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Processos Construtivos

O que é a Geologia?
 
Geologia é a ciência natural que, através das ciências exatas e básicas (Matemática,
Física e Química) e de todas as suas ferramentas, investiga o meio natural do planeta,
interagindo inclusive com a Biologia em vários aspectos.
Geologia e Biologia são as ciências naturais que permitem conhecer o nosso habitat e
por conseqüência, agir de modo responsável nas atividades humanas de ocupar, utilizar
e controlar os materiais e os fenômenos naturais.

Objetivos da geologia

1 -- Estudo das características do interior e da superfície da Terra, em várias escalas;


compreensão dos processos físicos, químicos e físico-químicos que levaram o planeta a
ser tal como o observamos.
2 -- Definição da maneira adequada (não destrutiva) de utilizar os materiais e
fenômenos geológicos como fonte de matéria prima e energia para melhoria da
qualidade de vida da sociedade.
3 -- Resolução de problemas ambientais causados anteriormente e estabelecimento de
critérios para evitar danos futuros ao meio ambiente, nas várias atividades humanas.
4 -- valorização da relação entre o ser humano e a Natureza.

Zonas Constituintes da Terra


1 – Atmosfera
2 – Litosfera ( hidrosfera e zona cortical )
3 – Pirosfera ( zona intermédia e manto )
4 – Barisfera ( núcleo central )

Vulcanismo (Vulcões)

O material rochoso em profundidade está submetido a pressões e temperaturas


altíssimas (astenosfera) e, quando a placa litosférica rígida sofre uma ruptura, aquele
material tende a escapar por ela, extravasando na superfície (vulcanismo) ou ficando
retido em câmaras magmáticas dentro da crusta, quando não consegue chegar à
superfície (plutonismo). O material que extravasa é constituído por gases, lavas e
cinzas. A atividade vulcânica pode formar ilhas em meio aos oceanos (Havaí, Açores,
etc.) que podem ser destruídas em instantes.

Pode ocorrer nos continentes, formando montanhas (Estromboli e Vesúvio na Itália,


Osorno e Vila Rica no Chile, Santa Helena nos EUA). O mais espetacular aspecto
construtivo do vulcanismo é o que ocorre nas cadeias meso-oceânicas, que representam
limites divergentes de placas, gerando verdadeiras cordilheiras submarinas, formando
assoalho oceânico novo a cada extravasamento e causando, assim, a expansão oceânica.
A lslândia representa parte da cadeia meso-oceânica emersa acima do nível das águas,
permitindo a observação direta deste tipo de vulcanismo fissural.

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Fenómenos sísmicos

Os sismos são abalos da crusta terrestre, bruscos e de curta duração.


Estes abalos originam, a partir do ponto onde se verificam, um movimento vibratório de
muito pequena amplitude que se propaga em todas as direcções.
Quando os sismos são tão pouco intensos que só aparelhos especiais – os sismógrafos –
os podem registar chamam-se microssismos.
Quando são mais intensos, chegando a ocasionar catástrofes e modificações na
topografia da crusta terrestre chamam-se macrossismos. – estes são vulgarmente
designados por tremores de terra ou terramotos.

Rochas ou Pedras
Uma classificação muito corrente é a que agrupa as diferentes rochas segundo a sua
origem dividindo-as em:
1 - Magmáticas ou eruptivas
2 – Sedimentares
3 – Metamórficas

O solo

A escolha ou as condicionantes do Local


Pequeno, ou grande, alto ou baixo para habitação ou utilização diversa, qualquer
edifício deverá ser robusto e estável. Todo o edifício deve ser construído em condições
de durar pelo menos cinco décadas.
Tal só poderá acontecer se ficar bem assente em solo firme.
A robustez parte, nasce, nos alicerces.
Não será possível conceber ou executar qualquer trabalho de fundações sem um perfeito
conhecimento da natureza, características e comportamento inerente do solo.
Entende-se por solo, a camada de terreno aparente, o seu estado, origem e se necessário,
a camada ou camadas em que assenta.

