Você está na página 1de 26

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

FACULDADE DE AGRONOMIA ELISEU MACIEL


DEPARTAMENTO DE FITOSSANIDADE
CENTRO DE HERBOLOGIA

PROJETO DE PESQUISA

ESPÉCIES VEGETAIS COMO INDICADORAS DE RESÍDUOS DE HERBICIDAS


EM ÁGUAS INTERIORES UTILIZADAS NA ORIZICULTURA DO SUL DO
BRASIL

 COORDENADOR
- Dirceu Agostinetto, Eng. Agr., Dr.
- Professor FAEM/UFPel

 VICE-COORDENADOR
- José Alberto Noldin, Eng. Agr., Ph.D.
- Pesquisador da EPAGRI/SC e Professor do PPGFs/FAEM/UFPel
Outubro de 2006

 COLABORADORES
- Nilson Gilberto Fleck, Eng. Agr., Ph.D. – UFRGS;
- Leandro Vargas, Eng. Agr., Dr. - Embrapa Trigo/RS;
- Luiz Antonio de Avila, Eng. Agr., Ph.D. – UFSM;
- Douglas Daniel Grutzmacher - Eng. Agr., Dr. – FAEM/UFPel;
- Jesus Juares Oliveira Pinto, Eng. Agr., Mestre – FAEM/UFPel;
- Alunos do Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade da UFPel;
- Bolsistas de Apoio Técnico de Nível Superior do CNPq;
- Bolsistas de Iniciação Científica do CNPq;
- Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico –
CNPq;
- Departamento de Fitossanidade da Faculdade de Agronomia da UFPel;
- Estagiários do Curso de Agronomia da UFPel.

 LOCAL DE CONDUÇÃO
A coleta das espécies aquáticas serão realizadas nas seis regiões
produtoras de arroz do Estado do Rio Grande do Sul e na Região de Itajaí do
Estado de Santa Catarina. A identificação e caracterização anatômica das
espécies aquáticas e o experimento em laboratório serão realizadas no
Laboratório do Centro de Estudos em Herbologia (CEHERB) da Faculdade de
Agronomia da Universidade Federal de Pelotas. O experimento em casa-de-
vegetação será realizado na Faculdade de Agronomia da UFPel.

 VIGÊNCIA
Os trabalhos experimentais serão desenvolvidos durante um período de
24 meses, iniciando em janeiro de 2007 e finalizando em dezembro de 2008.

2
IMPORTÂNCIA E JUSTIFICATIVA
Uma das grandes preocupações atuais da humanidade refere-se a
preservação do meio ambiente, sobretudo no que se refere à qualidade da água
potável no mundo. Sabe-se que a agricultura é uma das possíveis fontes de
contaminação ambiental, geralmente apontada como uma importante contribuinte
de poluentes.
A agricultura moderna que busca constante elevação de produtividade e
maximização dos lucros utiliza quantidades expressivas de agroquímicos. Entre
estes agroquímicos encontram-se os agrotóxicos, principalmente herbicidas, que
podem causar poluição ambiental e desequilíbrio do agroecossistema.
Em relação à lavoura de arroz, a condução da cultura sob regime de
irrigação por inundação tem gerado grande preocupação quanto a possíveis
impactos ambientais. Segundo a FEPAM (2004), a lavoura de arroz constitui-se
em atividade de alto potencial poluidor, pois a irrigação aumenta a possibilidade
de transporte de agrotóxicos, via água da chuva e drenagem para mananciais
hídricos e via lixiviação para os aqüíferos.
No Estado do Rio Grande do Sul, o arroz irrigado é cultivado
predominantemente nos sistemas de cultivo mínimo, convencional e pré-
germinado. O cultivo de arroz irrigado no sistema pré-germinado, ocupa
aproximadamente 11% das áreas destinadas a esta cultura no RS e quase a
totalidade das áreas de Santa Catarina, que destaca-se por possuir a maior
produtividade nacional.
O sistema pré-germinado consiste no preparo do solo com lâmina de água
e inundação 20 dias antes da semeadura, a qual é realizada com sementes que já
iniciaram o processo de germinação. Embora, o sistema destaque-se dentre os
demais, pela menor infestação de plantas daninhas, o manejo usualmente
adotado pelos produtores, prevê a retirada da água da lavoura cerca de 3 dias
após a semeadura, visando melhor estabelecimento das plântulas de arroz. Por
outro lado, a retirada de água tende a carrear junto sedimentos, fertilizantes e
agrotóxicos.

3
Nestes sistemas de cultivo de arroz o manejo da água é de fundamental
importância para o sucesso na produção de arroz irrigado, seja do ponto de vista
econômico ou do desenvolvimento da própria cultura. No entanto, a irrigação da
lavoura de arroz esta intimamente relacionada ao sistema de cultivo adotado, pois
ele determina diferenças na época de início e fim da irrigação, manejo e consumo
de água e principalmente no preparo do solo. O manejo da água além de influir no
aspecto físico das plantas, interfere na disponibilidade dos nutrientes, na
população e espécies de plantas daninhas presentes, na incidência de algumas
pragas e doenças (Andres et al., 2003) e na dissipação no ambiente.
No Estado do Rio Grande do Sul, Marchezan et al. (2003), ao estudarem a
dispersão dos herbicidas clomazone, quinclorac e propanil nas águas da bacia
hidrográfica dos Rios Vacacaí e Vacacaí-Mirim, no período de cultivo do arroz
irrigado verificaram que das 45 amostras de água coletadas na Bacia do Rio
Vacacaí-Mirim, foram detectados resíduos dos herbicidas avaliados em 18
amostras.
Em Santa Catarina, Noldin et al. (1997) ressaltam que a aplicação de
herbicidas é efetuada, predominantemente pelo método conhecido como
benzedura, onde os produtos são aplicados diretamente na lâmina d’água tanto
em pré-semeadura quanto em pós-emergência do arroz e das plantas daninhas.
Este método pode contaminar os rios com herbicidas, com possibilidade de
contaminação de bacias hidrográficas.
As plantas que habitam desde brejos até ambientes verdadeiramente
aquáticos são denominadas macrófitas aquáticas. Elas apresentam várias
adaptações morfológicas e fisiológicas que as tornam capazes de colonizar os
diversos ambientes aquáticos e muitas destas plantas podem ser utilizadas como
bioindicadoras da qualidade da água (Fonseca, 2006).
As macrófitas aquáticas passam a ser encaradas como plantas daninhas
quando o seu crescimento torna-se acentuado, causando problemas para a
utilização dos ecossistemas, surgindo a partir desse momento, a necessidade de
aplicação de métodos de controle ou manejo. Entretanto, na literatura encontram-
se relatos de espécies aquáticas suscetíveis a diversos herbicidas. O aguapé

