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Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas - ICET

Transferência de Calor
M M XV I Módulo 1 - Mecanismos de transferência de calor

Sumário
1 Introdução 1
1.1 Energias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

2 Mecanismos de Transferência de Calor 3


2.1 Condução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.2 Convecção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.3 Radiação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

3 Bibliografia 7

1 Introdução
Possivelmente, no ciclo básico, foi estudo o efeito de materiais condutores e isolantes na condução de eletri-
cidade. Tais materiais, também podem ser aplicados aos processos de condução de calor, ou seja, materiais
que permitem a condução de calor serão denominados condutores e, materiais que impedem a transferência
de calor entre os corpos, serão denominados isolantes. Ao estudar os mecanismos de transferência de calor, o
grande interesse está em determinar as taxas de transferência de energia. Por exemplo, na cozinha utiliza-se
uma panela de alumı́nio para que ocorra uma boa transferência de calor entre o fogão e o interior da panela,
enquanto na geladeira, a sua parede é feita para que não ocorra a transferência de calor de seu interior
para o meio ambiente. Observe que em termodinâmica, o interesse do estudo está nas diferentes formas de
energia, enquanto na transferência de calor o principal interesse é o calor e os mecanismos que resultam em
sua transferência.
Basicamente, o calor e a temperatura serão aliados no estudo dos processos de transferência de calor.
Lembre-se que calor pode ser definido como a energia em trânsito que flui do corpo de maior energia para o
corpo de menor energia e temperatura representa a medida do nı́vel de agitação molecular; quanto maior
for a temperatura, maior será a agitação molecular.
Para ocorrer a transferência de calor, é primordial existir uma diferença de temperatura. Logo, a força
motriz para que o calor seja transferido é a diefernça de temperatura entre dois objetos, por exemplo.

1.1 Energias
Diversas são as formas de energias, como mecânica, cinética, potêncial, elétrica, magnética, nuclear, quı́mica
e termica. O somatório de todas as energias citadas resulta na energia total de um sistema. Caso a energia
esteja vinculada com a estrutura molecular de um sistema, ou microscópica, pode-se definir a energia interna
(U )1 .
A unidade para energia pode variar em relação ao sistema de unidades adotado. No Sistema Interna-
cional, a energia apresenta o joule (J) como a unidade padrão. Porém, muitos equipamentos destinados à
transferência de calor apresenta a unidade de energia no sistema inglês, ou seja, Btu (British thermal units).
Observe que a relação entre joule e Btu pode ser dada por: 1Btu = 1, 055kJ. Talvez, a primeira forma de
1 U
Uma forma alternativa para expressar a energia interna é definida por u, onde: u = .
m

1
se medir enegia, mais especificamente térmica, foi definida pela caloria, ou seja, a medida necessária para
aumentar a massa de 1g de água em 1◦ C. O eqivalente mecânica para tal unidade é: 1cal = 4, 1868J.
Em relação a anergia interna, soma das energias cinética e potencial de moléculas, pode-se definir o calor
sensı́vel da molécula (se considerado a parte cinética). Considerando um gás ideal, a seguinte lei deve ser
obedecida:

