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Atividades Avaliativas:
1º Avaliação – 35 pts – (06/05);
Trabalho – 30 pts – (27 e 28/05);
Avaliação Final – 35 pts – (18/06).
1. O QUE É ÉTICA?
Ética não é igual ao direito, mas apesar disso, existem normas éticas que podem ser
impostas legalmente. Mas, então, o que seria a ética? O que direciona a ética.
Se pegarmos vários autores, a ética está ligada a noção de uma atitude boa. Mas não o
certo só para mim, mas para toda sociedade. Daí a diferença para o Kant entre ética e moral.
Ético é certo para sociedade, o que ela entende como correto. Já a moral é mais subjetivo, o
que a pessoa considera como certo.
A ética é aquilo que deve ser seguido por ser o bom, por ser o correto. Mas quem pode
me julgar por atitude antiética? Em primeiro momento é meio difícil de punir, a não ser que
seja por órgãos que regulam a profissão.
Moral – tem uma perspectiva mais individual. Possui, assim como no direito, normas para o
agir, mas a diferença é que a norma moral é individual. São normas que a própria pessoa
determina para seguir. Ela não é institucionalizada, não existe o poder e coercitivo do Estado
para caso você discorde ou descumpra ela.
Imperativo categórico – agir de uma forma, pois aquela é a finalidade. A conduta é boa em
si mesma. Todos devem seguir, pois simplesmente é bom. – Moral.
Imperativo hipotético - uma conduta que não é boa por si só, mas é necessária para se chegar
num objetivo bom por si mesmo. Característico do Direito. Ex: pagamento de impostos
O que diferencia o direito da moral é o seu caráter coercitivo, que obrigam a serem
seguidas. A moral é individual, mas isso não quer dizer que ela não tenha um caráter de
universalidade. A conduta moral é boa por si mesmo, e para ser isso ela deve ser
compartilhada por todos.
Mas o que seria a ética? Vem do grego ethos, uma prática reiterada. Não é uma
conduta individual, mas também não é uma conduta institucionalizada. A ética prevê uma
conduta, mas que não é boa só para mim, mas que dentro da sociedade ela é considera como
boa. Uma conduta que é esperada por um profissional, ou para um grupo de indivíduo. Não é
bom só para a pessoa, mas a sociedade entende como boa.
2. TEORIAS ÉTICAS
a) Teoria historicista: uma conduta ética vai depender de condições sociais, histórica,
econômica. Vai depender de uma análise do que é bom para uma sociedade. Continua
sendo o bom para a sociedade, e não para indivíduo. Uma conduta boa para a
sociedade daquela época.
b) Teoria Universalista: as normas éticas seriam universais, a conduta exigível para
uma pessoa seria ética em todo local, independente da cultura, local. Uma conduta
para ser considerada ética, ele deve ser considera boa universalmente em qualquer
época e local.
Temos também outras teorias, conhecidas como teorias empíricas. Todas elas vão
dizer que não se deve analisar a conduta em abstrato, deve ser analisar na prática, a partir da
experiência/ da vivência social se aquela conduta é aceita ou não.
a) Anarquista: haverá uma análise entre todo o grupo para se chegar num consenso de
se a conduta é boa ou não. Não deve haver um código elaborado por um conselho
federal que vai predeterminar essas condutas.
b) Utilitarista: Deve-se analisar o resultado, se este foi positivo em termos gerais, a
conduta é ética. Deve-se analisar os custos e os ganhos de uma conduta. Os custos e
ganhos não precisa ser necessariamente moral, pode ser econômico, por exemplo.
Deve-se analisar o caso em concreto.
c) Subjetivista: Deverá os afetados pela conduta ética. Se eles entenderem que não
foram afetados pela conduta, ela é ética. Não será a sociedade que dirá se a conduta foi
ética não, mas os seus afetados diretamente.
d) Ceticista: Não existe uma teoria ética boa pré-estabelecido. Não existe algo bom á
princípio, deve ser analisado diante a sociedade. Diferente da subjetivista, não é bom
para o indivíduo, mas para a sociedade.
