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15JUL2021
Esta associação, por sua vez, originou uma outra designação do Guarda Ex-
terno, ou Telhador: a de Cobridor, o Oficial que mantém a “Loja a Coberto”. Esta
designação, até pela susceptibilidade de confusão com um mais vernáculo signifi-
cado da palavra “cobridor” (basta recordar que, nas pecuárias de criação de gado
vacum costuma existir um touro cobridor...), determinou que esta última designa-
ção caísse em desuso. A Maçonaria preserva a tradição, mas não exageremos.
A verdadeira Paz não resulta de não dispor de armas; advém de as ter, mas
não as usar. No Rito Escocês Antigo e Aceite o uso de espadas é meramente ceri-
monial. E, para que não haja acidentes, que, nos dias de hoje já não se fazem es-
padachins como antigamente, por via das dúvidas as espadas utilizadas são rom-
bas, isto é, não possuem lâminas afiadas e de material frágil.
Nos Ritos de York e de Emulação, o ofício de Guarda Externo é considerado
de alguma importância e muita responsabilidade, como facilmente se deduz da
tarefa de verificação das credenciais de quem se apresenta para entrar em Loja.
Demonstra assim, e aprende dessa forma, que o maçon deve exercer todas
as funções, da mais importante à mais humilde, com igual interesse e empenha-
mento. Mostra assim que mereceu exercer o mais importante ofício em Loja e
com ele aprendeu que tão necessário é o mais humilde dos ofícios como o mais
importante deles e que, portanto, exerce este com a mesma naturalidade com
que exerceu o outro.
E, assim, com o exercício do mais humilde ofício, o maçon passa à honrosa
categoria de Antigo Venerável. Findo ele, retomará, em princípio, o seu lugar nas
Colunas da Loja, onde se manterá à disposição de seus Irmãos.