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2013
APRESENTAÇÃO
Pesquisa e Texto
Tatiana Dantas Marchette
Vidal Antônio de Azevedo Costa
Revisão de Texto
Marília Mezzomo Rodrigues
Projeto Gráfico
André Feijó (Intro Design)
Editor
Factum Editora
Este Guia de Educação Patrimonial etárias, uma vez que foi pensado para
Coordenação Editorial
Tatiana Dantas Marchette é uma ação de contrapartida social poder servir, também, como instrumento
resultante da execução de um projeto auxiliar no desenvolvimento de atividades
Capa
Maquete da cidade de Curitiba em 1876 doada cultural incentivado por meio do educativas em geral, desde que o foco seja
pela Prefeitura Municipal de Curitiba Mecenato Subsidiado da Lei Municipal de o Patrimônio Cultural.
ao Museu Paranaense no ano de 1939.
Cultura, da Fundação Cultural de Curitiba.
Reprodução: © Zeca Moraes, 2001.
Ele é destinado, prioritariamente, aos Assim, para facilitar o manuseio deste
Agradecimentos educadores da Rede Municipal de Ensino Guia de Educação Patrimonial não
Marcelo Saldanha Sutil
Jeferson Dantas Navolar que atuam no ensino formal para alunos somente por educadores do ensino
Salvador Gnoato entre seis e quinze anos de idade. Isso formal, mas por outros agentes sociais
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INTRODUÇÃO
Educação Patrimonial é a utilização ampliando o entendimento sobre o tema
dos bens culturais como recursos e, ao mesmo tempo, inserindo-o no dia-
educacionais, aproximando a escola a-dia dos educadores, dos alunos e da
do Patrimônio Cultural da sua região, comunidade.
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Para o IPHAN, Educação Patrimonial recurso para a compreensão sócio-histórica
é entendida enquanto composta por das referências culturais em todas as suas
I - as formas de expressão; V - os conjuntos urbanos e sítios
II - os modos de criar, fazer e viver; de valor histórico, paisagístico, “processos educativos formais e não- manifestações, com o objetivo de colaborar
III - as criações científicas, artístico, arqueológico, formais que tem como foco o patrimônio para o seu reconhecimento, valorização e
artísticas e tecnológicas; paleontológico, ecológico e cultural apropriado socialmente como preservação.”
IV - as obras, objetos, documentos, científico.
edificações e demais espaços
destinados às manifestações REFERÊNCIAS CULTURAIS reaproximam os que estão longe,
artístico-culturais; “... são edificações e são paisagens para que se reviva o sentimento
naturais. São também as artes, os de participar e de pertencer a um
ofícios, as formas de expressão e grupo, de possuir um lugar. Em
O conhecimento, a valorização e a os modos de fazer. São as festas suma, referências são objetos,
proteção do Patrimônio Cultural são e os lugares a que a memória e práticas e lugares apropriados pela
a vida social atribuem sentido cultura na construção de sentidos de
aspectos de um processo educativo
diferenciado: são as consideradas identidade, são o que popularmente
que, na estrutura formal da escola,
mais belas, são as mais lembradas, se chama de raiz de uma cultura.
podem fazer parte dos temas as mais queridas. São fatos, (Manual de Aplicação do Inventário
transversais e, na vida comunitária atividades e objetos que mobilizam Nacional de Referências Culturais,
atuam como elementos importantes a gente mais próxima e que IPHAN, p. 8.)
da formação da cidadania, da
constituição da memória e para a
sustentabilidade da criatividade de
uma sociedade.
No Brasil, se estabeleceu uma política e imateriais, as ações governamentais
pública de Patrimônio Cultural na década sobre o assunto, no entanto, corporificadas
de 1930. Idealizada principalmente pelo na Lei nº 25 (Lei de Tombamento), de 1937,
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culturais materiais e, especificamente, brasileira, cuja forma e período histórico
os edificados. Por outro lado, a Lei de foram valorizados pelo Movimento
Tombamento estabeleceu um nexo forte Modernista em sua primeira fase, no início
com o passado colonial, de tradição luso- dos anos 1920.
