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Teste de Economia A Economia Portuguesa no Contexto da UE Maio de 2017

Grupo I

1) No país A, para estimular o crescimento da produtividade, o Estado decidiu concretizar a medida


estabelecida no Orçamento do Estado desse ano que consistia num programa de formação
obrigatória para os quadros superiores da Administração Central. Alguns empresários do setor
privado, por sua iniciativa, adotaram a mesma medida. Nestas condições, podemos considerar a
medida adotada pelo Estado como imperativa para o
a) Setor público;
b) Setor privado;
c) Setor cooperativo;
d) Setor financeiro;
2) O quadro seguinte apresenta dados relativos ao PIB por habitante de dois países da União Europeia,
em 2005 e em 2011.

PIB por habitante, em dólares, a preços constantes de 2005

2005 2011
Alemanha 31 115 34 437
Grécia 24 348 22 558
Com base no quadro, podemos afirmar que, nesse período, existiu entre os dois países

a) Convergência nominal;
b) Convergência real;
c) Divergência real;
d) Divergência nominal;
3) O ISV (Imposto sobre Veículos), aplicado pelo Estado, é considerado um imposto
a) Direto;
b) Extraordinário;
c) Corrente;
d) Indireto;
4) Quando as receitas públicas excedem as despesas públicas, regista-se um
a) Superavit orçamental;
b) Défice comercial;
c) Superavit comercial;
d) Défice orçamental;
5) A taxa de juro nominal média de longo prazo não deve exceder em mais de dois pontos percentuais
o valor registado nos três Estados-membros com menor taxa de inflação. No processo de integração
europeia, esta afirmação enuncia uma das condições de acesso
a) Ao Mercado Único;
b) À União Europeia;
c) À Área do Euro;
d) Ao Espaço Schengen;
6) O processo de alargamento da União Europeia realizado em 2004 implicou vários desafios,
nomeadamente, o de
a) Reconstrução da Europa Ocidental;
b) Reorientação dos fundos comunitários;
c) Reforço da soberania política de cada um dos Estados-membros;
d) Reforço da soberania monetária de cada um dos Estados-membros;
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7) Uma Zona de Comércio Live corresponde a um espaço económico em que dois ou mais países
a) Adotam uma pauta aduaneira comum face a países terceiros, eliminando todos os entraves à livre
circulação de mercadorias;
b) Eliminam entre si as barreiras à livre circulação de mercadorias, mantendo cada um a sua pauta
aduaneira face a países terceiros;
c) Mantêm cada um a sua pauta aduaneira face a países terceiros e eliminam entre si todos os
entraves à livre circulação de capitais;
d) Reduzem as barreiras alfandegárias à livre circulação de capitais e adotam uma pauta aduaneira
comum face a países terceiros;
8) O Ato Único Europeu, assinado em 1986, fixou um grande objetivo
a) A instituição de uma política externa e de segurança comum;
b) A instauração de uma cidadania europeia única;
c) A introdução de direitos aduaneiros no espaço da União Europeia;
d) A concretização de um Mercado Único Europeu;
9) Com o objetivo de assegurar a sustentabilidade a longo prazo dos encargos com a Segurança Social,
alguns Estados europeus têm vindo a aumentar a idade mínima de reforma dos trabalhadores. Esta
decisão enquadra-se no domínio de uma política
a) De preços;
b) De salários;
c) Conjuntural;
d) Estrutural;
10) Quando se pretende estudar o processo de convergência real entre dois ou mais países que fazem
parte de um mesmo bloco de integração económica, utiliza-se, habitualmente, como indicador...
a) A taxa de juro;
b) O défice orçamental;
c) O PIB per capita;
d) A taxa de inflação;
11) Uma das vantagens que a integração económica entre dois ou mais países apresenta é a de
a) A produtividade do trabalho, necessariamente, aumentar nesses países;
b) As decisões de política económica serem apenas tomadas por unanimidade;
c) As empresas desses países poderem realizar economias de escala;
d) A Balança de Pagamentos de cada um desses países se apresentar equilibrada;
12) Existe convergência nominal entre dois Estados-membros da União Europeia quando, nomeadamente
a) Diminui a diferença entre as respetivas taxas de inflação;
b) Aumenta a diferença entre as respetivas taxas de inflação;
c) Diminuem os respetivos PIB per capita;
d) Aumentam os respetivos PIB per capita;
13) Quando dois ou mais países estabelecem uma zona de comércio livre entre si...
a) São abolidos os direitos aduaneiros entre esses países;
b) São introduzidas políticas fiscais comuns;
c) É fixada uma pauta aduaneira comum para o comércio com terceiros;
d) É estabelecida a livre circulação de pessoas e de capitais;
14) Para cumprir os critérios de convergência nominal, definidos pelo Tratado de Maastricht, Portugal
teve de controlar a...
a) Taxa de desemprego;
b) Inflação;
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c) Taxa de crescimento do PIB;


