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DA REDAÇÃO .

PALAVRA DO EDITOR

OS ACOMODADOS QUE ME DESCULPEM,

MAS VIVER É FUNDAMENTAL!

Boa parcela das pessoas passa a vida fingindo, desprezando


desejos, ideias, sentimentos, buscando agradar, encaixar-se
na sociedade, e por isso muitas vezes apenas sobreviver é a
temática da vida deste exército de almas petrificadas. Tentan-
do não ser assim, muitas vezes me perguntei: qual a diferença
entre viver e sobreviver? A resposta que encontrei é a como-
didade, ou seja: sobreviveria aquele que se acomoda, o inerte,
que não arrisca por conta do medo de errar e sofrer.
Sofrer? Mas se o acomodado já está imerso no sofrimento das corren-
tes mentais que lhe impedem de ser feliz, o que teria a perder, então?
Todo mundo conhece uma pessoa que está absolutamente infeliz nesta
rotina de sobrevivência, da casa pro trabalho, do trabalho pra casa, dos
mesmos livros para os mesmos livros, das mesmas ideias para as mes-
mas ideias e assim até o trágico dia de sua morte. A principal caracterís-
tica dos sobreviventes é o pavor às ideias novas.
Ao escrever este texto, veio-me à cabeça que muitas pessoas vão
se perguntar por que o primeiro artigo da história da Revista Enigmas
começa de forma tão dramática e aparentemente fora de contexto.
Porque esta revista é a realização de um sonho, uma mudança de rumo,
algo diferente. É uma tentativa de fazer algo verdadeiramente original,
um chute na acomodação que vive a humanidade por meio
de uma publicação diferente de todas as outras do país.
Vamos mudar? Dar voz ao incomum? Responder
os enigmas? Rever a História? Sim! Viver é andar
pelos caminhos tortuosos e sinceros da busca
pela verdade, lançar-se ao desconhecido para
realizar os sonhos, escrever em
uma folha em branco, abandonar
crenças ultrapassadas, entender
que o tempo é precioso e,
o conhecimento, imortal.
ANDRÉ DE PIERRE
Editor e sonhador

1
REVISTA

ENIGMAS
NÚMERO 1 . ANO O - ABRIL DE 2018
ANUNAKI.COM.BR

POLÊMICA

MÚMIAS
DE NAZCA
Acompanhe a matéria mais
completa já publicada no
Brasil sobre as polêmicas
múmias e tire as suas
próprias conclusões.

RAFAEL CARVALHO

32
SUMÁRIO

ARQUEOLOGIA EXPEDIÇÃO MISTÉRIO


Novidades arqueológicas Exclusivo! Saiba tudo No coração da Itália,
sobre Maias, Egito Antigo sobre a primeira etapa existem muros construídos
e achados pré-históricos. da maior expedição com pedras imensas que não
arqueológica do Brasil. foram feitos pelos romanos.
Pela primeira vez André Alguns autores chegaram a
de Pierre revelará tudo sugerir que os responsáveis
o que foi descoberto. por tal obra foram os
gigantes ciclópes.

DA REDAÇÃO 4 ANDRÉ DE PIERRE 6 DAYANA MELLO 14

2
CONTATO@ANUNAKI.COM.BR

DILÚVIO CIVLIZAÇÕES ORIGEM DA


PERDIDAS HUMANIDADE
A Arca de Noé é uma
das histórias bíblicas mais Em uma ilha isolada do E se os mitos bíblicos
famosas, por conta da Oceano Pacífico, surgem escondessem a verdadeira
impossibilidade de se enigmáticas esculturas História por trás da humani-
colocar todas as espécies imponentes. Conheça dade? Acompanhe o artigo
animais em um barco, um pouco mais sobre a da estudiosa Van Ted, que
entretanto, e se algo bem misteriosa Ilha de Páscoa promete desvendar as reais
menor estivesse na famosa origens da nossa espécie.
arca?

LUIZ NEME 30 CLÉSIO LOPES 46 VAN TED 52

ENTREVISTA
No intuito de trazer todas as informações possíveis sobre as Múmias de Nazca, a Revista Enigmas
deu voz a dois pesquisadores com opiniões antagônicas sobre este suposto achado arqueológico.
Leia os diálogos e tire suas próprias conclusões, verdade ou fraude?

ANTONY CHOY 42 DR. VIVANCO 44

3
NOTÍCIAS DA ARQUEOLOGIA
As mais notáveis descobertas sobre o mundo antigo

Cidade Maia descoberta na Guatemala.

