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Formas de comunicação viária (transporte): estradas, comboio, telégrafo, etc. Qualquer meio de
transporte tem capacidade de comunicação
Formas de comunicação simbólica (baseada na linguagem): cartas tradicionais, choro, abraço,
expressões faciais, conversa, linguagem gestual. Formas que convém emoções
Após a invenção dos caracteres móveis de Gutenberg, a comunicação passa a ser sinónimo de transporte.
Até então a comunicação era meramente simbólica; inicia-se assim uma era que privilegia a comunicação
à distância.
A passagem para a modernidade começa com a revolução científica que alteram a conceção de que os
homens (elites) tinham do mundo. A conceção fatalista de que o homem é submisso e aceita o seu destino
porque nada podia fazer para mudá-lo acaba com esta revolução científica. Nesta altura, a crença na razão
e na ciência esbate as barreiras dos dogmas religiosos; as pessoas passam a acreditar na capacidade
humana de transformar o mundo.
O que é a idade moderna (≠ idade média)? Que transformações dão origem à modernidade?
O homem moderno transpõe a ideia da verdade para a ciência – a partir do processo da contra-reforma,
qualquer indivíduo pode por em causa a verdade religiosa.
Francis Bacon (1561-1626) – considera que temos de conhecer a natureza para a compreender e para a
modificar/transformar/imitar. É o primeiro“profeta” da ciência e tecnologia.
Revolução científica
O mundo era regido por leis e por dogmas. Com a revolução francesa, em vez da estratificação feudal,
surgiram ideais de igualdade, liberdade e fraternidade.
A opinião pública deve estar informada e consciente das suas decisões. Começam a existir algumas
técnicas para que tal aconteça, como o uso de bons oradores e discursos para mobilizar as pessoas; os
escritos (panfletos, jornais, etc.) e o teatro, que era muito importante na altura. Nesta altura, há uma
grande confiança na razão (o mundo físico, social e moral é regido por leis) e uma afirmação da soberania
do povo.
Utopia da modernidade
Contradições/críticas à modernidade
Edmund Burke: Movimento intelectual conservador – criticas ao mundo moderno: contra as ideias de
revolução francesa e a favor dos valores aristocráticos; acreditavam que a revolução francesa era um mal
da sociedade e impossibilitava o progresso moral.
Ned Ludd (personagem): Movimento Luddista – revolução de operários em Inglaterra que destruíam as
máquinas das fábricas – contra o progresso técnico – revolução industrial roubava-lhes trabalho.
Jean Jaques Rousseau: denuncia os artificialismos do mundo industrial e os abusos de poder; não acreditava
que o progresso científico significasse automaticamente a felicidade humana – concorda com o contracto
social – o estado deve assegurar a igualdade, liberdade, independentemente da raça, etc.
A partir destas 2 visões, chegaram-se a inúmeras outras visões. Marx, por exemplo, acredita que estamos
num estádio para atingirmos um novo estádio melhor. Acredita que, depois da revolução francesa, dever-
se-ia fazer a revolução do proletariado, até chegar a um mundo melhor.
• Todo este ambiente plural de reflexão só é possível numa sociedade com liberdade de expressão
-> o debate começa a gerar expressão.
• A partir do final do século XVI, começa a forjar-se uma certa liberdade de expressão, através das
conversas de café, etc.
• Nas classes sociais a ideia de secretismo é posta em causa – passa a haver a ideia de transparência
– tudo o que se passa no mundo é divulgado nos jornais (domínios da vida social e a ideia de
segredo eram típicas do antigo regime).
• Sociedades baseadas no princípio da comunicação; difusão de ideias nas sociedades
democráticas: entram as universidades a pensar o problema da comunicação na imprensa.
Poder da Imprensa – Democratização do saber e da comunicação
A partir do séc. XIX, assiste-se à industrialização do livro e, consequentemente, do mercado do livro. Surgem
as editoras e a produção literária passa a ser ditada e condicionada pelos interesses do público. As editoras
veem um mercado interessante e pretendem vender independentemente do mérito do livro. Isto leva a
que o livro passe a ser um produto económico, tal como o jornal, ao invés de divulgar conhecimento. No
mercado das artes plásticas acontece o mesmo, a partir do séc. XIX a transação das obras dos artistas passa
a ser mediado pelos espaços de exposição. A criação artística fica, tal como livro e o jornal, condicionado
por motivos económicos.
Revolução americana (Tocqueville - defensor das conquistas da revolução francesa e das democracias –
promover a liberdade humana) – liberdade da comunicação, da expressão opinião são essenciais. Não há
semi-controlo: a imprensa ou é livre ou não é.
Evolução do Jornal
À medida que as revoluções liberais vão tendo mais êxito, a importância da liberdade de expressão é
gigante e está acima de qualquer coisa. Dá-se uma integração nos circuitos comerciais e os jornais
começam a ser financiados com publicidade. Com o surgimento da rotativa e do linótipo, dos telégrafos
elétricos e aéreos, do telefone, provoca o fim das distâncias sociais, uma vez que havia maior rapidez na
transmissão de informação e a possibilidade de uma constante atualização.