d) Concorrência;
15) Das seguintes formas de integração económica, aquela que apresenta um grau menor de integração
é a designada por...
a) Zona de comércio livre;
b) União económica;
c) União aduaneira;
d) Mercado comum;
16) Um dos desafios para a União Europeia decorrentes dos últimos alargamentos é a necessidade de
uma maior operacionalidade no seu funcionamento. Esta necessidade pode ser ultrapassada, entre
outras medidas, com a...
a) Redução do número de comissários europeus;
b) Eleição direta dos deputados europeus;
c) Adoção de uma moeda única;
d) Criação de um mercado único;
17) Um processo de integração económica entre dois ou mais países implica, usualmente,...
a) Um aumento dos saldos das suas balanças de mercadorias;
b) Uma diminuição dos saldos das suas balanças de mercadorias;
c) Um aumento da interdependência das respetivas economias;
d) Uma diminuição da interdependência das respetivas economias;
18) Uma união aduaneira, para além da livre circulação de mercadorias, exige a...
a) Adoção de políticas económicas e monetárias comuns;
b) Existência de uma pauta aduaneira comum para os bens importados de países terceiros;
c) Livre circulação de serviços, pessoas e capitais;
d) Ausência de direitos aduaneiros sobre os bens importados de países terceiros;
19) O alargamento da União Europeia a dez novos países, ocorrido em 2004, teve como consequência
imediata, entre outras,...
a) O aumento do número de deputados no Parlamento Europeu;
b) A necessidade de introdução da moeda única europeia nesses países;
c) O reforço dos fundos estruturais para os países da Zona Euro;
d) A passagem para uma União Económica e Monetária;
20) Com a expressão “países da Zona Euro” pretende-se designar todos os países que...
a) Pertenceram à Europa de Leste;
b) Integram a União Europeia;
c) Mantêm relações económicas com a Europa;
d) Aderiram à moeda única europeia;
21) A política monetária, em Portugal, é atualmente definida pelo...
a) Banco de Portugal;
b) Governo da República;
c) Parlamento Europeu;
d) Banco Central Europeu;
22) Numa união aduaneira, os países membros têm autonomia para definir os impostos alfandegários a
aplicar às importações de países terceiros. Esta afirmação é...
a) Falsa, porque, numa união aduaneira, são eliminados os impostos alfandegários entre os diversos
países membros e entre estes e os países terceiros;
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b) Verdadeira, porque, numa união aduaneira, existem impostos alfandegários diferentes entre os
diversos países membros e os países terceiros;
c) Falsa, porque, numa união aduaneira, existe uma pauta aduaneira comum relativamente a países
terceiros;
d) Verdadeira, porque, numa união aduaneira, os países membros podem aplicar medidas
protecionistas relativamente a países terceiros;
23) São países fundadores da CEE...
a) A Holanda, a Espanha e o Reino Unido;
b) O Reino Unido, a Itália e a Suíça;
c) A França, a Itália e a Holanda;
d) A Suíça, a Espanha e a França;
24) Com a coesão económica e social, um dos objetivos da União Europeia, pretende-se...
a) Aproximar o nível de vida dos cidadãos europeus;
b) Repartir o orçamento comunitário de forma igual;
c) Aprofundar a convergência nominal entre os países europeus;
d) Desenvolver a agricultura dos países membros da Zona Euro;
25) No processo de integração europeia foram instituídos, por ordem cronológica,...
a) 1º a União Aduaneira, 2º o Mercado Único, 3º a Cidadania Europeia;
b) 1º o Mercado Único, 2º a União Aduaneira, 3º a Cidadania Europeia;
c) 1º a Cidadania Europeia, 2º o Mercado Único, 3º a União Aduaneira;
d) 1º a União Aduaneira; 2º a Cidadania Europeia; 3º o Mercado Único;
26) Os critérios de convergência nominal exigidos para a integração na União Económica e Monetária
visaram...
a) Manter a estabilidade dos preços e eliminar a concorrência;
b) Criar uma disciplina orçamental e uma pauta aduaneira comum;
c) Reforçar a estabilidade cambial e a convergência das taxas de juro;
d) Facilitar a convergência dos preços e criar um Mercado Único;
27) A forma de integração económica designada por zona de comércio livre implica...
a) Ausência de direitos aduaneiros entre os países membros e entre estes e terceiros;
b) Ausência de direitos aduaneiros entre os países membros e existência de uma pauta aduaneira
comum relativamente a terceiros;
c) Ausência de direitos aduaneiros entre os países membros e uniformização das medidas
protecionistas relativamente a terceiros;
d) Ausência de direitos aduaneiros entre os países membros e inexistência de uma pauta aduaneira
comum relativamente a terceiros;
28) A criação do Fundo de Coesão visou a convergência real na União Europeia, ao...
a) Contribuir para o reforço do desenvolvimento das regiões mais pobres da União Europeia;
b) Facilitar o cumprimento dos critérios definidos para a concretização da União Económica e
Monetária;
c) Contribuir para o reforço do desenvolvimento de todos os países da União Europeia;
d) Facilitar o comércio da União Europeia com os países em desenvolvimento;
29) A União Económica e Monetária implicou...
a) O estabelecimento de barreiras tarifárias e não tarifárias à livre circulação de bens e serviços;
b) O estabelecimento de uma política monetária comum e de uma política cambial comum;
c) O reforço da cooperação em novos campos de ação comunitária, como o da defesa;
d) O reforço da coesão social e da cooperação em matéria monetária;
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30) Na atual UE, o PIB per capita dos diversos Estados-membros, medido na mesma unidade monetária,
apresentou valores diferentes. Este facto revela que na UE não existe...
a) Convergência nominal;
b) Coesão económica e social;
c) Estabilidade monetária;
d) Capacidade competitiva;
31) O Tratado de Maastricht definiu como critério de adesão à moeda única, entre outros,...
a) Uma taxa de crescimento do PIB superior à média das taxas de crescimento do PIB dos países da
UE;
b) Um controlo na circulação de pessoas e capitais;
c) Um défice orçamental não superior a três por cento do PIB;
d) Uma taxa de inflação inferior à média das taxas de inflação dos países da UE;
32) Podemos considerar como um dos objetivos mais imediatos da política monetária prosseguida pelo
Banco Central Europeu no passado recente...
a) O aumento dos impostos;
b) A redução do orçamento comunitário;
c) O controlo do défice;
d) A estabilização das receitas públicas;

