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INSÍGNIAS MAÇÔNICAS.

Sabemos todos o que é insígnia, mas volto ao assunto porque, sobre tudo no ritual da Grande
Loja do RS, continuamos a chamá-la de joia, entretanto este artefato denominado insígnia
representa a materialização de um estado de dinâmica, onde um profissional, também
conhecido em maçonaria como oficial e como por exemplo sito o mestre de harmonia, que
portá-la-á definindo a sua atividade, portanto esse artefato é um distintivo porque identifica
uma atividade em específica.

Em se tratando de maçonaria, a identificação do ofício ou cargo que o maçom exerce dentro de


uma loja maçônica, é assinalado por uma insígnia, que por sua vez substitui a grafia distinguida
do ofício ou cargo e isto vem acontecendo desde tempos imemoriais, aja vista que como
outrora os trabalhadores das obras via de regras não eram letrados, de nada valeria escrever
uma placa dizendo tesoureiro, para o quê foram criadas as insígnias substituindo palavras.

Temos como hábito dizer que a insígnia do aprendiz é seu avental branco, porém isto não está
devidamente correto, porque o nosso avental é o símbolo do trabalho, ou seja, aquilo que
simboliza que nós somos trabalhadores.

Ao consultarmos um bom dicionário, leremos que o termo símbolo, tem origem no grego
symbolon e designa um tipo de signo, em que o significante representa algo abstrato por força
de convenção, semelhança ou contiguidade semântica e com isto dito, nos fica bem claro, que
o avental não representa a ferramenta de trabalho do aprendiz, portanto não pode ser uma
insígnia, já que o avental simboliza um trabalhador específico, e no nosso caso, um trabalhador
da pedra.

O símbolo universal da maçonaria é representado por um esquadro e compasso sobrepostos,


entretanto este símbolo não identifica o ofício de cada irmão, apenas diz que ele é um maçom
e quem identifica a função é a insígnia, dizendo ser ele um tesoureiro ou um chanceler, e da
mesma forma, o avental apenas diz que é um trabalhador da pedra, portanto não uma insígnia.

Os aventais, as faixas, os colares, as joias, as insígnias e comendas em geral, são alfaias, e cada
uma delas, contendo as suas peculiares e conotações, também aludindo o sentido conotativo e
figurado, portanto é uma associação subjetiva, cultural ou emocional, que está para além da
representação escrita ou literal, portanto, são as alfaias artefatos subjetivos, culturais ou
emocionais que estão para além do significado físico.

Na maçonaria filosófica, que abrange do grau quatro ao trinta e três, existe uma infinidade de
cargos, insígnias, símbolos e comendas que ultrapassam as alfaias da maçonaria simbólica, mas
todas têm suas representatividades inclusas no aprendizado.

Quando por ocasião da nossa iniciação juramos desta forma:

Claro, não vou repetir todo o juramento, mas há um trecho que diz assim: Juro e prometo
seguir as leis, regulamentos, bem como todas as decisões ou ordens legais e legítimas,
daqueles que vierem a ser meus superiores maçônicos, procurando aumentar e aperfeiçoar os
meus conhecimentos, de acordo com os landimarks e continua, mas ficarei apenas com esta
parte do juramento a fim de notarmos que juramos sim, mas não cumprimos com o nosso
juramento e o pior, não procuramos por meios legais adaptar os rituais para os enquadrar num
padrão que realmente consigamos tornar o nosso juramento um ato verídico.
É praxe no mundo maçônico que usemos das nossas alfaias, o estritamente mínimo, para que
possamos adentrar a um Templo Maçônico, fazendo com isso que o guarda da lei precise faltar
com a verdade no momento que responde ao Venerável Mestre, que para abrir a loja, são
necessário no mínimo sete irmãos, dos quais pelo menos três mestres, mas que todos estejam
revestidos de suas insígnias e como o ritual deveria dizer alfaias, os irmãos apenas usam a
insígnia do cargo, mesmo que sua graduação não seja revelada, pois que, um mestre sem a
faixa é um aprendiz, apenas com mais tempo de trabalho, porque as rosetas contidas no
avental não são identificadoras da graduação, apenas significam desgastes pelo tempo de uso
em serviço, ou seja, mestre sem a faixa é um aprendiz antigo.

É comum ouvir-se de um maçom dizendo, eu não uso minhas alfaias porque isso é pavonice,
expressão esta utilizada para designar enfeitado, mas na verdade não é se sentir enfeitado é
provar que não sabe para que servem suas alfaias e o que elas representam no contexto
maçônico.

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