4
(Eichhornia crassipes), uma das espécies aquáticas mais freqüentes em
mananciais hídricos, possui sensibilidade aos herbicidas imazapyr, diquat e
glyphosate (Cardoso et al., 2003; Foloni & Pitteli, 2005). Para as plantas aquáticas
submersas Egeria densa e Egeria najas o herbicida fluridone controla
eficientemente as espécies, no entanto para Ceratophyllum demersum não
apresenta controle eficiente (Marcondes et al., 2003). Já, em estudos da espécie
aquática pinheiro-d'água (Myriophyllum aquaticum), a mesma apresentou-se
sensível ao herbicida 2,4-D (Negrisoli et al., 2003; MacDonald & Langeland 2001),
no entanto, para os herbicidas glyphosate e imazapyr não foram eficientes no
controle desta espécie (Negrisoli et al., 2003).
As macrófitas aquáticas podem ser indicadoras da presença de resíduos de
herbicidas oriundos da aplicação para controle de plantas daninhas na cultura do
arroz irrigado por inundação.
Atualmente se tem pouco conhecimento do destino ambiental dos
agrotóxicos aplicados na agricultura. Não se conhece o tempo exato que leva para
um determinado agrotóxico se degradar no meio ambiente, já que existem muitas
variáveis que interferem neste processo. A questão da contaminação das águas e
os resíduos destes agrotóxicos nos alimentos é outra preocupação dos
consumidores. Os metabólicos produzidos a partir da degradação dos agrotóxicos
também podem representar um perigo à saúde das pessoas, já que muitos deste
metabólitos muitas vezes são mais tóxicos que os produtos originais. Assim, o
monitoramento de parâmetros de qualidade da água constitui-se em ferramenta
básica, para avaliar alterações ambientais causadas pela ação antrópica do ser
humano.

HIPÓTESES GERAIS
A identificação e a caracterização anatômica de espécies aquáticas
indicadoras de resíduos de herbicidas em águas interiores da região Sul do Brasil
permitirá sinalizar a ocorrência de impactos ambientais potenciais em mananciais,
decorrentes da excessiva utilização de herbicidas na orizicultura irrigada.

5
OBJETIVOS GERAIS
Identificar e caracterizar anatomicamente espécies vegetais que poderão
ser utilizadas como bioindicadoras da presença de resíduos de herbicidas nas
águas de interiores na região Sul do Brasil.
Identificar e quantificar a presença de resíduos de herbicidas na água e em
espécies aquáticas presentes em águas interiores das regiões produtoras de arroz
irrigado do Sul do Brasil.
Determinar a susceptibilidade de espécies nativas de águas interiores e de
espécies cultivadas a soluções de herbicidas utilizados na lavoura de arroz
irrigado.

REVISÃO DE LITERATURA
A produção média anual de arroz no Brasil, no período 1996/2005, foi de
10,8 milhões de toneladas, ocupou área média de 3,8 milhões de hectares e
alcançou rendimento médio de 3,1 t ha-1 (CONAB, 2005). O Estado do Rio Grande
do Sul (RS) contribuiu, no mencionado período, com 27,8% da área cultivada, de
aproximadamente 1,1 milhões de hectares (CONAB, 2005). A produtividade média
de grãos, obtida na última década no RS, foi de 5,0 t ha-1, quase que o dobro da
média nacional (CONAB, 2005).
A elevada produtividade alcançada pela agricultura moderna é resultado,
principalmente, do aumento do potencial genético das cultivares utilizadas bem
como da utilização intensiva de insumos, especialmente nas grandes culturas
comerciais (Barbash et al. 2001). Sementes melhoradas geneticamente, adubos
químicos, mecanização, agroquímicos e água, são intensivamente utilizados na
cultura do arroz irrigado. O uso indiscriminado e algumas vezes abusivo destes
insumos, especialmente no caso dos pesticidas, têm resultado em conseqüências
danosas para o homem e o ambiente, efeitos que se tornam preocupantes quando
produtos químicos utilizados nas lavouras atingem os corpos d’água, alcançando
áreas muito além daquelas na qual foram aplicados.
Na metade sul do Estado do Rio Grande do Sul e na região do vale do rio
Itajaí no Estado de Santa Catarina, a cultura do arroz irrigado é o cultivo agrícola