Também temos as teorias dos bens – uma conduta seria ética dependendo da sua
essência. Todas tendem a ser universais.
a) Edonismo: Ética é uma conduta que te proporciona algo bom, algo positivo para
pessoa, não há sofrimento.
b) Platônica: Toda vez que você sabe que é boa uma conduta, você deve toma-la. uma
conduta é boa ou não, em qualquer lugar, em qualquer sociedade. Uma vez que a
pessoa sabe o que é uma conduta ética, ela naturalmente irá agir *+eticamente
c) Aristotélica: Você aprende agir de maneira ética ao praticar a conduta correta. Uma
prática reiterada pela sociedade, pois é entendida como boa. As condutas boas, além
de serem conhecidas, precisam ser praticadas.
3. LIBERDADE
No início da idade média a ideia de liberdade começou a ser entendida como livre
arbítrio. O foco não é mais na sociedade, mas no indivíduo. Nesse período a consciência
individual começa a ganhar importância. Mas o que é livre arbítrio? Capacidade ou poder de
fazer escolhas. Essa ideia acaba ampliando demais o campo de atuação da liberdade, já que
todo mundo passa a ser livre porque todo mundo tem capacidade de fazer escolhas (inclusive
o escravo pode escolher cumprir as ordens ou ser chicoteado).
Mais tarde, no final da idade média, o conceito de liberdade passa por uma nova
mudança, de liberdade como livre arbítrio para a liberdade como consciência. Uma vez que
se vive em sociedade, o conceito de liberdade também vai estar relacionado a ela, não
devendo ter o foco apenas no indivíduo. É preciso agregar a perspectiva de consciência no
conceito de liberdade. Uma pessoa é livre na medida que ela consegue escolher de forma
consciente o que é bom ou não, o que é correto ou não. Da mesma forma, esse conceito de
liberdade continua subjetivo, sendo acrescentado apenas a característica da consciência.
4. IGUALDADE
Dessa observação surge o conceito de igualdade material. Por isso que a legislação
reconhece que em algumas situações o trabalhador não pode negociar seus direitos, ele por
exemplo, não pode negociar para receber menos que um salário mínimo. Porém, em um dado
momento esse sistema de igualdade material também vai ser considerado falho, uma vez que
não adianta garantir as mesmas coisas para as pessoas se cada pessoa tem sua individualidade
e pode precisar de coisas diferentes, deve-se dar para as pessoas as possibilidades de serem
diferentes (não adianta dar carne para toda a população, se algumas pessoas decidem ser
vegetarianas).
1) partes iguais – dividir em parte iguais para todos. O critério básico para estabelecer a
igualdade é a divisão em partes iguais (exemplo: não posso fazer duas provas da OAB, uma
mais difícil pra quem estudou na federal e uma mais fácil para quem fez particular).
2) para os iguais – tratar os iguais como iguais. Não posso dar o mesmo ônus ou benefício
para pessoas diferentes. Não posso submeter ao código de ética da OAB alguém que não
passou no exame da OAB.
4) mérito: a pessoa recebe mais porque se qualificou mais, ou porque trabalha por mais
tempo (mais experiente). O problema aparece quando a discriminação positiva e abarca um
critério que não tem justificativa/relação com aquela situação - deve ser coerente.
5. SEGURANÇA
Vários autores vão colocar que a segurança é tida como necessidade nossa. Não
apenas numa situação de não agressão física (integridade física), mas em especial de
segurança no sentido de previsibilidade. Mais que isso é preciso saber o que vai acontecer
com a gente se realizarmos determinada conduta, em especial aquelas reguladas por lei. As
nossas normas são construídas com base na previsibilidade e na confiança nos outros.
E para dar uma maior previsibilidade aos possíveis resultados de uma conduta e gerar
maior grau de confiança nas outras pessoas, elaboramos normas, em especial as jurídicas.
Com elas é possível prever o resultado, e ao mesmo tempo dar ciência para todos sobre esses
resultados, gerando uma confiança. Entretanto, existe um problema, a previsibilidade e
confiança criada pelas normas não se aplica à 100% das pessoas.
