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11/12/2016 Gays e Lésbicas no Movimento Revolucionário

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Gays e Lésbicas no Movimento
Revolucionário
Partido Comunista das Filipinas

21 de Junho de 2014

Primeira edição: Ang Bayan
Fonte do texto em Português: Nova Cultura
Transcrição: Diego Grossi
HTML: Fernando A. S. Araújo

“O  Partido  reconhece  e  respeita  o  direito


individual dos membros do Partido escolherem
o  seu  gênero.  Os  princípios  básicos  e  regras
sobre  casamento  dentro  do  Partido  são
aplicados no seu caso.”
Sobre relações entre pessoas do mesmo sexo,
retirado  de  Regras  e  Diretrizes  sobre
casamento dentro do Partido, Março de 1998.

No  dia  28  de  junho,  o  45º  aniversário  do  levante  de  Stonewall  em  Nova
Iorque,  EUA,  será  comemorado  em  várias  partes  do  mundo,  reunindo  centenas
de  gays,  lésbicas  e  advogados  da  anti  discriminação.  O  incidente,  mais
comumente  conhecido  como  “Rebelião  de  Stonewall”,  resultou  de  uma  série  de
ataques  pela  polícia  da  cidade  de  Nova  Iorque  no  Stonewall  Inn,  um  bar  então
frequentado  por  gays  e  lésbicas.  A  “Rebelião  de  Stonewall”  impulsionou  o
surgimento  de  grupos  de  defesa  dos  direitos  dos  gays,  lésbicas,  bissexuais  e
transsexuais  contra  a  discriminação  econômica,  política  e  social.  O  evento  é
comemorado anualmente através de “paradas do orgulho gay".

Nas Filipinas, grupos progressistas vêm travando lutas contra a discriminação
contra  gays,  lésbicas,  bissexuais  e  transgêneros.  Essa  luta  não  só  é  totalmente
apoiada  pelo  Partido  Comunista  das  Filipinas  (PCF)  como  também  é  ativamente
travada dentro de suas fileiras.

O referido artigo acima é a prova de que o PCF reconhece os seus direitos e
bem  estar.  Ele  foi  incluído  como  uma  emenda  às  “Regras  e  Diretrizes  sobre  o
Casamento  dentro  do  Partido”  de  acordo  com  a  decisão  da  10ª  Plenária  do
Comitê Central do Partido em 1992.

O Comitê Executivo do Comitê Central explicou que o Partido sempre se opôs
a  qualquer  forma  de  discriminação  social,  opressão  e  exploração,  incluindo  a
discriminação  contra  a  mulher  e  a  discriminação  baseada  na  preferência  de
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gênero.  O  Partido  se  opõe  a  opressão  e  privação  dos  direitos  e  oportunidades


somente por causa da sua preferência de gênero.

O  Partido  não  fecha  suas  portas  para  gays,  lésbicas,  bissexuais  ou


transexuais  que  desejem  entrar  nele.  Independente  da  preferência  de  gênero,
qualquer um que estiver pronto para abraçar o Marxismo­Leninismo­Maoismo e a
constituição  do  Partido  Comunista  das  Filipinas  pode  se  tornar  um  membro.  O
Novo  Exército  Popular  tem  regras  similares  reconhecendo  o  direito  dos
combatentes Vermelhos para escolher o seu gênero.

Em  conjunto  com  o  reconhecimento  por  parte  do  Partido  ao  direito  de  se
escolher  o  gênero,  está  seu  esforço  titânico  em  resistir  às  visões  errôneas  e
comportamentos  predominantes  contra  indivíduos  que  possuem  diferentes
preferências de gênero.

A discriminação contra gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros — variando
de  comentários  "engraçados"  que  exalam  desprezo  a  total  homofobia  —  é  algo
generalizado nas sociedades decadentes. O movimento revolucionário atesta isto
através  da  educação  levada  a  cabo  tanto  entre  as  forças  revolucionárias  como
entre  as  massas.  O  movimento  expõe  a  opressão  sofrida  por  gays,  lésbicas,
bissexuais  e  transgêneros.  O  seu  objetivo  é  lutar  contra  várias  posições  e
atitudes sectárias, tratamento preconceituoso e visões distorcidas sobre o caráter
dos indivíduos com diferentes preferências de gênero.

O Partido é consciente que a aceitação, reconhecimento e defesa dos direitos
dos gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros são reflexo do nível de consciência
política  das  forças  revolucionárias  e  do  povo.  Assim,  se  o  partido  não  adere
firmemente ao princípio  básico de  reconhecer  o  direito  básico  da preferência  de
gênero, visões subjetivas e comportamentos sectários irão continuar existindo.

Pela  razão  de  o  Partido  ter  políticas  claras  contra  a  discriminação,  todos  os
seus quadros e membros devem estar prontos para tratar todos os indivíduos da
mesma  forma,  independente  de  sua  preferência  de  gênero.  O  movimento
revolucionário  é,  portanto,  capaz  de  abrir  caminho  para  todos  aqueles  que
podem dar o seu máximo para a luta revolucionária e pela transformação social.

Por outro lado, gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros revolucionários são
desafiados  a  contribuir  com  estudos  para  enriquecer  as  regras  e  políticas  do
Partido. Entre suas responsabilidades está a de somar suas experiências a fim de
fortalecer  o  desenvolvimento  da  visão  do  Partido  sobre  o  casamento
homossexual revolucionário.

Início da página

Nota:
Gays  e  lésbicas  são  indivíduos  que  se  sentem  atraídas  por  pessoas  do  mesmo  sexo  (homens
atraídos  por  homens  e  mulheres  atraídas  por  mulheres).  Bissexuais  são  indivíduos,  homens  ou
mulheres, que se sentem atraídos por homens e mulheres. Transgêneros são indivíduos, homens
ou mulheres, que escolhem, ou expressam o desejo, de viver fora as normas usuais de seu sexo
biológico  (como  mulheres,  se  for  do  sexo  masculino,  e  homem,  se  do  sexo  feminino).  Ao
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contrário  dos  gays,  lésbicas  e  bissexuais,  a  principal  base  para  ser  um  transgênero  é  a
identidade  de  gênero,  em  vez  da  orientação  sexual.  Esses  quatro  gêneros  diferentes  são
conhecidos como comunidade “lésbica, gay, bissexual e transgênero” (LGBT).
Inclusão 27/07/2015

https://www.marxists.org/portugues/tematica/2014/06/21.htm 3/3

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