p·υ =R·T ou p=ρ·R·T

onde p é a pressão absoluta, υ o volume especı́fico, T a temperatura absoluta, ρ a massa especı́fica (ou
densidade) e R a constante universal dos gases. Gases reais com baixa densidade apresentam um compor-
tamento próximo do ideal, podendo-se utilizar tal modelo matemático pois, apresentam erros desprezı́veis
(≈ 1%). Entretanto, vapor de água ou refrigerantes, ou seja, gases densos, não são regidos por tal equação
devido ao seu estado estar próximo da saturação.
Lembre-se que o calor especı́fico se define como a quantidade de energia necessária para aumentar a
temperatura em um grau de unidade de massa. Há o interesse em dois tipos de calores especı́ficos: o calor
especı́fico a pressão cosntante (cp ) e o calor especı́fico a volume constante (c∀ ). O calor espeı́fico a pressão
constante é maior que o de volume constante; assim, gases ideais relacionam estes calores por, cp = c∀ + R.
Duas propriedades independentes, como pressão e temperatura, são necessários para definir o calor especı́fico.
Porém, para baixas pressões ou a aproximação para gases ideais, basta conhecer a temperatura para definir
o calor especı́fico.
Considerando a energia interna (u) e a entalpia (h) de um gás ideal, a relação infinitesimal que as
representa em relação ao calor especı́fico são: du = cv · dT e dh = cp · dT .
Substâncias que apresentam densidade constante, ou seja, não variam com a temperatura e pressão, são
definidos como substâncias incompressı́veis. Para tais substâncias, os calores especı́ficos são praticamente
iguais (cp u cv ), sendo comum a utilização de um único sı́mbolo c. Assim, para substâncias incompressı́veis,
os calores especı́ficos dependem apenas da temperatura e a variação da energia interna, especialmente para
lı́quidos e sólidos, pode ser expressa por ∆U = m · c · ∆T .
O processo de tranferência de energia pode ocorrer de duas formas: pela transferência do calor (Q) ou
do trabalho (W ). A transferência de energia devido a dieferença de temperatura é considerada pelo calor.
Para não causar confusão, a energia térmica de um sistema será definida como calor e a transferência dessa
energia térmica, como transferência de calor. Dessa forma, a quantidade de calor transferido durante um
processo é representado por Q, enquanto a quantidade de calor transferido por unidade de tempo é definido
por Q̇. A taxa de transferência de calor (Q̇) apresenta a unidade watt (W = J/s) no SI.
Se a taxa de transferência de calor, Q̇, é conhecida, a quantidade total de calor (Q) para um intervalo
de tempo pode ser expressa por,
Z tf
Q= Q̇dt.
ti

Quando a taxa de transferência de calor é constante, a equação se reduz para: Q = Q̇ · ∆t.


A taxa de tranferência de calor por unidade de área normal à direção da transferência de

calor é denominada fluxo de calor (q̇). O fluxo de calor médio é definido por q̇ = , onde A é a área
A
de transferência de calor e a unidade para o fluxo de calor é watt por metro quadrado (W/m2 ).

2
2 Mecanismos de Transferência de Calor
Calor é definido como uma forma de energia que pode ser transferido de um sistema a outro devido a
diferença de temperatura. O calor pode ser transferido de três modos diferentes:

1. Condução 7→ processo que ocorre no interior de um corpo ou entre dois corpos em contato.

2. Convecção 7→ processo que depende do movimento de massa de uma região para outra.

3. Radiação 7→ processo que ocorre pela radiação eletromagnética, como a luz solar, podendo ocorrer no
vácuo.

Lembre-se, para que todos os modos de transferência de calor ocorram, torna-se necessário uma diferença
de temperatura e no sentido do maior para o menor temperatura.

2.1 Condução
Considere o seguinte experimento: uma extremidade de uma longa barra de cobre é colocada diretamente
sobre uma chama, enquanto a outra extremidade se mantém na mão do experimentador. O que ocorre
após algum tempo? Certamente o calor irá se propagar ao longo da barra, de modo que o examinador irá
perceber o aumento da temperatura na extremidade que está segurando. Observe que o calor foi transferido
por condução através do material, iniciando-se da região de maior energia (calor) até atingir a região mais
fria. Se um microscópio fosse utilizado para determinar o que está ocorrendo, seria possı́vel visualizar colisões
entre átomos com maior energia cinética (região mais quente) com átomos de menor energia cinética.
Metais são substâncias mais eficientes para conduzir o calor. No interior de metais, são os elétrons livres
que transmitem rapidamente a energia da região mais quente para a região mais fria, o que os caracterizam
como bons condutores térmicos. Observe: quando você coloca a mão na maçaneta da porta (feita de
metal) que está a temperatura ambiente, e com a outra mão encosta na madeira, existe uma confusão de
informação, ou seja, acredita-se que a maçaneta está mais fria que a madeira. Na verdade, ambas estão a
mesma temperatura, mas como a condução do metal é melhor que a madeira, o calor flui mais facilmente
entre a mão e o metal.
A transferência de calor sempre ocorre em regiões com diferenças de temperatura e o sentido do calor é
sempre da maior temperatura para a menor, conforme a figura 1.

