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Alberto Handfas
Maria Claudia Ferreira Barbaresco
Rodrigo Medina Zagni
Financiamento Público
A partir desse esboço, podemos sintetizar este percurso crítico a partir de algumas
premissas, para nós, elementares:
a) Justamente por pertencer e ser financiada pelo Estado, a universidade pública deve ter
compromisso público, ser democrática e autônoma.
b) O que pode garantir este necessário grau de autonomia é a presença e o
funcionamento de órgãos colegiados: conselhos universitários, congregações, departamentos
e coordenação de cursos devem ser democráticos.
c) A universidade, em seus órgãos colegiados, deve franquear seus ambientes e
processos decisórios à participação dos 3 segmentos que lhe constituem (docentes,
funcionários técnico-administrativos e alunos), bem como de setores organizados da
sociedade civil, sobretudo movimentos sociais que encampam lutas históricas, representando
minorias sociais comumente excluídas do ensino público superior e de qualidade (movimento
negro, feminista, LGBT, de luta pela terra e por moradia etc.).
d) Estratégias de internacionalização voltadas para os interesse de um país soberano e
não subordinado.
e) O estabelecimento de estratégias e práticas de ensino cuja qualidade possibilite
preparar o aluno não apenas como profissional apto a atuar no mercado de trabalho; mas
como cidadão pleno e autônomo, capaz de pensar criticamente o mundo em que vive.
f) Prioridade à contratação, via concurso público transparente, cioso das leis e da ética,
de docentes em regime de dedicação exclusiva ao ensino, pesquisa e extensão; ao invés do
tipo precarizado de contratação de docentes de 20h ou 40h com dedicação parcial.
g) Recomposição do tripé “ensino-pesquisa-extensão”, como elementos indissociáveis à
produção, difusão e utilização de saberes cujo caráter seja essencialmente transformador da
realidade social, visando a construção de uma sociedade igualitária.
Subscrevem o documento:
Ricardo Bertoldo
Técnico-Administrativo - UNIFESP