Por outro lado, como as normas criadas por nós são normalmente gerais, elas não
conseguem gerar uma efetiva previsibilidade. As consequências previstas para determinadas
condutas ficam dependente das circunstâncias, das provas, etc. Dessa forma, é preciso ter uma
ação do juiz, ou de um órgão julgador para realizar a previsibilidade de norma. Por exemplo,
até pouco tempo atrás o adultério era crime, mas ninguém mais era preso por tal crime, uma
vez que, os juízes não aplicavam mais a norma.
Para maior previsibilidade ainda da decisão do juiz é preciso formar a coisa julgada,
que obriga o cumprimento da sentença. Entretanto, existe uma tendência hoje de
flexibilização da coisa julgada, como é o caso de norma penal posterior que beneficia o réu.
No Direito de Família, algumas decisões também estão sendo flexibilizadas, no pedido de
alimentos, o valor da pensão pode ser alterado quando a situação de fato/condição dos pais se
alterou. Por fim, no Direito Processual com a ação rescisória e querela nulitatis.
Os juízes flexibilizam as suas decisões com o argumento de que será mais justo ou
mais adequado socialmente. Mas este tipo de argumento pode gerar problemas muito graves,
porque pode gerar uma incerteza muito grande. É preferível uma sentença injusta, mas que
seja o mínimo previsível.
Por mais que haja a flexibilização de algumas decisões, é preciso que seja resguarda a
mínima segurança e previsibilidade.
6. RESPOSABILIDADE
Temos alguns autores que vão falar sobre responsabilidade nos termos modernos.
Segundo Bauman, historicamente temos uma construção de punir a pessoa pelas ações que se
comete. Começando avaliar a ação e a vontade para atribuição e uma punição. Assim, quem
vai ser punido vai ser apenas a pessoa e não o objeto, uma vez que, este não possui vontade.
Entretanto, vamos começar a deparar com alguns casos em que apenas avaliar a ação e
a vontade não serão suficientes para determinar a necessidade ou não de uma punição.
Atribuindo culpa para condutas que não estão ligadas diretamente com ato. Por exemplo, se
eu mando matar uma pessoa matar uma pessoa, não é possível analisar apenas as ações e as
vontades ligadas ao ato, devendo analisar também quem influenciou para que aquela conduta
ocorresse. Ou seja, deve ser analisada a conduta de quem matou e de quem mandou matar.
Por outro lado, nem sempre a vontade vai estar atrelada ao ato, mas o conjunto dos
atos atribuem responsabilidade. É o caso de acidente ambientais e que fere direitos difusos.
Muitas vezes não existem vontade de realizar o ato, mas o conjunto de atos em si é passível de
responsabilidade. E nesses casos, se tratando de empresa, quem é o responsável? A quem
posso atribuir a punição? Como serão analisadas a culpa e o dolo?
Em alguns casos não possível delimitar corretamente o dolo e a culpa de cada um, e
segundo Bauman é preciso restringir um pouco essa análise da vontade para que seja possível
uma reparação do dano. É o caso, por exemplo, da punição das Pessoas Jurídicas. A mesma
coisa acontece com o Direito do Consumidor, onde todos os participantes da cadeia de
produção são responsáveis solidariamente por vício ou defeito (fato) produto. Assim, se
começa a pulverizar a responsabilidade sobre um ato que causou danos. Com isso, segundo
Bauman, se a pulverização da responsabilidade é importante para realizar a reparação de um
dano, por outro, faz com que as pessoas não se sintam responsáveis pelos danos, sendo este
um ponto negativo. As pessoas começam a perder a noção de responsabilidade atribuída aos
seus atos. Não se consegue identificar quem praticou o ato e por consequência de quem é
responsabilidade, atribuindo essa para terceiros.
7. ENSINO
Na ética do ensino temos três partes afetadas: alunos, docentes e instituição de ensino.
Não existe no Brasil um código de ético do professor, aluno, ou das instituições, temos apenas
a legislação que determina como deve funcionar esses estabelecimentos. Nada impede,
entretanto, que cada ente da federação crie um código e ética pra disciplinar tais
comportamentos. Por exemplo, no estado de Minas Gerais possui o Código de Ética dos
Servidores Públicos que aplicam aos professores e trabalhadores das instituições de ensino.
