MELO, Pedro Antonio Gomes (org). A ACROSSEMIA EM LÍNGUA PORTUGUESA
CONTEMPORÂNEA E O ENSINO DE MORFOLOGIA LEXICAL. Revista ECOS, [S. l.], v. 10, n. 1, 2011. Disponível em: https://periodicos.unemat.br/index.php/ecos/article/view/773 Acesso em: 29 out. 2023.
O artigo resenhado discute a incompreensão da Acrossemia, propondo uma descrição
inovadora e destacando a inadequação conceitual nas aulas de morfologia em português brasileiro. A falta de abordagem desse fenômeno resulta em uma percepção equivocada das formações acrossômicas, prejudicando o ensino e aprendizagem da morfologia lexical. É importante aproximar o vernáculo usado pela comunidade às aulas de língua portuguesa, visando uma compreensão detalhada da realidade linguística dos falantes. A língua é viva e em constante mudança, ela segue em constante ampliação, então esses fenômenos lexicais discutidos no artigo estão presentes na nossa vida diariamente quando fazemos uso da língua, dessa forma indiscutivelmente devem ser excluídos do conteúdo das aulas de português. Assim, a falta de observação empírica da língua pode levar a uma percepção equivocada das formações de siglas, sinônimos e acrônimos no léxico português. Isso pode afetar o entendimento da realidade linguística dos falantes brasileiros e interferir no processo de ensino e aprendizagem da morfologia lexical do idioma. A visão adotada pelo autor é de que faz-se fundamental que os alunos tenham aulas que abordam questões linguísticas presentes no dia a dia para uma melhor compreensão do sistema linguístico em uso e para que eles sejam agentes no processo de uso da língua. Estudar o léxico também implica resgatar a cultura e observar as relações sócio-históricas entre as unidades designativas e seus referentes. A reflexão sobre a acrossemia se apresenta como uma proposta inovadora na descrição e sistematização desse fenômeno linguístico. O artigo discute de forma mais ampla o fenômeno da acrossemia na formação lexical da língua portuguesa no Brasil, para isso, o autor recorre a autores como Jota (1981), Alves (1998) Silva (2010, dentre outros, todos essenciais para entender tal fenômeno, porém o que especificamente seria a "acrossemia", seria a redução de expressões em uma siglas, siglônimos e acrônimo, os casos mais comuns apresentam em partidos políticos, órgãos públicos, nomes de universidades, etc. Os siglônimos são casos particulares de acrônimos, mas possuem características linguísticas distintas e são de naturezas diferentes, já as siglas são formadas pelas letras iniciais de um sintagma, enquanto os acrônimos são formados por sílabas, geralmente as iniciais, e pronunciados como palavras autônomas. Neste texto podemos perceber uma revisão e ampliação do referido conceito e proposta de classificação segundo critérios fonomorfológicos mais precisos no processo lexical. Também explica e auxilia especialistas em línguas interessados no estudo empírico da formação lexical do vernáculo, assim promovendo o ensino do português como língua materna no ensino primário baseado em fenômenos linguísticos capturados no uso da linguagem na vida cotidiana. Entendemos que os siglônios e os acrônimos podem ser reconhecidos como palavras vernáculas tanto no sentido de palavras fonológicas quanto de palavras morfológicas, mais fáceis porque representam estruturas silábicas ou seja, são unidades articuladas que podem ser pronunciadas por qualquer usuário da língua. Assim, o artigo resenhado faz-se necessário no estudo do fenômeno acrossômico, tanto na forma escrita ou falada por contribuir para uma melhor compreensão dessa variante. Este tema é importante no campo do ensino e aprendizagem do português, porque reflete a realidade da nossa língua.
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