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Mas, qual representação da História (1904-1990), então representante do
do Brasil era essa que se queria preservar órgão federal de Serviço do Patrimônio
oficialmente? No contexto do Estado Novo, Histórico e Artístico Nacional no Paraná
a preocupação com a formação de uma encaminhou a lista, a qual sugeria os
identidade homogênea da nação, portanto, seguintes bens:
com o apagamento das diferenças e a
dissimulação dos conflitos, deu preferência a) No Litoral:
à construção da memória encarnada em Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres,
grandes monumentos, com ênfase para a em Paranaguá
arquitetura do século 18. Bens culturais Colégio dos Jesuítas, em Paranaguá
portadores de valores abstratos, ou
b) Na Lapa
imateriais, que haviam sido preconizados
Igreja Santo Antônio
por Mário de Andrade e que hoje fazem
Casa do Coronel Lacerda Casa Romário após “limpeza” das fachadas e “curetagem” no interior. Primeira sede da Fundação Cultural de Curitiba.
parte do repertório de referências culturais
Hoje destinada a exposições. Foto: Jeferson Navolar, 2005.
do nosso patrimônio, se encontravam c) Campos Gerais
naquele momento, portanto, distantes Fazenda Fortaleza São eles: o prédio da Igreja da Ordem Nesse mesmo contexto dos anos 1960
desse parâmetro voltado para a preservação Terceira de São Francisco das Chagas e 1970, com a criação do IPPUC e da
de prédios arquitetônicos que haviam Nota-se, assim, que a capital do estado (1966), a Praça João Cândido e Ruínas, FCC, isto é, de agências municipais
abrigado funções públicas e religiosas do não esteve representada nesse primeiro rol no Alto do São Francisco (1966) e a preocupadas com as questões das políticas
período colonial. para tombamento federal, visto que seu Casa Romário Martins (1971), no Largo públicas de urbanismo e patrimônio,
passado parecia não ser digno de integrar Coronel Enéas, mais conhecido como outros tipos de formas arquitetônicas
Da mesma maneira, no Paraná, quando a memória nacional de tradição colonial. Largo da Ordem. Nesse mesmo ano, o foram sendo identificadas e valorizadas
solicitada pelo governo federal, em abril Somente a partir de 1966, bens edificados Plano Diretor aprovado para o Município enquanto unidades de preservação,
de 1937, uma listagem dos bens culturais de Curitiba passaram a fazer parte do previa uma política voltada para a notadamente as dos estilos Ecletismo e
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Hoje, um aspecto ressaltado pelo culturais. Agora, mais do que nunca, esse
INVENTÁRIO do patrimônio, em nível municipal,
IPHAN quanto à política patrimonial é o papel ativo é possível e necessário. Como
Além do tombamento, o por intermédio do planejamento
compartilhamento, entre os diversos grupos os cidadãos curitibanos podem participar inventário é a primeira forma para o urbano. Os municípios devem
sociais, da construção e da divulgação dessa atuação coletiva da promoção e da reconhecimento da importância dos promover o desenvolvimento
do conhecimento, visto que todos somos proteção do Patrimônio Cultural? bens culturais, por meio do registro das cidades sem a destruição do
detentores e produtores de referências de suas características principais. patrimônio. Podem ainda criar
Os Planos Diretores também leis específicas que estabeleçam
estabelecem formas de preservação incentivos à preservação. (IPHAN)
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AÇÃO POPULAR: é o meio processual • a União, os Estados, o Distrito Federal e
a que tem direito qualquer cidadão os Municípios;
que deseje questionar judicialmente a
• autarquias, empresas públicas,
validade de atos que considera lesivos
fundações e sociedades de economia
ao patrimônio público, à moralidade
mista;
administrativa, ao meio ambiente e
ao patrimônio histórico e cultural. • o Conselho Federal da Ordem dos
(Constituição da República Federativo Advogados do Brasil (Lei 8.906/94, art.
do Brasil, 1988, no inciso LXXIII do art.5º.) 54, inciso XIV); e
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ROTEIROS
Roteiros tradicionais (os roteiros Francisco, Rua Jaime Reis, Sociedade
abaixo foram sugeridos pela Fundação Garibaldi, Praça Garibaldi, Relógio
Cultural de Curitiba a partir de ações das Flores, Palacete Wolf, Igreja
educativas em parceria com a Secretaria do Rosário, Rua Doutor Claudino
Municipal da Educação. Disso resultou a dos Santos, Igreja Presbiteriana
publicação “Trilhas da cidade da gente”, Independente de Curitiba, Casa
de 2007, composta por sete volumes que Hoffmann, Museu de Arte Sacra,
correspondem a esses sete roteiros aqui Igreja da Ordem, Casa Romário
apresentados.) Martins, Setor Histórico, Galeria Júlio
Moreira, Museu na Rua, Rua José
Setor Histórico: Praça Professor Bonifácio, Catedral Metropolitana,
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Praça do Redentor: Colégio Estadual Centro Cívico: Prefeitura Municipal
do Paraná, Praça Gibran Khalil de Curitiba, Avenida Cândido de
Gibran, Antiga Fundição Mueller, Abreu, Praça Nossa Senhora de
Avenida Cândido de Abreu, Rua Salete, Praça Cívica, Praça Rio
Mateus Leme, Praça do Redentor, Iguaçu, Museu Oscar Niemeyer,
Cemitério Municipal, Rua Trajano Memorial Polonês.