Além do mais, cada instituição poderia também criar um código de ética.
Apesar disso, temos regras básicas que devem ser seguidas por esses três afetados
mesmo que não estejam escritas em código de ética. Regras, que se não forem seguidas
podem acarretar em algum tipo de sanção. Nas escolas, por exemplo, é muito comum após
prática de algumas condutas não consideradas corretas, a aplicação de sanção como
advertência, suspensão e expulsão.
Outro saber apontado pela UNESCO é a identidade terrena, focando nos problemas
ambientais e como ele nos afetam. O quinto conhecimento é o enfrentamento das
incertezas, segundo a UNESCO não se pode mais admitir uma verdade absoluta, positivista,
então, dentro do processo de aprendizagem ligar com as incertezas, uma coisa vai ser verdade
dependendo da perspectiva analisada. Outra competência é compreender, ou seja, lidar com a
compreensão. Entendida mais no sentido de colaboração, de evitar competição desnecessária,
ou seja, no sentido de aprender junto.
Por fim, o ultimo saber é a antropo-ética, ou seja, uma ética do ser humano. Deve se
trabalhar dentro do conhecimento um comportamento ético que vise uma universalização. Um
comportamento bom que possa ser replicado pela sociedade, seja de forma mediata ou
imediata.
8. PESQUISA
A pesquisa segue algumas regras (normas éticas) que devem ser seguidas na pesquisa.
No Brasil o órgão responsável que estabelece normas, incluindo normas éticas para a
pesquisa, é o Conselho Nacional de Saúde (CSN), que está ligado ao Ministério da Saúde. É
composto por algumas secretarias que também estabelece regras para as Ciências Humanas.
Hoje a principal resolução nas pesquisas de ciências humanas é a Resolução nº 510/16.
O conselho criou o sistema CEP/CONEP que serve para avaliar as pesquisas que estão
sendo feitas, permitindo ou não sua elaboração. Por exemplo, cada Universidade deve ter um
CEP para avaliar as pesquisas em termos éticos. O comitê deve ser interdisciplinar para
avaliar os projetos.
Plataforma Brasil que é mantido pelo Ministério da Saúde que visa manter dados sobre
a pesquisa no Brasil e onde ficam registrados os projetos de pesquisa. É onde estarão
registrados os dados dos comitês, grupos de pesquisa. É esse portal que também indica o
comitê de ética caso a instituição não possua.
O que precisa passar no Comitê de Ética na Pesquisa (CEP)? Regra geral pesquisas
envolvendo como objeto material biológico (incluindo a manipulação ou teste), envolvendo
animais e pesquisas envolvendo seres humanos.
Exceções:
Os riscos podem ser mínimos, baixos, moderados ou elevados. Tais riscos influenciam
no procedimento dentro do CEP/CONEP, influenciado também nos diferentes níveis de
precauções e proteção em relação ao participante, uma vez que, em caso de danos gera a
responsabilidade civil (danos morais e materiais).
8.2. Pesquisas piloto
V – decidir se sua identidade será divulgada e quais são, dentre as informações que
forneceu, as que podem ser tratadas de forma pública;
9. MAGISTRATURA
1) Se o juiz for ouvido como testemunha, em qualquer instância, deve-se emitir um ofício
pedido para ele determinar dia e horário para dar depoimento. A justificativa é para
não alterar em tese a pauta de audiências que ele tem;
2) Não ser preso salvo por ordem estrita do tribunal ou em flagrante delito de crime
inafiançável;
1
Art. 25 - Salvo as restrições expressas na Constituição, os magistrados gozam das garantias de vitaliciedade,
inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos.
Art. 26 - O magistrado vitalício somente perderá o cargo (vetado):
I - em ação penal por crime comum ou de responsabilidade;
II - em procedimento administrativo para a perda do cargo nas hipóteses seguintes:
a) exercício, ainda que em disponibilidade, de qualquer outra função, salvo um cargo de magistério superior,
público ou particular;
b) recebimento, a qualquer título e sob qualquer pretexto, de percentagens ou custas nos processos sujeitos a seu
despacho e julgamento;
c) exercício de atividade politico-partidária.