A Comunicação de massas como objeto de estudo da teoria social Europeia (na transição do séx. XIX-XX)
Três economistas políticos alemães (Albert Scheiffle, Karl Knies e Karl Bucher), que não eram Marxistas,
embora tenham visões muito críticas, são os primeiros pensadores que vão publicar obras sobre a temática
da comunicação, dos jornalistas e dos media. As reflexões destes teóricos estão muito ligadas à teoria da
sociedade, e propõem um estudo da comunicação.
• Na sociedade alemã, começa a ser cada vez mais claro que, se até aí, a igreja tinha sido a principal
instituição de poder social, agora, a imprensa terá substituído a igreja como instituição social;
• Estes teóricos vão fazer uma análise crítica da imprensa alemã: Há cada vez mais uma relação
estreita entre o mundo dos negócios e do jornalismo.
Max Weber
• Em 1910, Weber dá o primeiro alerta de que será oportuno avançar para o estudo de uma
sociologia da imprensa.
Nota que o jornal se tornou numa instituição cultural que pode ser maior do que a religião.
Neste âmbito concreto de reflexão, Tonnies publica um livro que será a primeira referência sobre a opinião
pública (“Crítica sobre a opinião pública”). Esta obra fala do papel do jornalismo na formação da opinião
pública. Através da exploração dos conceitos “comunidade e sociedade”, pode-se entender melhor a
transformação:
Tönnies foca-se nas relações sociais entre os membros da sociedade e o que os caracteriza. Existem dois
tipos de organização social:
A grande cidade é um espaço de multidão -> isto torna provável momentos de tensão, manifestação, etc.;
o comportamento irracional é mais comum inserido na multidão. O público distingue-se da multidão pela
discussão de ideias e troca de conhecimento (e não exige comunicação face a face, como por exemplo o
jornal – fonte de informação impessoal).
Quando se fala de uma sociedade de massas, não é necessariamente com um grande número de
pessoas mas sim da relação dos indivíduos com a ordem social:
o Indivíduos em isolamento psicológico
o Interação impessoal
o Indivíduos libertos de obrigações sociais informais
o Separados, independentes mas sem valor ou propósito de conduta humana
o Ligação a paradigmas psicológicos: raízes genéticas de conduta humana
Escola de Chicago
O surgimento da Escola de Chicago está diretamente ligado ao processo de expansão urbana acima
descrito. Chicago presenciou o aparecimento de fenómenos sociais e urbanos que foram concebidos
como problemas sociais: o crescimento da criminalidade, da delinquência juvenil, aparecimento de gangs,
etc.
A elite da cidade funda uma nova universidade (diferente das da Ivy League), aberta e ligada à
comunidade.
“Eu sou o que sou porque me relaciono com os outros.” “O meu comportamento é
condicionado pelas expectativas que os outros têm de mim.”
Como é que a sociedade constrange os indivíduos? Jogo permanente de tentativa de chegar aos
outros.
Sem laços/processos de interação é impossível construir algo em comum com o outro – é através da
interação simbólica que construímos e partilhamos com os outros novos significados.
O conceito de comunicação na escola sociológica de Chicago: John Dewey, Charles H. Cooley e Robert E.
Park.
Dewey, Cooley e Park vão desenvolver a conceção comunicacional da sociedade. Basicamente, esta
concepção diz que é necessário forjar laços através da interação social. Para estes autores, para haver
associação entre os indivíduos, é necessário haver comunicação (modos comuns de ver a realidade). Caso
contrário, vamos querer que a nossa realidade seja imposta aos outros. Há que haver um mínimo
denominador comum para que todos possamos forjar sociedade.
É o jogo de expectativas constantes que forja o nosso comportamento enquanto indivíduos. Estamos
constantemente a negociar expectativas. Enquanto atores sociais, estamos sempre a representar, de
acordo com as expectativas dos outros. É necessário que todos cedam um pouco da sua individualidade,
para que possam haver relações.
John Dewey
“The Public and The Problems” (1927) -> a sociedade é transmissão e comunicação
• As nossas relações devem estar pautadas por relações democráticas (democracia de base).
• O autor acreditava que, para criar laços, era necessário existir comunicação, numa sociedade
pautada pela democracia.
• Transmissão e comunicação complementam-se, mas não são a mesma coisa (os meios técnicos
não fazem tudo; é necessário contexto de valores)
• Há mais do que um nexo verbal entre comum, comunidade e comunicação:
o Há comunidade, se houverem coisas em comum;
o A comunicação é o que permite que as pessoas tenham algo em comum;
• Objetivos
• Crenças
Bens simbólicos não transmissíveis
• Conhecimentos
• Valores
Ou seja, não é por vivermos perto uns dos outros que constituímos uma comunidade -> uma carta pode
ligar dois indivíduos que se encontrem distantes. Os laços sociais são construídos através da comunicação
e da partilha de conhecimentos. Era impossível haver uma sociedade se o individualismo e a competição
fosse levado ao extremo, e é este tipo de empatia que criamos uns com os outros que nos diferencia do
mundo orgânico.