Tipos de Solos

Argilas
Terra vegetal
Os aterros

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Melhoria dos solos
Em casos muito especiais em que se impõe a utilização de solos incapazes de
satisfazerem as condições de estabilidade que se exigem para a realização de
construções, é possível recorrer-se a métodos onerosos mas eficientes para melhoria
destes.
Desde a vibro-compactação aplicável em solos de areia com baixo teor em finos, é
possível alterar a estrutura destes, reduzindo os vazios pela melhor arrumação das
partículas constituintes e em profundidades que podem por vezes atingir os 40 m.

Reforço de solos
- Com colunas balastradas (brita entre 20 a 75 mm)
- Com micro-estacas de diâm. 100 a 200 mm.

Com estes sistemas, utilizando técnicas e meios tecnológicos altamente especializados,


é possível, embora com custos muito elevados, a utilização de solos antes
inaproveitáveis, para a construção de grandes obras de engenharia.

Assentamentos
Em quase todas as edificações verificam-se assentamentos (descida do nível desta),
resultantes da compressão das camadas do solo carregadas, que varia segundo a sua
natureza, potência, e/ou espessura destas.
Os assentamentos uniformes verificam-se sempre; são naturais, lentos e não constituem
qualquer perigo. Quando desiguais ou bruscos, são sempre indesejáveis e quase sempre
perigosos.
A magnitude dos assentamentos pode por vezes ser ampliada pelas seguintes razões:
1) Por fuga ou refluimento de terras para os lados dos alicerces.
2) Alteração da capacidade da estrutura do solo por efeito de
trepidação próxima (tráfego de veículos pesados, máquinas,
grandes escavações, etc).
3) Elevação ou descida do nível de águas subterrâneas.
4) Dissecação do terreno por efeito de vizinhança de grandes
fornos ou caldeiras.
5) Cavidades não detectadas por sondagem.
6) Modificações químicas do solo.
7) Acontece ainda que se somam em profundidades próximas da
base de sapatas muito carregadas, os efeitos da propagação de
pressões destas ultrapassando a aptidão de camadas inferiores
do solo.

Evitam-se assentamentos desiguais (perigosos) se forem respeitadas em especial, as


seguintes regras:
1) Não executar fundações sem um estudo prévio muito cuidadoso, em terrenos que
por efeito da inclinação das camadas, ofereçam condições diferentes de suporte
ou comportamento, ou quando pela mesma razão possam escorregar por efeito
de cargas.
2) Ao produzirem-se alterações morfológicas no terreno, deve acautelar-se a
penetração de água entre camadas de solos argilosos consolidados, por serem de
prever grandes alterações no seu comportamento especifico.

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3) Para solos iguais, fundações iguais e distribuição de cargas uniformes para um
mesmo tipo de fundações, sempre um mesmo solo no mesmo edifício. Quando
tal não for possível é indispensável prever e criar condições que, considerando a
diferença de assentamentos, sejam defendidas com juntas elásticas coincidente
com a junta de reparação dos dois tipos de solo de fundação.
A não observação de uma só destas regras fundamentais será o bastante para se
esperarem resultados indesejáveis ou mesmo ruinosos.
Quando não seja possível ou não se justifique atingirem-se profundidades onde se
consiga a garantia de um suporte com uniformidade de aptidão de suporte, como é o
caso dos solos de estrutura irregular, com alternância de terra compacta e ponto de
rocha, pode criar-se uma almofada de areia, com um metro de espessura bem
compactado. O leito criado por esta almofada, em caso nenhum poderá ficar a menos de
1 metro da superior do terreno adjacednte.

Fundações

A fundação é um termo utilizado na engenharia para designar as estruturas responsáveis


por transmitir as solicitações das construções ao solo.

Em geral, são utilizadas várias fundações seguidas para esse fim. Existem diversos
tipos de fundação e são projetadas levando em consideração a carga que recebem e o
tipo de solo onde vão ser construídas.

Classes de fundações - Alicerces

A classificação corrente destas classes considera dois grandes grupos


1- Fundações directas
2- Fundações indiretas

1 -Fundações directas

Considerando-se como tal, as que transmitem directamente para o solo as cargas


que a construção e utilização lhes transmitem, para além das tensões acidentais
que a seu tempo são transferidas.
Esta classe de fundação abrange 3 sub-classes, a saber:

1.1 Fundações directas continuas


Quando constituidas por elementos de alvenaria de pedra ou tijolo maciços, betão
simples ciclópico ou não e betão armado que formam prolongamento vertical das
paredes no interior do solo, até encontrarem condições de sustentação estáveis e
permanentes.

