Você está na página 1de 4

BIOGRAFIA LOCKE

 Nasceu em 29 de agosto de 1632 em Wrington, Inglaterra


 Filho de um advogado e proprietário rural do Somerset, Inglaterrea
 Despertou muito cedo para os problemas da vida política inglesa de sua época
 Estudou na escola de Westminster, no colégio de Christ Church
 Preparou-se para vida clerical, mas recusou para prosseguir nos estudos
 Estudou Filsofia, Medicina e Ciências Naturais
 Dedicou-se muito ao pensamento político e ao desenvolvimento intelectual
 Aproximou-se amigável e politicamente de Lord Ashley, conde de Shaftesbury, em
1666
 A sua posição ao lado do conde se tornou indispensável, pois ali Locke foi útil em
negócios desde administrativos, casamentos, até cargos políticos aos quais foi nomeado
 Sua vida política o fez viajar bastante: Alemanha, França, Holanda, Inglaterra, etc. Foi
na França que começou a escrever seu Ensaio Sobre o Entendimento Humano
 Sua passagem na Holanda foi de exílio – Ashley envolveu-se em uma luta aberta contra
o rei católico da Inglaterra, Jaime II, e após a morte de Ashley, Locke precisou exilar-
se na Holanda para fugir à prisão imposta pela côrte inglesa.
 Na Holanda conheceu Philip van Limbroch, um dirigente de uma seita protestante, para
quem dedicou a Carta sobre a Tolerância.
 Na Holanda conclui o seu Ensaio
 Volta à Inglaterra acompanhando a futura rainha Maria, em 1689
 O novo regime quis reconhecer seu serviço e nomeu-o embaixador, mas Locke recusou
devido ao “ar frio e às bebidas quentes”
 Aceitou cargos públicos menores em Londres, mas foi viver para o campo, com um casal
amigo
 Morreu lá mesmo, em Oates, em 28 de outubro de 1704, nunca casou nem teve filhos.

 Locke valorizou extremamente sua época, tanto que suas obras são tentativas de
diálogo com as pessoas e com as concepções de seu tempo
 Dedicava-se a filosofia, política, religião e amizade
 Era amável, dedicado e tolerante
 Isaac Newton, Ashley, Lady Masham, uma amiga apaixonada, disse: “Ninguém era menos
magistral ou dogmático do que ele, ou menos ofendido com qualquer homem que
discordasse com ele”
 Era muito preocupado em fazer com que as suas idéias viessem a público sem quaisquer
deturpações
 Não media esforços para acompanhar de perto as edições da obra – era tão
perfeccionista que irritou-se com Churchill, editor do livro Tratados, porque este não
tinha o cuidado exigido por Locke – “Sua sina [a de Tratados], ao que parece, é ser o
livro que mereceu a pior impressão jamais feito, e qualquer esforço contra tanto será
em vão”
 Tinha muito cuidado com os livros:
o Tinha códigos para cada livro, e esses códigos formaram vários catálogos que
foram publicados para seu manuseio
o Depois de organizar a sua própria biblioteca, Locke passa a proceder da seguinte
forma, sempre que adquire mais um volume para incluí-lo nela.
o Primeiro, ele assina no verso da capa, ao lado do código.
o Segundo, sublinha os últimos algarismos da data na página de rosto.
o Terceiro, risca a numeração da última página.
o Quarto, anota o preço pelo qual pagara o volume, quase sempre na 11a. página.
o Quinto, registra o código, a data e a paginação nos catálogos.
o Após a leitura de cada livro, Locke também acrescentava outros sinais, tais
como: indicações de páginas no verso da contracapa, às vezes notas escritas em
folhas intercaladas, geralmente símbolos (letras em itálico, pontos e hífens).
o Embora se desconheçam atualmente os significados precisos desses últimos
símbolos, supõe-se que os mesmos serviam para que Locke se orientasse no que
se refere aos méritos da edição ou à presença de um outro exemplar em sua
biblioteca.
 Todo o ritual de aquisição, de classificação, de catalogação e de leitura dos livros que
Locke possuía revela o seu extremo cuidado não só com a manutenção e a conservação
dos volumes estocados em sua biblioteca, mas também a sua preocupação em fazer com
que os seus volumes pudessem ser localizados com mais eficiência, evitando, assim, a
perda de tempo ao se procurar algum exemplar.
 Deixou suas obras a pessoas próximas e seletas

 Era um homem modesto em seu modo de existir, exigente em relação àquilo que quer
que seja feito, disciplinado e metódico em se tratando de organizar suas coisas, amável
e tolerante para com as pessoas, direito, claro e objetivo em seu modo de escrever
(maior característica das suas obras)