John Dewey não nega que a comunicação é transmissiva, mas considera importante que ela permita forjar
um espaço de pensamento comum. É na comunicação face a face que forjamos a nossa relação social com
os outros, onde se negoceia sistematicamente. Ou seja, não basta a comunicação como transmissão para
forjar laços e criar pontos de contacto. Há que usar a outra dimensão (cultural). Então, é através do
diálogo/do exercício efetivo das ideias democráticas que construímos o nosso coletivo. Logo, os media têm
um papel importante na melhoria da democracia, na medida em que ajudam a difundir o conhecimento
em larga escala e promovem uma discussão e o debate, o que cria um público mais participante e
informado.
Visão otimista dos meios de comunicação: criação de um público esclarecido e interventivo na democracia
-> abordagem ingénua, não considera os efeitos perversos dos media na manipulação das massas.
Os novos meios de comunicação social são um fator de coesão social (a experiencia comum como
condição para o consenso).
Os mass media, cada vez mais acessíveis a grande parte da população, converteram-se nos principais
difusores em larga escala de mensagens. No final da I Guerra Mundial, a propaganda começou a ser
seriamente questionada, o que desencadeou um amplo debate na sociedade norte-americana sobre a
legitimidade moral da utilização dessas técnicas de manipulação em sociedades democráticas. A discussão
polarizou-se em torno de duas posições:
Por um lado, os que defenderam a tese da utilização controlada da propaganda, por ser o meio
mais eficaz para o controlo e coesão social das populações em tempo de guerra;
Por outro, os que se opunham à utilização de qualquer tipo de propaganda, por ser uma forma
indigna de estratégia de persuasão política (Ex: Associação Nacional dos Educadores, da qual
Dewey fazia parte)
Lippmann defendeu que uma verdadeira opinião pública só existe quando os espíritos individuais, que
formam o público, possuem uma representação tida como correta do mundo. Esta não é fornecida,
ao contrário do que se poderia supor, pelas notícias. Na sua opinião, as notícias não representam a
realidade, quanto muito, assinalam que algo está a acontecer. As notícias só se aproximam da
realidade quando o que está em causa é redutível a dados quantificáveis. As notícias reduziriam as
questões de maior complexidade a meros estereótipos.
Num sentido diferente ao da tradição representada por Dewey, empenhada com as potencialidades
reformadoras da imprensa e a transparência da comunicação, a proposta de Lippmann para assegurar
a formação de uma opinião pública esclarecida requeria a constituição de equipas de peritos
independentes capazes de reduzir os paradoxos da realidade a quadros estatísticos. Esta seria a
condição para que os jornais informassem a opinião pública.
Ou seja, a teoria dos efeitos totais mostra-se como um objeto de conhecimento perfeitamente
enquadrado na sua época – a teoria da sociedade de massa;
A sociedade de massa refere-se a uma nova tipologia social, a qual poderá considerar-se
resultante da mais ampla generalização dos processos de massificação -> formada nas sociedades
mais desenvolvidas pela industrialização e urbanismo em larga escala, e pelos grandes fluxos
populacionais e intensificação dos processos de trocas de bens materiais.
A teoria dos efeitos totais vem criticar esta sociedade de massas, como um fenómeno social
negativo, com influencia dos media, que tipificam os indivíduos que a constituem. Trata-se de uma
ideia de poder ilimitado dos media sobre a generalidade dos individuos a que se destinam as suas
mensagens: individuos isolados, anónimos e indefesos, sem capacidade de reação (desprovidos
de razão) e que, nestes termos, se vêem reduzidos à condição de meros alvos inertes às
mensagens dos media.
Bullet Theory – as mensagens dos media como uma espécie de projeteis e os sujeitos destinatários
das mesmas como os seus alvos indefesos.
Modelo técnico-instrumental da comunicação de Lasswell (Estudo a propaganda)
Conjuntos de elementos ligados entre si de forma direta e linear (quem diz o que? Através de que
canal? A quem e com qual efeitos?)
Processo de comunicação visto como assimétrico (um emissor ativo e um recetor passivo, o
primeiro como gerador de estímulos e o segundo que se limita a reagir a eles)
A comunicação como um fenómeno intencional, que tem como objetivo atingir um determinado
efeito;
O processo geral da comunicação concebido de modo insularizado (emissor e recetor são vistos
como desligados de qualquer outro tipo de ambiente relacional – sociedade, cultura, instituições,
grupos, etc.)
