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Tire suas dúvidas sobre como agir em relação a prevenção, transmissão e cura do
novo coronavírus
Marina TeodoroMarina Teodoro
16 MAR 2020 16h26atualizado em 3/4/2020 às 09h56
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Com o avanço do novo coronavírus, que começou a se espalhar em Wuhan, na China, e
passou a ser transmitido em ritmo acelerado em outros países e continentes, o mundo
está em estado de alerta - ainda mais após a declaração de situação de pandemia,
decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
SAIBA MAIS
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meio à pandemia
Por ser uma doença nova, ainda há muitas dúvidas sobre a disseminação, sintomas,
cuidados e cura da covid-19. Abaixo seguem as respostas para as principais
perguntas sobre o tema de acordo com os canais oficiais da Secretaria de Estado da
Saúde de São Paulo, do Ministério da Saúde e da OMS. Confira:
O que é coronavírus?
O coronavírus vem de uma família de vírus que provoca infecções respiratórias. No
momento, o mundo passa por uma pandemia do novo coronavírus, que teve início em 31
de dezembro de 2019 na China e passou a ser transmitido pelo mundo todo. O
coronavírus provoca a doença que leva o mesmo nome, ou covid-19.
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Conhecidos desde meados de 1960, os coronavírus costumam causar doenças
respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. Contudo, alguns
podem causar doenças graves com impacto em termos de saúde pública, como o que está
sendo transmitido agora.
Sintomas comuns:
Coriza
Tosse
Cansaço
Dor de garganta
Sintomas graves:
Febre alta
Pneumonia
Insuficiência respiratória aguda
Os sintomas podem aparecer entre 1 e 12 dias após a exposição ao vírus.
Como acontece a transmissão? Aperto de mão, beijo e abraço podem passar o vírus?
O vírus causador da covid-19 pode se propagar por meio de gotículas do nariz ou da
boca, via tosse ou espirro, por exemplo. Ainda há estudos que avaliam se a doença
pode ou não ser transmitida pelo ar.
Por enquanto, o que se tem certeza é que a transmissão ocorre por contato com:
Gotículas de saliva;
Espirro;
Tosse;
Catarro;
Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão com pessoa infectada;
Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca,
nariz ou olhos.
Dessa forma, aperto de mão, beijos e abraços, normalmente usados para cumprimentos,
pelos brasileiros, devem ser evitados.
Como se prevenir? É preciso parar de sair na rua? Como higienizar o corpo, objetos
e ambientes?
Lavar bem as mãos com água e sabão é fundamental para evitar a transmissão do vírus
Lavar bem as mãos com água e sabão é fundamental para evitar a transmissão do vírus
Foto: Claudio Schwarz/Unsplash / Reprodução
Segundo o Ministério da Saúde, as orientações devem ser adaptadas pelos gestores
estaduais e municipais, de acordo com a realidade local. “Não há uma regra única
para todo o país. Cada região deve avaliar com as autoridades locais o que se deve
fazer caso a caso. Neste momento, nós não temos o Brasil inteiro na mesma situação,
por isso é importante analisar o cenário de casos e possíveis riscos”, destacou o
secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira.
De maneira geral, as principais recomendações e que devem ser seguidas por todos
são:
Lave bem as mãos com água e sabão, incluindo dedos, unhas, punho, palma e dorso,
por 20 segundos e seque, preferencialmente, com toalhas de papel descartáveis.
Na falta de água e sabão, use álcool em gel para higienizar as mãos. O mesmo
produto pode ser utilizado para limpar e objetos pessoais ou de uso coletivo, como
celular, teclado, maçaneta, etc.
Ao espirrar ou tossir, cubra o nariz e boca com um lenço descartável ou com o
antebraço.
Evite aglomerações, assim como deslocamentos e viagens, principalmente se estiver
doente.
Mantenha os ambientes bem ventilados.
Evite tocar o rosto com as mãos sem lavá-las.
Para a limpeza doméstica, dê preferência para o uso da água sanitária (em uma
solução de uma parte de água sanitária para 9 partes de água) para desinfetar
superfícies.
Para a higienização das louças e roupas, recomenda-se a utilização de detergentes
próprios para cada um dos casos. Destacando que é importante separar roupas e
roupas de cama de pessoas infectadas para que seja feita a higienização à parte.
Caso não haja a possibilidade de fazer a lavagem destas roupas imediatamente, a
recomendação é que elas sejam armazenadas em sacos de lixo plástico até que seja
possível lavar.