6
que tem maior expressão econômica. Esta lavoura situa-se nas várzeas próximas
às margens de rios e arroios onde geralmente o nível freático encontra-se próximo
a superfície do solo. Devido ao grande consumo de água e a inundação dessa
área durante o ciclo da cultura, a lavoura de arroz é considerada pelo órgão de
fiscalização ambiental como contaminante potencial dos mananciais hídricos
(FEPAM, 2003).
Os recursos hídricos por sua vez, são fundamentais para o funcionamento
dos ecossistemas aquáticos, habitat animal, e são fontes nacionais para o
fornecimento de água potável. Dados de ocorrência de pesticidas em águas
superficiais, no Rio Grande do Sul, provenientes de estudos de monitoramento,
ainda são escassos (Mattos, 2001).
A lavoura arrozeira irrigada tem sido alvo de especulações quanto aos
efeitos nocivos desta cultura sobre a qualidade da água, entretanto, ainda não se
dispõe de dados suficientes que comprovem esta hipótese. Fatores como a
utilização intensiva de água e o uso de agrotóxicos, especialmente herbicidas,
contribuem para tais expectativas. Por outro lado, a provável presença de resíduos
de herbicidas em águas de córregos, lagoas, riachos e rios que recebem o aporte
da água de drenagem de lavouras de arroz irrigado é indicador de que práticas de
manejo mais adequadas devam ser adotadas com vistas a evitar a saída desta
água contaminada para fora da lavoura. Além disso, o regime de chuvas no
Estado do RS é relativamente alto e freqüente, fazendo com que precipitações
pluviais, mesmo que pequenas, promovam o extravasamento da água dos
quadros da lavoura para mananciais hídricos podendo levar junto colóides,
fertilizantes e agrotóxicos, dentre eles os herbicidas (Machado et al. 2003).
Se por um lado o uso de herbicidas disponibiliza ao agricultor uma
alternativa eficiente para o manejo das plantas daninhas, quase que indispensável
em lavouras, existe o risco de ocorrência de danos a organismos não alvo e à
saúde humana, por outro lado, ao se realizar a escolha de um determinado
herbicida, devem-se avaliar riscos e benefícios do uso, considerando-se a forma
de uso e a importância econômica, tanto quanto a presença de culturas vizinhas
suscetíveis (Auch & Arnold, 1978).

7
Em diversos países estão sendo desenvolvidos trabalhos com o objetivo de
avaliar a contaminação de mananciais hídricos, decorrentes da utilização de
agrotóxicos na agricultura. Na lavoura de arroz irrigado nos Estados do Sul do
Brasil, o estudo do potencial de contaminação de cursos de água é
particularmente importante, devido a dois aspectos principais: localização
geográfica das áreas próximo aos cursos de água e o grande volume de água
utilizado na irrigação (Machado et al., 2003). A determinação da presença,
quantidade e época de ocorrência na água deverá fornecer informações para a
adoção de manejo adequado desses produtos.
Logo, a determinação do comportamento ambiental de um herbicida e de
seus metabólitos, em um ecossistema de arroz irrigado, deve ser parte integrante
dos processos de registro de uma molécula química. Um componente crítico desta
determinação é a avaliação do potencial de um pesticida e de seus metabólitos
contaminarem as fontes de águas superficiais e subterrâneas.
A implementação do sistema pré-germinado em lavouras de arroz irrigado
tem aumentado a demanda pela aplicação de herbicidas. A aplicação destes
pesticidas pode resultar na acumulação de seus resíduos ou de seus metabólitos
no solo, águas de superfície e subterrâneas e nos grãos de arroz. No entanto,
constata-se carência de informações sobre o impacto destes produtos no
ambiente, preocupando a sociedade das questões ligadas à segurança ambiental
e alimentar.
Para minimizar os riscos de contaminação dos pesticidas, estudos de
dissipação, mobilidade e monitoramento necessitam ser realizados. Neste
contexto, Mattos et al. (2003) conduziram um trabalho com o objetivo de avaliar e
monitorar a presença de pesticidas em amostras de águas superficiais, coletadas
em área orizícola com lavouras cultivadas no sistema pré-germinado, de modo a
avaliar o impacto do uso de herbicidas e inseticidas sobre os recursos hídricos e
verificaram que dos pesticidas estudados foram encontrados os produtos,
oxadiazon, quinclorac e carbofuran, sendo que os três foram detectados em
concentrações acima do limite máximo permitido pela legislação da comunidade

8
Européia, que estabelece 0,10 ug L-1 para todos os pesticidas individualmente em
águas para consumo humano.
Ao contrário do que se pode pensar, a água apresenta grande diversidade
na sua composição química. Isto está associado à geologia local e aos eventos da
natureza que contribuem com elementos distintos na composição da água.
Entretanto, atualmente são as atividades antropogênicas as que mais afetam a
qualidade das águas superficiais e já em muitos casos, das águas subterrâneas.
Considerando que muitas atividades são desenvolvidas na área de uma bacia
hidrográfica, vários elementos estranhos podem ser carreados para os cursos de
água, (Deschamps et al., 2003).
O carreamento de fertilizantes e agrotóxicos aplicados em áreas de
atividades agrícolas no sentido de pequenos cursos d‘água, riachos, lagos ou
lagoas e reservatórios artificiais, leva esses ambientes a uma condição de
eutrofização, podendo contribuir com crescimento acelerado e descontrolado da
comunidade de plantas aquáticas presentes.
O processo de eutrofização dos sistemas aquáticos pode acarretar diversos
prejuízos à atividade pesqueira, à saúde pública, aos esportes náuticos e ao
turismo, além do entupimento das grades de tomadas d‘água das turbinas de
usinas hidrelétricas, devido à alta produção de biomassa dessas populações de
plantas (Tanaka, 1998).
É importante considerar que diversos componentes físico-químicos da água
representam riscos distintos quando alterados, devendo também ser levados em
consideração em situações de conflito. Elevadas concentrações iniciais de
elementos na água da cultura do arroz irrigado, podem ser reduzidos se o sistema
for mantido fechado, sem perdas por drenagem (Furtado e Luca, 2001).
Trabalhos de monitoramento de qualidade de águas desenvolvidos em
Santa Catarina (Noldin et al., 2001) têm determinado a presença de resíduos de
herbicidas nas áreas de arroz irrigado (Deschamps et al., 2003).
Segundo Noldin, et al (2004), através de experimento objetivando avaliar a
suscetibilidade de oito espécies de plantas a diferentes concentrações do
herbicida pyrazosulfuron-etyl em água, as plantas de angiquinho, capim-arroz,