No entanto, Lasswell questiona a potencialização dos efeitos dos media feito pela teoria dos
efeitos ilimitados: a grandes questão colocara era “Que tipo de comunicações e media são mais
eficazes, e em que circunstancias? Qual é o papel das audiências? – cada vez mais, os
investigadores tiveram de reorientar a sua atenção para a própria audiência para descobrir que
géneros de pessoas estavam a tratar e em que circunstancias –> Lasswell abriu novos horizontes
para dar continuidade aos estudos da comunicação.
Começa por ser posto em causa o modelo linear do processo de comunicação: em principal a sua
suposta insularidade, a partir do momento em que o meio social envolvente passa a ser tido em
consideração.
A metáfora dos recetores como alvos inertes às golden bullets dos media cai por terra, a partir do
momento em que o interesse da pesquisa passa a concentrar-se nas características dos meios
socais em que se constituem as audiências, reconhecendo aos indivíduos uma capacidade própria
de interferência no fluxo das comunicações dos media: as suas características sociopsicológicas
específicas conferem-lhes uma capacidade de intervenção ativa nos efeitos dos media.
A influência dos media ocorre de forma indireta, isto é, não através de um contato pessoal e
individualizado dos membros das audiências com as mensagens difundidas, mas através de
relações pessoais que os indivíduos estabelecem entre si no contexto informal dos seus contatos
quotidianos – lideres de opinião.
A influência social dos media de alterar as opiniões divide-se em três categorias:
o Reforço – de uma opinião já anteriormente constituídas;
o Ativação – de uma opinião previamente formanda, mas apenas de forma latente
o Conversão – quando os media contribuem inequivocamente para a formação de uma
opinião diferente daquela que antes de encontrava estabelecida.
As duas primeiras formas de influência social são muito mais comuns do que a ultima –> o poder
social dos media é mínimo no que diz respeito a uma alteração de comportamentos das pessoas
(comunicação pessoal está em superioridade – “aquilo que mais pode impulsionar um homem é
outro homem”)
Consiste, resumidamente, em definir a problemática dos mass media a partir do ponto de vista do
funcionamento da sociedade e da contribuição que os mass media dão a esse funcionamento. Dessa forma,
a Teoria funcionalista representa uma importante etapa na crescente e progressiva orientação sociológica
da communication research.
As teorias mais críticas sobre a sociedade de massas (grande número de indivíduos num espaço) começam
a surgir no século XIX.
Massas: conjunto de pessoas desligadas entre si, separadas, espalhadas em diferentes espaços físicos; Na
massa, predomina o anonimato. A massa não tem consciência de si; não é organizada e não pode agir de
forma integrada. A massa tem um objeto/interesse comum entre si.
Sociedade (Ortega Y Gasset): composta pela massa; dentro da massa existe o homem-massa, o homem-
médio e as minorias seletivas (pessoas que se distinguem dentro da massa pelas exigências que põem a si
mesmas)
Multidão: grupo de pessoas que se encontram no mesmo espaço físico, durante um determinado tempo.
Na multidão são característicos comportamentos irracionais (sensação de irresponsabilidade em relação
aos seus atos), não há pontos de vista diferentes, existe liderança, a multidão não tem capacidade política.
Esta ideia de sociedade de massas começa a surgir com tons de preocupação. Estas preocupações
revestem-se de duas posições:
Uma parte significativa da população é o homem médio – não quer fazer esforço para ser melhor e que
acha que tudo vale a mesma coisa. Por outro lado, existe uma minoria, que não é só a elite, que se
destacam, opondo-se ao homem médio. Esforçam-se no seu dia-a-dia para serem bons no seu trabalho
No séc. XIX, estamos numa sociedade em que a elite (minoria) explorava o proletariado (maioria). Luta de
classes – burguesia vs. proletariado (uma detém os meios de produção – capital, terreno, máquinas, etc –
a outra constituí a força de trabalho). A classe burguesa domina economicamente o proletariado, que, por
sua vez, lhe vende a sua força de trabalho -> relação de profunda desigualdade/dominação
Dominação; Conflito; Transformação (objectivo final é o fim das classes); Rotura (destruir o sistema actual
através da revolução e passar para um outro tipo de sociedade).
• Ao contrário do funcionalismo, aqui estamos perante uma reflexão que considera importante a
rotura.
A teoria crítica da Escola de Frankfurt. O conceito de “indústria cultural” em Max Horkheimer e Theodor
Adorno
Escola de Frankfurt (1923) – visão mais radical pautada pela ideologia marxista
Um conjunto de intelectuais formaram o que hoje é conhecido como o instituto de investigações sociais
da universidade de Frankfurt –> foi fundada a teoria crítica da escola de Frankfurt.
Crença numa ciência social reflexiva, distinta da sociologia empírica e quantitativa americana (ex:
Lazarsfeld);
Acredita que a teoria funcionalista é conformista.