CIDADE MAIA DESCOBERTA indesejável a nossa espécie, gens subterrâneas, que hoje, 12
NA GUATEMALA pesquisadores australianos mil anos depois de sua criação,
descobriram 400 misteriosas continuam de pé. Apesar de
Através de uma tecnologia estruturas de pedra que podem não existirem grandes estudos
revolucionária que emiti raios ter milhares de anos. Essas oficiais a respeito, acredita-se
que penetram a superfície e construções foram encontra- que elas foram construídas na
demonstram mudanças no re- das através do Google Earth e Idade da Pedra e que conse-
levo, arqueólogos descobriram apelidadas de “portões” pelos guiram atravessar todo o con-
milhares de edifícios Maias. pesquisadores. Edificadas em tinente europeu, desde a Escó-
Entre eles estão tumbas, pirâ- antigas cúpulas de lava, algu- cia, passando pela Alemanha e
mides e uma estrutura de de- mas dessas formações estra- Áustria, até a Turquia.
fesa, como uma muralha de 14 nhas são quatro vezes maiores
quilômetros próxima a cidade PESQUISADORES ENCONTRAM
em comprimento do que um
de Tikal. Segundo os pesquisa- GRANDE ESPAÇO VAZIO NA
campo de futebol, e, segundo
dores, tal descoberta solidifica PIRÂMIDE DO EGITO
David Kennedy, da University of
o entendimento de que a civili- Western Australia, o propósito Por um método inovador ba-
zação Maia pode ter tido uma e a idade real destas estruturas
seado na medição do fluxo de
população de 10 milhões de são desconhecidos. Ficam as partículas chamadas múons,
habitantes. perguntas: Por que compor de- cientistas descobriram um
senhos que são vistos do céu? grande espaço vazio na Grande
MISTERIOSOS GEÓGLIFOS DE
Por que em lugares inóspitos? Pirâmide de Gizé com 30 me-
PEDRA FORAM LOCALIZADOS
NA ARÁBIA SAUDITA REDE DE TÚNEIS DE 12 MIL
tros de comprimento. A “Natu-
ANOS DESCOBERTA NA EUROPA
re” classificou o achado como
Em uma região inóspita da a principal descoberta no inte-
Arábia Saudita, denominada Foram encontrados túneis rior da pirâmide desde o século
Harrat Kaybar, desértica e à através de toda a Europa, um XIX. Não se sabe o porquê desse
beira de vulcões, totalmente sistema interminável de passa- espaço vazio.

4
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5
POR ANDRÉ DE PIERRE

EXPEDIÇÃO ANTIGAS CIVILIZAÇÕES


NO BRASIL PRÉ-HISTÓRICO
Acompanhe o primeiro capítulo da série que desvenderá
o Brasil pré-histórico. Conheça com exclusividade as descobertas
intrigantes e os personagens que fizeram parte desta magnífica
expedição no Estado de Santa Catarina.

O relógio despertou na casa da


minha irmã em São Paulo às
quatro da manhã do dia 21 de
Paulo para driblar as filas de
embarque. Senti-me estranho
no meio de tantas pessoas for-
Ramos. Sendo o principal pes-
quisador do Estado, liguei para
ele semanas antes, momento
Novembro de 2017. Não dormira malmente vestidas, com o sem- no qual combinamos que ele
direito por causa da terrível ansie- blante severo, pois estava ali me guiaria por Santa Catarina
dade, costumeira no início de uma de bermuda, camiseta, tênis, e muito gentilmente me hospe-
grande viagem. Aquela não era um baita mochilão nas costas daria em sua casa, na belíssima
uma simples excursão, mas sim a e o espírito de quem partia Barra da Lagoa.
realização de um projeto que es- para realização de uma grande
Saindo do pequeno aeroporto
tava para sair do papel há cinco jornada. Sete e vinte estava no
Hercílio Luz, peguei carona com
anos. Também levava nas costas a avião, o voo foi muito tranquilo
um Uber em direção a casa do
responsabilidade de honrar àque- e brevemente cheguei a Floria-
Adnir. O motorista era paulista, e
les que tinham colaborado com a nópolis, uma das mais lindas
não parecia conhecer muito bem
expedição através da minha cam- cidades do Brasil.
a ilha. Direcionado pelo GPS do
panha de financiamento coletivo.
Em Floripa, naquele dia, de- celular, atravessamos a cidade
Cheguei bem adiantado no veria me dirigir a casa do gran- até a Lagoa, e ali percebi a bele-
Aeroporto de Congonhas/São de pesquisador e amigo, Adnir za incrível daquela cidade, real-

ANDRÉ DE PIERRE

Megálitos do Morro da Galheta.

6
mente fiquei admirado, porque
apesar de ser uma capital, ela me
pareceu muito paradisíaca.
Chegamos na casa do Adnir
em uma rua muito íngreme, na
base do Morro da Galheta. Toquei

ANDRÉ DE PIERRE
a campainha e quem apareceu foi
sua esposa, Terezinha. Ela disse
que seu marido estava chegando,
que era para eu ficar a vontade.
Rapidamente o grande pesquisa-
dor chegou e começamos a con-
versar sobre nossas pesquisas.

