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I – INTRODUÇÃO
V.·. M.·., IIr.·. primeiro e segundo VVig.·., poderosos e demais irmãos, hoje trago
até a nossa Loja o trabalho referente a segunda instrução do grau de aprendiz maçom,
instrução esta que nos é repassada através de um diálogo com perguntas e respostas, entre o
Venerável Mestre e seus vigilantes. Neste diálogo realizado entre as luzes de nossa Loja,
podemos compreender uma “grande verdade”, que seria a existência do G.·. A.·. D.·. U.·.
criador de todas as coisas, ente supremo de conhecimento e sabedoria.
Através desta instrução, também podemos compreender que sendo o G.·. A.·. D.·.
U.·. o senhor criador de todas as coisas, coube a ele dotar os seres humanos de inteligência
para que os homens pudessem compreender e realizar a distinção entre o bem e o mal, pois
realizando essa distinção, é possível que o homem pratique a moral, sendo esta, encontrada
através dos ensinamentos aplicados na Maçonaria, consubstanciada no amor ao próximo e no
aperfeiçoamento dos costumes.
GRANDE LOJA MACÔNICA DO ESTADO DE GOIÁS
Por fim, compreendemos a significação das três viagens que o Profano deve ser
submetido para ser recebido nos augustos mistérios da maçonaria. Tratam-se de provas
puramente simbólicas, com significados exotéricos que apenas os maçons, com a aplicação do
conhecimento devido, conseguem compreender.
Por fim, o iniciado recebe o S.·. a P.·. e o T.·., além de ser contemplado com um
avental de cor branca, paramento necessário para que o futuro aprendiz possa entrar ao templo
e participar dos trabalhos realizados em Loja, sendo este o objeto que passaremos a estudar
através do presente trabalho.
O uso deste Avental em Loja é uma herança antiga repassada pela maçonaria
operativa, onde o avental era um adorno de proteção, utilizado pelos trabalhadores operativos
no desempenho de suas funções. Tinha o avental, portanto, a finalidade de preservar as
vestimentas dos operários, servindo também como proteção ao indivíduo que o usava,
apresentando as mais variadas formas, conforme a função exercida pelo operário daquela
época.
Por isso, o Avental é a parte principal do traje maçônico, sem o qual o maçom não
estará maçonicamente trajado.
O aprendiz usa o avental com a abeta erguida, formando, assim, um polígono de cinco
lados; o triângulo é o emblema do Espírito do Homem, o quadrado representa a matéria
e seu corpo; o polígono simboliza o trabalho material do Iniciado ao se entregar à
desbastação da Pedra Bruta; o Aprendiz educa o seu espírito para dominar a matéria,
dominando suas paixões, que são os defeitos dessa matéria; essa tarefa, o aprendiz a
executa para poder viver harmonicamente entre os seus Irmãos. (pag. 162).
Além da cor branca, o Avental do Aprendiz maçom tem a sua abeta levantada,
visto que na antiguidade, acreditava-se que a sede das emoções humanas seria o epigástrio
(boca do estômago); assim, estando o avental com a abeta levantada cobriria exatamente essa
região. Esotericamente, isso significa que o aprendiz não sabendo ainda trabalhar, precisa
GRANDE LOJA MACÔNICA DO ESTADO DE GOIÁS
proteger-se, devendo ter o seu epigástrio coberto, para que essas emoções não atrapalhem os
trabalhos em Loja e para que não influam, deleteriamente, na espiritualidade das sessões.
III - CONCLUSÃO
Destacando-se o avental do aprendiz maçom, devemos lembrar que ele nos faz
pensar sobre a oportunidade que nos foi dada para realizarmos o aprimoramento, enquanto
construtores de uma sociedade dotada de qualidades morais; todos nós maçons devemos
carregar o atributo do avental mesmo não estando em Loja, levando para o mundo profano a
prática do labor, pois o verdadeiro maçom nunca pode se esquecer que sua principal função
na sociedade é de construtor social.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CAMINO, Rizzardo da. Aprendizado Maçônico. São Paulo: Livraria Maçônica Paulo Fuchs,
2001;
CAMINO, Rizzardo da. Simbolismo do Primeiro Grau: Aprendiz. 5º ed. Rio de Janeiro:
Aurora, 1992;