Figura 1: Condução de calor em uma barra uniforme. A barra apresenta uma espessura ` (ou, L, ∆x) com
uma seção reta de área A. A extremidade esquerda da barra é mantida a uma temperatura maior (tempe-
ratura quente, Tq ) enquanto a extremidade da direita é mantida a uma temperatura menor (temperatura
fria, Tf ), fazendo o calor fluir da esquerda para a direita. Nas extremidades, há um isolante ideal, de modo
que não ocorra troca de calor com o meio ambiente.

Note que a taxa de transferência de calor depende da geometria, da espessura, do tipo de material e da
diferença de temperatura a que o meio é submetido. Através de experiências pode-se observar que a taxa

3
de transferência de calor através de uma camada plana é proporcional à diferença de temperatura através
da camada e à área de transferência de calor, mas inversamente proporcional à espessura da camada,

área · diferença de temperatura k · A · ∆T


Taxa de condução de calor ∝ ou Q̇cond =
espessura `

onde k representa a condutividade térmica do material2 , ou seja, a capacidade de conduzir calor. No


caso limite, ou quando uma quantidade de calor (dQ) é transmitida através da barra em um tempo dt, a
taxa de transferência de calor é dada por dQ/dt; essa grandeza representa a taxa de transferência de
calor (Q̇). Lembre-se, o fluxo de calor representa a taxa de transferência de calor dividido pela área. Assim,
a taxa de transferência de calor será,

dQ dT
Q̇cond = = −k · A · (1)
dt dx
A equação anterior é denominada lei de Fourier da condução térmica. O gradiente de temperatura
(dT /dx) representa a inclinação da cuva em um gráfico T − x (taxa de relação da temperatura com relação
a x). Como o calor é conduzido no sentido de temperatura decrescente logo, o sinal negativo está presente
na equação para que não ocorra uma inconsistência fı́sica (troca de calor sempre ocorre da maior para a
menor temperatura). A área de transferência de calor sempre será normal à transferência de calor.
As unidades de taxa de transferência de calor expressas pela potência (energia por tempo); no Sistema
Internacional, a taxa de transferência de calor é o watt (1W = 1J/s), enquanto a da condutividade térmica
(k) é W/m · K.

Condutividade Térmcia
Substância k(W/m · K)
Alumı́nio 205, 0
Metais Latão 109, 0
Chumbo 34, 7
Aço 50, 2
Tijolo isolante 0, 15
Concreto 0, 8
Cortiça 0, 04
Sólidos
Feltro 0, 04
Gelo 1, 6
Lã Mineral 0, 04
Isopor 0, 01
Ar 0, 024
Gases Argônio 0, 016
Hidrogênio 0, 14
Figura 2: Condutividade térmica de alguns ma- Oxigênio 0, 023
teriais a temperatura ambiente.

Uma propriedade que aparecerá em estudos de condução de calor transiente é a difusividade térmica -
ou, a velocidade com que o calor se difunde em um material. A difusividade térmica (α) é definida por,

m2
 
condução de calor k
α= =
armazenamento de calor ρ · cp s
2
Quanto maior for o valor de k, maior será a capacidade do material em conduzir calor, ou seja, são bons condutores térmicos.
Quanto menor o valor de k, menos calor será conduzido, sendo o material isolante.

4
Note que a capacidade térmica (ρ·cp ) representa quanta energia um material pode armazenar por unidade
de volume.
Determine a taxa de transferência de calor e o fluxo de calor de uma vidraça co 50cm de comprimento,
75cm de altura e 1, 5cm de espessura, se a temperatura em um dos lados é de 27◦ C, enquanto a do
outro é 15◦ C.

Variáveis: c = 50cm = 50 · 10−2 m, h = 75cm = 75 · 10−2 m, L = 1, 5cm = 1, 5 · 10−2 m, Tq = 27◦ C,


Tf = 15◦ C, kvidro = 0, 8W/m · K.