1.2 Fundações directas descontinuas


Quando a estrutura resistente da construção, onde as cargas e tensões foram
concentradas, as transmitem ao solo em pontos sem continuidade. É o caso das sapatas

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ou pegões de alvenaria, betão simples ou armado, situado no prolongamento vertical dos
pilares.

1.3 Fundações directas de Ensoleiramento geral


Considera-se uma grande sapata, laje nervurada ou maciça abrangendo toda área de
construção.

2 - Fundações indiretas
Classificam-se como tal, as fundações sobre estacas de madeira, de betão ou de aço,
com vista a obterem-se pontos de apoio nos locais em que os elementos das estruturas o
reclamam.
As Estacas que pelo modo como actuam no suporte das cargas, dão origem a
classificação deste tipo de fundações em duas classes:

2.1 - Fundações indiretas rigidas ou resistência de ponta

Quando as estacas para além da resistência obtida pelo actrito com solo perfurado, vão
apoiar a ponta sobre a camada resistente, sob a qual não existe solo brando flexivel.
Somam a resistência por atrito a resistência por ponta.

2.2 - Fundações indiretas flutuantes

Quando as estacas obtêm toda a sua resistência por atrito com o solo perfurado.
Este trabalho, como melhoramento de solos reclama técnicas e meios altamente
especializados.

Tipos de estacas
1- Estacas de madeira
2- Estacas pré-fabricadas de Betão Armado
3- Estacas de Aço
4- Estacas de Betão formadas «in situ»

Cofragens e Entivações

Cofragens
São moldes que têm como finalidade dar forma geométrica as estruturas de betão.
As condições que os moldes devem ter são:
1 - Ter as dimensões internas certas, ter a superfície interna lisa e direita.
2 - Ser o mais leve possível sem prejudicar a resistência.
3 - Permitir várias utilizações, para isso devem ser cuidadosamente estudadas as
formas de montagem e desmontagem, devem ainda ser o mais simples possível
evitando pregos a mais porque estraga o molde.
4 - Ter resistência para suportar o peso do betão, armadura e pessoas.

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Material de cofragem
1 - Madeira de pinho e eucalipto
2 - Metal
3 - Pode-se utilizar no entanto em casos muito especiais o plástico ou mesmo a
alvenaria de tijolo.
A escolha do material de cofragem depende dos seguintes requisitos:
1 - Do tipo de acabamento que se pretende.
2 - Da forma da peça a betonar.
3 - Do número de novas aplicações.

Tipos de moldes

Os moldes classificam-se:
1 - Moldes recuperáveis
2 - Moldes móveis
3 - Moldes não recuperáveis (perdidos)

Entivações
São travamentos que se fazem durante uma escavação para evitar o desabamento do
terreno.
Para serem executadas as fundações é necessário proceder-se a escavações das terras.
Esta deverá ser feita de forma a garantir as indispensáveis condições de segurança dos
trabalhadores, do público e evitar desmoronamentos.
Por isso executa-se as entivações. Elas são constituídas por elementos horizontais
(estroncas e cintas) e por elementos verticais (prumos ou pranchas continuas).
Conforme a natureza do terreno e profundidade da escavação estes elementos (que
suportam o impulso do terreno) terão uma maior ou menor secção, maior ou menor
afastamento entre si e poderão ser de madeira ou metálicos.
Para os terrenos sem consistência temos que usar prancha continua em vez de prumos.

Superestrutura

Um edifício ou qualquer obra de construção civil necessita de uma parte


destinada a suportar os esforços, por exemplo:
a) Peso de todos os seus componentes isto é telhado, paredes, tectos, pisos etc.
b) Equipamento fixo e móvel .
c) Pessoas.
d) Forças do vento.
e) Peso da água da chuva

Estrutura do edifício
É o conjunto de peças destinado a formar um reticulado suficientemente rígido e
resistente, que possa suportar todos os esforços decorrentes do peso dos elementos
constituintes do edifício e mais o peso das cargas acidentais (terramotos).