Distinção em relação a Marx: partem dos mesmos conceitos, acreditam na revolução (que não será feita
pelo operariado, que, no contexto dos anos 20, está a ser seduzido pelo consumo) mas:
Estes autores têm algumas distâncias ao pensamento marxista. Trabalham com os conceitos
fundamentais, mas, relativamente às formas de dominação, criticam Marx por apenas referir a
dominação económica de uma classe sobre a outra. A escola de Frankfurt diz que a sociedade no
modelo capitalista está marcada pelos valores da classe dominante. Isto tem consequências não
só a nível económico, mas também a nível simbólico de valores dominantes e ao nível dos valores
culturais.
Acreditam que a dominação não é apenas económica mas também cultural/ideológica pois a
classe dominante possui também os meios de difusão (media), que fazem a disseminação da sua
ideologia e dos seus valores, mantendo desta forma o status quo.
Deste modo, a infraestrutura (dimensão material da sociedade: domínio económico das forças de
produção, etc.) determina a superestrutura (dimensão simbólica da sociedade: valores, conceção de
sociedade, ideias, ideologias, utopias) –> a dominação económica reproduz-se na dominação simbólica –
os nossos pensamentos estão moldados pelo interesse da classe dominante.
Classificações da Interação (do mais pequeno para o maior tipo de interação que podemos ter no nível
micro):
1- Pessoa(s): um indivíduo, duas pessoas, estar numa fila com outras pessoas, procissão – a interação
que temos nestes tipos de cenários é sempre a mesma: não se tem consciência de quem está
presente
2- Contatos: falar ao telefone, troca de e-mails, sms, mensagens instantâneas – a interação não é
física e o processo determina a estrutura, há ações-reações semelhantes em todos eles
3- Encontros: quando pessoas se juntam – em forma física – num grupo pequeno – a pessoa tem
consciência das outras pessoas no grupo: almoços e jantares em grupo, jogo de tabuleiro, relações
sexuais (há expetativas especificas para cada tipo de interação)
4- Performances de plataforma: atividades feitas a frente de uma audiência;
5- Ocasiões socias de celebração: indivíduos que celebram alguma circunstância – aniversário,
casamento, viagem em família, etc. – as pessoas juntam-se todas a volta de um propósito.
Segundo Goffman, esta é a fundação da estrutura social – é necessário compreender a perspetiva micro
de forma a perceber a macro: olha para os comportamentos diários dos indivíduos de forma a
compreender a sociedade. É um ponto de partida, a teoria não está totalmente construída.
Conceito de ilusão: construção de uma realidade imaginária – na interação com os outros, os sujeitos
“representam” (performance) de forma a corresponder às expetativas mútuas
Não podemos separar a personalidade da cultura: os indivíduos incorporam a cultura e é possível identificá-
los (ex: classe) através de indícios culturais/comportamentais –> existe uma pressão social sobre o
indivíduo
Tese de doutoramento de Goffman: instala-se nas ilhas Shetland (Escócia) e procura ser aceite na
comunidade para que os sujeitos se comportem naturalmente; Goffman relata as interações e situações
vividas pelos membros da comunidade, participando regularmente em situações públicas que envolvem o
mesmo grupo de pessoas, procurando observar situações de crise nas interações sociais
A “sociedade” é mais um processo do que estrutura - as regras da estrutura social não determina as ações
- apontando para uma microssociologia – quem determina a estrutura social são as nossas ações diárias de
interação. Para essa teoria cabe a sociologia estudar (procedimentos) os arranjos que os indivíduos usam
para se colocarem em interação.
O termo Interacionismo simbólico foi criado por Hebert Blumer, cuja teoria tem como ênfase a simbologia
da interação.
Os atores agem em função do sentido que os indivíduos dão à ação, a qual é reciprocamente
orientada;
O sentindo nunca é independente da interação;
As interações ocorrem por meio de uma lógica própria.
Há uma atenção na “ação/interação” e não na ordem social
Goffman se afasta do interacionismo simbólico por acreditar que há uma pré-figuração nas ações sociais,
marcada pela estrutura. Existe, para ele, duas ordem: a ordem social e a ordem da interação.
Goffman, embora afirme que a sociologia deveria focar na ordem da interação, acredita que esta
está em parte configurada pela ordem social. Goffman reconhece que o foco deve estar na ordem
da interação, mas que não se pode descartar a ordem social, buscando compreender que tipo de
relação há (Quadro da Interação – as situações não são sempre iguais, pois os quadros não são
sempre os mesmos)
Trabalha a ordem de interação e sua relação com a ordem social (a ordem da interação pode criar
riscos à ordem social). O micro não determina o macro, nem este determina aquele. O que há é
uma inter-relação entre as duas dimensões.
Defende a ideia de que podemos tomar as situações – vida cotidiana - (micro-sociologias) como
objeto de análises. Aquelas que são estão postas como obvias, porém marcadas por uma ordem
da ação complexa.
