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Conceitos básicos
Psicopatologia no coopto geral: pode ser definida como estudo descritivo dos fenómenos
psíquicos de cunho anormal, exactamente como se apresentam à experiência imediata, de forma
independente dos problemas clínicos. Estudando os gestos, o comportamento e as expressões dos
enfermos além de relatos e auto descrições feitas pelos mesmos.
De acordo com PAIM (1992), o estudo desses elementos contribui para o conhecimento de
fenómenos que conhecemos por nossa própria experiência, fenómenos os quais temos apenas
noções e fenómenos que se caracterizam por não impossibilidade de descrição podendo ser
alcançados apenas por analogias.
A Psicopatologia está ligada a diversas disciplina: as psicologias, as psiquiatrias e o corpo
teórico psicanalítico. Dentro da Psicologia liga-se com Psicologia Clínica (dedicada ao
diagnóstico e estudo da personalidade), Psicologia Geral (noções de subjectividade,
intencionalidade, representação, actos voluntários, entre outras), e ainda Psicologia ligada às
neurociências, tradições hindus e outros.
A psicopatologia forense: A psicopatologia forense abrange dois ramos da medicina legal: a
psicologia forense e Psiquiatria forense.
Psicologia Forense: “estuda a personalidade normal e os factores que nela influem, quer sejam de
natureza biológica, quer sejam de natureza mesológica (do meio, ecológica) ou social”
O psicopatologista forense pode ser chamado para esclarecer questões relacionadas com a
capacidade civil (art.123° CC) e a imputabilidade penal (alínea b) único, do artigo 46 CP).
É a única perícia que não pode ser determinada pela Polícia de Protecção ou Serviço Nacional de
Investigação Criminal, mas apenas pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes.
Personalidade
Personalidade: soma dos elementos hereditários e sociais (experiências pessoais) que concorrem
na formação mental de uma pessoa, dando-lhe uma fisionomia própria (identidade subjectiva).
Normalidade e Anormalidade
Na verdade não se pode dizer o que seria uma “personalidade normal”, uma vez que não existe
um limite absoluto entre o que é normal e o que é anormal.
O que se procura estabelecer, entretanto, e se o indivíduo carrega ou não sinais patológicos que
são característicos das principais moléstias mentais 1 conhecidas, ou seja, o conceito de
normalidade vem por exclusão
É normal todo indivíduo que não tem sinais próprios de nenhuma enfermidade mental catalogada
e que, por isso, consegue viver em sociedade de forma harmónica.
No dia-a-dia, deve-se preocupar com os traumas que as crianças têm na escola, há muito trauma
que passa despercebido e os pais não tomam medida nenhuma. Isso é muito comum e a mãe, as
vezes, por ignorância, leva a criança no hospital ou centro de saúde em virtude de um sintoma
sem perceber o que acontece (acha que a criança esta dormindo quando na verdade esta em
coma).
1
Transtornos mentais são alterações do funcionamento da mente que prejudicam o desempenho da pessoa na vida
familiar, social, pessoal, no trabalho, nos estudos, na compreensão de si e dos outros, na possibilidade de autocrítica,
na tolerância aos problemas e na possibilidade de ter prazer na vida em geral.
Neuroses
A neurose representa um conflito interno, de personalidade, entre os princípios éticos, morais e
religiosos e os impulsos instintivos e a exigências do mundo exterior, gerando alto grau de
ansiedade. O neurótico, ao contrário do psicótico, não tem alterado o senso de realidade.
Diante de factos que geram angustia, o neurótico desenvolve mecanismos de defesa, conscientes
ou inconscientes, buscando um equilíbrio. Juridicamente, a neurose pode ser considerada como
um factor modificador da imputabilidade penal ou capacidade cível.
Raramente o neurótico é um criminoso, raramente a neurose é tão intensa que gera um crime.
Entre os principais comportamentos neuróticos temos:
As fobias (medo): coitofobia, claustrofobia, hidrofobia;
Somatização: paralisia ou cegueira histérica ou nervosa;
Comportamento obsessivo compulsivo;
Hipocondria: medo de ficar doente;
O individuo neurótico na maioria das vezes não sabe por que tem aquela
fobia/medo/ansiedade.
Por vezes pode ser decorrente de algum problema mal resolvido na infância. Pode ser um quadro
individual ou colectivo, podem ser transitórias.
Psicopatia
Psicopatia é uma perturbação grave das tendências comportamentais do individuo, normalmente
envolvendo varias áreas da personalidade e normalmente associada a uma considerável ruptura
pessoa e social.
Os transtornos podem aparecer no final da infância e na adolescência, desenvolvendo-se ao
longo da idade adulta. O psicopata tem comportamento agressivo ou é extremamente isolado.
Características da psicopatia:
Não aprende com a experiência e com o sofrimento;
Não possui senso de responsabilidade;
É incapaz de estabelecer relações significativas.
Questões de reflecção
1. De três conceitos de psicopatologia forense?
2. Aborde em torno dos pontos de distinção entre a psicopatologia forense e psiquiatria forense
3. Num espaço de dois parágrafos fale da relação existente entre a psicopatologia forense e a
medicina legal, de seguida fale sobre sua importância no auxilio a justiça.