9
pepino, feijão e soja apresentaram redução na altura a partir da concentração de
100µg/L, equivalente a cinco vezes a dose comercial. As plantas de milho
apresentaram redução mais acentuada de altura a partir da concentração de
20µg/L. As demais espécies avaliadas mostraram-se sensíveis somente em
concentrações elevadas do herbicida, concentrações estas pouco prováveis de
serem encontradas nas águas de drenagem das lavouras de arroz irrigado.
Tendo em vista a preocupação do impacto que a lavoura de arroz pode
causar ao ambiente, trabalhos estão sendo conduzidos para avaliar o tempo de
persistência dos herbicidas em água após a aplicação, para que esta possa ser
drenada com maior segurança (Noldin et al. 2003).
Organismos bioindicadores podem sinalizar possíveis impactos da poluição
através de mudanças no tamanho de sua população ou através da sua presença
ou desaparecimento no meio sob certas condições ambientais (Damato 2001).
Sabe-se, que uma espécie não pode sobreviver em um ambiente onde requisitos
físicos e químicos sejam limitantes. A presença de uma determinada espécie no
habitat indica que seus requisitos foram atendidos. Entretanto, a ausência da
espécie não significa o inverso, porque uma espécie pode ser competitivamente
excluída por outra. A presença, ausência ou abundância de uma ou várias
espécies tanto rápida ou gradualmente podem ser usadas como indicador de
mudanças nas condições ou na qualidade ambiental.
O aguapé (Eichhornia crassipes) planta flutuante livre da família das
Pontederiaceae, prolifera rapidamente em ambientes aquáticos com elevadas
concentrações de nutrientes, utilizada para o seu metabolismo. Além da
possibilidade de absorção dos nutrientes presentes na água, o que é
extremamente útil em ambientes eutrofizados, o aguapé também tem a
capacidade de remover metais pesados (Hg e Pb) e outros contaminantes da
água e também micronutrientes da água, como Mg e Fe (Fonseca, 2006; Thomaz,
2006).
As espécies Spirodela polyhiza e a Pistia stratiotes, pertencentes à família
Araceae, também são flutuantes e são características de ambientes com maiores
concentrações de nutrientes (eutrofizados ou poluídos), onde proliferam

10
rapidamente, sendo assim considerada bioindicadora de poluição e de presença
de metais pesados (Kissmann 1997).
A Sagittaria montevidensis Cham & Schlecht., comumente denominada de
aguapé-de-flexa ou sagitária constitui-se em uma das plantas daninhas que
causam maiores problemas nas lavouras de arroz irrigado dos Estados do Rio
grande do Sul e de Santa Catarina, sendo esta espécie indicadora de águas
poluídas, principalmente com resíduos orgânicos, onde atingem um maior
desenvolvimento vegetativo e um grande número de flores (Kissmann, 1997).
Plantas da família Lemnaceae são plantas excelentes como filtros
biológicos, capazes de retirar grandes quantidades de ortofosfatos da água.
Lemna minor e Lemna gibba são duas plantas padrão para estudos de toxicidade,
em situações de poluição aquática como a causada por efluentes contaminados
(Pb e Ni) (Kissmann, 1997).
Outra espécie aquática é a Salvinia sp., da família Salviniaceae, ocorrem
cerca de 12 espécies distribuídas no Brasil, são plantas flutuantes de água doce e
com pouca tolerância a água salinizada (Kissmann, 1997). Salvinia mínima é uma
espécie encontrada em regiões temperadas e tropicais e apresenta a habilidade
de assimilar altas concentrações de alumínio e cromo. Já, as espécies utricularia
(Utricularia breviscapa), lírio d’água (Nymphaea elegans), ninfa (Nymphoides
indica) e orelha de onça (Salvinia auriculata) são plantas flutuantes livres e
bioindicadoras de ambientes pouco poluído (Thomaz, 2006).
Existem ainda vegetais inferiores como algas do gênero Pithophora que são
resistentes a herbicidas e toleram concentrações grandes de sais cúpricos na
água, em comparação a outros tipos de algas. Algas do gênero Chara (Chara
Vaill) são vegetais que preferem água alcalinizada ou dura, onde oferecem maior
disponibilidade de carbono.
O biomonitoramento de poluentes utilizando espécies acumuladoras é
baseado na capacidade que muitas plantas possuem em acumular alta quantidade
de certos poluentes e sua prática consiste em estimar o nível de poluição, no caso
da água, através da análise da concentração do poluente na espécie
acumuladora.

11
No Brasil, ainda são escassas as pesquisas de monitoramento de agrotóxicos
em lavouras de arroz irrigado. Logo, os aspectos acima referidos e a escassez
de informações sobre persistência de herbicidas na água de irrigação,
motivaram a realização deste estudo.

PLANO DE PESQUISA
A pesquisa será constituída de cinco estudos que se complementarão
mutuamente visando alcançar a meta geral a que se propõe o projeto. A campo
serão realizadas coletas das espécies vegetais e amostras de água e em
laboratório serão realizadas a identificação e a caracterização morfo-anatômica
(Estudo 1) e determinação da presença de resíduos de Herbicidas na água
(Estudo 2) e nas espécies vegetais (Estudo 3). Em casa-de-vegetação será
realizado ensaio testando a seletividade de herbicidas as espécies vegetais
(Estudo 4). Em laboratório será realizado bioensaio testando a seletividade de
herbicidas a espécies cultivadas (Estudo 5). Os estudos referidos acima são
descritos na seqüência.

