Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
A língua é mutável e flexível, recebendo esses adjetivos por conta do fator tempo e da sua capacidade
de adaptação às mais variadas circunstâncias. Dessa forma, sua variação é diretamente proporcional
aos tipos de vivências, como: cenários diatópicos (regional), diacrônicos (históricas), diastráticos
(classe social) e diafásicos (formal x informal). Entretanto, há a existência da norma padrão, na qual se
é denominada como a maneira mais “correta” de promover a repercussão da língua escrita e falada,
porém, como estabelecer o enquadramento de algo que se é reinventado constantemente? O objetivo
deste trabalho foi analisar a propagação das estratégias de pronominalização e a descoberta da
verdadeira linguagem, seguindo de acordo com os atos comunicativos realizados pela sociedade.
Desse modo, evidenciando como é feito o emprego do objeto direto, como pronomes pessoais (reto ou
oblíquos) e nulo, além da utilização de gírias, elipses, abreviações e linguagens não-verbais. Ainda
sim, utilizando como embasamento revisões bibliográficas e a coleta de dados - a fim de que se
constate que, apesar da necessidade um regulamento modelo, a linguística não deve ser julgada, e sim
respeitada. Pretende-se abordar para estudantes e amantes do vocabulário que, tal como a
biodiversidade da fauna e flora, a língua é (re)formulada durante o dia a dia, derivando-se da sua
realidade.
Palavras-chave: Língua. Variação, Pronominalização.
ABSTRACT
The language is changeable and flexible, receiving these adjectives because of the time factor and its
ability to adapt to the most varied circumstances. Thus, its variation is directly proportional to the
types of experiences, such as: diatopic (regional), diachronic (historical), diastratic (social class) and
diaphasic (formal x informal) scenarios. However, there is the existence of the standard norm, in
which it is called the most “correct” way to promote the repercussion of the written and spoken
language, however, how to establish the framework of something that is constantly reinvented? The
objective of this work was to analyze the propagation of pronominalization strategies and the
discovery of the true language, following according to the communicative acts performed by society.
Thus, showing how the use of the direct object is made, such as personal pronouns (straight or
oblique) and null, in addition to the use of slang, ellipses, abbreviations and non-verbal languages.
1
- Bacharel em Engenharia de Energia – e-mail: 20222eng0010@ifba.edu.br
2
- Bacharel em Engenharia de Energia – e-mail: 20222eng0028@ifba.edu.br
3
- Bacharel em Engenharia de Energia – e-mail: 20222eng0016@ifba.edu.br
4
- Bacharel em Engenharia de Energia – e-mail: 2022eng0006@ifba.edu.br
5
- Bacharel em Engenharia de Energia – e-mail: 20222eng0007@ifba.edu.br
6
- Bacharel em Engenharia de Energia – e-mail: 20212eng0038@ifba.edu.br
7
- Mestre em estudos Linguísticos e pesquisador em PLN – e-mail: marcosoliveira@ifba.edu.br - Orientador
“O conteúdo expresso no trabalho é de inteira responsabilidade do(s) autor(es).”
Even so, using bibliographic reviews and data collection as a basis - in order to verify that, despite the
need for a model regulation, linguistics should not be judged, but respected. It is intended to address
to students and vocabulary lovers that, like the biodiversity of fauna and flora, language is
(re)formulated during everyday life, deriving from its reality.
Keywords:Tongue. Variation, Pronominalization.
1 INTRODUÇÃO
As variações linguísticas acontecem de diversas formas, uma delas vive no
inconsciente da população, não vista como certa ou errada, mas sim, como a maneira mais
utilizada de diálogo. Decerto as estratégias de pronominalização está intrinsecamente ligado
às pessoas que se falam hodiernamente, contudo, qual a quantidade de pessoas que ainda se
utilizam da norma culta, vista comumente em gramáticas, quantas utilizam o jeito mais
rotineiro de se expressar e quantas apenas escolhem suprimir os pronomes e deixar sua frase
mais vazia, porém, sem arriscar falar algo do qual não se tem conhecimento.