Reis, Igreja Luterana.
Passeio Público: Antiga Fundição
Rua XV de Novembro: Praça Santos Mueller, Praça Gibran Khalil Gibran,
Andrade, Universidade Federal do Passeio Público, Teatro Guaíra,
Paraná, Correio Velho, Rua XV de Praça Santos Andrade, Cine Luz,
Novembro, Prédio da Antiga Livraria Universidade Federal do Paraná,
Ghignone, Confeitaria das Famílias, Correio Velho, Solar do Barão.
Prédio Neogótico, Galeria do
Plano Agache, Senadinho, Louvre, Praça 19 de Dezembro: Praça 19 À esquerda: Calçadão atual. Acervo: IPPUC. Acima: Rua XV
com veículos, década 1960. Acervo: Casa da Memória.
Bondinho da Rua das Flores, Palácio de Dezembro, Centro Cultural Solar
Avenida, Boca Maldita, Edifício do Barão, Universidade Federal do
Garcez, Praça Ozório. Paraná, Correio Velho, Praça Santos
Andrade, Cine Luz, Teatro Guaíra.
Rua Barão do Rio Branco: Paço da
Liberdade, Praça Generoso Marques,
Rua Baão do Rio Branco, Hotel
Johnscher, Câmara Municipal dos
Desenho original do projeto de restauração do Solar do Barão. Autor: arq. Cyro Correia Lyra.
Fotografia: Jeferson Navolar, 2006.
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Roteiro dos bens tombados em esfera CASA ROMÁRIO MARTINS ÁRVORE ANGICO BRANCO CASTELO DO BATEL
estadual localizados em Curitiba. Localização: Largo Coronel Enéas, nº 30 Localização: Praça da França. Localização: Avenida do Batel, nº 1.323
(apresentados em ordem cronológica do (Largo da Ordem) Data: 1974 Data: 1975
ano da inscrição dos livros-tombo.) Data: 1971
ÁRVORE CORTICEIRA PALACETE DO BATEL
ANTIGO PAÇO MUNICIPAL, atual sede MUSEU ESCOLA DE Localização: Rua Carmelo Rangel, nº 886 Localização: Avenida do Batel, nº 1.387
SESC PAÇO DA LIBERDADE ALFREDO ANDERSEN Data: 1974 Data: 1975
Localização: Praça Generoso Marques, Localização: Rua Mateus Leme, nº 336
S/nº. Data: 1971 ÁRVORE PAINEIRA QUATRO ÁRVORES TIPUANA
Data: 1966 Localização: Praça da Paineira. Localização: Praça Santos Dumont
COLEÇÃO DO MUSEU CORONEL DAVID Data: 1974 Data: 1977
IGREJA DA ORDEM TERCEIRA DE SÃO CARNEIRO
FRANCISCO DAS CHAGAS Localização: Rua Comendador Araújo, ÁRVORE TIPUANA PANTEÃO DO CEMITÉRIO DE SANTA
Localização: Largo Coronel Enéas nº 531 Localização: Rua D. Pedro II com Rua FELICIDADE
(Largo da Ordem) Data: 1972 Presidente Taunay Localização: Avenida Manoel Ribas, s/nº
Data: 1966 Data: 1974 Data: 1977
COLEÇÕES DO MUSEU PARANAENSE
PRAÇA JOÃO CÂNDIDO, BELVEDERE Localização: Rua Dr. Kellers, nº 289 PORTÃO DO PASSEIO PÚBLICO CASA EMÍLIO ROMANI
E RUÍNAS Data: 1972 Localização: Avenida João Gualberto com Localização: Praça Eufrásio Correia,
Localização: Alto do São Francisco Rua Presidente Faria nº 498
Data: 1966 PAISAGEM URBANA DA RUA XV DE Data: 1974 Data: 1978
NOVEMBRO
INSTITUTO NEOPITAGÓRICO, EDIFÍCIO Localização: extensão compreendida da ANTIGA SEDE DA UNIVERSIDADE SOLAR DO BARÃO DO SERRO AZUL
E ACERVO Praça Osório até a Praça Santos Andrade FEDERAL DO PARANÁ Localização: Rua Presidente Carlos Cavalcanti,
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MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA PRAÇA EUFRÁSIO CORREA PALÁCIO GARIBALDI PARQUE ESTADUAL PAPA
Localização: Rua Desembargador Localização: Rua Barão do Rio Branco com Localização: Praça Garibaldi JOÃO PAULO II