Cargas

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As forcas externas aplicadas aos elementos resistentes assim como a do peso próprio dá-
se lhes o nome de cargas.
Essas cargas são expressas em kg/metro e kg/m 2, segundo o sistema métrico decimal.

Tipos de cargas

1- Cargas vivas ou acidentais.


2- Cargas mortas ou permanentes
3-Carga de impacto.

Cargas vivas ou acidentais

Por exemplo na sala de aulas todo o mobiliário e as pessoas que nela


Se encontram, porque a qualquer momento ela poderia estar completamente vazia.
Nas bancadas de um estádio de futebol, as cargas vivas são os espectadores.

Cargas mortas ou permanentes

São aquelas que têm carácter de permanência sobre o membro em que actuam: por
exemplo o peso próprio da placa de um piso ou cobertura .

Cargas de Impacto

São aquelas que se aplicam no tempo relativamente curto, ou seja praticamente de


repente.
Sendo habitualmente aplicadas por corpos em movimento, no contacto com um membro
resistente.
Ex:
1 - um comboio passando por uma ponte, é uma carga de impacto.
2 - os efeitos de um terramoto .
3 - a força do vento (ciclone)
Saõ cargas de impacto no conjunto estrutural de um edifício.

Em pequenos edifícios ou construções as próprias paredes de alvenaria devem resistir


ao esforço como uma estrutura.
É comum encontrar nas construções com 2, 3 e mais pavimentos com estrutura de
betão armado, além de lajes, alguns pilares e vigas isoladas.
A estrutura de betão armado constituindo um conjunto rígido monolítico muito usado
em edifícios de vários pavimentos fica bem visível quando ela é concluída formalmente
e as paredes de alvenaria ainda não foram iniciadas.

Pilares

São elementos da superestrutura que trabalham geralmente a compressão transmitindo


as cargas ao solo através das fundações .
A sua função é essencialmente suportar cargas na vertical,

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As secções mais correntes são :
1- rectangular
2- secção quadrada .
3- secção circular .

Podem ter ainda outras formas .

Se os pilares forem muito altos ou esbeltos podem tomar o seguinte comportamento:


Quando ficam carregados tendem a curvar, a este fenómeno chama-se Flambagem ou
Emcurvatura.

Deformação do pilar devido ao peso .

Para evitar a flambagem usam-se armaduras de compressão e usam-se cintas ou estribos


que também dão rigidez a armadura, mantém a armadura de compressão em posição,
aumentam a resistência do pilar .
A armadura de compressão deve ser no mínimo de 4 varões de 12 mm ou 10 mm se o
aço for do tipo A400.
O espaçamento máximo dos varões da armadura de compressão não pode ser superior a
largura da secção do pilar.

Vigas
São elementos estruturais simples, geralmente de eixo rectilíneo apto para receber
cargas. Podem estar apoiadas em um ou mais apoios. Quando estão apoiadas nos
extremos e estes podem girar livremente chamam-se vigas simplesmente apoiadas.

Se tiverem vários apoios e consequentemente vários vãos funcionando como uma só


peça então chamam-se vigas continuas.

Os esforços característicos das vigas são:


Os esforços de flexão e o esforço cortante .

As vigas transmitem as suas cargas a outras vigas, as paredes e aos pilares, consoante o
tipo de função que realizam.

Lajes
As lajes são elementos que deformam de maneira semelhante as vigas por isso as
armaduras têm a mesma disposição. Porém as lajes têm uma grande largura e por isso
torna-se necessário colocar uma armadura de distribuição que serve para distribuir pela
laje todas as cargas que aparecem. A armadura de distribuição deve ter no mínimo por
cada metro de largura 4 varões de diâmetro 5 mm se for o aço A400.

-A armadura de tração das lajes pode ser numa só direcção conforme o técnico achar
mais aconselhável e vem claramente indicado no projecto .

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-É necessário que haja aderência entre o aço e o Betão para tal fazem-se ganchos nos
extremos dos ferros .

