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Info 714 - STF
Info 714 - STF
DIREITO CONSTITUCIONAL
Competência legislativa
É CONSTITUCIONAL a lei estadual que autoriza a utilização, pela polícia militar ou pela polícia
civil estadual, de veículos apreendidos e não identificados quanto à procedência e à
propriedade, exclusivamente no trabalho de repressão penal.
Comentários Neste julgado, o STF analisou as Leis 5.717/98 e 6.931/2001, do Estado do Espírito Santo,
que autorizam a utilização, pela polícia militar ou pela polícia civil estadual, de veículos
apreendidos e não identificados quanto à procedência e à propriedade, exclusivamente no
trabalho de repressão penal.
Para seis Ministros, que compuseram a maioria, essas leis não tratavam de matéria
relacionada a trânsito (art. 22, XI, da CF/88), sendo normas atinentes à administração
pública, o que estaria na esfera de autonomia do Estado-Membro.
Ressalte-se que ficaram vencidos os Ministros Dias Toffoli (relator), Rosa Weber, Luiz Fux,
Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio, que julgavam o pleito procedente por entenderem
que se tratava de matéria relacionada com trânsito e transporte.
Tema O julgado acima gerou em mim certa perplexidade e dificuldade de explicar o tema a vocês.
polêmico Isso porque, recentemente, o STF julgou inconstitucional uma lei com conteúdo parecido na
ADI 3639/RN, rel. Min. Joaquim Barbosa, 23/5/2013.
Com efeito, nessa ADI, o STF julgou inconstitucional a Lei n. 8.493/2004, do Estado do Rio
Grande do Norte, que determinava que os carros particulares apreendidos e que se
encontrassem nos pátios das delegacias e do DETRAN deveriam ser utilizados em serviços
de inteligência e operações especiais, a critério da Secretaria de Defesa Social, caso os
proprietários não fossem buscá-los após terem sido notificados há mais de 90 dias.
O Min. Relator Joaquim Barbsa afirmou que o Estado-membro, por meio dessa lei, teria
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criado uma hipótese semelhante à requisição administrativa, o que não seria permitido
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O Min. Luiz Fux enfatizou que a Constituição estabelece a competência privativa da União
para legislar sobre trânsito e transporte (CF, art. 22, XI). Em acréscimo, afirmou que o
Código de Trânsito Brasileiro – CTB prevê as consequências específicas para a apreensão de
veículos particulares (art. 328).
Fica difícil dizer a vocês qual posição seguir nas provas de concurso. Na dúvida, vocês
deverão buscar os detalhes que diferenciam uma lei da outra e perceber se o enunciado da
questão menciona alguma dessas peculiaridades:
Obs: a única diferença que visualizo é o fato de que, no primeiro exemplo, não se sabe
quem são os proprietários e no segundo caso eles são identificados.
Processo STF. Plenário. ADI 3327/ES, rel. orig. Min. Dias Toffoli, red. p/ o acórdão Min. Cármen Lúcia, 8/8/2013.
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mandato eletivo no caso de Vereadores, Prefeitos, Governadores e Presidente da
República.
Art. 14 (...)
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
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necessidade de votação pela Câmara ou
Senado (não se aplica o art. 55, § 2º).
Obs1: como se observa acima, houve uma mudança de entendimento do STF. Isso ocorreu
em virtude do ingresso de dois novos Ministros na Corte (Teori Zavaski e Luis Roberto
Barroso) que votaram no sentido de que não há perda automática, devendo haver
deliberação da Câmara ou do Senado.
Obs2: o tema ainda não está consolidado porque o próprio Min. Luis Roberto Barroso (que
havia adotado a primeira corrente acima) proferiu, em 02/09/2013, decisão monocrática
recente na qual acena com a possibilidade de ser construída uma terceira posição (MS
32.326/DF). Segundo essa decisão liminar, que ainda não foi submetida ao Plenário, em caso
de condenação de Deputado Federal ou Senador, a Casa Legislativa irá decidir sobre a perda
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ou não do mandato, nos termos do § 2º do art. 55 da CF/88. No entanto, para o Min. Barroso,
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mandato, a Casa Legislativa, obrigatoriamente, deverá determinar a perda desse mandato,
considerando que as condições do regime fechado são logicamente incompatíveis com o
exercício do mandato parlamentar. Veja a ementa da decisão do Min. Barroso:
(...) 1. A Constituição prevê, como regra geral, que cabe a cada uma das Casas do Congresso
Nacional, respectivamente, a decisão sobre a perda do mandato de Deputado ou Senador
que sofrer condenação criminal transitada em julgado.