2
Art. 30 - O Juiz não poderá ser removido ou promovido senão com seu assentimento, manifestado na forma da
lei, ressalvado o disposto no art. 45, item I.
Art. 31 - Em caso de mudança da sede do Juízo será facultado ao Juiz remover-se para ela ou para Comarca de
igual entrância, ou obter a disponibilidade com vencimentos integrais.
3
Art. 32 - Os vencimentos dos magistrados são irredutíveis, sujeitos, entretanto, aos impostos gerais, inclusive o
de renda, e aos impostos extraordinários.
Parágrafo único - A irredutibilidade dos vencimentos dos magistrados não impede os descontos fixados em lei,
em base igual à estabelecida para os servidores públicos, para fins previdenciários.
3) Tem direito a prisão especial antes do trânsito em julgado. Após o trânsito em julgado,
prisão comum;
4) Juiz não está sujeito a notificação por intimação, salvo por autoridade judicial do
tribunal;
5) Porte de arma para defesa pessoal.
Juiz Leigo – Juizado especial. Deve ser formado em direito, não precisa de
experiência. É escolhido por processo seletivo simplificado, e pode exercer por 2 anos o
cargo. Ele não possui garantias das prerrogativas legais.
Esse Código de Ética logo no primeiro artigo estabelece os princípios que devem reger
as condutas do juiz. O primeiro seria o princípio da independência, que determina que o juiz
deve agir de forma independente, sem nenhuma interferência de outro juiz ou de outro
profissional e auxiliar da justiça, o juiz também não está subordinado ao tribunal. Da mesma
forma é um dever de não interferir na atividade de outro juiz.
O juiz deve ainda ter diligência e dedicação na condução do processo. O juiz deveria
ler o processo, escutar bem as partes e trabalhar para o bom andamento do processo.
Cortesia é outro princípio que deve ser seguido pelo juiz, ou seja, ele deve tratar
partes, testemunhas, advogados com educação e respeito.
Outro princípio é o da prudência, segundo o qual o juiz deve agir sempre de maneira
em buscar a verdade e julgar de maneira adequada, buscando uma solução para o caso e
evitando o menor prejuízo possível para as partes.
Segundo o princípio do sigilo o juiz não pode dar informações sobre um processo em
âmbito privado e público. Isso incluí a proibição do juiz dar entrevistas sobre o um caso que
está em julgamento. Salvo se for para análise de fins acadêmico, observando o sigilo legal.
Por fim, segundo o código de ética o juiz deve ter dignidade, honra e decoro no
exercício da sua função. Inclui aqui a restrição da LOMAN que proíbe que o juiz tenha
atividade comercial, com cargo de direção.
Tem função de criar políticas públicas a serem implementadas pelo judiciário. O CNJ
pode fiscalizar os juízes e tribunais, podendo exigir que sejam tomadas algumas medidas, sob
pena de punição administrativa.4
O CNJ determina que os processo físicos devem ser passados para processos
eletrônicos, e aberto. Esses sistemas devem se comunicar, devendo os tribunais permitirem
local para que as partes possam visualizar seu processo.
O CNJ também determina que o juiz deve mandar um relatório mensal sobre suas
atividades naquele período.
Figura criada pela lei 9.099/05, que atua no juizado especial, auxiliando o juiz,
fazendo despacho, projeto de sentença (não é ele que assina), etc. Ele é juiz selecionado em
um processo seletivo simplificado de provas e títulos, deve ser formado em direito, de
preferência com mais de 5 anos de formação. A duração do cargo é de 2 anos, podendo ser
prorrogado por igual período. Sua remuneração é medida de acordo com a sua produtividade,
que é medida por um relatório realizado pelo juiz titular.
Para efeitos jurídicos tem-se os mesmos direitos e suspensões de um juiz titular. Além
disso, a Lei. 9.099/05 determina que o juiz leigo está proibido de advogar no juizado especial
em que trabalha. 5
É um órgão ligado o Poder Executivo, que tem sua organização regulamentada pela
Lei Orgânica nº 8.625/93. Ele tem uma função judicante, ou seja, de ser autor de algumas
causas. Ou como fiscal de lei, em caso em que existem intervenção do Ministério Público.