Westphalen, nº 16 Avenida Sete de Setembro Data: 1988 Localização: Centro Cívico
Data: 1978 Data: 1986 Data: 1990
TEATRO TREZE DE MAIO
ANTIGO TESOURO DO ESTADO SOBRADO À RUA BARÃO DO Localização: Rua Treze de Maio, nº 655 PAINEL DE AZULEJOS
(CASA ANDRADE MURICY) RIO BRANCO, Nº 763 Data: 1988 Localização: Avenida Visconde de
Localização: Alameda Dr. Muricy, nº 915 Localização: Praça Eufrásio Correa Guarapuava, nº 3.077
Data: 1978 Data: 1985 CASA GOMM Data: 1990
Localização: Parque Maria Luíza Gomm -
PALÁCIO RIO BRANCO, atual sede da SOBRADO À RUA BARÃO Rua Bruno Filgueira CASA KIRCHGASSNER
Câmara Municipal de Curitiba DO RIO BRANCO, Nº 773 Data: 1989 Localização: Rua Treze de Maio, nº 1.224
Localização: Rua Barão do Rio Branco, Localização: Praça Eufrásio Correa Data: 1991
s/nº Data: 1985 ÁRVORE CEBOLEIRA
Data: 1978 Localização: Rua Professor Assis CASA DOS PAROLIN
SOBRADO À RUA BARÃO DO Gonçalves, nº 644 Localização: cruzamento da Rua
CASA ANTIGA DAS MERCÊS RIO BRANCO, Nº 805 Data: 1990 Brigadeiro Franco com Travessa Livorno
Localização: Rua Solimões, nº 344 Localização: Praça Eufrásio Correa Data: 1991
Data: 1979 Data: 1985 RESERVATÓRIO DO ALTO
SÃO FRANCISO IMÓVEL “BURRO BRABO”
PALACETE WOLFF SOBRADO À RUA BARÃO Localização: Rua Jaime Reis, s/nº Localização: Avenida Erasto Gaertner,
Localização: Praça Garibaldi, nº 7 DO RIO BRANCO, Nº 823 Data: 1990 nº 2.035
Data: 1981 Localização: Praça Eufrásio Correa Data: 1992
Data: 1985 CENTRO ACADÊMICO HUGO SIMAS
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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DECRETO Nº 6.844, de 2009. Define as funções
LEGISLAÇÃO FEDERAL COMENTADA DO BRASIL, de 05/10/1988, artigos 215 e 216. do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural,
(em ordem cronológica) Definem cultura e patrimônio cultural. sendo: examinar, apreciar e decidir sobre
questões relacionadas ao tombamento, ao
Sobre Patrimônio Cultural Brasileiro registro de bens culturais de natureza imaterial
Década de 1990
LEI Nº 8.159, de 08/01/1991. Dispõe sobre e à saída de bens culturais do país.
Década de 1930 LEI Nº 11.904, DE 14/01/2009. Institui o Estatuto
a política nacional de arquivos públicos e
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1934. Aprova dos Museus.
sobre o cancelamento do tombamento de bens privados.
o regulamento do Museu Histórico Nacional, LEI Nº 11.906, de 20/01/2009. Cria o Instituto
do patrimônio histórico e artístico nacional. LEI Nº 9.605, de 12/02/1998. A Lei de Crimes
organizando anexo a ele um serviço de proteção Brasileiro de Museus para implementação
Apesar de vigente, este instrumento legal Ambientais também dispõe sobre os crimes
aos monumentos históricos e obras de arte, da política pública do setor museológico.
é inconstitucional desde a promulgação da contra o patrimônio cultural, com exceção dos
definindo, ainda, como poder do Estado, a Responsável por coordenar o Sistema Brasileiro
Carta de 1988, uma vez que fere o direito à de natureza imaterial.
proteção aos bens culturais. de Museus.
preservação dos bens culturais. DECRETO FEDERAL Nº 3.551, de 04/08/2000.