Autores dos estudos culturais (1964): Richard Hoggart, Raymond Williams, Stuart Hall, Edward Thompson
– provenientes de classes baixas; consideram-se marxistas, pouco abertos a modernização
̶ Vão-se abrir a todas as práticas culturais –> são contra a exclusão de práticas culturais.
̶ Se tudo é cultura, tudo é passível de ser trabalhado, inclusivamente os meios de comunicação.
̶ A cultura não pode ser estudada por uma única disciplina. Daqui decorre que tudo é ou tende a
ser cultura.
̶ Trata-se de uma visão ampla e universal, que defende uma cultura intimamente ligada à uma
civilização. Definem cultura como sendo a totalidade das capacidades e habilidades dos homens
– ou seja, “a totalidade das criações humanas”, como definiu Peter Berger;
̶ Sob esta perspetiva em que a cultura é tudo o que constitui a vida quotidiana, ela, naturalmente,
irá subsistir enquanto houver sociedade e portanto não está ameaçada por nenhum poder
económico ou político.
Edward Shils considerou a crítica da cultura de massas como um ataque contra a sociedade
americana. Segundo ele, era um erro considerar que o desenvolvimento dos media pudesse ser o
único responsável pela ruina dos valores morais e intelectuais.
Richard Hoggart constatou que espaços culturais importantes da vida quotidiana eram
impermeáveis à influência dos media.
Edgar Morin, em 1962, considerou a cultura de massas como objeto sociólogo, adotando uma
definição de cultura que se inscrevia na tradição antropológica (“um corpo complexo de normas,
símbolos, mitos e imagens que penetram o individuo na sua intimidade) – a cultura é tudo.
O regresso à ideia dos efeitos fortes: os efeitos cognitivos da comunicação de massas
̶ Períodos Históricos no estudo dos efeitos dos meios de comunicação de massas nas audiências
Indivíduo massa, isolado; Os meios não são a única fonte de Os efeitos são diversos e dependem
Mensagem determina os efeitos opinião – são muitos os fatores de diversas variáveis (idade, o sexo, a
A sociedade de massas é estimulada envolvidos no processo classe social, personalidade…)
de uma forma uniforme pelas Estudo “People’s Choice” (como é que Os meios de comunicação reforçam
mensagens dos meios – todos somos as pessoas decidem em quem votar?)** conhecimentos e atitudes
afetados da mesma forma; prévias, mas dificilmente as
modificam.
No contexto da teoria dos efeitos limitados, Herta Herzog foi a grande impulsionadora da hipótese de
usos e gratificações;
Através de um estudo sobre o consumo de novelas – rádio das donas de casa americanas, Herzog chega à
conclusão de que há três razões para o consumo ser tão elevado:
1- Prazer emocional (vida mais isolada, dia todo em casa sozinhas, escolhiam a companhia da
rádio)
2- Oportunidade para pensar de uma forma mais inteligente (através da projeção propria nas
personagens - ao ouvir como as personagens resolviam os seus problemas, conseguiam
repensar os seus próprios problemas.)
3- Aconselhamento (como ser uma boa dona de casa, como ser uma boa mãe, como resolver
os seus problemas, etc.)
Depois de tirar estas três conclusões, Herzog delineou grandes pressupostos para a hipótese dos usos e
gratificações
Audiência como racional e ativa: o recetor expõe-se seletivamente aos conteúdos, de acordo
com os seus interesses;
O público tem mais influência nos meios do que os meios na audiência; os media apenas
retratam aquilo que a audiência pede;
O sentido e o significado dos níveis de consumo é retirado apenas do contacto social com o
receptor;
Os media não satisfazem todas as necessidades;
A tecnologia é neutra – não tem qualquer responsabilidade; tudo depende dos usos que dela
fazemos.
Os meios de comunicação tornaram-se num forte instrumento educacional; passa a ser impossível dizer
que eles não têm efeitos – os efeitos não são imediatos e influenciam os valores que partilhamos, a
forrma como vemos o mundo, etc.
Hoje em dia, os efeitos cognitivos são a linha de estudos das investigações na área. Estas mudanças estão
marcadas por duas grandes realidades sociais:
Até aos anos 70, a importância dos meios de comunicação como instância de socialização era comparável
às restantes.
O facto de se passar uma vida a consumir determinado tipo de programação que “contamina” a mente do
seu consumidor. Dentro deste “chapéu” dos efeitos cognitivos, encontra-se uma série de teorias, tais
como:
História Social do telégrafo (Standgate, Hochfelder) – uma das primeiras tentativas de estabelecer uma
rede técnica permanente de comunicação a distância; os processos ideológicos e sociais se cruzam com o
discurso da sua invenção e difusão (Mattelart).
