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Grupo I
1. C)
2. B)
3. C)
4. C)
5. A)
6. D)
7. B)
8. C)
Grupo II
1.
P – Está calor.
Q – Chove.
Para que um argumento indutivo por generalização seja considerado bom tem de
obedecer aos seguintes aspetos, o número de casos têm de ser relevante e não se deve
encontrar contra exemplos, depois de esforçadamente procurados. Os casos observados
têm de representar adequadamente o universo em causa. Não pode haver informação de
fundo que ponha em causa a validade do argumento.
Neste caso em específico podemos afirmar que é um mau argumento por generalização
já que o número de casos não é relevante para a situação, pois a empatia demonstrada
no número de espanhóis com que o orador contactou durante um fim de semana, não
pode servir para generalizar a empatia de todos os espanhóis.
Grupo III
Convém ter em conta que Descartes não necessitava de “percorrê-las cada uma em
particular, trabalho que seria sem fim”, se decidir rejeitar todas as crenças minimamente
duvidosas, basta debruçar-se sobre as principais fontes das crenças. Se for detetado o
menor grau de dúvida numa dessas fontes, temos então uma justificação para rejeitar
todas as crenças que dela provenham.
A dúvida cartesiana não é um ponto de chegada, mas sim um ponto de partida, para
além disso não se trata de uma suspensão permanente do juízo, mas sim de uma decisão
de considerar provisoriamente falso tudo o que seja minimamente duvidoso. Neste
sentido, ela é absolutamente universal, por princípio, pode aplicar-se a tudo, pelo menos
até que se encontre algo que seja absolutamente indubitável. A dúvida cartesiana
também pode ser referenciada de hiperbólica já que Descartes leva a sua dúvida ao
extremo, de tal modo que não se limita a suspender o juízo, mas rejeita como falso tudo
aquilo que seja meramente duvidoso. A utilidade da dúvida por parte de Descartes é
justificável já que esta permite a descoberta duma verdade indubitável, modelo e critério
de verdade – o cogito. Também permite desta forma libertar a razão da dependência em
relação a autoridades externas e em relação aos sentidos.
2. O problema filosófico em questão é o problema da origem do conhecimento. No que
diz respeito a este problema Descartes e Hume acarretam posições claramente opostas e
distintas. Para Descartes o conhecimento verdadeiro tem origem no pensamento, dado
isto Descartes é classificado como um filósofo racionalista. Por outro lado, para Hume o
conhecimento verdadeiro provêm da experiência sensível por isso é que Hume é
considerado um filósofo empirista. Pelo facto de Descartes considerar que todo o
conhecimento verdadeiro provêm do pensamento não significa que não exista
conhecimento sensível. Descartes considera que temos ideias que resultam do contacto
dos nossos sentidos com a realidade. No entanto, essas ideias não são fundacionais já
que não podemos confiar nos sentidos. Só as ideias racionais inatas são verdadeiras,
porque são claras e distintas e a sua verdade é garantida por Deus, que por ser um ser
perfeito, sei que não me engana.
O facto de Hume defender que o conhecimento verdadeiro tem apenas uma base
empírica, não quer dizer que não haja conhecimento à priori, isto é, conhecimento que
resulta apenas do pensamento. Hume defende a ideia de que um dos tipos de
conhecimento são relações de ideia, conhecimento meramente racional. Apesar deste,
tipo de conhecimento não fornecer verdades necessárias, nada nos dizem acerca do
mundo, só as questões de facto nos dizem como o mundo é, mas as questões de facto
baseiam-se na experiência. Por isso na nossa mente só existem perceções e as ideias são
cópias das impressões.
Não podemos conhecer nada que não tenha na sua base impressões.
Grupo IV
Por fim é de notar um caráter de oposição entre as duas perspetivas tanto no facto dos
momentos para a criação de teorias mas também no critério pelo qual cada uma se rege
para distinguir teorias científicas de teorias não-científicas. A perspetiva indutivista opta
por um critério de verificabilidade onde uma teoria é científica se e só se for constituída
por proposições empiricamente verificáveis, enquanto que a perspetiva de Popper
baseia-se num critério de falsificabilidade onde uma teoria é científica somente se for
empiricamente falsificável, é realmente fácil identificar o caráter de oposição entre as
duas perspetivas tal como foi referido no início.
Em síntese, uma teoria que garante apenas verificações ou confirmações e que ignora
possíveis refutações não pode ser concebida ou mostrada como falsa, tal como faz a
astrologia. Se uma teoria é científica, então necessita de fazer afirmações ou previsões
que poderiam ser concebidas ou mostradas como falsas. Logo, uma teoria como a da
astrologia que garante apenas verificações e que ignora possíveis refutações não é
científica.