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Bárbara Demetrio ²
Marlene Branca Solio ³
Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS.
Resumo: Neste texto discutimos a questão “até que ponto é preciso tratar o
jornalismo online de forma diferente do jornalismo adaptado para as outras formas
de mídia ou multimídia para ser difundido”. Defendemos que o jornalista na
sociedade contemporânea deve desenvolver a habilidade de escrever para os
diversos meios com ética e postura de um profissional que tem consciência da sua
influência na sociedade. Acreditamos que se o texto estiver bem escrito, adequado
ao leitor, a leitura terá resultados satisfatórios. Quando o texto é mal escrito, o leitor
tem uma dificuldade maior de se identificar, ou até mesmo de criar um vínculo com o
que está sendo proposto pelo jornalista. Portanto, enquanto acadêmicos de
jornalismo, temos que buscar nos qualificar para este mercado de trabalho. Assim,
teremos uma possibilidade maior de sermos considerados profissionais capacitados
e fundamentais na busca constante por um jornalismo de qualidade.
Palavras chaves: Jornalismo online; Webjornalismo; ética.
1. Introdução
A Internet é uma ferramenta que veio para ficar, e isto já se sabe. Tamanha
sua facilidade de assimilação de conteúdo, integrando texto, som, imagem,
interatividade.
BORGES (2009) e FERRARI (2003) falam da interação com a rede, a
mudança de um jornalismo monólogo (um-todos), para um jornalismo que permite a
forma (todos-todos). Uma vez que os receptores também podem ser emissores.
Acreditamos que a obra dos os autores citados se complementam, isto pelo
fato de FERRARI fazer uma narrativa entrelaçando a evolução da Internet com a sua
bagagem profissional de quatorze anos de trabalho na época da edição. Enquanto
que o jornalista e doutor em ciências políticas Juliano Borges, fala sobre esta
evolução do jornalismo dando um olhar mais abrangente e mais esclarecedor sobre
aspectos do dia a dia do profissional das redações tanto impressa, quanto online.
Chamou-nos a atenção a reflexão de BORGES, quando ele diz que com as
novas tecnologias de transmissão de dados a longa distância, juntamente com a
velocidade utilizando da multimídia e da multimodalidade auxiliaram em novas
formas de comunicação com impacto muito grande na produção de capital. Pois
possibilitam o capitalismo sem fronteiras, como ele mesmo diz.
Mostra que o viés anterior dos jornais impressos era a publicação de notícias
e análise crítica. Passaram a fazer uso dos produtos segmentados, dirigidos para
entretenimento e a prestação de serviços de utilidade pública. A produção
segmentada, dividida em caderno e seções voltadas para os nichos de consumo,
tem o objetivo de alcançar públicos com perfis e interesses diversos.
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O leitor, agora é visto como cliente. Acaba recebendo muito mais informação,
entretenimento que notícias. Então o jornal se torna menos denso, mais colorido,
atraente, para aumentar o mercado potencial. Com essa mudança de foco, de leitor
para cliente o jornal tem uma perda na independência e na qualidade jornalísticas.
BORGES (2009): “O resultado desta política de bajulação leitor/consumidor
representou o surgimento das notícias mais superficiais, numa redução de conteúdo
à lógica empresarial.”
Ambos, FERRARI e BORGES, falam da capacidade ampliada de divulgação,
o que propicia a uma atualização constante de informações, diferente do impresso
que tem um limite de tempo.
Será que a facilidade do digital, extinguiria o impresso? O editor do Pioneiro
Online, convidado pela professora para falar sobre seu trabalho, também nos fez
este questionamento, abordado nos dois livros. Mediante a questão ele disse que
ainda haverá pessoas que vão preferir o impresso, mas que o crescimento do online
é muito grande, cada vez mais dinâmico e aliado com as novas mídias.
Já havia uma crise no jornal impresso, mas com o surgimento do
webjornalismo a situação fica cada vez mais complicada. Quem vai querer assinar
um jornal, se pode muito bem ter acesso ao jornal na integra pela Internet? Nas
aulas de outras disciplinas, os alunos, quando solicitados, narram a tentativa dos
telemarketings de vender desesperadamente o jornal impresso.
4. Considerações finais
REFERÊNCIAS