Tq − Tf 27 − 15
Q̇ = k · A · = 0, 8 · (50 · 10−2 · 75 · 10−2 ) · ⇒ Q̇ = 240W
L 1, 5 · 10−2

Q̇ = Tq − Tf 27 − 15
q̇ = =k· = 0, 8 · ⇒ q̇ = 640W
A ` 1, 5 · 10−2

2.2 Convecção
A transferência de calor por convecção ocorre em um fluido, seja este um lı́quido ou gás. Dessa forma, a
convecção ocorre pelo movimento de massa de uma região do fluido com maior temperatura para outra região
de menor temperatura. Como exemplo, considere o sistema de refrigeração do motor de um automóvel ou o
arrefecimento de computadores. Se o fluido é impulsionado pela ação de um ventilador ou bomba, o processo
é denominado convecção forçada; quando o escoamento é produzido pela existência de uma diferença de
densidade provocada por uma expansão térmica, tal como a ascensão do ar quente, o processo é denominado
convecção natural ou convecção livre.
A convecção natural desempenha importante papel na determinação das condições climáticas. No corpo
humano, o mecanismo mais importante de transferência de calor para a manter constante a temperatura, é
a convecção forçada do sangue, onde o coração desempenha o papel de uma bomba.
A transferência de calor por convecção é um processo muito complexo, não existindo uma equação simples
para descrevê-lo. Entretanto, pode-se observar alguns fatos experimentais:

1. A taxa de transferência de calor por convecção é diretamente proporcional à área da superfı́cie. É por
essa razão que se utiliza uma área superficial grande em radiadores e aletas de refrigeração.

2. A viscosidade do fluido retarda o movimento da convecção natural nas vizinhanças das superfı́cies
estacionárias, dando origem a uma pelı́cula ao longo da superfı́cie. A convecção forçada provoca uma
diminuição da espessura dessa pelı́cula, fazendo aumentar a taxa de transferência de calor.

3. A taxa de transferência de calor na convecção é aproximadamente proporcional à potência de 5/4 da


diferença de temperatura entre a superfı́cie e um ponto do fluido.

Apesar desta complexidade, a taxa de transferência de calor por convecção é diretamente proporcional
à diferença de temperatura e é expressa pela lei de Newton do resfriamento,

Q̇conv = h · As · (Ts − T∞ ), (2)

onde h é o coeficiente de transferência de calor por convecção (W/m2 · K), As é a área da superfı́cie
por meio da qual a transferência de calor por convecção ocorre, Ts é a temperatura da superfı́cie e T∞ é a
temperatura do fluido suficientemente longe da superfı́cie. Lembre-se que na superfı́cie, a temperatura do
fluido é igual a temperatura da superfı́cie sólida.

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Uma resistência elétrica é utilizada para aquecer um ambiente num dia de inverno que está a 10◦ C. Se
o calor gerado por tal resistência equivale a 120W enquanto a sua temperatura for de 250◦ C, determine
o coeficiente de transferência de calor para o ambiente, considerando um aquecedor com 0, 0425m2 de
área e desprezando qualquer outro processo de transferência de calor.

Variáveis: T∞ = 10◦ C, Q̇ = 120W , TS = 250◦ C, AS = 0, 0425m2 , h =?.

q̇conv 120
q̇conv = h · AS · (TS − T∞ ) ⇒ h = = ⇒ h = 11, 76W/m2 · K
AS · (TS − T∞ ) 0, 0425 · (250 − 10)

Note que a resposta está em kelvin pois na escala termométrica de Celsius e Kelvin sempre haverá a
mesma variação.

2.3 Radiação
Radiação é a energia emitida pela matéria sob a forma de ondas eletromagnéticas, como a luz visı́vel, a
radiação infravermelha e a radiação ultravioleta. Diferente da condução e convecção, a radiação não precisa
de nenhum meio para se propagar, sendo a única que não sofre atenuação no vácuo. Ao observar o calor
proveniente de uma churrasqueira, a maior parte do calor sentido, a uma certa distância, é devido a radiação.
Como o foco do estudo é a transferência de calor, a radiação estudada é a radiação térmica, ou seja, a energia
emitida por toda matéria que se encontra a uma determinada temperatura (superior ao zero absoluto). As
emissões podem ocorrer em sólidos, lı́quidos e também nos gases.
A taxa de radiação de uma superfı́cie, ou simplesmente a energia emitida, é proporcional à área A e a
temperatura absoluta da superfı́cie (Ts ). A taxa aumenta muito rapidamente com a temperatura, já que é
proporcional à quarta potência da temperatura absoluta (Kelvin). Essa taxa também depende da natureza
da superfı́cie e é descrita pela grandeza ε, denominada emissividade 3 , o qual é um número adimensional
compreendido entre 0 e 1, representando a razão entre a taxa de radiação de uma superfı́cie particular e
a taxa de radiação de uma superfı́cie de um corpo ideal, com a mesma área e a mesma temperatura. A
emissividade depende ligeiramente da temperatura; assim, a taxa de radiação de uma superfı́cie de área A,
com temperatura T e emissividade ε, pode ser expressa por,

