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Associação do tema Masculinidade Tóxica com a Teoria da Personalidade

As questões de genêro chegam na clínica por conta do sofrimento psíquico gerado


pelas desigualdades de genêro que são presentes no cotidiano, o que provoca até
mesmo casos de violência. Outra forma de se chegar essas questões, é pela não
identificação com o seu genêro que é imposto pela sociedade. Nós podemos observar
dentro da Teoria da Personalidade, a formação da masculinidade ligada aos
arquétipos. Os arquétipos podem contribuir para o nosso autoconhecimento. Segundo
Jung, nós somos resultados de varias influências, não somente as que nos cercam a
partir do momento em que nascemos, mas também as impressões que nos
acompanham vindas dos nossos pais, avós e ascendentes em geral, junto com essas
influências vêm o que entendemos sobre o que é masculinidade, os que tomam
conhecimentos do que estrutura seu entendimento sobre o que é ser masculino,
desenvolvem a capacidade de lidar melhor com os conflitos oriundos do que foi
recebido em relação ao que entendemos que deve ser praticado. Mesmo em uma
autoanálise, é possível notar a masculinidade tóxica, algo que está impregnado nos
nossos comportamentos diários, nos levando muitas vezes, a praticar o machismo e
sexismo, quando perpetuamos o estabelecimento de “fronteiras” e limites, onde
homens e mulheres precisam tomar cuidado para não ultrapassarem. Na maioria dos
casos, isso começa em casa ou na escola, por exemplo: menina não joga bola,
menina não pode sair correndo igual menino, menino não chora, menino que
demonstra sentimentos é mulherzinha, a mulher não pode pedir o homem em namoro,
a mulher tem festa de 15 anos, para ser colocada a disposição da sociedade
masculina e tantas outras heranças que com o passar das gerações em determinadas
culturas, são mais intensas e em outras não. A masculinidade tóxica passa a ser
discutida, quando a sociedade toma consciência e passa a questionar toda essa
herança. Segundo Jung, os arquétipos se manifestam em nós e causa um vínculo com
o consciente coletivo, que nos influenciam sem que percebamos, nossas atitudes tem
uma origem, que pode ser uma influência distante, que ainda não foi notada.

Associação do tema Masculinidade Tóxica com a Gestão de Pessoas

As questões de genêro na perspectiva da Gestão de Pessoas, pode ser


observada no modo como as organizações conceituam o que significa ser trabalhador.
Por muitos anos, desde a revolução industrial até os tempos modernos, pode-se
observar a valorização dos homens em detrimento às mulheres. As mulheres ainda
recebem menos exercendo a mesma função que os homens, dentro das instuições.
Existe também o preconceito em relação à maternidade na hora de serem
contratadas. E também as dificuldades enfrentadas por conta do assédio presente.
É necessário uma maior compreensão sobre a temática de genêro e sexualidade, e
suas desigualdades, por toda a sociedade, e principalmente o gestor da empresa.
Ações básicas como em um processo seletivo, por exemplo, ter em mente que é
fundamental trazer maior diversidade para sua equipe, ajudará ainda que
minimamente a transformar o cenário das empresas. Através de sua atuação dentro
da instuição, o gestor pode promover um espaço onde o machismo estrutural é
interrompido por meio de intervenções, e estratégias serem criadas para a construção
de um ambiente que seja favorável para todos.
Associação do tema Masculinidade Tóxica com Avaliação Psicológica 1

A Avaliação Psicológica vai propiciar uma análise de fenômenos psicológicos,


através de instrumentos validados, para responder questões-problemas, e
nesse caso as questões são relacionadas entre genêro e sexualidade. No
ponto da “masculinidade tóxica”, que está presente em todos os âmbitos desde
os primordios, ela poderá permitir uma identificação, de forma científica, sobre
os comportamentos que perpassam a masculinidade. Os comportamentos
considerados “masculinos” estão, por exemplo, sempre ligados à falta de
sensibilidade, ao uso da força e a não expressões de sentimentos.

A Avaliação vai contribuir para a construção de psicodiagnóstico, como será


feito e a utilização dos instrumentos para a intervenção do tema. Ela se faz
necessária para compreender as etapas desse processo diagnóstico que será
utilizado para a coleta de dados dos casos que envolvem a noção de genêro e
sexualidade, e em consequência disso a “masculinidade tóxica” e seus efeitos,
como por exemplo nos casos de violência de genêro.

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