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Universidade Politécnica

A Politécnica
Escola Superior de Gestão, Ciências E Tecnologias
ESGCT

TEMA:
Códigos Semióticos - Códigos Sociais

Maputo

2019
Discente:
Simão Djedje

Ummar Ibraimo

Resumo de trabalho, na disciplina de Semiótica, Curso de Ciências da Comunicação (CC), 1º Semestre, Curso
diurno, a ser entregue ao docente, Abudo Machude, para efeitos de avaliação.

Maputo
2019
Índice
Introdução…………………………………………………………………………….(1)
Os Códigos Sociais……………………………………………………………...…….(2)
Os Signos…………………………………........…………………..………………(2 e 3)
A Natureza dos Signos Sociais…………………………………………..………..(4 e 5)
Conclusão………………………………………………………………………...……(6)
Bibliografia………………………………………………...……………………...…..(7)
Introdução
Códigos Sociais correspondem a uma organização e a uma significação da sociedade. O
indivíduo é, ele próprio, o veículo e a substância do signo: é, ao mesmo tempo, o significante e o
significado. A vida social é um jogo, no qual o indivíduo desempenha o seu próprio papel. O
signo social é um signo de participação: através dele, o indivíduo manifesta a sua identidade e
pertença a um grupo e, ao mesmo tempo, reivindica e institui essa pertença.

Os Códigos Sociais
Sob os termos de códigos lógicos e estéticos consideraram-se ate aqui as relações do homem
com a natureza. Além disso o individuo insere-se na sociedade e possui desta sociedade uma
dupla experiencia, objectiva e subjectiva.
Existe contudo uma diferença importante, as ciências e artes tais como ate hoje foram definidas
tem por objecto comunicar ao receptor humano uma experiencia própria do emissor e na qual o
primeiro esta directamente implicado.
A sociedade é um sistema de relações entre os indivíduos que tem por fim a procriação, a defesa,
as trocas, a produção, etc. tal e o papel das insígnias e das tabuletas que indicam a relação com a
tal categoria social: clã, família, profissão, associação, etc. Os ritos, as cerimónias, as festas, as
modas, os jogos são modos de comunicação pelos quais o individuo se define relativamente a
sociedade.
A experiencia social assim como a experiencia da natureza pertence ao tipo duplo: logico e
afectivo. Da logica relevam os signos que indicam o lugar do individuo e do grupo na hierarquia
e na organização politica, económica e institucional. Da afectividade, os que exprimem as
emoções e sentimentos que o individuo ou o grupo experimentam em relação a outros indivíduos
ou a outros grupos.

Os Signos
Uma das primeiras condições da vida social e a de poder reconhecer a identidade dos indivíduos
e dos grupos. É a função das insígnias e das tabuletas.

1. Os signos da identidade: insígnias e tabuletas.


As insígnias e tabuletas são marcas que indicam a pertença de um individuo a um grupo social
ou económico. Elas tem por função exprimir a organização da sociedade e as relações entre os
indivíduos e os grupos.
A) As armas, as bandeiras, os totems, etc., indicam a pertença a uma família ou a um clã.
Podem estender-se a agrupamentos mais amplos: cidade, província, nação.
B) Os uniformes, do mesmo modo, são marcas de um grupo:
_ grupo social: nobreza, burguesia, povo;
_ grupo institucional: exercito, igreja, universidade, etc.;
_ grupo profissional: carniceiros, cozinheiros, carpinteiros, etc.;
_ grupo cultural: sociedade desportiva, filarmónica, etc, etc.;
_ grupo étnico: Bretões, Alsacianos, etc.
C) As insígnias e as condecorações são vestígios simbólicos das armas e uniformes e
asseguram as mesmas funções sob formas deterioradas.

D) As tatuagens, as maquilhagens, os penteados, etc., são do mesmo modo insígnias


codificadas nas sociedades primitivas e que sobrevivem nas nossas modas.

E) Os nomes e sobrenomes são as mais simples e mais universais marcas da identidade. No


seu princípio são sempre motivados, designando o individuo pela sua pertença a uma
família ou a um clã.

F) As tabuletas designam de preferência objectos, em vez de agrupamentos de indivíduos,


mas objectos socializados.

G) As marcas de fábrica tem por função indicar e garantir a origem de um produto. Elas
foram desde sempre utilizadas pelo velho artesanato, oleiro, o marceneiro entre outros.

2. Os signos de cortesia
Os signos de identidade constituem as marcas de pertença a um grupo ou a uma função. Por
outro lado, os homens comunicam entre si. Para este fim, utilizam insígnias e sinais que são
maneiras de fazerem saber quem são.
A) O tom da voz e uma das maneiras mais universais de significar a relação entre emissor e
receptor: pode ser familiar, respeitoso, irónico, imperativo, afectado, etc.

