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A Ordem dos

Templários

Fundação e Missão
(Fatos Históricos)

A ordem foi oficializada em 1128 durante o Concílio de


Troyes, O objetivo da Ordem era proteger os peregrinos que iam a
Jerusalém. Com o passar dos anos a Ordem voltou a se juntar aos
Cruzados em batalhas se tornando a maior força de cavalaria
armada que a igreja possuia além de organizar uma rede de ajuda e
guarnição financeira à Reis, Senhores Feudais e Peregrinos.
Mas, voltando alguns anos no tempo...
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Em 1095 o Papa Urbano II juntamente com o Imperador
Bizantino Aleixo I convocavam todos os Cristãos para uma
jornada de reconquista territorial para o Império Bizantino até a
Terra Santa para reconquistar o que pertencia a Igreja por direito;
JERUSALÉM, que se encontrava sob domínio dos Mulçumanos.
No início, aderiran a causa muitos soldados Francos, Britânicos e
Germanos; todos com promeças de Salvação eterna, riquesas
materiais e aquisição de terras como pagamento por seus serviços,
além de todos os despojos de guerra adquiridos durante os
confrontos... E nem todos eram Cristãos fervorosos com o mesmo
objetivo e nem mesmo queriam reconquistar a Terra Santa. O
empreendimento foi um sucesso, mas, ao invés de devolver o
território de Outremer ("Ultramar") ao Império Bizantino, os
cruzados fundaram para si o Condado de Edessa (1095), o
Principado de Antioquia (1098), o Condado de Trípoli (1102) e,
principalmente, o Reino de Jerusalém, em 1099. Toda a faixa do
mar do chamado Crescente Fértil ficou sob domínio latino. O fato
é que esses territórios impediam a comunicação entre os povos
muçulmanos: os turcos otomanos, ao norte, o Califado de Bagdá,
na Arábia, e o Califado Fatímida, no Egito. A princípio, como não
havia fortes alianças entre eles, isso não representou um perigo
eminente aos territórios latinos. No entanto, os constantes assaltos
sofridos por peregrinos no caminho da Terra Santa indignavam os
cristãos do Ocidente. Em um episódio que ganhou grande
repercussão na época, 300 peregrinos, em sua maior parte de
origem germânica, foram brutalmente assassinados, enquanto se
aproximavam de Jericó, às margens do Rio Jordão.
Quando a Ordem dos Hospitalários foi designada de cuidar
dos peregrinos durante o caminho, uma ideia nasceu: Criar um
exército de Cristo, que lidam apenas com a proteção de membros
clero do Santo Sepulcro e os peregrinos no caminho para a Terra
Santa, presa tão fácil para os ladrões. Um grupo de cavaleiros,
disposto a uma vida de sacrifícios, se ofereceu para proteger os
cristãos na Terra Santa. Encarnavam duas realidades
aparentemente contraditórias: A vida militar como Guerreiros, com
suas batalhas e desafios físicos, e a vida religiosa como Monges de
Cristo, com suas austeridades, renúncias e muitas orações. Hugo
de Payens, foi o fundador e o primeiro líder, viveu com os
primeiros cavaleiros uma vida de extrema pobreza e dedicação
total. Nasce então, Os Pebres Cavaleiros de Cristo e do Templo de
Salomão.
Inicialmente, Hugo de Payens concentrou seu Grupo no
desfile de Athlit, um lugar particularmente perigoso no caminho
percorrido pelos peregrinos. Onde, posteriormente, viria ser
construída a maior Fortaleza Templária da Terra Santa. A nova
ordem rescem criada não poderia sobreviver sem o apoio de
pessoas influentes. Com a benção do Papa, o Rei Balduíno II
concedeu-lhes uma parte de seu palácio em Jerusalém, o local que
fazia parte das Ruínas Templo de Salomão, que mais tarde deu o
nome aos Templários ou Cavaleiros Templários.
Os Nove cavaleiros Fundadores originais da Ordem foram:
1. Hugues de Payens (ou Hugo de Payns)
2. Godofredo de Saint-Omer
3. Godofredo de Bisol
4. Payen de Montdidier
5. André de Montbard
6. Arcimbaldo de Saint-Amand,
7. Hugo Rigaud
8. Gondemaro, ou Gondomar, Templário que se supõe ter
sido Português
9. Arnaldo, Arnoldo,: Frei Arnaldo, ou ainda segundo André J.
Paraschi: D. Pedro Arnaldo da Rocha. Templário. Teria sido um dos
nove fundadores da Ordem dos Templários em 1118, em
Jerusalém.
Hugues de Payens, acompanhado por cinco outros cavaleiros
(Geoffroy de Saint-Omer, Payen de Montdidier, Geoffrey Bisol,
Archambault de St-Amand e Rolland), navegou para o Ocidente
em 1127 para levar uma mensagem ao Papa Honório II e
Bernardo de Claraval.
Com o apoio do rei Baudoino e instruções do patriarca de
Jerusalém, Hugues de Payens tinha três objetivos:
1. Reconhecimento da milícia pela Igreja e dar-lhe uma
regra ligado aos cânones do Santo Sepulcro (o clero), os cavaleiros
como eles seguiam a regra de Santo Agostinho;
2. Dar legitimidade às ações da milícia desde o nome do
monge-cavaleiro, um amálgama de uma novidade absoluta,
poderia estar em contradição com as regras da Igreja e da
sociedade em geral;
3. Recrutar novos cavaleiros e receber doações que vivem a
milícia na Terra Santa.