Para se tornar promotor de justiça é preciso ser bacharel em Direito e ser aprovado em
concurso público que exige experiência jurídica. O promotor é proibido de exercer a
advocacia em qualquer esfera.
Segundo a Lei Orgânica do Ministério Público cabe a defesa da ordem jurídica, regime
democrático, interesse sociais e individuais indisponíveis. Uma vez que cabe a ele essa
proteção, não pode o Ministério Público deixar de dar seguimento em uma ação. Entretanto,
ele não tem por obrigação pedir sempre a condenação. Além do mais, o MP pode intervir em
5
Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxiliares da Justiça, recrutados, os primeiros, preferentemente,
entre os bacharéis em Direito, e os segundos, entre advogados com mais de cinco anos de experiência.
Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão impedidos de exercer a advocacia perante os Juizados Especiais,
enquanto no desempenho de suas funções.
um processo se entender que nela está em risco o regime democrático. O Ministério Público
pode agir de ofício, não precisa ser provocado ou que exista um inquérito policial para que ele
comece agir.
Quem atua é o promotor, mas não existe uma pessoalidade em relação à ele. Quem age
é o promotor, mas no nome do Ministério Público.
O Ministério Público teria poder de investigação uma vez que ele não precisa ser
provocado para ingressar com uma ação civil ou penal? O STF atualmente entende que sim,
por se tratar de um órgão autônomo, podendo de agir de ofício, independente de comunicação
anterior ao Ministério Público.
O Ministério Público não possui um código de ética próprio, ficando regulado pela
própria Lei Orgânica que estabelece alguns deveres do promotor.
O TAC não é obrigatório de ser assinado, ele é uma espécie de acordo. É optativo a
parte em aceitar, da mesma forma que é opcional ao MP propor o TAC. Nada, entretanto,
proíba a discussão em juízo em caso de prejuízo posterior pela assinatura de um TAC.
Recentemente em 2019, foi feita uma portaria (PORTARIA CNMP-SG N° 98) que
cria a Comissão de Ética para que comece aplicar e efetivar a Código de Ética criado em
2019. Os membros que fazem parte não recebem nenhuma remuneração.
a) Dispor sobre as regras de conduta que devem balizar o comportamento dos servidores
do CNMP no desempenho de suas atividades, nas diversas dimensões de suas
relações, que vão além das responsabilidades legais;
b) Promover a conduta ética como parte da excelência no serviço público;
c) Explicitar e disseminar o comportamento ético como parte da cultura organizacional
do CNMP, expondo seus valores, princípios e regras de conduta;
d) Promover a responsabilidade pessoal, como forma de crescimento institucional;
e) Prevenir situações que possam suscitar conflitos entre o interesse público e o privado,
resguardando, por conseguinte, a imagem institucional e a reputação dos servidores do
CNMP;
f) Ter uma instância gestora da ética institucional, que orientará e repreenderá os
comportamentos não éticos, promovendo, inclusive, mecanismo de consulta destinado
a possibilitar o esclarecimento de dúvidas quanto à correção ética de condutas
específicas;
g) Promover ampla discussão a respeito do padrão ético a ser observado no CNMP
Esse rol é exemplificativo, não sendo permitido qualquer conduta contrária a ética e
normas internas no CNMP.
As denúncias contra membros do Ministério Público podem ser feitas nas ouvidorias
do MP. O cidadão não precisa saber qual é a instância correta para denuncia, ela pode ser feita
em qualquer ouvidoria em sistema nacional, que deverá encaminhar para o órgão competente,
informando a tramitação. Sendo resguardado o direito de anonimato.
Qualquer pessoa que trabalha no judiciário, está sujeito a essas condutas. Seja efetivo,
temporário, terceirizado, estagiário, etc. Existindo impedimento que se aplicam a todas eles,
por exemplo, uma pessoa que trabalha no fórum, não pode estagiar ou trabalhar como
advogado, por motivos de evitar tráfico de influência. Essas regras não se aplicam para o
cartório apesar de eles serem vistoriados pela justiça.