MORRO DA GALHETA

Conheci o Adnir em 2012, em Interessante formação rochosa em Lages.


um evento do grande Erich von
Däniken na cidade de Blume- Voltando para minha casa, em – Instituto Multidisciplinar de
nau. Naquele dia, apresentamos São Paulo, refiz o alinhamento Meio Ambiente e Arqueoastro-
nossas pesquisas ao autor best- com o ponto indicado pelo Adnir nomia - para conversar comi-
-seller do livro “Eram os deuses e a mágica aconteceu: um triân- go e me entregar um presente.
astronautas?”. gulo perfeito surgiu com 90°, 45° Descemos a rua íngreme para
e 45°. A pequena diferença de 1° a Lagoa em um restaurante
Na época, trabalhava como se dava por minha ignorância em frente ao Instituto, e lá me
pesquisador há dois anos, inclu- sobre o verdadeiro ponto dos aguardava Luiz Carlos, um anti-
sive indo a campo no interior de megálitos localizados na Galhe- go conhecido que assistira mi-
São Paulo na cidade Bofete, e, em ta. Por isso, em 2012, decidi que nha palestra em Curitiba no ano
uma noite quente de carnaval da- deveria, obrigatoriamente, fazer de 2015. Luiz veio da capital do
quele mesmo ano, descobri um uma expedição em Santa Cata- Paraná para me trazer este pre-
alinhamento que mudaria minha rina, para que esse meu desco- sente, um livro do autor Keller
visão sobre tudo. Tal fenômeno nhecimento sobre a região não Lucas, sem dúvida uma gran-
interligava três pontos do Brasil: afetasse mais minhas futuras de honra que me deixou muito
as Três Pedras em Bofete (local conclusões. satisfeito. Tivemos uma agra-
da minha pesquisa), a Pedra da dável conversa sobre diversos
Gávea no Rio de Janeiro e o Morro A importância da história
assuntos, até que convidamos
da Galheta em Florianópolis, este acima no contexto é que final- Luiz para nos acompanhar na
último ponto era região de pes- mente havia chegado ao Morro expedição ao Morro da Galheta,
quisa do Adnir. da Galheta. Também indispen-
Praia da Galheta e Praia Mole.
sável para demonstrar que não
Esses três antigos sítios for- havia escolhido ao acaso aque-
mavam um triângulo quase per- le ponto na Galheta e o Estado Após um delicioso almoço
feito com ângulo de 90°, 46° e 44°, de Santa Catarina para iniciar feito pela Terezinha, encon-
quando, em Blumenau, fui apre- esta grande expedição. tramos o Luiz novamente e
sentado ao Adnir. Mostrei meu iniciamos a subida até o cume
alinhamento para ele naquele Enquanto conversava com do Morro do Galheta. No acli-
noite de 2012. Ele olhou e disse, Adnir em sua casa na manhã ve, pude observar o traba-
“André, interessante esse teu ali- de 21 de Novembro de 2017, a lho excelente desenvolvido
nhamento, mas o ponto do Mor- Terezinha nos comunicou que pelo Adnir através do IMMA,
ro da Galheta está mais abaixo”. alguém me esperava no IMMA na produção e preservação

7
daquela trilha, que pode ser Mais à frente, chegamos a mos a visão do nascer da Plêia-
acessada por pessoas de to- um impressionante conjunto des, Órion e Sirius a seguir, to-
das as idades devido a acessi- de pedras muito pesadas que das em uma mesma direção.
bilidade proporcionada pelo foram cuidadosamente arras-
Descendo a leste, vamos de
trabalho do Instituto. O dia tadas e erguidas para a criação
encontro aos megálitos dos
era quente e o céu azul, mas de um enigmático observató-
Solstícios e Equinócios. São
na mata estava fresco, isso fez rio astronômico do mundo
grandes pedras onde fendas
com que nosso desgaste fosse antigo. Primeiramente, vemos
foram projetadas para que um
baixíssimo naquele momento. a Pedra Virada, um megáli-
feixe luz atravesse o megáli-
A subida durou uns 20 minutos to de aproximadamente 100
to nas datas dos solstícios e
e, ao chegar ao topo, tive uma toneladas que foi cortado de
equinócios. Segundo Adnir, as
vista panorâmica de tirar o fô- um bloco ainda maior e trans-
pedras, que podem pesar até
lego. Neste instante, comecei a portado até o topo da Galhe-
100 toneladas, não fazem parte
entender melhor o alinhamen- ta. Esse grande megálito está
do conjunto geológico daque-
to, porque os três pontos ti- apoiado em rochas menores,
la localidade, fato que eu pude
nham em comum essa enorme formando uma espécie de toca,
comprovar ao analisar o local.
beleza natural. Somente por onde existe uma pedra peque-
essa observação significativa na que parece um travesseiro. Como se isso tudo já
para meu alinhamento valeria Ao repousarmos a cabeça nes-
não fosse impressionan-
a pena aquela viagem, contudo ta rocha, ficamos com a mesma
muito mais informações esta- voltada para o Norte, e, conse- te, esses megálitos estão
vam por vir. quentemente, com os pés para colocados no solos no
o Sul, sendo uma visão privile- formato da constelação
Ao sair da trilha avistei um
giada para observar o Solstício de Órion. Mais a frente,
Dólmen, típica construção me-
de Verão com os raios solares
galítica antiga, muito comum na Adnir construiu um mar-
fluindo na direção do pé até a
Europa durante o Período Neo-
cabeça, equinócios e o Solstício co, onde se é demons-
lítico, comumente formados por trado o alinhamento do
de Inverno com a luz do Sol em
duas pedras na base e uma ro-
direção ao rosto. Também te- observatório com outros
cha acima em formato de mesa.
Contudo, estranho sair da trilha diversos sítios arqueo-
de uma mata em Florianópolis lógicos do mundo, como
Stonehenge e Gizé.
ANDRÉ DE PIERRE