 Na política, foi contrário aos teóricos do absolutismo, como Hobbes. Para Locke, não há
poder inato, nem direito político divino: “Todos os homens nascem e são iguais por
natureza. Usam a razão, um bem comum, para construir a sociedade, e dela partilhar os
resultados. O Estado vem do direito natural, como o direito à vida, à liberdade, à
propriedade. O Estado deve promulgar o bem estar geral. O governo não pode ser
tirânico, nem patriarcal.”
 Foi o fundador do liberalismo constitucional: o estado submetido a um contrato, onde a
propriedade é um direito natural e é o fundamento do valor econômico vital do trabalho
 Influenciou o liberalismo de Adam Smith
 Dividiu na teoria os poderes em dois: Legislativo e Executivo – validade da lei e
ausência da tirania

 Na filosofia, era o mais bem sucedido, pois tinha bem definidas suas idéias e opiniões
filosóficas
 Fez a ponte entre Descartes e o Iluminismo
 Influenciou Berkeley e Hume que partiram de sua filosofia empírica
 Acreditava na existência de Deus
OBRAS
 É o protagonista do empirismo pela teoria da Tabula rasa, ou “folha em branco”. Todas
as pessoas nascem sem saber absolutamente nada e que aprendem pela experiência,
pela tentativa e erro. Isso remete ao...
 A sua filosofia política era de um governo consentido pelos governados que respeitava
os direitos naturais de vida, liberdade e propriedade
 Influencia as revoluções liberais Inglesa, Americana e um pouco da Francesa
 Em vista à repressão aos protestantes, intolerância e extremo zelo religioso, Locke
surge no século XVII como o marco para a Tolerância, que só é valorizada no próximo
século, pelo Iluminismo

 Sua obra política mais importante foi Dois Tratados Sobre o Governo (1689). No
primeiro ele descreve a situação do governo civil e no segundo descreve a justificação
para os governos e os ideais necessários para a viabilização
 Todos são iguais e podem agir livremente, contanto que não prejudiquem nenhum outro
e que se pense no bem comum

 No seu Ensaio acerca do Entendimento Humano (1690), Locke propõe que a experiência
é a fonte do conhecimento, que depois se desenvolve por esforço de uma razão,
suponho que adquirida.
 As suas fontes principais de pensamento eram o Nominalismo Escolástico, o Empirismo
da época, o Racionalismo de Descartes

 A tolerância – Os valores de tolerância (especialmente religiosa e política) dentro da


sociedade propostos por Locke são a base da democracia moderna
 Essa tolerância não é válida aos povos indígenas, por não usarem o dinheiro e serem
comparados a “bestas selvagens”, nem aos papistas católicos, que seria como serpentes,
que nunca abririam mão do seu veneno com um tratamento gentil
 A tolerância também não se aplicava às camadas com poucos recursos econômicos, e
Locke defendia algumas medidas severas para elas:
o Direcionar para o trabalho as crianças a partir de três anos, das famílias que não
têm condições para alimentá-las
o Supressão das vendas de bebidas não estritamente indispensáveis e das
tabernas não necessárias
o Obrigar os mendigos a carregar um distintivo obrigatório, para vigiá-los, por
meio de um corpo de espantadores de mendigos, e impedir que possam exercer
sua atividade fora das áreas e horários permitidos
o Os que forem surpreendidos a pedir esmolas fora de sua própria paróquia e
perto de um porto de mar devem ser embarcados coercitivamente na marinha
militar, outros pedintes abusivos devem ser internados em uma casa de
trabalhos forçados, na qual o diretor não terá outra remuneração além da renda
decorrente do trabalho dos internados.
o Os que falsificarem um salvo-conduto para fugir de uma casa de trabalho, devem
ser punidos com um corte de orelhas, e na hipótese de reincidência com a
deportação para as plantação na condição de criminosos

 A questão da defesa da escravidão – Ao mesmo tempo que dizia que todos eram
iguais, Locke defendia a escravidão absoluta e perpétua, mas não necessariamente aos
negros
 A escravidão, segundo Locke, era defendida no contexto do contrato de servidão em
proveito do vencido na guerra que poderia ser morto, mas assume o ônus de servir em
troca de viver – não é fundamentada na raça
 Por que esta idéia se manteve?
o Porque a prática da escravidão era comum na época, logo uma justificativa
apenas reforçaria a prática
o Suas outras idéias revolucionárias possuíam um peso e uma influência maior na
época, por isso essa questão da escravidão não é relevante em seu pensamento
o A defesa da escravidão decorre da defesa do direito de propriedade, que é um
dos direitos naturais do ser humano

Você também pode gostar