ESTUDO 1
Serão realizadas coletas a campo e determinações em laboratório. A
equipe será composta pelos pesquisadores: Dirceu Agostinetto, Eng. Agr., Dr.;
José Alberto Noldin, Eng. Agr., Ph.D.; Nilson Gilberto Fleck, Eng. Agr., Ph.D. –
UFRGS; Leandro Vargas, Eng. Agr., Dr. - Embrapa Trigo/RS; Luiz Antonio de
Avila, Eng. Agr., Ph.D. – UFSM; Douglas Daniel Grutzmacher - Eng. Agr., Dr. –
FAEM/UFPel; Jesus Juares Oliveira Pinto, Eng. Agr., Mestre – FAEM/UFPel;
Bolsista de Apoio Técnico de Nível Superior do CNPq; Bolsistas de Iniciação
Científica do CNPq.

Hipótese
A presença e o desenvolvimento de espécies vegetais podem ser utilizados
como indicadores da presença de resíduos de agrotóxicos nas águas interiores.

12
Objetivo
Identificar e quantificar os organismos vegetais que ocorrem em águas
interiores das regiões produtoras de arroz irrigado do Sul do Brasil.

Material e Métodos
Serão realizadas coletas das espécies vegetais presentes nas águas de
interiores das lavouras de arroz irrigado, de municípios das diferentes regiões
produtoras dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
- Fronteira Oeste: Uruguaiana, Alegrete e São Borja;
- Campanha: São Gabriel, Santana do Livramento e Bagé;
- Depressão Central: Cachoeira do Sul, Santa Maria e Agudo;
- Planície Costeira Interna da Lagoa dos Patos: Guaíba, Camaquã e São
Lourenço do Sul;
- Planície Costeira Externa a Lagoa dos Patos: Palmares do Sul, Santo
Antônio da Patrulha e Torres;
- Zona Sul: Pelotas, Arroio Grande e Santa Vitória do Palmar.
- Santa Catarina: Alto, Médio e Baixo Vale do Rio Itajaí.
Em cada município serão coletados 10 indivíduos de cada espécie
aquática. As coletas serão realizadas em três épocas a cada período de quatro
meses.
Os indivíduos serão coletados de acordo com as recomendações de
Fidalgo e Bononi (1984) e transplantadas para o laboratório onde serão
identificadas e quantificadas.
As identificações serão realizadas com o auxílio de bibliografia taxonômica
especializada. Um exemplar da cada espécie estudada será incorporado ao
acervo do Herbário do CEHERB do Departamento de Fitossanidade da
Universidade Federal de Pelotas, como testemunho, sendo herborizado segundo
Fidalgo e Bononi (1984).

13
ESTUDO 2
Serão realizadas coletas a campo e determinações em laboratório. A
equipe será composta pelos pesquisadores: Dirceu Agostinetto, Eng. Agr., Dr.;
José Alberto Noldin, Eng. Agr., Ph.D.; Nilson Gilberto Fleck, Eng. Agr., Ph.D. –
UFRGS; Douglas Daniel Grutzmacher - Eng. Agr., Dr. – FAEM/UFPel; Bolsista de
Apoio Técnico de Nível Superior do CNPq; Bolsistas de Iniciação Científica do
CNPq.

Hipótese
O cultivo do arroz irrigado dissipa herbicidas no ambiente os quais
contaminam os mananciais hídricos.

Objetivo
Identificar e quantificar a presença de herbicidas em águas interiores das
regiões produtoras de arroz irrigado do Sul do Brasil.

Material e Métodos
Serão realizadas coletas de água nas regiões produtoras de arroz irrigado,
dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, conforme descrito no
Estudo 1.
Em cada município será coletados 1 litro de água por amostra, as quais
serão acondicionadas em recipientes plásticos protegidos com papel alumínio e
colocadas imediatamente em caixas de isopor contendo gelo, sendo
imediatamente conduzidas ao Laboratório de Análises de Resíduos de Pesticidas
(LARP) da Universidade Federal de Santa Maria, onde serão analisadas. As
coletas de água serão realizadas em três épocas, anteriormente ao inicio do
cultivo do arroz, durante a estação de crescimento e após a colheita da cultura.
A metodologia utilizada na análise de resíduos dos herbicidas clomazone e
imazapic+imazethapyr será a Cromatografia Liquida de Alta Eficiência (HPLC-UV)
com detecção no ultravioleta.

14
ESTUDO 3
Serão realizadas coletas a campo e determinações em laboratório. A
equipe será composta pelos pesquisadores: Dirceu Agostinetto, Eng. Agr., Dr.;
José Alberto Noldin, Eng. Agr., Ph.D.; Nilson Gilberto Fleck, Eng. Agr., Ph.D. –
UFRGS; Leandro Vargas, Eng. Agr., Dr. - Embrapa Trigo/RS; Luiz Antonio de
Avila, Eng. Agr., Ph.D. – UFSM; Douglas Daniel Grutzmacher - Eng. Agr., Dr. –
FAEM/UFPel; Jesus Juares Oliveira Pinto, Eng. Agr., Mestre – FAEM/UFPel;
Bolsista de Apoio Técnico de Nível Superior do CNPq; Bolsistas de Iniciação
Científica do CNPq.

Hipótese
A dissipação de herbicidas no ambiente pelo controle químico de plantas
daninhas na cultura do arroz irrigado podem contaminar os mananciais hídricos.

Objetivo
Identificar e quantificar a presença de resíduos de herbicidas em espécies
aquáticas presentes em águas interiores das regiões produtoras de arroz irrigado
do Sul do Brasil.

Material e Métodos
Serão realizadas coletas de água nas regiões produtoras de arroz irrigado,
dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, conforme descrito no
Estudo 1.
Em cada município serão coletados 2 exemplares de cada espécie, as
quais serão acondicionadas em sacos plásticos e colocadas imediatamente em
caixas de isopor contendo gelo, sendo imediatamente conduzidas ao Laboratório
de Análises de Resíduos de Pesticidas (LARP) da Universidade Federal de Santa
Maria, onde serão analisadas.
A época das coletas e a metodologia utilizada na análise será idêntica a
descrita no Estudo 2.