Carey (2009) vê o telégrafo como um antecedente da Internet (as tecnologias não cumprem apenas
funções, mas também são dotadas de força cultural que carrega ideologias, valores, cultura e política):
O transporte contribuiu para uma certa libertação da comunicação – devido à diminuição dos
constrangimentos geográficos. A comunicação estava, antes, dependente dos transportes.
Até a invenção do telégrafo, comunicação e transporte partilhavam uma semântica próxima – o
telégrafo veio demarcar a comunicação do transporte, fornecendo um modelo de difusão à
distância.
No entanto, a tecnologia do telégrafo, em conjugação com o caminho-de-ferro, permitiu forjar
um sistema nacional integrado de transporte e comunicação nos EUA.
Através do telégrafo, as estradas da cultura e do comércio entrecruzaram-se –
emergência de novas estruturas sociais, culturais e políticas.
A consolidação de um mercado nacional: antes do telégrafo, os mercados eram
bastantes independentes uns dos outros, os preços das mercadorias eram largamente
determinadas pelas condições locais de oferta e de procura.
o O telégrafo passou a mover as informações sobre os preços e o caminho-de-
ferro as mercadorias no espaço;
o O tempo foi também transformado numa arena de controlo e comércio. A
variedade de horas locais das diversas cidades dos EUA foi convertida em
tempos estandardizados em várias zonas –> desenvolvimento do mercado do
futuro (mercados de qualquer lugar e qualquer tempo)
o A mercadoria foi separada das suas representações –> o comprador deixou de
ter relação intrínseca com o produto real, ficando apenas na posse de recibos
(qualquer produto poderia ser uma mercadoria – a abstractização dos objetos)
o O aumento do controlo político: na coordenação das operações militares, nas
novas formas de correspondência política e na ascensão das primeiras formas
de negócio transnacional.
Pode afirmar-se que o telégrafo foi o primeiro exemplo da propensão para a concentração das
empresas de telecomunicações (Western Union era uma companhia de telégrafos fundada em
1854, for o primeiro império de comunicações, tendo-se afirmado como arquétipo de muitos
dos impérios industriais atuais – Google, Apple, Microsoft).
As barreiras de espaço, tempo, económicas e políticas aparecem como podendo ser vencidas
pelos novos dispositivos digitais (a internet) – as melhorias na comunicação superava os
obstáculos do isolamento e da desconexão do homem: o ideal do universalismo entre os
homens
O telégrafo ergueu um mercado nacional na passagem do séc. XIX para o séc XX. A internet ergueu o
mercado global: universos virtuais (espaços comerciais, financeiros, políticos, culturais, científicos e
religiosos)
A escola de Toronto tinha uma perspetiva diferente no que toca ao estudo das mensagens nas
audiências; não estava interessada no estudo dos efeitos dos conteúdos das mensagens, mas sim com os
efeitos sociais da forma técnica através da qual nos comunicamos. Falar oralmente e no computador
(exemplo) são formas diferentes e nesta escola de pensamento vai haver uma preocupação muito mais
centrada nos efeitos que as formas técnicas criam na sociedade a longo prazo (à escala civilizacional).
Preocupação com os efeitos sociais de uma tecnologia numa certa sociedade (perspetiva
histórica e qualitativa) –> Como é que se alteram as formas de vida, as relações, etc.;
A introdução de um determinado meio de comunicação numa sociedade vai alterar a forma de
organização dessa mesma sociedade. É produzido um novo ambiente social e percepcional;
A tecnologia tem politica e não é neutra, causa alterações profundas na civilização;
A tecnologia também é criadora de novos sistemas sociais – Importância e os efeitos dos
suportes tecnológicos a longo prazo
Formas de transporte não construídas pelo homem (ex: rios, oceanos, cavalos)
Meios com origem na atividade humana (ex: vias férreas, estradas, navios a vapor)
Extração de recursos naturais (são consumidas após serem transformadas)
Todas estas formas afetam a organização social pois são promotores de ambientes, são ecossistemas que
vão mediar as relações, o pensamento, a ação, o comércio, etc. entre indivíduos
Ex: os Descobrimentos iniciaram a expansão das formas de civilização ocidental; o comboio
transportou a industrialização, emigrantes europeus (civilização europeia), doenças, etc. por
todo o continente europeu. As tecnologias contribuíram para a construção de impérios
Nos anos 40, Innis deixa de efectuar pesquisas sobre pesca, pescado, peles, etc., e começa a
estudar aprofundadamente a problemática da comunicação
Aplicação da teoria dos staples aos produtos do bosque (particularmente à madeira e pasta de
papel) – matérias-primas essenciais à produção de jornais, revistas, etc.
Existência de uma indústria cultural onde a informação e depois o conhecimento é visto como
mercadoria, que circula e tem valor económico, concedendo poder àqueles que a controlam
o Na história, os materiais nos quais se escreve contam mais do que a própria palavra
Propõe uma história da comunicação ocidental, centrada nos seus suportes técnicos, mostrando
como, por essa via, as sociedades são moldadas pelo tipo de meios de comunicação
predominantes em cada época.