Grupo II

Os documentos apresentados referem-se à evolução das receitas e das despesas públicas, em Portugal,
em 2009 e em 2010, e ao saldo orçamental em Portugal e na União Europeia a 27 Estados-membros, no
período de 2008 a 2010.

1. Explicite, com base nos documentos apresentados, a evolução do saldo orçamental, em Portugal,
em 2010, face a 2009, considerando:
a. O comportamento das receitas e das despesas públicas;
b. A evolução comparada do saldo orçamental em Portugal e na UE-27.
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2. Leia o texto que se segue.

“A criação de uma união aduaneira foi o objetivo central da assinatura do Tratado de Roma, em 1957.
Esta união aduaneira, que deu origem à Comunidade Económica Europeia (CEE), entrou em vigor a 1 de
julho de 1968.

Em 1973, a CEE assinou acordos com os Estados-membros da Associação Europeia de Comércio Livre
(EFTA) no sentido da criação de uma zona de comércio livre para cerca de 380 milhões de consumidores
dos países das duas organizações europeias.”

O texto refere duas formas de integração económica: zona de comércio livre e união aduaneira. Diga em
que consiste cada uma dessas formas de integração.

3. O quadro apresenta as sucessivas etapas de alargamento da Comunidade Económica


Europeia/União Europeia, bem como alguns factos a elas associados.

Etapas de alargamento Aumento da população Evolução do PIB por habitante


De 6 para 9 Estados-membros 32% - 3%
De 9 para 12 Estados-membros 22% - 6%
De 12 para 15 Estados-membros 11% - 3%
De 15 para 27 Estados-membros (a) 29% - 16%
(a) alargamento ocorrido em 2004 e completado em 2007 com a entrada da Roménia e da Bulgária.

Explique, a partir do quadro anterior, duas das consequências para a União Europeia decorrentes do
último alargamento, por comparação com os alargamentos anteriores.

4. Com a adoção do Ato Único Europeu em 1986, o reforço da coesão económica e social passou a
ser um dos princípios básicos do modelo de construção europeia que se pretende atingir, conduzindo a
um grau mais elevado de integração das economias nacionais e regionais, com uma progressiva
aproximação dos níveis de rendimento médio e dos padrões e qualidade de vida das populações.

O quadro seguinte refere-se ao PIB por habitante em alguns países da União Europeia, em 2010.

(UE 27 = 100) 2010


Alemanha 118
Holanda 133
Hungria 65
Bulgária 44

Explique, com base nos documentos, a importância do princípio da coesão económica e social.

