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Linguagem Neutra

As redes sociais muitas vezes são palco de discussões e debates importantes e por
vezes polêmicos. Um deles é a utilização da linguagem neutra. A linguagem neutra
é a neutralidade de gêneros em neo linguagem ou linguagem gênero-neutro, que
demanda por maior igualdade entre gêneros, como homens, mulheres e pessoas
não binárias.
Ela não deve ser confundida com a linguagem inclusiva, pois apesar de
compartilharem o mesmo objetivo de igualdade de gêneros, procuram se diferenciar
na questão da escrita. A neutra busca a modificação da escrita substituindo letras
por caracteres especiais como @ (arroba) e a # (hashtag ou cerquilha) ou através
de letras que possam demonstrar neutralidade como X, E ou U. Por outro lado, a
inclusiva não modifica a forma de escrita da língua, apenas substitui palavras
masculinas e femininas por palavras que abrangem a inclusão de todos os gêneros.
Exemplificando a diferença de linguagem neutra e inclusiva seria, respectivamente,
"Bom dia, amigXs" e "Bom dia, pessoal".
As duas formas de linguagem buscam um rompimento com a binaridade para tornar
as relações pessoais menos sexistas. Contudo, a utilização da linguagem neutra
apresenta bastante dificuldade em meio acadêmico, pois concursos e vestibulares
exigem o uso da norma padrão da língua portuguesa.
Especialistas acreditam que não é impossível a inclusão da neutralidade na língua
portuguesa, pois há países que adotaram algumas palavras neutras em seu idioma,
como a Suécia que introduziu uma terminologia para pessoas transgênero ou não
binárias. O pronome "Hen" que indica uma neutralidade e o difere dos pronomes
masculino "Han" e o feminino "Hon". A Índia também possui o termo chamado
"Hjiras" para aqueles que não se identificam com nenhum gênero específico.
Entretanto, outros dizem que para tornar a língua viva, deve se ter um
reconhecimento público e a prática da população, o que é refutado pela maioria,
utilizando do exemplo da Linguagem Formal, que é usada por um grupo seleto,
porém é considerada viva pois está sendo usada, mesmo que por uma minoria.
O linguista e professor do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), Danillo Silva afirma
que a língua faz parte da cultura, e uma variação não é uma exceção ou um defeito
e sim uma característica inerente a ela.
Com isso, pode-se afirmar que a língua sofre mudanças ao longo do tempo,
dependendo do contexto e da forma que está sendo utilizada, portanto não se pode
determinar qual é a forma certa de utilizá-la, e sim como que determinados povos ou
pessoas conseguem usá-la da forma que se sintam mais confortáveis.

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