LEI Nº 378, de 13/01/1937. Cria o órgão DECRETO Nº 7.107, de 11/02/2010. Promulga o
Institui o Registro de Bens Culturais de Natureza
responsável pela preservação do Patrimônio acordo entre o Governo do Brasil e a Santa Sé
Imaterial e dá novas competências para o
Cultural Brasileiro, o SPHAN - Serviço do Década de 1960 relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica
Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural,
Patrimônio Histórico Artístico Nacional e o LEI Nº 3.924, de 26/07/1961. Dispõe sobre sítios no Brasil, assinado na Cidade do Vaticano em
o qual passa a decidir pelo registro ou não dos
Conselho Consultivo dele integrante. Desde arqueológicos. 2008. Por ele, se reconhece que o patrimônio
bens em questão. Cria o Programa Nacional do
1994, tal órgão recebeu a denominação atual histórico, artístico e cultural da Igreja Católica,
Patrimônio Imaterial.
de IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Década de 1970 bem como seus documentos de arquivos
Artístico Nacional. LEI Nº 6.292, de 15/12/1975. Dispõe sobre o e bibliotecas constitui parte relevante do
DECRETO-LEI Nº 25, de 30/11/1937. Conhecida Século XXI
tombamento de bens no Instituto do Patrimônio Patrimônio Cultural Brasileiro.
como a Lei do Tombamento, organiza a Proteção LEI Nº 10.257, de 10/07/2001. Estatuto da
Histórico e Artístico Nacional. Modificou
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e Cidade. Estabelece normas de ordem pública
competências do Conselho Consultivo, lhe
define as competências do Conselho Consultivo. e interesse social que regulam o uso da
retirando a parte deliberativa. propriedade urbana em prol do bem coletivo,
Sobre o direito de acessibilidade aos
Continua em vigor até hoje, regulando as DECRETO Nº 80.978, de 12/12/1977. Promulga a
questões atinentes ao Patrimônio Cultural do equilíbrio ambiental, da segurança e do bens culturais
Convenção Relativa à Proteção do Patrimônio
Brasileiro e tombamento na esfera federal. bem-estar dos cidadãos.
Mundial, Cultural e Natural, adotada em Paris, MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.186-16, de 23 de Década de 1980
em 1972, durante a XVII Sessão da Conferência agosto de 2001. Dispõe sobre o acesso ao CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA
Década de 1940 Geral da UNESCO. patrimônio genético, a proteção e o acesso DO BRASIL, de 05/10/1988. Artigos 244, 247
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO, de 1940, artigos
ao conhecimento tradicional associado,
165 e 166. Normatiza os crimes contra o
Década de 1980 a repartição de benefícios e o acesso à Década de 1990
patrimônio cultural. Revogados pela LEI Nº
tecnologia e transferência de tecnologia para
Paraná. Substitui o termo cultural pelo termo por sua vez, foi revogado pelo Decreto nº 196, PATRIMÔNIO CULTURAL CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE OS
DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA,
34 35
BIBLIOGRAFIA SAIBA MAIS
DUDEQUE, Irã Taborda. Espirais de SOUZA, Carlos Marés de. Bens culturais
http://www.braziltour.com/heritage/ FCC: Fundação Cultural de Curitiba.
Madeira - uma história da arquitetura e proteção jurídica. Porto Alegre:
html/pt/home.php - Portal Brasileiro do Criada no dia 5 de janeiro de 1973, a
de Curitiba. São Paulo: Nobel, 2001. EU, 1999.
Turismo que apresenta os Patrimônios Fundação Cultural de Curitiba nasceu
GNOATO, Salvador. Arquitetura do SUTIL, Marcelo. O espelho e a miragem Culturais da Humanidade no Brasil. do processo de transformações urbanas
Movimento Moderno em Curitiba. - ecletismo, moradia e modernidade O portal possui informações sobre os vividas pela cidade nas décadas de
Curitiba: Travessa dos Editores, 2009. na Curitiba do inicio do século 20. 10 locais do país que receberam da 1960 e 70. Junto a uma série de ações
(A Capital, 7). Curitiba: Travessa dos Editores, 2009. UNESCO o título de Patrimônio Cultural de planejamento, nasceu também uma
(A Capital, 6). da Humanidade. São, ainda, sugeridos política de preservação da cultura e
KERSTEN, Márcia S. Os rituais do
roteiros e compartilhadas informações da história da cidade. A definição do
tombamento e a escrita da história -
sobre o calendário, o mapa de como Setor Histórico, a criação do Centro de
bens tombados no Paraná entre 1938-
chegar, fotos e demais informações sobre Criatividade de Curitiba e a inauguração
1990. Curitiba: Editora UFPR, 2000.
cada localidade protegida. do Teatro do Paiol, no início dos anos
NAVOLAR, Jeferson Dantas. A arquitetura 70, foram marcos que contribuíram para
resultante da preservação do desencadear o processo de renovação
patrimônio edificado em Curitiba. SIGLAS & FUNÇÕES cultural e configurar uma instituição para
Curitiba: Factum Editora, 2011. (A cuidar especialmente da política cultural
CAPC: Comissão de Avaliação do
Capital, 10). do município.