15
ESTUDO 4
Este experimento será conduzido em casa-de-vegetação. A equipe será
composta pelos pesquisadores: Dirceu Agostinetto, Eng. Agr., Dr.; Leandro
Vargas, Eng. Agr., Dr. - Embrapa Trigo/RS; Luiz Antonio de Avila, Eng. Agr., Ph.D.
– UFSM; Jesus Juares Oliveira Pinto, Eng. Agr., Mestre – FAEM/UFPel; Bolsista
de Apoio Técnico de Nível Superior do CNPq; Bolsistas de Iniciação Científica do
CNPq.

Hipótese
As espécies ocorrentes nas águas interiores modificam seu habito de
crescimento quando se desenvolvem em ambiente com resíduo de herbicidas.

Objetivo
Determinar a susceptibilidade de espécies de águas interiores a soluções
de herbicidas utilizados na lavoura de arroz irrigado.

Material e Métodos
O experimento será realizado no sistema “floating”, em bandejas com
capacidade volumétrica de 40 litros na qual será adicionado um volume de 30 de
solução herbicida. Para as espécies aquáticas ancoradas será utilizado substrato
para proporcionar um melhor potencial nutritivo as plântulas. Em cada caixa serão
colocadas bandejas alveoladas de poliestileno expandido, composta por 120
células, de maneira a permitir flutuação do sistema sobre a solução. A caixa será
revestida na parte interna com um filme plástico preto, evitando assim a formação
de algas e na parte superior da caixa entre os espaços vazios será disposto papel
alumínio com intuito de minimizar a evaporação das soluções.
O delineamento estatístico a ser utilizado será completamente casualizado,
com quatro repetições. Serão avaliadas as concentrações do herbicida clomazone
e imazapic+imazethapyr de 0,1; 10; 100 e 1000 ppb, onde a concentração de 1
ppb, corresponde a dose comercial recomendada para a cultura (SOSBAI, 2005).

16
As variáveis respostas avaliadas serão: fitotoxicidade às espécies, aos 07,
14 e 28 dias após a instalação do experimento (DIE), pela atribuição visual de
notas em escala percentual, em que a nota zero significará nenhuma ação tóxica e
a nota cem representará morte da planta; estatura e comprimento do sistema
radical, aos 28 DIE, pela medida com régua graduada; massa da matéria seca,
aos 28 DIE, pela coleta e secagem das plantas em estufa com circulação de ar
forçada, aquecido à 60ºC, até o material atingir peso constante.
Os dados obtidos serão analisados pela análise de variância e em se
constatando significância estatística os tratamentos serão comparados pelo teste
de Tukey e pela análise de regressão a 5% de probabilidade.

ESTUDO 5
Será conduzido em condição de casa-de-vegetação. A equipe será
composta pelos pesquisadores: Dirceu Agostinetto, Eng. Agr., Dr.; José Alberto
Noldin, Eng. Agr., Ph.D.; Nilson Gilberto Fleck, Eng. Agr., Ph.D. – UFRGS;
Douglas Daniel Grutzmacher - Eng. Agr., Dr. – FAEM/UFPel; Jesus Juares
Oliveira Pinto, Eng. Agr., Mestre – FAEM/UFPel; Bolsista de Apoio Técnico de
Nível Superior do CNPq; Bolsistas de Iniciação Científica do CNPq.

Hipótese
Espécies cultivadas poderão ser utilizadas como bioindicadoras da
presença de resíduos de herbicidas utilizados na lavoura orizícola.

Objetivo
Avaliar espécies cultivadas que poderão ser utilizadas como bioindicadoras
da presença de resíduos de herbicida na águas interiores, e estimar níveis de
concentração do herbicida em água capaz de afetar o desenvolvimento de
espécies.

17
Material e Métodos
O experimento será conduzido no Laboratório de Herbologia, do
Departamento de Fitossanidade. O delineamento experimental a ser utilizado será
completamente casualizado, com cinco repetições.
Como substrato para a semeadura será utilizado papel germitest
umedecido colocando-se três folhas do papel com oito centímetros de diâmetro
cada folha, com as respectivas concentrações do herbicida, na proporção de 2,5:1
(relação entre volume de solução:peso seco do papel), conforme Regras para
Análise de Sementes (Brasil, 1992), procedendo-se a mesma em caixas plásticas
com capacidade para 150ml cobertas com tampas plásticas, e mantidas em sala
climatizada a temperatura de 22+ 2ºC, sob regime de luz constante por 24 horas,
utilizando-se cinco repetições estatísticas, semeando-se 10 sementes por
repetição.
Serão utilizadas as espécies, arroz (Oryza sativa), feijão (Phaseolus
vulgaris), milho (Zea mays), e sorgo (Sorghum bicolor) e espécies consideradas
como potenciais bioindicadores de resíduos de herbicida tomate (Lycopersicum
esculentum) e pepino (Cucumis melo).
Como variáveis respostas, serão avaliados o índice de velocidade de
germinação (IVG), procedendo-se avaliações visuais diariamente a partir da
semeadura, até a estabilização do processo de protrusão da radícula; a
percentagem final de germinação, pela contagem do número total de plântulas; e,
massa da matéria seca da parte aérea e radical, aos 7 DIE, pela coleta e secagem
das plantas em estufa com circulação de ar forçada, aquecido à 60ºC, até o
material atingir peso constante.
Os dados obtidos serão analisados pela análise de variância e em se
constatando significância estatística os tratamentos serão comparados pelo teste
de Tukey e pela análise de regressão a 5% de probabilidade.

18
DIVULGAÇÃO DA PESQUISA

Os resultados obtidos nos vários estudos que compõem o projeto serão


apresentados em diversos níveis e meios de divulgação, de acordo com o público-
alvo a que se destina:
- Visita em dia de campo: demonstração prática para produtores, técnicos
de empresas públicas e privadas e agentes de extensão rural;
- Eventos científicos: apresentação de resultados para extensionistas,
técnicos e pesquisadores de instituições públicas e privadas;
- Publicações científicas: artigos científicos destinados a pesquisadores
vinculados a órgãos públicos e privados, agentes do serviço de extensão rural, e
acadêmicos de nível superior (alunos de graduação) e graduados em treinamento
(alunos de pós-graduação).

