Você está na página 1de 3

POSTURA EM LOJA

Ir.´. Paulo F. Leuckert M.´. I.´.


Apesar do trabalho versar sobre postura em Loja, falaremos também sobre
a postura fora de Loja, o que, com certeza, é até mais importante. Lembramos
primeiramente que Templo é o prédio onde nos reunimos e a Loja passa a existir
a partir da Abertura do Livro da Lei, quando o Venerável diz que está aberta a
Loja. E é fechada ao final.
Pois bem, ao chegarmos ao Templo, cumprimentamos nossos irmãos não
como uma obrigação de pessoas civilizadas, mas com a alegria de quem
reencontra grandes amigos.
Embora tenhamos nos preocupado muito na construção do nosso Templo
material, não planejamos bem a separação da Sala dos Passos Perdidos, onde,
nem sempre simbolicamente, reina o caos; do Átrio, que seria a ante-sala para a
sessão, onde a concentração e interiorização de cada um, faria com que o Mestre
de Cerimônias não tivesse que, reiteradas vezes esperar pelo silencio. Chegar
sempre antes do horário estabelecido para o início da sessão é uma das virtudes
de um Maçom. Se chegar tarde, deve entrar sempre na ritualística,
primeiramente para praticar e em segundo lugar para relembrar a todos como
deve ser feito.
Para participar da Sessão, deve estar devidamente paramentado conforme
RGF pág.35, art.84, onde diz que o traje pode ser preto ou azul marinho, camisa
branca, gravata branca ou preta conforme o rito , sapatos e meias pretas, ou
opcionalmente, jamais em Sessão Magna, o Balandrau, que é uma veste talar,
ou seja, vai até o tornozelo (não existe Balandrau até a cintura); meias pretas e
sapatos também, sendo ele, o Balandrau, sem nenhum emblema e fechado no
pescoço para que não apareçam camisas das mais variadas cores. Não há
possibilidades de outras opções: é a Lei Federal que nos diz isto, e os
Veneráveis, não raras vezes, recebem um “puxão de orelhas” verbalmente ou
por escrito pedindo que isto seja observado. Lembramos ainda que o Avental é a
principal vestimenta do Maçom.
Toda a postura tem sua razão de ser; em maçonaria nada é feito em vão. Se
um objeto, por mais simples que seja, tem um significado simbólico para
completar o conjunto da instituição, postura, evidentemente, é o resultado de um
estudo profundo e plenamente aprovado. Cada grau tem sua própria postura; ela
é a posição que o maçom assume dentro da Loja. Em sua marcha, quando
sentado, em pé e em cerimônias.
A postura do maçom sentado: pés em esquadria, calcanhares unidos e
mãos sobre as coxas, não representa somente uma tradição, muito menos uma
exigência tipo militar ou subordinação.Vários afrescos egípcios têm esta
posição. Na Índia, na China e no Japão, temos estátuas em posições sentadas.
Quando um hindu senta e pratica o yoga, o faz na posição chamada flor de lótus,
pois imita esta flor sagrada. A posição do corpo faz com que o maçom
recarregue as suas “baterias” mental e fisicamente. Ao sentar-se
inconscientemente durante os trabalhos, sem observar rigorosamente as posturas
do ritual, poderá acarretar prejuízos, tanto físicos como espirituais, a si e aos
demais. Falar do Irmão Clóves, quando um Ir.´. destoa.
O sinal gutural lembra o nosso juramento; se for feito de modo imperfeito,
a tiróide não será beneficiada, a paixão e a emoção não serão controladas e o
equilíbrio ficará abalado.
Saudação às autoridades: no caso de alguma alta autoridade presente,
devemos nos dirigir a ela como manda o protocolo, a seguir VM, vigilantes,
autoridades maçônicas, prezados, queridos ou caros irmãos. (Evitar caros e
caríssimos, pois fica a dúvida de quem é o que ?)
Passemos então ao termo “Em pé e a Ordem”. Considerado redundante por
muitos maçons, já que sempre que ficamos em pé, ficamos à Ordem, estando a
Loja aberta. O ir.´. Pedro Juk, na pág. 22 da revista Trolha nº 209, simplifica
bastante a situação. À Ordem é estar em pé, parado, calcanhares unidos e pés
em esquadria, corpo ereto. Compor o Sinal, significa fazer o Sinal Penal ou