2. Esta regra geral, no entanto, não se aplica em caso de condenação em regime inicial
fechado, que deva perdurar por tempo superior ao prazo remanescente do mandato
parlamentar. Em tal situação, a perda do mandato se dá automaticamente, por força da
impossibilidade jurídica e fática de seu exercício.
3. Como consequência, quando se tratar de Deputado cujo prazo de prisão em regime
fechado exceda o período que falta para a conclusão de seu mandato, a perda se dá como
resultado direto e inexorável da condenação, sendo a decisão da Câmara dos Deputados
vinculada e declaratória. (...)
Obs3: existe uma PEC tramitando para alterar o § 2º do art. 55 da CF/88 (determinando a
perda automática em caso de determinadas condenações criminais), tendo ela já sido
aprovada no Senado e encaminhada à apreciação da Câmara dos Deputados (PEC 18/2013).
Caso Vejamos agora o caso concreto julgado pelo STF na AP 565/RO, noticiada neste Informativo.
concreto
O STF condenou o Senador Ivo Cassol (RO) pela prática do crime descrito no art. 90 da Lei
8.666/93 à pena de 4 anos, 8 meses e 26 dias de detenção em regime inicial semiaberto.
Discutiu-se se o STF poderia determinar expressamente a perda do cargo quanto ao
réu/Senador. A maioria dos Ministros entendeu que NÃO.
Decidiu-se que compete ao Senado Federal deliberar sobre a eventual perda do mandato
parlamentar do Senador, nos termos do art. 55, VI e §2º da CF/88.
Ao ocorrer o trânsito em julgado da condenação, se o réu ainda estiver no cargo, o STF
deverá oficiar à Mesa Diretiva da Câmara ou do Senado Federal para que tais Casas
deliberem acerca da perda ou não do mandato.
Processo STF. Plenário. AP 565/RO, rel. Min. Cármen Lúcia, 7 e 8/8/2013.
DIREITO PENAL
Responsabilidade penal da pessoa jurídica e teoria da dupla imputação
STF entendeu que é admissível a condenação de pessoa jurídica pela prática de crime
ambiental, ainda que absolvidas as pessoas físicas que figuravam na ação penal.
ATENÇÃO Comentários No Brasil, existe a responsabilidade penal das pessoas jurídicas por crimes ambientais?
da sua entidade.
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Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas,
autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.
Mesmo com essa previsão expressa na CF/88 e na Lei n. 9.605/98, surgiram quatro correntes
para explicar a possibilidade (ou não) de responsabilização penal da pessoa jurídica:
1ª CORRENTE:
NÃO. A CF/88 não previu a responsabilidade penal da pessoa jurídica, mas apenas sua
responsabilidade administrativa.
É a corrente minoritária.
Os defensores desta primeira corrente fazem a seguinte interpretação do § 3º do art. 225
da CF/88: os infratores pessoas físicas estão sujeitos a sanções penais e os infratores
pessoas jurídicas a sanções administrativas.
Assim, quando o dispositivo constitucional fala em sanções penais ele está apenas se
referindo às pessoas físicas.
Adotam essa corrente: Miguel Reale Jr., Cézar Roberto Bitencourt, José Cretela Jr.
É minoritária.
2ª CORRENTE:
NÃO. A ideia de responsabilidade da pessoa jurídica é incompatível com a teoria do
crime adotada no Brasil.
É a posição majoritária na doutrina.
Conforme explica Silvio Maciel, esta segunda corrente baseia-se na Teoria da ficção
jurídica, de Savigny, segundo a qual as pessoas jurídicas são puras abstrações,
desprovidas de consciência e vontade (societas delinquere non potest). Logo, “são
desprovidas de consciência, vontade e finalidade e, portanto, não podem praticar condutas
tipicamente humanas, como as condutas criminosas.” (Meio Ambiente. Lei 9.605,
12.02.1998. In: GOMES, Luiz Flávio; CUNHA, Rogério Sanches (Coord.). Legislação Criminal
Especial. São Paulo: RT, 2009, p. 691).