B) As saudações e fórmulas de cortesia desempenham um papel idêntico e distinguem-se


pelo seu caracter particularmente convencional e variável de cultura para cultura.

C) As injúrias são as formas negativas das saudações. Elas constituem os signos da


hostilidade.

D) A quinésica, no sentido próprio estuda os movimentos, e uma análise das mimicas, dos
gestos e das danças. Os gestos e as mimicas, assim como as entoações e variações da voz
são auxiliares da linguagem.

E) A proxémica, a comunicação linguística utiliza não só os gestos, mas também o espaço e


o tempo. Assim a distancia onde colocamos relativamente o nosso interlocutor, o tempo
que demoramos a ouvi-lo ou responder-lhe, constituem signos.

F) A alimentação e também um dos modos importantes da identificação do grupo e da


cortesia. Esta frequentemente envolvida por tabus. A sua preparação e serviço da refeição
são regulados por um sistema de convenções restritivas. Recusar um aperitivo e, ainda
entre nos e em cetos meios, um insulto particularmente ressentido.
G) Mas como deter este inventário? Tudo e signo: os presentes, as nossas habitações, os
nossos moveis, os nossos animais domésticos, etc.

3. Natureza dos signos sociais


Vimos que os signos podem ser mais ou menos socializados, isto e, estruturados e
convencionados. Na nossa cultura moderna, os signos sociais, de uma maneira geral, são-no
muito pouco.
Um outro caracter dos signos social e o arbitrário ou a motivação. A maior parte dos signos
sociais são do tipo motivado, quer por metáfora, quer, frequentemente por metonímia.
São fortemente conotados, exprimindo a majestade, a forca, o poder, ou pelo contrário, a
humildade, e esses valores tem a maior parte das vezes a sua fonte numa simbólica enraizada no
inconsciente colectivo. São também muito sensíveis as recorrências do significante sobre o
significado. Pela sua natureza icónica, os signos sociais assemelham-se aos signos estéticos.
São imensuráveis: ritos, festas, cerimonias, protocolos, códigos de cortesia, jogos. Podemos
distinguir quatro tipos principais:
Os protocolos, que tem por função instaurarem a comunicação entre os indivíduos.
Os rituais, nos quais o emissor é o grupo.
Os jogos, privados e individuais ou públicos e colectivos, que são as representações de uma
situação social. As modas, que são as formas estilizadas e individualizadas dos códigos.

1. Os protocolos, definem uma sociedade como um agrupamento de indivíduos com vista a


uma acção comum. Cada um possui o seu lugar e a sua função. Cada um define-se pelas
relações familiares, religiosas ou profissionais que mantem com os outros.

O protocolo e a etiqueta regulam o lugar de cada um num cortejo, a volta de uma mesa.

As saudações tem por fim instaurar ou romper a comunicação, e também ai a relação


entre os interlocutores deve ser marcada pela igualdade, superioridade ou inferioridade,
amizade, inimizade ou indiferença, desejo ou recusa de comunicar.

As boas maneiras e a boa educação são signos pelos quais o individuo manifesta a sua
pertença no grupo. O seu conhecimento e o seu respeito para com os costumes
identificam-no como um homem de sociedade ou um rapaz do meio, essas são palavras-
passe e signos de reconhecimento.
2. Os ritos, são comunicações de grupos, a mensagem ritualizada e emitida pela
comunidade e em seu nome. Neste caso, o emissor e o grupo e não o individuo.
3. As modas, são maneiras de ser próprias do grupo:
Vestir-se, alimentar-se, alojar-se, etc. É importante ressaltar que a moda, como os
divertimentos, compensa as frustrações e vem satisfazer os desejos de prestígio e de
poder.

4. Os jogos, como as artes são imitações da realidade, e mais particularmente da realidade


social. São situações construídas com vista a repor os indivíduos num esquema
significativo da vida social.

As artes imitam com vista a repor o receptor em face da realidade e faze-lo experimentar,
por intermedio de uma imagem, as emoções e os sentimentos suscitados por esta
realidade.

Os espectáculos, são ao mesmo tempo, jogos e artes: Neste caso jogos do ponto de vista
dos actores, artes do ponto de vista dos espectadores.
4. Conclusão
Desta feita, a ciência, o saber, é uma organização e uma significação do mundo natural. Os
códigos sociais, uma organização e uma significação da sociedade. Os significados da sociedade
são os homens ou grupos e as suas relações. Mas o homem é o veículo e substancia do signo, é
ao mesmo tempo o significante e o significado.
5. Bibliografia
A Semiologia, De GUIRAUD PIERRE

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