem-se os sólidos num pouco de água


desionizada num copo de precipitação
2. Aguarda-se que a solução fique à temperatura ambiente e só depois se transfere para
balão com ajuda de um funil e de uma vareta
3. Lava-se o copo de precipitação mais de uma ou duas vezes com um pouco de água
desionizada que será transferida para o balão do mesmo modo.
4. Por fim enche-se o balão cuidadosamente ate o traço de referencia, com auxilio de um
conta gota
5. Tapa-se o balão e inverte-se (agita-se) para homogeneizar a solução.

Provetas – normalmente, graduadas em mL. Dão medidas pouco rigorosas de volume de


líquidos e são de vidros ou de plásticos.

Como utilizar?
1. Após a medição do volume do líquido, escoa-se o liquido pelo líquido da proveta,
lentamente, com a ajuda de uma vareta.
2. A quantidade de líquidas vertidas é inferior à leitura efectuada, pois fica sempre um
pouco de líquido agarrado à parede da proveta.

Medir volumes de sólidos

A técnica a usar na medição do volume de um corpo sólido depende da sua forma: regular ou
irregular. Se o corpo for um sólido de forma regular (cubo, esfera paralelepípedo, pirâmide,
etc.) mede-se os comprimentos necessários a aplicam-se as fórmulas que permitem calcular os
respectivos volumes.

Para medir o volume de um cubo basta medir uma das suas arestas e aplicar a equação V = a 3.
Para medir o volume de uma esfera determina-se o seu raio (metade do diâmetro) a aplica-se a

4 3
fórmula V = π r .
3

Medição de gases

Na determinação de gases ou vapores utilizam-se os analisadores fixos e os portáteis de


leitura directa. O uso de analisadores fixos é restrito ao interior de instalações industriais onde
o monitoramento contínuo se faz necessário.

Já a utilização dos analisadores portáteis de leitura directa surgiu com a necessidade de


realização de análises rápidas obtidas no campo por ocasião de acidentes ambientais ou
quando da necessidade de levantamento de valores relativos a saúde ocupacional e sua
segurança industrial.

A concentração de gases e vapores no ar pode ser rapidamente determinada pela leitura


directa dos instrumentos. Essa leitura pode ser definida em aparelhos nos quais as amostras e
análises são tomadas directamente pelo instrumento, e as informações necessárias podem ser
lidas directamente em um mostrador ou indicador (GOUVEIA Jorge).

Um instrumento de leitura directa ideal, deverá ser capaz de amostrar o ar no local de trabalho
ou da ocorrência do acidente e deverá dar a concentração das substâncias que estão sendo
amostradas.
0s aparelhos calorimétricos de leitura directa usam propriedades químicas de um
contaminante para reacção da substância com um agente químico que produz coloração. Uma
técnica de detecção amplamente utilizada nas indústrias, em áreas de segurança, em estudos
para saúde ocupacional e em atendimento a acidentes ambientais têm sido o indicador
calorimétrico ou o tubo detector cuja aplicação principal é indicar a concentração dos gases
ou vapores através da mudança de coloração (WILLARD, H: 986).

Instrumentos

Basicamente o sistema de tubo detector calorimétrico é composto de dois elementos: a


bomba detectora de gases e os tubos calorimétricos indicadores (tubos reagentes).

As bombas detectoras de fole ou de pistão são projectadas para suscitar um volume fixo de
ar (geralmente 100 cm3) com apenas uma bombada.

O tubo detector é de vidro hermeticamente selado, contendo materiais sólidos granulados


como sílica gel, alumina ou pedra-pome, que são impregnadas com uma substância química
que reage quando o ar contém um contaminante específico ou um grupo de contaminantes que
passa através do tubo (MSA).

Técnicas

Antes de iniciar uma medição é necessário testar a hermeticidade da bomba detectora de


gases. Para tanto deverá ser observada a seguinte sequência de operações:

1. Comprimir toda a bomba detectora de gases ou bomba de fole (parte sanfonada);


2. Tampar com o dedo o local onde será inserido o tubo reagente (cabeça da bomba);
3. Sem destampar a cabeça da bomba com o dedo, abrir a mão;
4. Se a parte sanfonada retornar é indício que há vazamento de ar na bomba de fole.

A leitura nos tubos reagentes é relativamente simples podendo ser observada directamente
através da mudança de coloração indicada na escala graduada impressa no corpo do tubo. De
maneira geral a unidade de medida é dada em ppm (parte por milhão).

Alguns tubos reagentes não possuem escala, nesses casos deve-se aspirar um volume tal de
amostra, conforme a indicação no guia de instruções de uso, para que a cor da camada
reagente atinja a coloração padrão indicada no tubo e o valor da concentração será nesse caso
inversamente proporcional ao número de aspirações.
Algumas vezes a mudança de cor não é homogénea. Nestes casos considera-se o valor de
leitura como sendo o da maior extensão obtida no tubo.

Conclusão

Conclui-se que as medidas de volumes podem ser efectuadas para serem usadas numa análise
qualitativa (na requer muita exactidão nas medidas de volume) ou numa análise quantitativa
(requer elevada exactidão nas medidas de volume). Portanto, é necessário saber diferenciar e
usar correctamente os materiais volumétricos, de modo a reduzir ao mínimo o erro das
análises.

Também pode se concluir que as análises realizadas em laboratório fornecem resultados mais
precisos do que aqueles realizados no campo. Quando se realiza análise em laboratório, faz-se
necessário a coleta e preservação adequada, evitando assim qualquer alteração nas
características originais da amostra, gerando, portanto um custo adicional. As condições da
amostra, ou seja, a presença de cor interferem consideravelmente na análise, uma vez que
estes testes baseiam-se no desenvolvimento de uma coloração quando adiciona-se um
reagente específico a uma porção da amostra.
Bibliografia

NUNES Fátima, trabalho de físico química-10°ano, 2008.

GOUVEIA J. L. N e SERIACOPI M. T. Leitura Directa de Gases e Vapores.

MSA. Equipamentos de protecção e instrumentos de detecção de gases. São Paulo – Brasil.

WILLARD, H. at all, (Análise Instrumental: Fundação Calouste Gulbenkian), 2a edição.


Lisboa.

Você também pode gostar