e dar de cara com uma estru-


tura assim, não pertencente as
Descemos o morro rumo a
culturas locais. Os dólmens nas
Praia da Galheta, onde pude
culturas neolíticas eram utiliza-
dos como túmulos, mas e este? observar o primeiro petróglifo
Quando se observa as pedras, da jornada, nada muito impor-
fica claro que elas não fazem tante comparado com o que
parte da geologia local, o que viria nos próximos dias. Ca-
se concluí que foram arrastadas minhamos em direção a Praia
até ali. Não são rochas assusta- Mole, observamos a Pedra do
doramente grandes, mas sim a Dragão e retornamos por mais
marca de uma cultura que veio alguns quilômetros até a casa
do outro lado do Atlântico para Impressionante megálito de do Adnir. Despedimo-nos do
o Brasil na antiguidade, sendo Ipuã. Na rocha existem evidências Luiz. Logo após, Adnir me deu
uma clara evidência de contato irrefutáveis de atividade humana, a notícia de que no outro dia
transoceânico no mundo antigo. ou seja, ela foi colocada ai. iríamos para o interior de Santa

8
POR DAYANA MELLO

O MISTÉRIO DOS MUROS


CICLÓPICOS DA ITÁLIA CENTRAL
“Em tempos remotos, antes do nascimento de Roma, a Itália era
habitada por povos que deixaram monumentos indestrutíveis
como um testemunho de sua existência. Essas maravilhosas
obras, definidas como ciclópicas, encontram-se densamente
dispersas em muitas regiões, e frequentemente situadas
no cume de montanhas como ninhos de águia.
Tudo isso abre espaço a especulações acerca de quem poderia ter construído semelhantes
estruturas em lugares tão inacessíveis e por qual motivo.” Louisa Caroline Tuthill em History
of Architecture: From the Earliest Times.

N ão é de se imaginar que o
território italiano esconda

© DAYANA MELLO
obras tão imponentes, quase
desconhecidas, que por séculos
foram representadas na litera-
tura clássica em forma de mitos
e que se tornaram objetos de
intensa pesquisa para poucos
arqueólogos e estudiosos. Ao
longo da região do Lácio Meri-
dional, na Itália, sobretudo nas
regiões das províncias de Fro-
sinone – conhecida como Cio-
ciaria – e de Latina, essas obras
de engenharia espalham-se por
quilômetros. Elas podem ser
admiradas não como ruínas de
algum antigo povo mediterrâ-
neo, mas como um complexo
murário de pedras que prota-
goniza um cenário misterioso
sem qualquer limite entre mito
e história, e que, em si mesmo,
propõe um debate sobre suas
origens. Conforme afirma o pes-
quisador Giorgio Copiz em seu Vista da entrada principal da Acrópole de Alatri.