As pessoas jurídicas não podem ser responsabilizadas criminalmente porque não têm
capacidade de conduta (não têm dolo ou culpa) nem agem com culpabilidade (não têm
imputabilidade nem potencial consciência da ilicitude).
Além disso, “é inútil a aplicação de pena às pessoas jurídicas. As penas têm por
finalidades prevenir crimes e reeducar o infrator (prevenção geral e especial, positiva e
negativa), impossíveis de serem alcançadas em relação às pessoas jurídicas, que são
entes fictícios, incapazes de assimilar tais efeitos da sanção penal.” (idem, p. 692).
Adotam essa corrente: Pierangelli, Zafaroni, René Ariel Dotti, Luiz Regis Prado, Alberto
Silva Franco, Fernando da Costa Tourinho Filho, Roberto Delmanto, LFG, entre outros.
3ª CORRENTE:
SIM. É plenamente possível a responsabilização penal da pessoa jurídica no caso de
crimes ambientais porque assim determinou o § 3º do art. 225 da CF/88.
A pessoa jurídica pode ser punida penalmente por crimes ambientais ainda que não
haja responsabilização de pessoas físicas.
O principal argumento desta corrente é pragmático e normativo: pode haver
responsabilidade penal porque a CF/88 assim determinou.
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Vale ressaltar que o § 3º do art. 225 da CF/88 não exige, para que haja responsabilidade
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4ª CORRENTE:
SIM. É possível a responsabilização penal da pessoa jurídica, desde que em conjunto
com uma pessoa física.
É a posição do STJ.
O STJ possui o entendimento de que é possível a responsabilidade penal da pessoa
jurídica em crimes ambientais, desde que haja a imputação simultânea do ente moral e
da pessoa natural que atua em seu nome ou em seu benefício.
Nesse sentido: EDcl no REsp 865.864/PR, Rel. Min. Adilson Vieira Macabu
(Desembargador Convocado do TJ/RJ), Quinta Turma, julgado em 20/10/2011)
Assim, para o STJ, o Ministério Público não poderá formular a denúncia apenas contra a
pessoa jurídica, devendo, obrigatoriamente, identificar e apontar as pessoas físicas que,
atuando em nome e proveito da pessoa jurídica, participaram do evento delituoso, sob
pena da exordial não ser recebida (REsp 610.114/RN).
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O STF entendeu que é admissível a condenação de pessoa jurídica pela prática de crime
ambiental, ainda que absolvidas as pessoas físicas ocupantes de cargo de presidência ou de
direção do órgão responsável pela prática criminosa.
Para o STF, a tese do STJ (4ª corrente, acima exposta) viola a Constituição Federal. Isso
porque o art. 225, § 3º, da CF/88 não condiciona a responsabilização da pessoa jurídica a
uma identificação, e manutenção na relação jurídico-processual, da pessoa física ou natural.
Em outras palavras, a Constituição não faz a exigência de que a pessoa jurídica seja,
obrigatoriamente, denunciada em conjunto com pessoas físicas.
Mesmo que se conclua que o legislador ordinário ainda não estabeleceu por completo os
critérios de imputação da pessoa jurídica por crimes ambientais, não há como deixar de
reconhecer a possibilidade de responsabilização penal da pessoa jurídica sem necessidade
de punição conjunta com a pessoa física.
Votos vencidos:
Os Ministros Marco Aurélio e Luiz Fux ficaram vencidos porque se filiavam a primeira
corrente, ou seja, defenderam que o art. 225, § 3º, da CF/88 criou a responsabilidade penal
da pessoa jurídica, mas apenas impôs sanções administrativas.
Processo STF. 1ª Turma. RE 548181/PR, rel. Min. Rosa Weber, julgado em 6/8/2013.
(...) Mostra-se cabível o oferecimento de denúncia com escólio em inquérito civil público.
