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As Nações Unidas têm estado por muito tempo na vanguarda dos esforços para assegurar um uso dos
mares e oceanos pacífico, cooperativo e legalmente definido para o benefício individual e comum da
humanidade. Seu trabalho pioneiro na adoção da Convenção da Legislação Marítima[1] de 1982 permanece
como um momento de definição da extensão do direito internacional para a grande maioria dos recursos
hídricos comuns do nosso planeta. O Escritório das Nações Unidas de Assuntos Jurídicos, através da sua
Divisão de Assuntos do Oceano e da Lei Marítima[2], desempenha um papel importante no apoio a esses
esforços.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA[3]), através de seu Programa Marítimo
Regional[4], age para proteger os oceanos e mares e promover a boa utilização dos recursos do ambiente
marinho. A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO[5]), através da
Comissão Oceanográfica Intergovernamental[6], coordena programas de pesquisa marinha, sistemas de
observação, atenuação de riscos e melhoria de gestão do oceano e zonas costeiras.
A Organização Marítima Internacional (IMO[7]) desenvolve e/ou administra uma vasta gama de tratados,
focando, em particular, na prevenção da poluição dos oceanos e mares. Estes incluem a pioneira Convenção
Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios[8] (MARPOL), de 1973, alterada por um protocolo
em 1978, e a Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição do Mar por Hidrocarbonetos
(“Convenção OILPOL”), de 1954.
Após a aprovação da Convenção da Legislação Marítima, acordos adicionais foram adotados para ampliar
ainda mais o regime jurídico dos oceanos e mares. Entre eles está o Acordo das Nações Unidas sobre
Populações de Peixes Transzonais e Altamente Migratórios[9], de 1995, que prevê um regime de
conservação e gestão desses recursos, com vista a garantir sua conservação e uso sustentável em longo
prazo. O Estado dos Recursos Mundias de Peixes Altamente Migratórios, Transzonais e outras
Espécies[10], publicação online da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO),
define e relata o estado das unidades populacionais, em nível internacional, a partir de 2006.
Quanto à Convenção da Lei Marítima em si, suas disposições são implementadas com o apoio de vários
organismos. Entre estes, a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos[11] permite que os Estados-
Membros organizem e controlem as atividades relacionadas aos recursos minerais no fundo do mar em áreas
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15/03/13 A O N U , o direito marítimo e os oceanos | O N U Brasil
“As atividades humanas estão tendo um efeito terrível sobre os oceanos e os mares do
mundo. Ecossistemas marinhos vulneráveis, como os corais e importantes recursos pesqueiros
estão sendo danificados pela super exploração ilegal, não declarada e não regulamentada, pelas
práticas de pesca destrutivas, pelas espécies exóticas invasoras e pela poluição marinha,
especialmente de fontes terrestres. O aumento da temperatura e do nível do mar e a
acidificação dos oceanos causados pelas mudanças climáticas representam uma ameaça para a
vida marinha, comunidades costeiras e insulares e para as economias nacionais.
Os oceanos também são afetados pela atividade criminosa. A pirataria e o roubo à mão armada
contra navios colocam em perigo a vida de marinheiros e a segurança do transporte marítimo
internacional, que transporta 90% dos bens do mundo. O contrabando de drogas ilícitas e o
tráfico de pessoas pelo mar são outros exemplos de como as atividades criminosas ameaçam à
vida, à paz e à segurança dos oceanos. (…)
O tema do Dia Mundial dos Oceanos, “Nossos oceanos, nossa responsabilidade”, enfatiza
nosso dever individual e coletivo de proteger o ambiente marinho e cuidadosamente gerir seus
recursos. Mares e oceanos seguros, saudáveis e produtivos são parte integrante do bem-estar
humano, da segurança econômica e do desenvolvimento sustentável.”
Notas:
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