14
livro intitulado Come in Cielo, viriam. Certamente, foram há- tanto mistério? Um dos prová-
Così in Terra (“Assim na Terra, beis construtores dotados de veis motivos para tal indiferen-
como no Céu”), “nem mesmo os uma mente engenhosa, conhe- ça acadêmica, segundo explica
antigos romanos souberam de- cimentos extraordinários e Copiz, é a reiterada afirmação
finir a proveniência desses mo- surpreendente força ou supos- da crítica arqueológica oficial
numentos”, o que nos faz pensar ta tecnologia para erguer gran- em definir os Muros Ciclópicos
que tais estruturas seriam ain- des pedras a ponto de também como criação romana e que, por
da muito mais antigas. alinhá-las com precisão astro- isso, tem se tornado um assun-
nômica. Essas inúmeras cons- to praticamente indiscutível.
Essas obras conhecidas como
truções que povoam o territó- Sendo assim, dentro da pesqui-
Muros Poligonais Ciclópicos
rio italiano marcam o registro sa desse complexo megalítico,
são, também, tradicionalmente
de um período singular sobre a também conhecido como Pa-
definidas como Acrópoles
história das civilizações do Me- redes Satúrnias ou Pelásgicas,
Megalíticas do Lácio e carac-
diterrâneo. existem diversas vertentes, ofi-
terizadas pela forma irregular
ciais e não oficiais (fantásticas)
dos enormes blocos de pedra e
para caracterizá-lo. De acordo
por serem encontradas no alto
com grande parte de estudio-
de montanhas ou em posições
sos, algumas dessas estruturas
estratégicas, muitas vezes isola-
seriam supostamente datadas
das. Destacaremos aqui alguns

© DAYANA MELLO
a partir da Idade do Bronze
desses megálitos, sobretudo os
(2300-1200 a.C), enquanto ou-
situados nas cidades italianas
tra versão afirma que seriam a
de Alatri, Ferentino, Arpino,
representação de uma técnica
Norma (antiga Norba) e Segni.
inicial também utilizada pelos
romanos em época republicana.
De forma geral, a paisagem
onde se encontram essas es- Técnica Poligonal em Ferentino.
Copiz ainda afirma que gran-
truturas pode sugerir uma per- de parte da tradição, apoiada
ACRÓPOLES POLIGONAIS
feita relação que seus antigos pelos escritos de historiadores
MEGALÍTICAS, CICLÓPICAS
habitantes poderiam ter com da antiguidade, atribui a fun-
OU PELÁSGICAS: UM MUNDO
a natureza. Essa influência os dação dessas localidades e suas
DE ESPECULAÇÕES
envolveria em um universo mi- obras megalíticas aos Pelasgos
tológico, o qual tem sido trans- As misteriosas construções – povos vindos do mar. Por ou-
mitido em forma de contos que megalíticas apresentam um vas- tro lado, teorias mais alternati-
ilustrariam a origem do territó- to campo de especulações, e por vas buscam um respaldo na mi-
rio central italiano desses me- isso foram formuladas algumas tologia para defender a tradição
gálitos – ou “Terra de Saturno”, hipóteses sobre quem poderia e democratizar os discursos ao
assim chamada pelo poeta clás- ter erguido tais estruturas, bem entendimento de antigas cultu-
sico Virgílio. Alguns estudiosos como sobre as distintas deno- ras mediterrâneas. Essas teo-
concordam com a possibilida- minações a elas atribuída, e a rias especulam, por exemplo,
de da existência de civilizações época a qual poderiam perten- que o mito dos gigantes Cicló-
avançadas que povoaram a pe- cer. E não podia ser diferente. picos teria uma real fundamen-
nínsula italiana muito antes dos A arqueologia tradicional tem tação e que pode ter existido
antigos etruscos e que, portan- apresentado pouco interesse uma civilização de gigantes que
to, tornaram-se misteriosas em em abordar os megálitos do habitaram a Itália Central cuja
virtude do desconhecimento Lácio e de aprofundar seu es- robustez possibilitaria o ergui-
do que ou de quem fossem seus tudo. Podemos, com isso, nos mento das enormes pedras que
povos, assim como de onde perguntar: qual a razão para formam os megalíticos.

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Podemos, então, enfatizar
que o fenômeno dos Muros Pe-
lásgicos da Itália Central per-
tenceria à categoria de misté-
rios ou enigmas arqueológicos.
Esses muros estariam conecta-
dos ou inseridos em uma mes-
ma matriz social ou religiosa de