Regra e Estatutos
Após o Concílio de Troyes, onde a idéia de uma regra
específica para a Ordem do Templo tinha sido
aceita, e a tarefa de elaboração foi confiada a
Bernardo de Claraval. Regra dos Templários
foi adaptado para o tipo de vida
(principalmente militar) que conduziu os
Templários irmãos. Por exemplo, os jejuns
eram menos rigorosas do que para os monges
beneditinos, para não enfraquecer os
Templários chamados a lutar. Além disso, a
regra foi adaptada para a bipolaridade da
ordem, e alguns artigos sobre a vida, tanto no Ocidente
(convento) que a vida no Oriente (militar).
A regra original, escrito em 1128, foi anexada à ata do
Conselho de Troyes em 1129 e continha setenta e dois artigos.

Posteriormente, em datas diferentes, a regra foi ampliada


com a adição de seiscentos e nove saques ou artigos de
associação, particularmente sobre a hierarquia ea justiça dentro
da ordem. O lema dos Templários era a frase: "Non nobis Domine,
non nobis, sed nomini tuo ad gloriam" (Salmo
115,1)

A missão dos Templários


O objetivo dos templários era proteger os
peregrinos cristãos à Terra Santa e da defesa armada da Terra
Santa. Esta peregrinação foi um dos três maiores da cristandade
da Idade Média. Durou vários anos e os peregrinos tinham de
caminhar cerca de 12.000 quilômetros de ida e volta a pé e de
barco para atravessar o Mar Mediterrâneo. Geralmente, os
peregrinos desembarcaram em Acre, também chamada de St.
Jean d’Acre. Eles foram mais tarde proteger os lugares sagrados:
Belém, Nazaré, Monte das Oliveiras, o Vale de Josafá, o Jordão, o
monte do Calvário e Santo Sepulcro em Jerusalém. Todos os
peregrinos tinham direito à proteção dos Templários, essa essa a
sua missão e dever. Além disso, em 1147, os Cavaleiros Templários
deram apoio ao exército do rei Luís VII atacado nas montanhas da
Ásia Menor durante a Segunda Cruzada (1147-1149). Esta ação
permitiu a continuação da expedição e do rei de França era muito
grato a eles. Durante a Terceira Cruzada (1189-1192), os
Templários, respectivamente, assegurada a vanguarda ea
retaguarda do exército de Ricardo Coração de Leão na batalha.
Durante a Quinta Cruzada, a participação das ordens militares, e,
portanto, os Templários, foi decisivo para a proteção dos exércitos
reais de Luís IX em Damieta.
Durante todo esse período de confrontos e guerras os
Templários ajudaram os reinos atingidos por dificuldades
financeiras devido aos confritos das Cruzadas. Em várias ocasiões
na história, os Templários,
precisaram reabastecer os
cofres reais
momentaneamente
(Cruzada de Luís VII), ou
pagar o resgate de reis
prisioneiros (Cruzada de
Luís IX). Tudo começou em
1146 quando Louis VII, com destino a Segunda Cruzada, tinha
decidido deixar o tesouro real sob a custódia do Templo de Paris.
Outra grande personalidade, Henry II da Inglaterra, tinha deixado
a custódia do tesouro do Templo. Além disso, muitos Templários
da casa da Inglaterra também foram os conselheiros reais. Além
disso,Combateram valentemente em várias Cruzadas, e a mercê
dos bens tomados de seus inimigos vencidos, ou doados à Ordem,
chegaram a ser grandes financeiros e banqueiros internacionais,
cujas riquezas tiveram o seu apogeu em meados do século treze e
podiam suprir toda uma rede financeira que envolvia os
peregrinos durante toda a sua jornada. Isso fazia com que muito
dinheiro circulasse por toda Europa pelas mãos dos Templários;
Seja como for, os templários se desenvolveram com uma
velocidade surpreendente, tanto numericamente quanto em
domínio político, somando terras e juros de empréstimos
concedidos a reis e nobres, bem como ao clero, semeando assim
o futuro intercâmbio bancário. Tanto poder e riqueza lhes
angariaram rivalidades e temores, sentimentos que no século XIV
se concretizaram sob a forma de um complô armado pela
cumplicidade entre o rei francês Filipe IV e o Papa Clemente V. Os
dois se uniram e teceram um plano cruel contra os templários.

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