Tipos de Laje

Lajes Maciças
Lajes Aligeiradas
Lajes Fungiformes
Laje de Betão Pré-Fabricado

Paredes
São elementos cujo a função é fechar espaços, suportar e conter esforços do ponto de
vista estruturais.
- Uma parede pode suportar uma série de cargas que lhe são aplicadas e transmitindo-as
ao solo através das fundações .
- As paredes quando resistentes devem ter espessura suficiente a fim de suportar as
cargas a que está submetida em condições de segurança, esta espessura deve ser em
função da carga atuante e da resistência do material a utilizar na obra.

Tabiques

Os tabiques por sua vez não têm função portante alguma.


As características das paredes dependem do seu destino e função , em geral
distinguem-se:
a) as paredes situadas sob a terra.
b) as paredes que se elevam acima do solo.

Esta primeira classificação completada com o papel que hão de desempenhar as paredes
da construção, permite definir as qualidades particulares dos materiais que devem ser
empregados.

1.1 Paredes exteriores

As faces externas das paredes exteriores genericamente chamam-se “ fachadas” ,


tomam varias designações consoante a sua posição que ocupam na edificação. Assim
“fachada principal” é a que contém a entrada principal do edifício, “fachada
posterior ou tardoz” a que se encontra em posição com a anterior; as restantes , são as
fachadas laterais , direita ou esquerda , nome que lhes vem da posição que ocupa.

1.2 - Paredes interiores

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Nas paredes interiores teremos de considerar como ficou dito atrás, as destinadas como
elementos resistente e as que apenas funcionam como paredes divisórias.
As primeiras terão sempre de possuir fundações destinadas a receber o seu peso próprio
e as cargas que lhes são transmitidas, ao passo que as segundas poderão deixar de
possuir fundação especial, conforme a posição que ocupam na edificação e o material
de que são constituídas.
A parte inferior da parede chama-se “embasamento” a parte superior “coroamento” e
as superfícies vistas denominam-se “paramento”. Dentro ainda das paredes interiores
podemos considerar outros tipos, que pelas suas funções especificas tomam nomes
singulares.
As “ paredes de caixa de escadas” são destinadas, normalmente a suportar as escadas.
As “paredes medianeiras “, construídas sobre o limite de propriedade, pertencem a
dois ou mais proprietários. Os encravamentos ou apoios feitos em tais paredes
(parcelas) não devem ultrapassar a linha de demarcação das propriedades.

1.3- Características do material utilizado

Os materiais que servem para a edificação de paredes e tabiques devem ser escolhidos
de acordo com as funções que terão de desempenhar.
A este respeito as principais características dos materiais podem ser definidas, a grosso
modo, da seguinte maneira:
a) Resistência a compressão
b) Isolamento térmico
c) Isolamento acústico

- A Resistência a compressão é tanto mais elevada quanto maior for a densidade do


material resistente. A pedra natural e o betão revestido ou moldado constituem
elementos sólidos e resistentes. Os aglomerados de cimento, os tijolos maciços e ocos
constituem materiais menos resistentes, mas de fácil emprego.
- O optimo Isolamento térmico consegue-se com materiais leves e porosos. As
câmaras de ar isoladas entre paredes são, quando não ventiladas, excelentes
isolamentos térmicos.
Os tijolos ocos, os blocos de cimento ocos ou leves, constituem os materiais adequados
para esse isolamento.
- O Isolamento acústico deve garantir a indispensável comodidade dos locais e
particularmente a protecção contra os ruídos transmitidos pelo ar. Este isolamento
consegue-se em parte por meio do emprego de materiais diversos que oferecem uma
elevada inércia ás vibrações sonoras.

2 - Espessura das paredes

A espessura de uma parede, independentemente das cargas que suporta deve ser tal que
evite a passagem para o interior, das variações de temperatura exteriores, humidade,
ruídos e vibrações. Essa espessura deve ser considerada nos ante-projectos dos edifícios,
quando neles não fique qualquer cálculo de estabilidade, mesmo aproximados, é
determinado com o emprego de fórmulas empíricas .