Uma hipótese que foi proposta pelo professor Bagno, no qual baseia-se a atual
pesquisa, era de que a língua falada rotineiramente poderia sobrepujar a língua gramática,
mais formal, e sim, numa pesquisa com menor percentual de erros esta provavelmente será a
resposta, o que não vale de forma alguma para este em questão. Os informantes utilizados
para este meio científico escolheram, ainda que de forma involuntária, um resultado particular
e “errôneo”. Porém, pode ser que até mesmo resultados ditos inesperados conseguem, como
verá mais à frente, dar uma amostragem detalhada da sociedade hodierna. A forma como os
autores do artigo procederam consegue explicar um ponto, não o todo. Deixar mais claro o
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O artigo desenvolvido é um estudo para a produção de uma pesquisa com o intuito de
entender as estratégias de pronominalização, sobretudo, o uso e emprego do objeto direto
como pronomes pessoais (reto ou oblíquos) e nulo no cotidiano da sociedade. Por
conseguinte, analisar na prática quais as preferências usuais da linguagem - gírias,
abreviações, linguagem não-verbal e as elipses.
EXEMPLO 01:
O uso desta estratégia era corrente nas obras literárias de Fernão Lopes, apesar de não
ser aceita pela norma-padrão, serviu como “base” para o filólogo Silveira Bueno, escrever um
texto, o qual expõe sua visão de que os pronomes oblíquos seriam considerados corretos pela
norma culta padrão, nesse meio-tempo, aborda a diversidade linguística a partir da influência
do meio que vive para a construção da mesma. Abaixo, encontra-se o texto escrito por
Silveira Bueno.
EXEMPLO 02:
Sendo válido a ressalva, de que o emprego da forma tônica como objeto direto foi
deixado de lado, conforme a evolução da língua, entretanto, quando é regido pela preposição
“a” usa-se o pronome oblíquo tônico, como pode ser analisado com um trecho do verso de
Camões:
EXEMPLO 03:
Contudo, é uma das formas menos usuais, principalmente por pessoas que não
possuem o nível superior. Destarte, conseguimos analisar e concluir que a utilização do
pronome oblíquo foi “extinto”, uma vez que, é perceptível mais comum pelos falantes a
conservação da linguagem materna, o que contribui para identificação das regras gramaticais
empregadas.
EXEMPLO 03:
Corpus de Língua
Corpus de Língua Escrita % %
Falada
Hoje não, eu a vi ontem Hoje não, eu vi ela
ontem 14,3%
58,6%
Hoje não, eu vi ontem 26,6%
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para embasar os dados que compõem este artigo, foi realizado pesquisas bibliográficas
a partir do capítulo 04 - Estratégias de Pronominalização “Eu consolo ele, ele me consola”, do
livro Português ou Brasileiro - Marcos Bagno, além disso, o estudo foi baseado na 7ª edição
da Nova Gramática do Português Contemporâneo - Celso Cunha & Lindley Cintra e também
houve o desenvolvimento e compartilhamento do formulário elaborado através do Google
Forms, cujo propósito é levantar informações sobre a forma usual da linguística por pessoas
com diferentes níveis de escolaridade, região e faixa etária.
Esta pesquisa tem como finalidade básica, uma vez que, a motivação para a realização
é analisar como é utilizada a norma padrão e quais as variações linguísticas que tornam a
comunicação mais fácil de ser compreendida.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Este estudo apresentou as variedades da língua, por meio de análises e coleta de dados,
exibiu-se interpretações distintas a respeito das estratégias de pronominalização. O
formulário, realizado na plataforma do Google Forms obteve 203 respostas totais, o qual
possui cinco questionamentos com alternativas relacionando situações cotidianas e as três
estratégias de pronominalização abordadas ao longo do artigo.
Por outro lado, as estratégias como retomada do objeto direto por pronome reto obteve
20% de resultado, apesar de não ser considerada correta pelos gramáticos normativos.
Podendo ser analisado, no gráfico abaixo:
“O conteúdo expresso no trabalho é de inteira responsabilidade do(s) autor(es).”
Gráfico 5 – Respostas por estratégia de pronominalização dos pronomes oblíquos
Concluímos, que apesar de a estratégia por pronominalização por pronome oblíquo ter
o maior percentual de respostas em comparação com as outras duas estratégias, levanta-se a
hipótese de que houve uma possível contaminação do indivíduo, isto é, especula-se que foi
realizado pesquisas em gramáticas para a efetuar as perguntas que compõem este
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo do artigo, foram analisadas as variedades da língua que compõem a
gramática e se faz presente no cotidiano, variando conforme o contexto que o indivíduo esteja
inserido, sendo perceptível a preferência por algumas pessoas a norma não-padrão.
Entretanto, com os dados levantados através do formulário passado, percebe-se que houve um
estudo prévio, no qual a forma padrão (estratégia de pronominalização por pronome oblíquo)
foi a mais escolhida para responder os questionamentos.
REFERÊNCIAS
LIMA, Rocha. Gramática Normativa da Língua Brasileira. ed. José Olympio, 2011.