© DAYANA MELLO
outras civilizações que também
realizaram grandes monumen-
tos, como as localizadas na Gré-
cia – com suas antigas edifica-
ções em Micenas e em Tirinto; e
as que se encontravam no Peru
– com o exemplo dos megálitos
de Sacsayhuaman, em Cusco. A
verdade é que realmente pouco
se sabe sobre esses construto-
res pré-históricos e suas estra-
nhas obras megalíticas.
VIAGEM À TERRA DE Os muros de Alatri vistos de um dos pontos mais altos da Acrópole.
SATURNO E A DESCOBERTA
DOS MUROS POLIGONAIS muros, ou de antigas fortifi- em 1792, realizou uma série de
cações, apresentavam-se um viagens pela Itália com o obje-
Mesmo que nas últimas dé-
tanto desligados de qualquer tivo de observar as riquezas
cadas o estudo acurado dessas
estrutura conhecida de tempos deixadas pelos antigos povos
estruturas poligonais, na Itália,
romanos. Era como se aquele italianos. Apaixonado pela ar-
tenha sido negligenciado ou
conjunto de grandes blocos de queologia, percorreu cada lo-
despertado pouco interesse da
pedras respeitasse uma téc- calidade – de Roma a Nápoles
Academia, no passado sua des-
nica ainda não identificada. – com o máximo de atenção,
coberta foi de grande importân-
Seria algo que teria sobrevivi-especialmente ao território ro-
cia e estímulo para pesquisado-
do ao longo de milênios e que, mano do Lácio. Após encontrar
res viajantes. Seu entusiasmo
propositalmente, ali estivesse uma curiosa muralha na peque-
pelas histórias quase indecifrá-
diante do olhar moderno re- na cidade de Fondi, sentiu-se
veis do Lácio meridional repre-
fletindo uma nova e enigmá- atraído pelo modo como esta-
sentou um importante avanço
tica maneira de enxergar o vam distribuídas suas pedras:
em relação ao registro arqui-
homem antigo e sua arquite- tratava-se de uma construção
tetônico e antropológico desse
tura. Alguns desses estudiosos que parecia ter sido realizada
território e ao engrandecimen-
conseguiram, em parte, trazer em camadas e completada por
to de arquivos sobre os Muros
à luz a discussão sobre a pos- povos distintos, de épocas di-
Ciclópicos italianos.
sível proveniência dos autores versas, com diferentes técnicas.
A partir do século XVIII, a dessas construções a partir Pelo menos ao primeiro impac-
região dos megálitos era tida de dados históricos e técnicos.to, essa teria sido sua conclu-
como a meta de viagem des- são. Era uma muralha cuja base
ses pesquisadores indepen- Foi o caso do arqueólogo era composta por grandes ro-
dentes, os quais reconheceram francês Louis-Charles-François chas e a parte superior possuía
que aqueles ignotos restos de Petit-Radel (1756 – 1836) que, um conjunto menor de pedras

16
semelhante ao que se conhe- tura das diferentes técnicas de como aquilo que caracterizava
cia da técnica romana. Poste- construção – as megalíticas e a arquitetura romana. Os Mu-
riormente, isso foi constatado. as adotadas posteriormente na- ros Ciclópicos, no entanto, não
Ao encontrar diversas outras quele território – Petit-Radel foi possuem esse importante de-
estruturas iguais à base da- de extrema importância para talhe e não há indícios de que
quela muralha – como o com- desconstruir o que podemos o possuíssem no passado.
plexo do megalítico de Circeo, chamar de “dogma” romano
na província de Latina – Radel que se tinha do território. O tipo Assim como Petit-Radel, ou-
passou a investigar com maior de junção das pedras, tal como tros viajantes empenharam-se
cautela aquele tipo de arqui-
tetura, certificando-se que
igualmente na Grécia estrutu-
ras similares àquelas faziam
parte da paisagem.

Petit-Radel, a partir de então,

ENG.TRAVELOGUES.GR
tornou-se o primeiro estudioso
do século XVIII a pesquisar os
muros Megalíticos do Lácio e a
considerar que tais edificações
não poderiam ser de origem
romana. Dedicou-se às locali-
dades de Circeo, Fondi, Segni,
Ferentino e Alatri, cujos dados
de estudo formaram uma consi-
derável coleção que se encontra
hoje na Biblioteca Mazzarina,
em Paris. Passou a consultar
escritores clássicos que aborda- Desenho feito por Edward Dodwell da Porta Menor de Alatri.
ram o tema dos Muros Poligo- Início do séc. XIX.
nais, como Estrabo (séc. I d.C) e
Pausânias (séc. II d.C), e utilizou acontece nos megalíticos, ser- nas pesquisas e catalogação
da mesma terminologia – “Ci- viu de base para comprovação dos megalíticos na região do
clópico” ou “Pelásgico” – que de que é possível distingui-lo do Lácio. Uma destacável contri-
denominavam tais estruturas. modo de construção romana. buição foi a da arqueóloga ro-
Para o arqueólogo, portanto, os mana Marianna Candidi Dioni-
Pelasgos seriam os verdadeiros Por volta do século I a.C, já gi (1756–1826) que, no início
artesãos dos megalíticos. Esse nos dizia o arquiteto romano do século XIX, registrou atra-
povo, também conhecido como Vitrúvio – em seu tratado De vés de gravuras e cartas sua
Ciclópicos, teria construído es-Architectura – que o tipo de trajetória ao longo das cidades
sas obras igualmente em outros técnica usada nos muros me- ciclópicas em seu livro Viag-
lugares: Grécia, Espanha e Ásia galíticos não era a que se ha- gio in alcune città del Lazio che
Menor, conforme localizado e via adotado em sua época. De diconsi fondate da re Saturno
documentado por Radel. fato, na zona urbana da antiga (“Viagens em algumas cidades
Roma não há qualquer registro do Lácio que dizem ser funda-
Ao propor a discussão sobre desse tipo de obra poligonal, das pelo rei Saturno”). As lo-
a origem dos Megálitos do Lácio uma vez que podemos pensar, calidades por ela investigadas
a partir de uma peculiar relei- também, na presença do arco foram Alatri, Arpino, Ferentino,

