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Locke valorizou extremamente sua época, tanto que suas obras são tentativas de
diálogo com as pessoas e com as concepções de seu tempo
Dedicava-se a filosofia, política, religião e amizade
Era amável, dedicado e tolerante
Isaac Newton, Ashley, Lady Masham, uma amiga apaixonada, disse: “Ninguém era menos
magistral ou dogmático do que ele, ou menos ofendido com qualquer homem que
discordasse com ele”
Era muito preocupado em fazer com que as suas idéias viessem a público sem quaisquer
deturpações
Não media esforços para acompanhar de perto as edições da obra – era tão
perfeccionista que irritou-se com Churchill, editor do livro Tratados, porque este não
tinha o cuidado exigido por Locke – “Sua sina [a de Tratados], ao que parece, é ser o
livro que mereceu a pior impressão jamais feito, e qualquer esforço contra tanto será
em vão”
Tinha muito cuidado com os livros:
o Tinha códigos para cada livro, e esses códigos formaram vários catálogos que
foram publicados para seu manuseio
o Depois de organizar a sua própria biblioteca, Locke passa a proceder da seguinte
forma, sempre que adquire mais um volume para incluí-lo nela.
o Primeiro, ele assina no verso da capa, ao lado do código.
o Segundo, sublinha os últimos algarismos da data na página de rosto.
o Terceiro, risca a numeração da última página.
o Quarto, anota o preço pelo qual pagara o volume, quase sempre na 11a. página.
o Quinto, registra o código, a data e a paginação nos catálogos.
o Após a leitura de cada livro, Locke também acrescentava outros sinais, tais
como: indicações de páginas no verso da contracapa, às vezes notas escritas em
folhas intercaladas, geralmente símbolos (letras em itálico, pontos e hífens).
o Embora se desconheçam atualmente os significados precisos desses últimos
símbolos, supõe-se que os mesmos serviam para que Locke se orientasse no que
se refere aos méritos da edição ou à presença de um outro exemplar em sua
biblioteca.
Todo o ritual de aquisição, de classificação, de catalogação e de leitura dos livros que
Locke possuía revela o seu extremo cuidado não só com a manutenção e a conservação
dos volumes estocados em sua biblioteca, mas também a sua preocupação em fazer com
que os seus volumes pudessem ser localizados com mais eficiência, evitando, assim, a
perda de tempo ao se procurar algum exemplar.
Deixou suas obras a pessoas próximas e seletas
Era um homem modesto em seu modo de existir, exigente em relação àquilo que quer
que seja feito, disciplinado e metódico em se tratando de organizar suas coisas, amável
e tolerante para com as pessoas, direito, claro e objetivo em seu modo de escrever
(maior característica das suas obras)
Na política, foi contrário aos teóricos do absolutismo, como Hobbes. Para Locke, não há
poder inato, nem direito político divino: “Todos os homens nascem e são iguais por
natureza. Usam a razão, um bem comum, para construir a sociedade, e dela partilhar os
resultados. O Estado vem do direito natural, como o direito à vida, à liberdade, à
propriedade. O Estado deve promulgar o bem estar geral. O governo não pode ser
tirânico, nem patriarcal.”
Foi o fundador do liberalismo constitucional: o estado submetido a um contrato, onde a
propriedade é um direito natural e é o fundamento do valor econômico vital do trabalho
Influenciou o liberalismo de Adam Smith
Dividiu na teoria os poderes em dois: Legislativo e Executivo – validade da lei e
ausência da tirania
Na filosofia, era o mais bem sucedido, pois tinha bem definidas suas idéias e opiniões
filosóficas
Fez a ponte entre Descartes e o Iluminismo
Influenciou Berkeley e Hume que partiram de sua filosofia empírica
Acreditava na existência de Deus
OBRAS
É o protagonista do empirismo pela teoria da Tabula rasa, ou “folha em branco”. Todas
as pessoas nascem sem saber absolutamente nada e que aprendem pela experiência,
pela tentativa e erro. Isso remete ao...
A sua filosofia política era de um governo consentido pelos governados que respeitava
os direitos naturais de vida, liberdade e propriedade
Influencia as revoluções liberais Inglesa, Americana e um pouco da Francesa
Em vista à repressão aos protestantes, intolerância e extremo zelo religioso, Locke
surge no século XVII como o marco para a Tolerância, que só é valorizada no próximo
século, pelo Iluminismo
Sua obra política mais importante foi Dois Tratados Sobre o Governo (1689). No
primeiro ele descreve a situação do governo civil e no segundo descreve a justificação
para os governos e os ideais necessários para a viabilização
Todos são iguais e podem agir livremente, contanto que não prejudiquem nenhum outro
e que se pense no bem comum
No seu Ensaio acerca do Entendimento Humano (1690), Locke propõe que a experiência
é a fonte do conhecimento, que depois se desenvolve por esforço de uma razão,
suponho que adquirida.
As suas fontes principais de pensamento eram o Nominalismo Escolástico, o Empirismo
da época, o Racionalismo de Descartes
A questão da defesa da escravidão – Ao mesmo tempo que dizia que todos eram
iguais, Locke defendia a escravidão absoluta e perpétua, mas não necessariamente aos
negros
A escravidão, segundo Locke, era defendida no contexto do contrato de servidão em
proveito do vencido na guerra que poderia ser morto, mas assume o ônus de servir em
troca de viver – não é fundamentada na raça
Por que esta idéia se manteve?
o Porque a prática da escravidão era comum na época, logo uma justificativa
apenas reforçaria a prática
o Suas outras idéias revolucionárias possuíam um peso e uma influência maior na
época, por isso essa questão da escravidão não é relevante em seu pensamento
o A defesa da escravidão decorre da defesa do direito de propriedade, que é um
dos direitos naturais do ser humano