19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRES, A.; FREITAS, G.D.; SCHUCH, L. O.B; MELO, P.T.B.S.; CONCENÇO,


G.; RESENDE, R. G. Eficiência de herbicidas no controle de plantas daninhas em
arroz irrigado em função de época de irrigação. In: CONGRESSO BRASILEIRO
DE ARROZ IRRIGADO, 3., REUNIÃO DA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO, 25.,
2003, Balneário Camboriú. Anais... Itajaí: EPAGRI, 2003. p.528-530.

AUCH, D.E.; ARNOLD, W.E. Dicamba use and injury on soybeans (Glycine max)
in South Dakota. Weed Science, Champaing, v.26, p.471-475, 1978.

BARBASH, J.E., THELIN, G.P., KOLPIN, D.W.; GILLIO, R.J. Major herbicides in
ground water: Results from the national water-quality assessment. J. Environ.
Qual., v.30, n.3, p.831-845, 2001.

BRASIL. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Coordenação de Laboratório


Vegetal. Regras para análise de sementes. Brasília : MARA, 1992. 365p.

CARDOSO L.R.; MARTINS D.; TERRA, M.A. Metodologia para avaliação de


impacto ambiental de macrófitas em mesocosmos. Planta Daninha, Viçosa, v.21,
n.spe, p.37-42, 2003.

CONAB. Arroz – Brasil. Série Histórica de: área, produtividade e produção.


Disponível na Internet. http://www.conab.gov.br. Acesso em 19 jul. 2006.

CONCENÇO, G.; NOLDIN, J.A.; EBERHARDT, D.S.; RAMPELOTTI, F.T.;


ZUNINO, J.; PINTO, J.J.O. Plantas indicadoras de resíduo dos herbicidas Only e
BAS 714 aplicados em áreas de arroz irrigado cultivado no sistema de pré-
germinado. CONGRESSO BRASILEIRO DE CIENCIA DAS PLANTAS
DANINHAS, v. 10, São Paulo, Suplemento (maio 2004)- p. 94

20
DAMATO, M.O. O emprego de indicadores biológicos na determinação de
poluentes orgânicos perigosos. In: MAIA, N.B.; MARTOS, H.L.; BARRELLA, W.
Indicadores Ambientais: conceitos e aplicações. São Paulo: EDUC, 2001.
p.229-236.

DESCHAMPS, F.C., NOLDIN, J.A., EBERHARDT, D.S., HERMES, L.C.,


KNOBLAUCH, R. Resíduos de agroquímicos em água de arroz irrigado, em Santa
Catarina. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO, 3 e REUNIÃO
DA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO, 25., 2003, Balneário Camboriú, SC.
Anais... Itajaí: Epagri, 2003, p.683-685

FEPAM. Qualidade Ambiental. Disponível na Internet. http:/www.fepam.rs.gov.br/


qualidade/Gravataí.asp. Acesso em 10 dez. 2003.

FOLONI, L.L.; PITELLI, R.A. Avaliação da sensibilidade de diversas espécies de


plantas daninhas aquáticas ao carfentrazone-ethyl, em ambiente controlado.
Planta Daninha, Viçosa, v.23, n.2, p. 329 – 334, 2005.

FONSECA, C.P.; GALVÃO, L.M.; PEREIRA, D.F.; PHILOMENO , M.G. AS


Macrófitas Aquáticas do Lago Paranoá. Disponível na Internet.
www.semarh.df.gov.br . Acesso em 02 de out. 2006.

FURTADO, R.D.; LUCA, S.J. Dinâmica ambiental de nutrientes na água durante o


período de irrigação, em três técnicas de cultivo do arroz (Oryza sativa L.). In
CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO, 2/ REUNIÃO DA CULTURA
DO ARROZ IRRIGADO, 24.Anais... Irga:Porto Alegre, RS, 2001, p.772-774.

KISSMANN, K.G. Plantas infestantes e nocivas. 2.ed. São Paulo: BASF, 1997. t.
1. 824 p.

21
MACDONALD, E.G.; LANGELAND, A.K. Aquatic weed management alternatives
for tropical areas. In: CONGRESSO DE LA ASOCICION LATINOAMERICANA DE
MALEZAS, 15., 2001, Maracaibo. Anais... Maracaibo: 2001. p. 44-47.

MACHADO, S.L.O.; ZANELLA, R.; MARCHEZAN, E. Persistência de herbicidas na


água de irrigação no arroz irrigado. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ
IRRIGADO, 3 e REUNIÃO DA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO, 25., 2003,
Balneário Camboriú, SC. Anais... Itajaí: Epagri, 2003, p.692-694.

MARCONDES, D.A.S.; VELINI, E.D.; MARTINS, D.; TANAKA, R.H.; CARVALHO,


F.T.; CAVENAGHI, A.L.; BRONHARA, A.A. Eficiência de fluridone no controle de
plantas aquáticas submersas no reservatório de Jupiá. Planta Daninha, Viçosa,
v.21, n.spe, p.69-77, 2003.

MATTOS, M.L.T.; MARTINS, J.F.S.; MELO, M.; DIAS, R.A.; BAPTISTA, G.C.
Dissipação do carbofuran na água e no sedimento em ecossistema de arroz
irrigado. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO, 2., 2001, Porto
Alegre. Anais...Porto Alegre: Instituto Riograndense do Arroz, 2001. 894p.

MATTOS, M.L.T.; PERALBA, M.C.R.; DIAS, S.L.P.; PRATA, F,; CAMARGO, L.