Revestimentos de paredes

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1 - Generalidades

No propósito de dar as paredes exteriores um melhor aspecto decorativo e ao mesmo


tempo protege-las da acção dos agentes atmosféricos, é necessário que o tosco seja
revestido por certas camadas de materiais diversos, e que satisfaçam as condições
especiais.
Estes acabamentos, não são portanto feitos todos de uma vez, mas seja qual for o
acabamento final que se pretenda dar a uma parede, a operação a efectuar é fazer a
aplicação do `` reboco” .
Esta camada tem por fim, não só regularizar o tosco da parede, como também permitir
a aplicação da camada seguinte, dependendo do tipo desta camada, a maior ou menor
rugosidade que deve apresentar.

2 - Reboco

O reboco é aplicado em duas camadas sucessivas, denominando-se a primeira de


emboço e a segunda de reboco propriamente dito.
Qualquer destas camadas é constituída pelos mesmos materiais e com características
idênticas. A segunda camada, ou seja a do reboco propriamente dito, dá- nos a
superfície já absolutamente desempenada e que, pode ser mais áspera ou mais lisa,
conforme o acabamento final que se pretende dar a parede.

Acabamentos finais

3-Paredes interiores

Estuque
O estuque é aplicado em 2 camadas:
A primeira directamente sobre o reboco e a segunda sobre esta, denominada “massa de
dobrar ou de estender”.
A segunda camada “de dobrar” tem a seguinte composição:
1- parte de gesso em pó
1- parte de cal em pasta

3.2 - Massa de areia


É um revestimento bastante higiénico e que dá óptimos resultados mesmo em paredes
interiores, se bem que o seu emprego seja mais indicado para paredes exteriores.
É aplicado em 2 camadas diferentes:
Primeiro emprega-se a massa emboço com a seguinte composição:
1- parte de cal.
2- partes de areia
A esta massa pode-se adicionar 10% de diatomite, que tem a propriedade de amaciar e
impermeabilizar, além de tornar mais fácil a aplicação desta massa.

3.3- Revestimento de azulejo


Este tipo é principalmente empregado em lambris para corredores, casas de banho,
instalações sanitárias, laboratórios e cozinhas.

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O azulejo depois de bem molhado assenta-se empregando uma argamassa de cal e areia
a que se adiciona também um pouco de cimento, operação a que se chama “aquecer a
argamassa”.
Depois de assente é necessário limpar toda a argamassa que reflui pelas juntas. Estas
devem ser passadas com pó de cimento.
As comunicações horizontais
Introdução
Para observarmos a paisagem ou as pessoas que passam na rua, temos necessidade de
abrir orifício nas paredes para podermos estabelecer uma comunicação do interior com
o exterior .
Também para atravessarmos esses espaços temos de rasgar portas, criar corredores ou
galerias que permitam a passagem.
A habitação é no sentido físico, um abrigo das intempéries, mas a vida que abriga não
prescinde de aberturas que estabeleçam a comunicação entre os diversos espaços.

A função das paredes divisórias


As diversas divisões da casa devem ser planeadas como unidades independentes, mas
relacionadas entre si de maneira a que a distribuição das divisões da casa possa ser
ajustada ao seu funcionamento. Há actividades numa habitação que além de não se
misturarem requerem isolamento entre si para assegurarem a respectiva independência.
As paredes divisórias, actualmente, ja não têm funções resistentes e por isso podem
adelgaçar-se, curvar-se, mover-se livremente e o que cria a possibilidade de conjugar os
ambientes, de unir múltiplos espaços de um edifício.

Vãos

Vão de porta
Os vãos de porta podem ter a forma rectangular (ou mesmo outras formas, como
circular oval,…) e são encerrados por meio de portas.
Os vãos destinados a portas são constituído pelos seguintes elementos:
- Verga – elemento superior que suporta as cargas;
- Ombreira – cada uma das peças verticais da guarnição de um vão;
- Soleira – peça quadrangular de pedra, betão, madeira, ou metal onde assentam as
ombreiras.

Vão de janela
Um vão de janela é um dos elementos de um edifício mais fascinantes, permite o
controlo simultâneo e independente de:
- iluminação natural;
- ventilação natural;
- visão do exterior;
- visão do interior;
-passagem dos insectos;
- passagem da água ;
- passagem do frio, ou do calor.