q̇emitida = A · ε · σ · Ts4 (3)

onde σ é uma constante fı́sica fundamental denominada constante de Stefan-Boltzmann; o seu valor
numérico será σ = 5, 67 · 10−8 W/m2 · K 4 .
Além de emitir energia, uma superfı́cie também poderá receber energia a partir de sua vizinhança. A
energia recebida é conhecida como energia de radiação incidente. A taxa de energia incidente (q̇incidente ) sobre
uma superfı́cie é proporcional a absorvidade, área de transferência de calor e a temperatura da vizinhança
(Tviz ). Efetuando-se um balanço de energia, a taxa lı́quida de calor transmitida por radiação a partir da
superfı́cie é dada por,

q̇rad = A · ε · σ · TS4 − Tviz


4

(4)

3
A emissividade é uma propriedade que fornece a capacidade de emissão de energia de uma superfı́cie e o seu valor depende
fortemente da superfı́cie do material. Tratamentos de superfı́cies e acabamentos perfeitos contribuem para emissão de calor;
assim, valores baixos de emissividade representam baixa capacidade de emissão da superfı́cie, enquanto que emissividade igual
a 1 representa a capacidade máxima de uma superfı́cie emitir calor, caracterizando-a como uma superfı́cie ideal ou corpo negro.

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Tabela 1: Emissividade de alguns materiais a 300K

Material ε Material ε
Alumı́nio em folhas 0, 07 Papel branco 0, 92 − 0, 97
Alumı́nio anodizado 0, 82 Pavimento asfáltico 0, 85 − 0, 93
Cobre polido 0, 03 Tijolo vermelho 0, 93 − 0, 96
Ouro polido 0, 03 Pele humana 0, 95
Prata polida 0, 02 Madeira 0, 82 − 0, 92
Aço inoxidável polido 0, 17 Terra 0, 93 − 0, 96
Pintura preta 0, 98 Água 0, 96
Pintura branca 0, 90 Vegetação 0, 92 − 0, 96

É comum em dias de inverno sentirmos frio, pois a troca de calor devido a radiação do corpo para
o ambiente é intensa, afinal deve-se sempre atingir o equilı́brio térmico. Considere uma pessoa em
pé numa sala a temperatura constante de 20◦ C. Se a temperatura média do dia for de 10◦ C, a
superfı́cie corporal da pessoa for de 1, 75m2 e apresentar uma temperatura de 36◦ C, determine a taxa
de transferência de calor por radiação.

Variáveis: T∞ = 20◦ C, TS = 36◦ C, AS = 1, 75m2 , Tar = 10◦ C.

q̇ = ε · AS · σ · TS4 − Tar
4
= 0, 95 · 5, 67 · 10−8 · 1, 65 · (36 + 273)4 − (10 + 273)4 ⇒ q̇ = 274, 74W
  

Observe que em condições reais, é comum ter mais do que um mecanismo de transferência de calor
atuando no sistema. Caso isto aconteça, basta calcular a taxa de transferência de calor respeitando cada
mecanismo existente e no final, somar todas as taxas de transferência de calor obtidas.

3 Bibliografia
1. Çengel, Y.A., “Transferência de Calor e Massa”, 4a Ed., Editora McGraw-Hill, 2012.

2. Incropera, F.P.; Dewitt, D.P.; Bergman, T.L. e Lavine, A.S., “Fundamentos de Transferência de
Calor”, 6a Ed., Editora LTC, 2008.

3. Kreith, F. e Bohn, M.S., “Princı́pios de Transferência de Calor”, 1a Ed., Editora Thomson Learning,
2003.

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