Monitoramento ambiental do glifosato e do seu metabólito (ácido
aminometilfosfônico) na água de lavouras de arroz irrigado. Pesticidas: Revista
de Ecotoxicologia e Meio Ambiente, v.12, 2002, 145 -154p.

MATTOS, M.L.T.; PERALBA, M.C.R.; DIAS, S.L.P.; PRATA, F.; et al.


Monitoramento ambiental do glifosato e do seu metabólito (ácido
aminometilfosfônico) na água de lavouras de arroz irrigado. In: CONGRESSO
BRASILEIRO DE ARROZ IRRIGADO, 2., 2001, Porto Alegre. Anais...Porto
Alegre: Instituto Riograndense do Arroz, 2001.802p.

22
NEGRISOLI, E.; TOFOLI, G.R.; VELINI, E.D.; MARTINS, D. CAVENAGHI, A.L.
Uso de diferente herbicidas no controle de Myriophyllum aquaticum. Planta
Daninha, Viçosa, v.21, n.1, p.89-92, 2003.

NOLDIN, J.A.; EBERHARDT, D.S.; SCHIOCCHET, M.A. Manejo de plantas


daninhas em arroz irrigado. In: EPAGRI. A cultura do arroz irrigado pré-
germinado. Florianópolis, 2002. p.133-173.

NOLDIN, J.A.; RAMPELOTTI, F.T.; EBERHARDT, D.S.; STUKER, H.;


DESCHAMPS, F.C. Plantas indicadoras do resíduo pirazosulfuron-etil em água.
CONGRESSO BRASILEIRO DE CIENCIA DAS PLANTAS DANINHAS, v. 10,
São Paulo,Suplemento (maio 2004)- p. 95.

SOCIEDADE SUL-BRASILEIRA DE ARROZ IRRIGADO (SOSBAI). Arroz


irrigado: recomendações técnicas da pesquisa para o Sul do Brasil. Santa Maria,
RS:SOSBAI, 2005. 159p.

TANAKA, R. H. Prejuízos provocados pelas plantas aquáticas. In: WORKSHOP


CONTROLE DE PLANTAS AQUÁTICAS, 1998, Brasília-DF. Resumos...
Brasília: IBAMA, 1998. p. 36-38.

THOMAZ, D.O. O que são Macrófitas Aquáticas? Disponível na internet.


ww.ufscar.br/~probio/macrofitas_page.html. Acesso em 21 de out.
2006.

23
ORÇAMENTO DETALHADO DO PROJETO
I. DESPESAS DE CAPITAL
Discriminação Unidade Quantidade Preço unitário Preço total
(R$) (R$)
Câmara climatizada (BOD) unidade 01 5.300,00 5.300,00
Destilador de água com unidade 01 1.047,00 1.047,00
capacidade para 5,0 litros
pHmetro digital de bancada unidade 01 977,00 977,00
Estufa com circulação de ar unidade 01 4.749,00 4.749,00
(termostato de segurança)
Balança analítica digital unidade 01 3.798,00 3.798,00
Sub-Total 15.871,00

II. DESPESAS DE CUSTEIO


Material de Consumo
Discriminação Unidade Quantidade Preço unitário Preço total
(R$) (R$)
Combustível (gasolina) litro 650 2,90 1.885,00
Caixa plástica unidade 12 12,90 154,80
Bandeja de isopor unidade 12 5,00 60,00
Plástico preto metros 24 2,50 60,00
Sementes envelope 35 1,40 49,00
Fita adesiva unidade 05 2,40 12,00
Papel germitest caixa 02 99,00 198,00
Potes plástico unidade 1000 0,15 150,00
Etiquetas unidade 03 5,30 15,90
Sacos plásticos bubina 1 9,40 9,40
Sacos de papel unidade 500 0,02 7,95
Sacos de papel unidade 50 0,19 9,38
Vidro 1 lt 63 3,00 189,00
Gelo kg 30 2,00 60,00
Caixas de isopor unidade 7 12,00 84,00
Sub-Total 2.944,43

Serviços de terceiros
Discriminação Unidade Quantidade Preço unitário Preço total
(R$) (R$)
Diárias nacionais no Estado unidade 10 160,00 1.600,00
com pernoite

24
Bolsista da graduação 1 pessoa 24 meses 300,00 7.200,00
Bolsista de apoio técnico 1 pessoa 24 meses 483,01 11.592,24
(NS)
Análises de resíduos em unidade 126 200,00 25.200,00
água e plantas
Adaptação de salas em unidade 01 2.000,00 2.000,00
laboratório
Manutenção de unidade 03 1.500,00 1.500,00
equipamentos
Manutenção de veículo unidade 01 3.000,00 3.000,00
Total 52.092,24

TOTAL DO ORÇAMENTO

Despesas de capital 15.871,00


Despesas de custeio 55.036,67
TOTAL GERAL 70.907,67

25
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
1º ano – 2007 2º ano -2008
Atividades J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D
Reunião com o grupo de X X
trabalho e discussão sobre o
projeto
Planejamento e compra dos X X X X X X X
equipamentos e materiais
Coletas das plantas e águas X X X
para análise
Identificação e quantificação X X X X X X X X X X X X
das espécies vegetais
Análise de resíduos na água X X X X X X X X X X X X
(cromatografia)
Análise de resíduos nas X X X X X X X X X X X X
espécies vegetais
(cromatografia)
Determinação da X X X X X X
suscetibilidade das espécies
vegetais a herbicidas
Avaliação das espécies X X X
vegetais cultivadas como
indicadores
Tabulação dos dados X X X X X
Análise estatística X X X X X X X
Confecção de relatório técnico X X
Publicação em revistas X X X
científicas
Divulgação dos resultados
- Seminário de Agrotóxicos X
- Congresso Brasileiro da X
Cultura do Arroz Irrigado
- Congresso Brasileiro da
Ciência das Plantas X
Daninhas

26

Você também pode gostar