I II Total
1 1 2 3 4
5 x 16 = 80 40 20 30 30 200
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Soluções/Correção

Grupo I

1. A 12. A 23. C
2. B 13. A 24. A
3. D 14. B 25. A
4. A 15. A 26. C
5. C 16. A 27. D
6. B 17. C 28. A
7. B 18. B 29. B
8. D 19. A 30. B
9. D 20. D 31. C
10. C 21. D 32. C
11. C 22. C

Grupo II

1. O Saldo Orçamental constitui um indicador muito utilizado na análise da situação económica de


um país. Um saldo orçamental positivo significa que as receitas públicas são superiores às despesas
públicas. Neste caso, o Estado contribui para a poupança nacional e para a redução da despesa global da
economia. No caso de o saldo orçamental ser negativo, quando as despesas públicas são superiores às
receitas públicas, o Estado está a contribuir para o aumento da despesa global da economia.

Neste caso, em 2010, face a 2009, Portugal reduziu 0,3% do seu Saldo Orçamental, fazendo com
que haja uma melhoria mas sendo, ainda assim, negativo. O Saldo Orçamental de Portugal, em 2010, foi
-9,8% e este valor negativo é causado, principalmente, pelo quociente do PIB utilizado nas Despesas
Públicas Totais (51,3%), dividido nas Despesas Correntes (45,6%) e nas Despesas de Capital (5,7%). O
quociente dsas Receitas Públicas Totais (41,5%) não foi suficiente para cobrir as Despesas, causando o
Saldo Orçamental negativo de -9,8%, anteriormente referido.

A taxa de variação das Despesas Públicas sofreu uma desaceleração, passando de 8,9% em 2009
para 5,6% em 2010, o que demonstra um aumento menor destas Despesas. A taxa de variação das
Receitas sofreu um enorme aumento, o que provocou a melhoria do Saldo Orçamental, ainda que não
tenha atingido os valores ideais. Foi -5,6% em 2009 e reverteu para 7,4% em 2010.

Da mesma forma, a União Europeia a 27 Estados-membros teve também uma evolução de 0,3%,
passando de -6,9% em 2009 para -6,6% em 2010, o que significa que houve uma melhoria deste saldo,
ficando, ainda assim, negativo.

2. A integração económica representa a integração de várias economias nacionais/países num


espaço económico mais vasto, que ultrapassa as fronteiras nacionais.

As duas formas de integração económica referidas no texto são a zona de comércio livre e a união
aduaneira. Ambas as formas aqui referidas implicam que os países eliminem as barreiras alfandegárias à
livre circulação de mercadorias. Além disto, a zona de comércio livre tem um grau menor de integração
pois cada país tem a sua pauta aduaneira comum relativamente a países terceiros. Em contraponto, na
união aduaneira foi criada uma pauta aduaneira comum.
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3. No último alargamento representado no quadro, onde a União Europeia passou de 15 para 27


Estados-membros (2004 e 2007), a população aumentou 29% mas, em contrapartida, o PIB por habitante
sofreu uma queda de 16%. Estes números trazem consequências para a União Europeia, pois os novos
Estados-membros são economias mais fracas, com menos poder económico e, consequentemente, a
necessitar de apoio por parte da União Europeia, através de fundos e subsídios, anteriormente entregues
a outros países, que com isto têm um benefício menor vindo da União Europeia. Constata-se agora que,
dentro da União Europeia, existe uma maior separação entre os chamados países ricos e países pobres,
pois os primeiros são em menor número que os segundos, provocando desigualdades e disparidades cada
vez maiores entre eles.

4. Um dos principais objetivos do Ato Único Europeu consiste no reforço da sua coesão económica,
social e territorial. Uma parte considerável das suas atividades e do seu orçamento é consagrada à
redução das disparidades entre as regiões, nomeadamente as zonas rurais, as zonas afetadas pela
transição industrial e as regiões com limitações naturais ou demográficas graves e permanentes.

A UE apoia a consecução destes objetivos através da coordenação das políticas económicas, da


implementação das políticas da UE e da utilização dos Fundos Estruturais (FEOGA; FSE; FEDER), do Banco
Europeu de Investimento e de outros Instrumentos Financeiros atuais (por exemplo, o Fundo de Coesão).

A coesão económica e social, no contexto dos documentos acima, é importante para ajudar a
reduzir as desigualdades entre os países mais ricos (Alemanha, com 118 de PIB por habitante e Holanda,
com 133 de PIB por habitante) e os países mais pobres (Hungria, com 65 de PIB por habitante e Bulgária
com 44 de PIB por habitante), visando atribuir Fundos Estruturais a estes segundos, para que os níveis de
rendimento médio aumentem e a qualidade de vida da população melhore.

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