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Teologia do Culto

Definindo o termo

Culto = servir - “É o encontro (...) de Deus com o homem. ” (Adoração e Louvor, 2001,
p.5).

Referências: Ex 20:5 (Dt 5:9), 23:24 / Mt 4:10 / Lc 4:8 / Rm 12:1

Adoração = prostrar-se – adoração é a atividade de glorificar a Deus com a totalidade


(razão e emoção) do nosso ser. Significando estar conscientes que adoramos com o
“coração”. O principal motivo porque nascemos e existimos, é principalmente para
adorar nosso Deus, o nosso Criador (Ef 1:12). Somente Deus é digno de adoração (Rm
1:18-32; Ap 4:11), portanto, tudo em nosso culto a Deus deve ser planejado para
trazer glória a Ele e levar as pessoas a pensarem a respeito dEle.

Benefícios da adoração genuína: Alegria – Deus nos criou para nos alegrar-nos em sua
grandeza e por isso experimentamos muita alegria na adoração genuína (Sl 16:11; At
2:46-47), aproximação – antes (na antiga aliança) só era possível se aproximar de Deus
de forma limitada, através de cerimônias no templo, tendo um local específico para isso,
até os sacerdotes só poderiam entrar até o Lugar Santo, hoje (Nova aliança), os salvos
têm o privilégio de poder entrar no Santo dos Santos (Hb 10:19), testemunho – sendo
imitadores de Cristo, adorando seu nome de verdade.

Resumindo: Adorar é fazer a vontade de Deus. A adoração é o resultado de


compreender qual a vontade do Senhor.

Princípio regulador do culto

Definindo o termo: É o princípio que afirma que o culto público deve ser bíblico. Em
oposição ao princípio normativo, segundo o qual o que não for diretamente proibido nas
Escrituras é permitido no culto. Os reformadores sustentavam que o que não for
diretamente ensinado nas Escrituras ou necessariamente inferido do seu ensino, é
proibido.

Natureza espiritual do culto: Deus exige a postura e a forma de adoração coletiva,


sendo importante a atitude do adorador (do espírito do adorador). O culto pressupõe do
adorador, uma transformação espiritual.
Importância do modo de culto: Tanto o Antigo como o Novo Testamento atribuem
grande importância à maneira de se cultuar a Deus (a forma externa de culto público). O
culto reformado consistia em leitura bíblica, pregação, oração, cântico dos Salmos (sem
instrumento), ministração das duas ordenanças e a benção apostólica, sendo que, a
primazia cabia à pregação.

A prerrogativa de acrescentar algo ao culto é de exclusividade divina, e a atitude e modo


pelos quais Deus quer ser adorado é suficientemente prescrito por Ele nas Escrituras. O
culto não tem como propósito agradar aos adoradores, e sim a Deus. Os reformadores
reconheciam que as adições humanas ao culto têm aparência de sabedoria e tendem a
ser mais agradáveis à natureza humana pervertida do que o culto divinamente prescrito
nas Escrituras.

Elementos e circunstâncias do culto: Os elementos do culto são práticas, prescritas


nas Escrituras, em qualquer lugar ou circunstância.

- Elementos: leitura bíblica, pregação da Palavra, oração, louvor e a ministração e


recepção das ordenanças do batismo e Ceia do Senhor.

As circunstâncias de culto são todas as demais coisas, de caráter não religioso, mas
necessárias à realização do culto. Estas coisas não são fixas, não fazem parte do culto
em si, não sendo, portanto, prescritas nas Escrituras, mas devem estar em conformidade
com os princípios gerais das Escrituras.

- Circunstâncias: lugar (casa, templo, ar livre), horário (dia da semana, horário),


duração e ordem de culto, móveis (púlpitos, bancos ou cadeiras, mesa para Ceia),
iluminação (velas lamparinas, candeeiros ou luz elétrica), aquecimento ou ventilação,
som, etc.

Cuidados com relação às questões circunstanciais: Não atribuir conotação religiosa e


tornando-as obrigatórias;

Não se pode sacralizar um lugar, horário, dia da semana, móvel, roupa, ordem de culto,
etc... Deixe que os princípios gerais das Escrituras regulem as nossas decisões com
relação a todas estas coisas, de modo que não venham contrariá-la.

Conclusão
A glória e a beleza do culto na nova dispensação não estão no templo, nos símbolos, nos
carias, nos instrumentos musicais.... Está na sua simplicidade, na sua natureza espiritual,
na santidade do adorador, na conformação do culto à verdade revelada nas Escrituras.

Direção de culto

A primeira etapa para dirigir um culto é saber com o pregador qual o tema da pregação,
mas, o dirigente não precisa fazer comentários sobre os textos bíblicos, deixe a função
de expor o texto com o pregador. Leia várias vezes em casa, todo e qualquer texto que
você irá ler no culto (para ter segurança na leitura e familiaridade com palavras
difíceis). Avise com antecedência se quiser que algum irmão lhe ajude lendo algum
texto, ou cantando algum louvor, ou fazendo alguma oração (e qual é motivo da
mesma). Fale com o ministério de música para saber a quantidade das músicas e por
último: chegue cedo.

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