Patrimônio Cultural, criada pelo Decreto
Ao longo dos anos, a Fundação Cultural de
Municipal nº 410, de 1982. É a responsável
Curitiba se transformou num dos maiores
por analisar as Unidades de Interesse de
agentes culturais da cidade, tendo como
Preservação e conceder ou não reduções
principais objetivos promover a cultura
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e inclusão social. Ao mesmo tempo, atua sociedade brasileira e seus ecossistemas. anteprojeto de Lei, fixando o Plano As atribuições do IPPUC foram ampliadas
no campo da sensibilização, agindo Esta responsabilidade implica em Urbanístico de Curitiba; em 1991, através da Lei 7671, que tratava da
diretamente na formação dos indivíduos preservar, divulgar e fiscalizar os bens - Promover estudos e pesquisas Reforma Administrativa. O IPPUC passa a
e fazendo da arte uma rica fonte de culturais brasileiros, bem como assegurar para o planejamento integrado do elaborar os orçamentos Plurianual e Anual
educação e aprendizagem. a permanência e usufruto desses bens desenvolvimento do Município de de Investimentos da Prefeitura, bem como
Com um trabalho que envolve todas as para a atual e as futuras gerações.” (Portal Curitiba; a acompanhar as metas físico-financeiras
áreas, além de administrar e programar IPHAN) - Apreciar projeto de Lei ou medidas dos programas e projetos, articulando e
diversos espaços culturais, também administrativas que possam ter consolidando tais programas, projetos
gerencia o Programa de Apoio e Incentivo IPPUC: “[...] nasceu da vontade política repercussão no desenvolvimento do e planos, dentre as várias unidades
à Cultura – PAIC, que leva oficinas e do prefeito Ivo Arzua Pereira (gestão Município; administrativas do município.”
espetáculos artísticos para os 75 bairros 1962-1966), que acatou a recomendação - Criar condições de implementação (Fonte: http://www.ippuc.org.br/default.
da cidade, por meio dos editais da Lei da Comissão Julgadora do concurso e continuidade que permitam uma php)
Municipal de Incentivo à Cultura – Fundo público realizado em 1964, para que adaptação constante dos planos setoriais
Municipal e Mecenato Subsidiado. um grupo de técnicos da Prefeitura e globais às realidades dinâmicas do
(Fonte: http://www. Municipal acompanhasse todas as etapas desenvolvimento municipal;
fundacaoculturaldecuritiba.com. de elaboração do Plano Preliminar de - Coordenar o planejamento local com
br/institucional/historia/) Urbanismo para Curitiba. [...]. diretrizes do planejamento regional e
A assessoria de Pesquisa e Planejamento estadual.
ICOMOS: Conselho Internacional de Urbano de Curitiba foi criada por Decreto
Monumentos e Sítios. Municipal em 31 de julho de 1965. Ao Em 1989, o IPPUC passa a responder,
IPHAN: Instituto do Patrimônio Histórico mesmo tempo, era encaminhada, à também, pelo planejamento da área de
e Artístico Nacional. “O Instituto de Câmara Municipal, proposta de Lei criando informática do Município, através da
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional o Instituto de Pesquisa e Planejamento Supervisão do Centro de Processamento
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E
ste Guia de Educação Patrimonial é uma ação
de contrapartida social resultante da execução
de um projeto cultural incentivado por meio do
Mecenato Subsidiado da Lei Municipal de Cultura,
da Fundação Cultural de Curitiba. Ele é destinado,
prioritariamente, aos educadores da Rede Municipal
de Ensino que atuam no ensino formal para alunos
entre seis e quinze anos de idade. Isso não impede,
no entanto, que o mesmo seja aplicado em outros
espaços sociais e para um público de diferentes
faixas etárias, uma vez que foi pensado para poder
servir, também, como instrumento auxiliar no
desenvolvimento de atividades educativas em geral,
desde que o foco seja o Patrimônio Cultural.