Os vão destinados a janelas são constituídos por:


-verga
- ombreiras

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- peitoril

Tipos de portas

As portas podem ser fabricadas em madeira e seus derivados ferro ou aço, metais leves,
como o alumínio, plástico, vidro, couro, etc.

Quanto a localização
As portas, quanto a localização, podem ser exteriores, interiores, conforme o tipo de
comunicação que estabelecem.

Quanto ao sistema de abrir


As portas podem classificar-se em:

1 - de abrir lateralmente ou de eixo vertical, de um ou mais batentes.


2 - de correr horizontalmente, com uma ou mais folhas corrediças, ou de harmónio;
3 – giratória
4 - de abrir para cima, de uma ou mais básculas ou folhas;
5 - de correr verticalmente, com uma, ou mais folhas corrediças ;
6 - de enrolar horizontal ou verticalmente .

Janelas
Uma janela é uma abertura construída numa parede e que serve especialmente para
obter iluminação natural e directa nos diferentes aposentos de um edifício e também
para ventilação destes locais, numa janela há também que considerar os elementos fixos
e os elementos móveis

Elementos fixos
Os elementos fixos de uma janela são o aro ou a guarnição que, em regra, sustentam as
janelas e incorporam os batentes.

Elementos móveis
os elementos moveis constituem a janela propriamente dita , ou batente.

Quanto ao material
As janelas podem ser fabricadas em madeira, alumínio ferro ou aço, plástico, vidro,
betão armado etc..

Quanto ao sistema de abertura


As janelas podem classificar-se em:
de batente ou de eixo vertical, de correr, de guilhotina, basculante, de sacada, fixa.

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As comunicações verticais

Escadas
Rampas
Elevadores

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Coberturas e Entrepisos

1-Cobertura . Definição e Função


1.1-Estrutura
1.2-Revestimento da cobertura
1.3-Tecto. Definição
1.4-Tecto falso
1.5-Condições que devem reunir uma cobertura
1.6-Classificação das coberturas
2- Entrepisos. Definição
2.1-Pavimento
2.2-Enchimento ou camada isolante
2.3-Funçoes do entre pisos
2.4-Condiçoes que devem reunir um entre pisos
2.5-Classificaçao dos entre pisos
3- Conclusão

Cobertura
Dá-se o nome de cobertura ao elemento ou conjunto de elementos que coroam, isolam e
fecham superiormente qualquer construção.
A sua função consiste em proteger ou isolar o espaço interno da intempérie ou seja da
chuva, dos raios solares da neve (em países frios), do vento e de qualquer outro agente
exterior.
Uma cobertura consta de varias partes:
Estrutura
Revestimento
Tecto

Estrutura
É o elemento ou conjunto de elementos estruturais cuja função consiste em suportar as
cargas que vão actuar sobre a cobertura assim como o seu próprio peso.

Revestimento da cobertura
Como a cobertura tem uma função protectora e isolante é necessário que seja garantida
essa função mediante o emprego de materiais que proporciona impermeabilidade,
isolamento e fácil drenagem (escoamento) das águas pluviais. Este revestimento não é
necessário quando a cobertura é constituída com o material que ao mesmo tempo resiste
as cargas e é capaz de possuir uma superfície externa completamente impermeável,
como se sucede com as telhas caneladas metálicas e de fibrocimento e outros materiais
que tem essa dupla propriedade, noutros como por exemplo o betão armado
convencional, é necessário o uso de um revestimento que garante a impermeabilidade.
Já que aquele não é absolutamente impermeável

Tecto
Consideramos como tecto o superfície interior exposta da cobertura. Em alguns casos é
parte integrante delas noutras porem por razões estéticas ou pela necessidades de deixar
um espaço entre a cobertura e o tecto visível para alojar as condutas (de ar condicionado
iluminação etc.), para reduzir o pé direito para conseguir condições acústicas, ou por

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qualquer outro motivo, recorre-se à construção de um falso tecto a altura requerida
deixando um espaço entre estes e o tecto verdadeiro.
Geralmente os falsos tectos fazem-se de materias leves e não têm nenhuma função de
resistência. Na maior parte dos casos suspendem-se no tecto verdadeiro, por meio de
tensores de maneira que se deve considerar o seu peso ao calcular estrutura.