17
André de Pierre viajará por vários estados
brasileiros em busca de arte rupestre que
identifique inscrições de civilizações antigas
do oriente na América, comprovando assim esses
contatos oceânicos no mundo antigo e também
Laguna buscar gravuras que se encaixem na Teoria dos
Antigos Astronautas, objetivando evidenciar
ou desmistificar tais desenhos.
Também procura outras evidências como
alinhamentos arqueoastronômicos, estruturas
megalíticas ou pirâmides no Brasil.
Embarquem com ele nessa aventura!
A FIGUEIRA AGÊNCIA CRIATIVA

Ingá
Pedra do

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REESCREVER A HISTÓRIA ANTIGA DO BRASIL!

Colabore: Banco Bradesco - AG 0521 - CC 21004-8


Informações: andredepierre@gmail.com

COLABORADORES
Edson Nogueira - João Forni - Tarsila - Paulo Almeida - Daniel Filho - José Castro - Elaine Gomes - Marcus Monteiro
- Itacyr Silva - Cecília Veríssimo - Alexandre Santos -Anne Amaral - Éder Hammermuller - Daniel Conrado -Van Ted
- José Paiva - Benedito Filho - Dayana Mello - Sidney de Deus - Rafael Carvalho - Davi Faggiani - Samuel Jr. - Eunice Leite
- Eduardo Marino - Chrystian Gonçalves - Gustavo Muniz - Paulo Almeida - Érika Oliveira - Leo Sassen - Arnaldo Rodrigues
- Clayton Faber - Gê Sousa - Alexander Oliveira - Vieira Netto - Edson Nogueira - Ariane Alves - Paulo Milanese - Maicon
Nonoyama - Pedro Otávio Henrique César - Pena Schimdt - Fatima Barbosa - Lucizinha Galego - Ana Pierri - Adnir Roque
- Célia Novaes - Luiz Carlos De Barros - Leandre Gimenez - Paulo Rodrigues Cunha - Cláudio Henrique Rinaldi - Adonai
Zanferrari - Doginaldo - Christiane Pingitore - André Jacobsen - Mario Candelaria - Daniel Robles - Sales Oliveira
- Cynthia Penhalber - Oswaldo Penhalber - Tatá Coelho - Felipe Santos - Clarice Abramo - Rui Castelo Branco Pinheiro

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POR LUIZ NEME

TERIA SIDO A ARCA DE NOÉ


UM BANCO DE DNA?
De um nascimento estranho até à Arca, a história de Noé
tem muitos detalhes que… Bem, são de fora deste mundo!
Teria a Arca de Noé sido um Banco de DNA?

A ntes da Arca, devemos co-


meçar falando sobre as
descobertas arqueológicas do
O NASCIMENTO DE NOÉ Mas, sua mulher chamada
Bathenosh, jurou: “Ninguém
Entre os antigos Manuscri- me tocou.”
Grande Dilúvio. Estudiosos es- tos do Mar Morto estão várias
peculam que o aumento dos histórias que não são encontrados Lameque não acreditou em
níveis dos oceanos poderia na Bíblia tradicional hebraica. Um sua esposa e foi até seu pai,
ter ocasionado o estouro do dessas histórias fala de Noé e seu Matusalém. Matusalém diz a
Mar Mediterrâneo por meio estranho nascimento milagroso. Lameque: “Eu não posso aju-
de uma represa natural, crian- dá-lo. Eu não entendo isso.
do assim uma inundação tão Um desses Manuscritos é Acredito em sua mulher e que
grande que imergiu uma área chamado de “O Pergaminho de ninguém a tenha tocado, e eu
estimada em 150.000 km² sob Lameque”. Mas quem foi Lame- acredito em você também.
150 m de água. que? Lameque foi um pastor: um O que devo fazer?” Então, Ma-
dia, sua mulher estava grávida, e tusalém vai até seu pai, o avô
E, de fato, arqueólogos ele lhe disse: “Isso é impossível. de Lameque. Seu nome era
tradicionais sabem que Eu não estive aqui por meses”. Enoque.
no Mediterrâneo há mais
de duzentas cidades sub-
mersas conhecidas. Essas
cidades também de algu-
ma forma foram inunda-
das ao mesmo tempo em
que o Mar Negro.
Escrita no livro Gênesis, a his-
tória de Noé diz que Deus “viu
que a maldade dos homens era
grande” e decidiu destruir toda
a criação. Apenas Noé, sua fa-
mília e os animais a bordo da
arca foram autorizados a so-
breviver e repovoar o planeta. A belíssima pintura “Entry of the animals in the Ark”,
Mas seria esta a história toda?  de Francesco Bassano, 1570.