Existem deveres impostos aos funcionários forenses:
a) Conduta ilibada;
b) Agir de acordo com a dignidade e decoro;
c) Ter decoro;
d) Sigilo sobre qualquer informação pessoal da qual se tenha acesso em razão da função;
e) Agir de forma correta ou correção moral – não se pode desrespeitar os regulamentos;
f) Imparcialidade – não pode aceitar qualquer benefício pecuniário ou não para
privilegiar alguém;
g) Assiduidade e pontualidade;
h) Deve agir com diligência ao realizar atividades – deve desempenhar de forma
adequada a sua função;
i) Qualificação – tanto no momento de ingresso, quanto ao longo do período em que o
funcionário esteja ligado ao judiciário. Podendo o tribunal exigir que se faça curso de
qualificação, desde que pague as custas e libere durante o período;
j) Não pode se negar de cumprir tarefas impostas pela sua atribuição.
k) Deve sempre buscar a verdade nos processos e em qualquer área de sua função. Não
pode omitir ou falsear a verdade;
l) Dever de não agir com discricionariedade, cabendo apenas ao juiz na decisão;
14. CARTÓRIO
Função pública exercida por particular, por meio de concurso público, e fiscalizada
pelo Judiciário. O funcionário do cartório é celetista, não estando subordinado a
administração, mas ao tabelião.
São aqueles serviços de caráter público, mas delegados para particulares por força
constitucional. Alguns de caráter obrigatório e outro apenas para dar publicidade. Será o
Tribunal de Justiça de cada estado que vai organizar os cartórios. Em Minas Gerais, cada
comarca deve ter no mínimo um cartório.
São dois tipos de cartório: 1) Registradores: registrar e dar publicidade dos registros da
vida civil (registro de nascimento, imóvel, etc.). Além de dar publicidade, os cartórios
registradores servem também para dar efetividade jurídica para alguns atos. 2) Notariais e
Tabeliões. Se nos atos precisarem declarar o valor econômico dos bens, uma parcela desse
valor será cobrada para realização do serviço.
O CNJ propôs recentemente que os cartórios comessem a prestar contas por meio de
relatório mensais.
15. POLÍCIA
Temos três esfera de polícia, a polícia federal, civil e militar. A militar está atrelada as
forças armadas e em caso de guerra pode ser convocado para servir o país, até mesmos os
afastados. Tendo cada um especificado competência pela constituição.
Temos no Brasil a Justiça Militar que serve para julgar casos não só envolvendo as
forças armadas, mas também envolvendo policiais militares, nesses casos a competência é
estadual. Em Minas Gerais a sede da Tribunal Militar é em Juiz de Fora.
Hoje existe o código de ética da Polícia Militar, onde determina uma certa hierarquia,
no qual se deve respeitar o seu superior, exceto em caso de conduta ilegal, o qual deve ser
reportada. O bombeiro militar faz parte da carreira militar, então deve respeitar a mesma
ordem e disciplina.
6
O que pode e o que não pode ser cobrado, os valores são definidos pelas OAB Estadual.
§ 1º No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função
social.
Se o ato for privativo do advogado, e forem praticados por quem não o for, este será
nulo, não tendo plena validade jurídica. A pessoa que praticou o ato pode ser processo
administrativamente, civilmente e penalmente. O mesmo vale para os advogados suspensos.
Os atos devem ser revistos, sem prejudicar as partes.
O advogado para postular em juízo ou fora dele, precisa ter o mandato do cliente. Não
precisa procuração pública, pode ser particular. Se for caso de urgência, o advogado pode
postular em nome da pessoa sem procuração e pedir prazo para apresenta-la posteriormente
no prazo de 15 dias, prorrogável em igual período. Não precisa provar, mas apenas declarar a
urgência. Se o mandato não for apresentado, o processo poderá ser extinto.
Essa procuração da poderes ao advogado à praticar todos os atos judicias, com
exceção daqueles que exijam poderes especiais (precisa de estar expresso na procuração ou
fazer uma nova). O cliente tem o direito de solicitar prestação de conta.
16.2. Direitos