Posso pegar elevador com mais pessoas?
Sim. Segundo o Ministério da Saúde, uma pessoa doente no elevador pode contaminar
outras. O ideal é aguardar o próximo quando o elevador já estiver com quatro
pessoas. Também é importante tomar cuidados de higiene ao apertar botões para subir
e descer.
Ir a igreja é permitido?
Missa ou culto religioso costumam ter um grupo de pessoas, o que já configura
aglomerações. Ou seja: não é recomendado. "Isso não significa fechar a igreja. Ela
pode permanecer aberta para alguém ir lá rezar", afirma o secretário-executivo do
Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis.
Repouso;
Evitar ao máximo sair de casa e ter contato com outras pessoas para não transmitir
o vírus;
Hidratação (ingestão de bastante água e líquidos);
Uso de medicamentos para dor e febre (antitérmicos e analgésicos); uso de
umidificador no quarto; tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de
garganta e tosse.
Como é feito o diagnóstico da covid-19?
O diagnóstico é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias
aéreas ou coleta de secreções da boca e nariz). O procedimento deve ser realizado
em uma unidade de saúde.
A pasta ressalta, porém, que para isso, é necessário seguir algumas especificações
simples. A máscara deve ter pelo menos duas camadas de pano, ou seja dupla face, e
não pode ser compartilhada, ela é individual.
“Ela faz uma barreira tão boa quanto as outras máscaras. A diferença é que ela tem
que ser lavada pelo próprio indivíduo para que se possa manter o autocuidado. Se
ficar úmida, tem que ser trocada. Pode lavar com sabão ou água sanitária, deixando
de molho por cerca de 20 minutos. E nunca compartilhar, porque o uso é individual”,
explica Luiz Henrique Mandetta.
Modelo de como fazer uma máscara caseira para servir de barreira contra o
coronavírus
Modelo de como fazer uma máscara caseira para servir de barreira contra o
coronavírus
Foto: Ministério da Saúde / Reprodução
A pasta também indica que o instrumento seja usado por cerca de duas horas. Depois
desse tempo, é preciso trocar. Então, o ideal é que cada pessoa tenha pelo menos
duas máscaras de pano.
É fundamental que tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja, dupla face, para
conseguir servir de barreira física para o vírus. Também é necessário ter elásticos
ou tiras para amarrar acima das orelhas e abaixo da nuca, protegendo a boca e o
nariz.
Use a máscara sempre que precisar sair de casa. Se possível, leve máscaras reservas
e uma sacola para guardar a máscara suja, quando precisar trocar. Ao chegar em
casa, lave as máscaras usadas com água sanitária. Deixe de molho por cerca de dez
minutos;
Para mais informações sobre como fazer sua própria máscara, acesse o site do
Ministério da Saúde.
Que cuidados deve tomar quem usa transporte público, como ônibus, trens e metrô?
Não é necessário usar máscaras, no momento. As recomendações são para cada pessoa
seguir e repassar a amigos e familiares as dicas de prevenção, sobretudo a
higienização das mãos.
As restrições não são válidas para brasileiros, imigrante com residência definitiva
no território brasileiro e profissionais estrangeiros que atuam em organismos
internacionais.
Qual é a orientação para quem tem viagens marcadas para China ou outros países com
registro da doença?
O Ministério da Saúde orienta que essas viagens sejam realizadas apenas em casos de
extrema necessidade. Essa recomendação vale até que o quadro todo esteja bem
definido.
Antes de viajar, vale ficar atento nas fronteiras de cada país. Até o momento, mais
de 40 nações decidiram fechar as fronteiras - medida que ainda não foi adotada no
Brasil -, impedindo turistas de voltarem para casa.
A OMS chegou a fazer uma recomendação sobre evitar - em casos em que o uso dos
medicamentos não tenha orientação médica - o ibuprofeno para tratar possíveis
sintomas de covid-19. Mas voltou atrás e retirou a restrição, liberando o uso.
“O isolamento não é obrigatório, não vai ter ninguém controlando as ações das
pessoas, ele é um ato de civilidade para proteção das outras pessoas. Já a
quarentena é uma medida restritiva para o trânsito de pessoas, que busca diminuir a
velocidade de transmissão do coronavírus. Essas são medidas de saúde pública”,
reforçou o secretário de Vigilância em Saúde.