Os meios de comunicação alteram a forma como o conhecimento é disseminado
Meios que ligam épocas/tempos distantes (ex: pedras – pinturas rupestres) – as suas
características permitem a sua duração ao longo do tempo
o A linguagem ultrapassa a capacidade e os limites do tempo, permitindo a passagem de
conhecimento
o Pesados, difíceis de transportar e de destruir. Duráveis.
o Permitem manter contacto com formas culturais dos nossos antepassados.
o Forja sociedades limitadas pelo tempo.
Meios que ligam os espaços: fáceis de transportar, com grande capacidade de armazenamento
(ex: papel, jornal, rádio, televisão)
o Sociedades seculares, competitivas, materializadas, impessoais, com ausência de
limites; modo de pensa linear, racional, fragmentado, impessoal e formal, que
negligencia a tradição
o O espaço e o tempo são vistos como meras mercadorias; o objetivo é conquistar
territórios, aumentar lucros, desvalorizando-se a comunicação em copresença
o Consumo imediato: grande capacidade de armazenamento de informação;
o Forja sociedades limitadas pelo espaço;
Innis faz uma crítica, quando descobre que as nossas sociedades são moldadas por meios que ligam o
espaço.
• Daqui podem decorrer consequências tremendas, como o próprio fim da nossa civilização.
• O que Innis considera ser a situação ideal é haver um equilíbrio entre meios que ligam o tempo e
meios que ligam o espaço.
• Temos que opor aos meios mercantis de comunicação outros meios que preservem a tradição
oral.
• Para Innis, há uma conexão entre a tradição oral e a liberdade. A tradição oral faz parte de uma
cultura intelectual e flexível, que preserva liberdade intelectual numa civilização cada vez mais
dominada pelos dogmatismos das elites – é na tradição oral que os indivíduos exercitam os seus
próprios julgamentos.
• A tradição oral descentraliza o que está obsessivamente centralizado: fá-lo através da criação
cultural, questionando e resistindo os monopólios de conhecimento.
Para McLuhan, qualquer tecnologia é uma extensão do corpo ou dos sentidos do ser humano
Meios de comunicação são extensões, exterioridades ou prolongações dos órgãos humanos, com
capacidade para alterar o ambiente da ação. Exemplos:
Todas as nossas consciências estão na rede e podemos beber e partilhar essa consciência universal.
• Tem, então, uma conceção protésica da tecnologia; a sua teoria dos media está centrada na
ideia de que “o meio é a mensagem”
McLuhan vai estudar as repercussões sensoriais dos meios, enquanto que Innis estudava as repercussões
sociais.
• O essencial é o novo ambiente social e sensorial criado pelo meio, que modifica as formas de
pensar e sentir.
o A existência de um computador numa sala de aulas cria alterações na forma de dar
aulas.
• O meio não existe sem a mensagem –> o meio é a mensagem pois ele não é neutro.
• O hábito que vamos tendo de usar um determinado meio de comunicação é decisivo.
Innis McLuhan
Conjuga economia política e tecnologia Nunca trabalhou as questões da
da informação, vislumbrando nesta economia política.
ligação a pior das combinações. Discurso celebratório das tecnologias.
Mercantilização, comercialização e Profeta do potencial redentor dos
privatização do conhecimento. meios eletrónicos.
Monopólios de conhecimento. Foi o primeiro intelectual pop;
Contra a ideia da intelectualidade como Teve ligações ao mundo empresarial .
celebridade
A internet constitui um habitat digital onde as pessoas cada vez mais vivem – realizam atividades,
relacionam-se com outras pessoas, etc.
Problemas éticos
Problemas de privacidade
A propriedade intelectual difere de formas tangíveis de propriedade, como carros e outros bens,
uma vez que é facilmente reproduzida. Na internet, essa reprodução (de músicas e de software)
é ainda mais facilitada.
As criações artísticas são formas de expressão – a liberdade de expressão implica a liberdade de
formular e propagar ideias, e também a liberdade de acesso a essas ideias; porém, os autores
exigem uma forma de compensação. Daqui, emergem as leis de direitos autorais, cujas restrições
de acesso à propriedade intelectual são difíceis de delimitar.
Será que tudo deve ser expressado na internet? Deverá haver limitações? (ex: pornografia,
violência, etc.)
Com a liberdade de acesso a informação, será que a internet promove a democracia? E, com a queda das
fronteiras geográficas e temporais, será que a internet contribui para a desvalorização dos estados-nações
(com a existência de regras mundiais de privacidade, propriedade intelectual, comércio eletrónico, etc.)?
A internet tornou-se numa máquina global de entretenimento, onde todas as vozes, incluindo a
de políticos, são ouvidas.
A internet pode levar à diminuição da autonomia dos indivíduos, devido ao risco que é para a
privacidade – gera consequências negativas para a democracia;