Condições que devem reunir uma cobertura

Toda a cobertura deve reunir as seguintes condições:


1 - Resistir ao seu próprio peso e as cargas que possam actuar sobre elas (ventos, neve,
etc.).
2 - Ser impermeável.
3 - Ser isolado.
4 - Resistência ao fogo manutenção e economia .
5 - Leveza (refer-se mais ao peso do material que constitui a cobertura, sobretudo se se
trata de coberturas de grandes vãos.

Classificaçao das coberturas


As coberturas podem classificar-se quanto ao sistema estrutural, ao método construtivo
e a sua forma conforme se pode ver no quadro seguinte.

Entrepisos
Denominam-se entrepisos elementos que numa construção separam horizontalmente os
diferentes níveis e que constituem ao mesmo tempo o tecto de um deles (o imediato
inferior) e o pavimento do outro (o imediato superior)
Um entrepiso pode constar de várias partes
Estrutura *
Enchimento ou camada isolante
Tecto

Estrutura
É formada pelo elemento ou conjunto de elementos estático-resistente cuja função é de
suportar as cargas que sobre eles actuam (cargas vivas ou mortas)

Pavimento
é o elemento de remate submetido geralmente ao desaste que deve ser um material
resistente adequado a função a que se destina.

Enchimento ou camada isolante


Num entrepiso pode-se requerer determinadas características de isolamento acústico ou
térmico e dai que se deve considerar debaixo do pavimento um material que reúna estas
condições.

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Na maior parte das vezes simplesmente acontece que se emprega um enchimento que
serve ao mesmo tempo de isolador acústico e de base ao pavimento e permite também
ganhar determinada altura ou nível a que obriga a instalação das peças sanitária.

Tecto
Tal como na cobertura pode fazer ou não parte integrante do entrepiso. No caso
afirmativo devera considerar-se como um remate inferior de entrepiso e deve ou não ser
revestido de acordo com o projecto. Outras vezes como nos falsos tecto, é elemento
independente do entrepiso e fica a um nível inferior ao verdadeiro tecto. Os falsos tectos
geralmente são sustentados pelo entrepiso por meio de tensores.

Função dos entrepisos


O entrepiso surge por necessidade do aproveitamento do espaço no sentido vertical, ou
seja o aumento da área utilizável porem em diferentes níveis com o fim de não ocupar
uma maior superfície do terreno e estabelecer certa concentração na construção.
Também há casos em que os acidentes do terreno determinam o uso de diferentes
níveis, provocando a construção de entrepisos.

Como resultado lógico dos entre pisos, convém destacar que a circulação vertical se
converte no facto de importância pelo que se deve realizar estudo quanto a construção
de escadas rampas (planos inclinados para estabelecer comunicação entre diferentes
níveis) e outros equipamentos tais como elevadores e escadas rolantes, etc.

Condições que devem reunir um entrepiso


Praticamente são as mesmas de uma cobertura com a excepção de que é um elemento
que não é afectado pela Intempérie. Além disso, temos que ter em conta que as cargas
vivas têm grande importância consoante o uso a que se destina o entrepiso.

Classificação dos entrepisos


Tal como as coberturas, os entrepisos podem se classificar quanto ao sistema estrural,
ao método construtivo e a sua forma.
Porém o que não se pode perder de vista é que um entrepiso tem como remate superior
um pavimento e que portanto a sua superfície tem que ser horizontal e resistente ao
desgaste.

Conclusão
Por serem as coberturas elementos de extrema importância em qualquer tipo de obra
devem se estudar cuidadosamente do ponto de vista estrutural do seu revestimento para
garantir a impermeabilidade do modo de evacuar as águas, do isolamento adequado ao
clima, de durabilidade e mínimo custo de manutenção (de acordo com o tipo de obra).
Além disso por ser a cobertura na maioria dos casos um elemento importante na
composição arquitectónica devem se estudar sempre que seja possível soluções
funcionais e estéticas.

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