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(APn .530/MT, Rel. Min. Eliana Calmon, Corte Especial, julgado em 17/04/2013)
Processo STF. Plenário. AP 565/RO, rel. Min. Cármen Lúcia, 7 e 8/8/2013.
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Empate em votação e decisão mais favorável ao réu
DIREITO TRIBUTÁRIO
O art. 150, VI, “c”, da CF/88 prevê que as instituições de educação e de assistência social, sem
fins lucrativos, gozam de imunidade tributária quanto aos impostos, desde que atendidos os
requisitos previstos na lei.
A imunidade somente incide sobre o patrimônio, a renda e os serviços da instituição de ensino
que estejam relacionados com as suas finalidades essenciais (art. 150, § 4º da CF/88).
Neste julgado, a 1ª Turma do STF decidiu que o fato de o imóvel estar vago ou sem edificação
não é suficiente, por si só, para retirar a garantia constitucional da imunidade tributária. Não é
possível considerar que determinado imóvel está voltado a finalidade diversa da exigida pelo
interesse público apenas pelo fato de, momentaneamente, estar sem edificação ou ocupação.
Vale ressaltar, no entanto, que há precedente recente em sentido contrário.
Comentários Imunidade tributária
Imunidade tributária consiste na determinação de que certas atividades, rendas, bens ou
pessoas não poderão sofrer a incidência de tributos.
Trata-se de uma dispensa constitucional de tributo.
A imunidade é uma limitação ao poder de tributar, sendo sempre prevista na própria CF.
O art. 150, VI, c, da CF/88 prevê que as “instituições de educação e de assistência social,
sem fins lucrativos” gozam de imunidade tributária quanto aos impostos, desde que
atendidos os requisitos previstos na lei. Vejamos a redação do dispositivo constitucional:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social,
sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
Obs: a imunidade é uma forma de limitar o poder de tributar; logo, a imunidade é sempre
regulada por lei complementar.
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Requisitos da imunidade: a LC estabelecerá os requisitos para a fruição da imunidade.
Sem fins lucrativos: tais entidades podem e devem ter superávit, até para que consigam se
manter e ampliar o atendimento dos fins sociais propugnados. O que não podem é visar ao
lucro. Se houver resultado positivo (superávit), este deverá ser reaplicado na própria
instituição e em suas finalidades institucionais.
Não se pode confundir também a apropriação particular do lucro (o que é proibido) com a
permitida e natural remuneração dos diretores e administradores da entidade imune, como
contraprestação pelos seus trabalhos.
A remuneração não pode ser proibida, desde que ela represente com fidelidade e coerência
a contraprestação dos serviços profissionais executados, por meio de pagamento razoável
ao diretor ou administrador da entidade, sem dar azo a uma distribuição disfarçada de
lucros. Portanto, admite-se salário, desde que a preço de mercado e sem benefícios
indiretos.
A instituição de ensino pagará imposto sobre o imóvel caso ele esteja alugado a terceiros?
NÃO. Persiste a imunidade, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades
essenciais de tais entidades. É o que afirma a jurisprudência do STF:
Súmula 724-STF: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel
pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, "c", da Constituição, desde
que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.
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E se o imóvel da instituição de ensino estiver vago ou não edificado, ele mesmo assim
gozará da imunidade?
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SIM NÃO
O fato de o imóvel estar vago ou sem Consoante dispõe o art. 150, § 4º, da CF, as
edificação não é suficiente, por si só, para instituições de educação apenas gozam de
retirar a garantia constitucional da imunidade quando o patrimônio, a renda e
imunidade tributária. os serviços estão relacionados a finalidades
Não é possível considerar que determinado essenciais da entidade.
imóvel está voltado a finalidade diversa da Assim, imóveis locados e lotes não
exigida pelo interesse público apenas pelo edificados ficam sujeitos ao Imposto
fato de, momentaneamente, estar sem Predial e Territorial Urbano – IPTU.
edificação ou ocupação.
1ª Turma. RE 385091/DF, rel. Min. Dias 1ª Turma. AI 661713 AgR, Rel. Min. Dias
Toffoli, julgado em 6/8/2013. Toffoli, Rel. p/ Acórdão: Min. Marco
Aurélio, julgado em 19/03/2013.
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