Gutural, referente ao juramento que fizemos. Sempre que estamos à Ordem,
compomos o Sinal. E a Saudação, bem, já comentamos diversas vezes a maneira
correta: o movimento deve ser completo para cada um a quem nos dirigimos.
Antes da Abertura do Livro da Lei, a Loja não está aberta, a Loja não
existe, logo, não deveria ser feito nenhum sinal. Entretanto, conforme mudança
do ritual, o Ir.´. 1º Vig.´. pede para que os Irmãos de ambas as colunas fiquem
em Pé e a Ordem para ver se realmente são Maçons, simbolizados pela postura,
onde o Esquadro (esquadria formada pelos pés) determina a retidão de caráter, o
Prumo (corpo ereto) representa a equidade ou a medida justa que deve
acompanhá-lo como fator determinante de conduta; o Nível (expressado pelo
sinal) concebe a igualdade com que se deve tratar o próximo, até porque as
distinções são consideradas pela Ordem como mera manifestação de
exterioridade humana. E ele conclui que são maçons, logo, estão aptos a
participar da sessão.
O Maçom que assiste a uma sessão por mais longa que seja, mantendo-se
corretamente nas posturas ritualísticas, sairá da Loja aparentemente cansado;
mas o aparente esforço físico transformar-se-á em verdadeiro relaxamento
muscular, e notará, no dia seguinte, uma grande disposição para as atividades
costumeiras. Porém, se permanecer em posição incorreta, sairá da Loja com a
impressão de que a reunião foi maçante e sem interesse.
Enquanto em postura correta, o Maçom emana de dentro de si próprio, do
seu Eu interno, a energia necessária para o seu bem estar, irradiando ainda, o
que lhe sobra, em prol de seu Ir.´.; haverá então uma constante troca de
benefícios mútuos.
O egoísta e o negativo aspira receber energia de fora e não concebe que
possa extrair algo de si próprio e muito menos dar. A todos, a maçonaria ensina
que, se está pronto a dar, receberá.
Marcha do Grau – único momento que se faz sinal andando.
Bateria, mão direita na esquerda.
Quando a porta está aberta, não fazemos nenhum sinal, pois não sabemos
ao certo quem está na sala dos Passos Perdidos. Não há necessidade de esperar
aviso do Venerável. Qualquer irmão, mesmo sendo Aprendiz, pode e deve tomar
a iniciativa de desfazer qualquer sinal e não fazer nenhum outro. Isto também é
válido para as Sessões Brancas.
Outro ponto muitas vezes não observado é que devemos evitar conversas
e/ou comentários com Irmãos próximos a nós, pois perturba o seguimento da
Sessão e é também um desrespeito ao VM.
FORA DE LOJA
Observar o Sigilo com os profanos. Procurar esclarecê-los na medida do
possível, não revelando o nome dos demais irmãos. Atenção especial nos
resultados dos escrutínios !!
Evitar falar dos irmãos longe deles. Este é o primeiro local onde devemos
observar isto.
Evitar discussões (principalmente entre irmãos + jogo de cartas)
Agir corretamente. Trinta bons maçons = normal. Um mau maçom:
generalização
FINAL
A postura maçônica dentro e fora de Loja somada a unidade de
pensamento que existe entre os membros de uma Loja é que a levam a grandes
conquistas, como foi a construção deste Templo.
Meus irmãos, a semana tem 168 horas.
A maçonaria tem a árdua tarefa de tentar, em duas horas semanais, fazer
com que seus adeptos sejam pessoas corretas nas demais 166 horas. É difícil.
Por isso, procuramos pessoas que achamos ter a capacidade e a vontade de
aceitar e praticar estas idéias, e as convidamos para conosco desfrutarem destas
duas horas semanais. Aquelas que descobrirem as mensagens enigmáticas
ocultas nos símbolos, compreende-las de forma racional e lógica e assumir na
sociedade a Postura que a Ordem Maçônica espera, poderão dizer que como
maçons seus irmãos os reconhecem, pois devem ter sido escolhidos por isso,
estando aqui para aperfeiçoarem-se, não só para tornarem-se bons maçons, mas
excelentes seres humanos.

Bibliografia: Aprendiz Maçom: Lições Próprias do Grau


Revista Trolha nº 209 Pág. 22
Regulamento Geral da Federação

Você também pode gostar