30
Enoque diz para Matusalém meio de livrar a Terra das im- De fato, quando vemos o mito
que os guardiões do céu fizeram perfeições biológicas. do dilúvio descrito no texto de
uma inseminação artificial no origem suméria, tido como o li-
Noé e sua família poderiam
útero de Bathenosh, a esposa, vro mais antigo da história da
repovoar o planeta com uma es-
e que ele deveria aceitar essa humanidade (muito anterior à
pécie geneticamente superior.
criança, porque ela seria o pai de Bíblia), a Epopeia de Gilgamesh,
Parte desta sociedade humana
uma nova geração humana. E, na vemos que o deus chamado Enki
é, novamente, geneticamente
Bíblia, este é Noé. que solicita a construção do bar-
atrasada, mais perto do animal.
co a Ziusudra (o Noé sumério) e
E se a história de Lameque Estes humanos estavam espa-
avisa que haverá um grande di-
for real e os guardiões do céu, lhados por todo o planeta.
lúvio, na verdade pede que nesta
descritos na história fossem, na
Arca sejam alocadas “as semen-
verdade, alienígenas? Isto signi- Outro elemento familiar na
tes” dos seres vivos.
ficaria que Noé foi o produto de história de Noé envolve a cole-
uma inseminação artificial, uma ta de animais, os quais foram
experiência genética realizada trazidos à bordo da Arca. Na
Será que essa tecno-
por extraterrestres?  Bíblia, Deus ordenou a Noé que logia, de alguma forma,
recolhesse dois de cada tipo recolheu todas as coisas
A HIPÓTESE DO DNA
de criaturas vivas. Mas muitos vivas como um banco de
A Bíblia diz que Noé era puro estudiosos da Bíblia e teólogos DNA? Difícil de imaginar
em todas as suas gerações. O que concordam que tal tarefa teria
como isso poderia acon-
isto significa? Por que essa espe- sido fisicamente e biologica-
cificidade de “pureza” em todas mente impossível. Poderia ha- tecer em um passado re-
as suas gerações? ver outra explicação mais cien- moto, mas, se aconteces-
tífica? se, seria necessário que
Segundo a Bíblia, Deus teria
fosse contado como uma
enviado o dilúvio por causa da Seria possível que a Arca
maldade do homem e de sua de Noé fosse uma tecnologia história: a história de
corrupção. Mas o dilúvio tam- incompreendida, sendo, na uma arca que funciona
bém pode ser visto como um verdade, um banco de DNA? como um banco de DNA
extraterrestre, também.

Os extraterrestres precisam
de plantas e animais e minerais
no planeta. Assim como quando
hipoteticamente os humanos fo-
rem para Marte ou algo do tipo,
teremos que usar os recursos
do planeta. Dessa maneira, ex-
traterrestres que viessem até a
Terra também possivelmente fa-
riam isso. E, se eles sabiam que
algum cataclismo estava che-
gando, também prezariam pela
Fragmento da Epopeia de Gilgamesh. Considerado o épico preservação de certos tipos de
mais antigo do mundo, o romance traz a primeira história escrita animais e plantas, criando aqui-
do dilúvio, onde Noé tem o nome de Ziusudra, O Homem de Shur- lo que pensamos ter sido a Arca
rupak. No texto, o deus que lança o dilúvio sobre a Terra é Enlil. de Noé.

31
POR RAFAEL CARVALHO - PARTICIPAÇÃO DE ANDRÉ DE PIERRE

AS MÚMIAS
DE NAZCA
Na árida região de Nazca, Peru, surge uma incrível história
que pode mudar a história da humanidade. Críticos dizem
se tratar de uma fraude, mas seria isso mesmo? Acompanhe
a matéria mais completa sobre este assunto já publicada
no Brasil e tire as suas próprias conclusões.

N o dia 20 de junho de 2017, a TV online por


assinatura Gaia.com liberou em seu canal do
YouTube o vídeo intitulado Special Report: Unear-
rado do documentário traz, logo de cara, uma es-
tranha múmia de cócoras (posição tradicional de
mumificação entre os povos antigos sul-america-
thing Nazca, trecho de pouco mais de seis minu- nos) recoberta por uma camada rígida e seca de
tos de um documentário produzido por eles. Em cor branca, à primeira vista algo muito parecido
menos de duas semanas, a polêmica produção já com gesso, característica nunca vista antes em ne-
tinha 2,5 milhões de visualizações. O trecho libe- nhum processo de mumificação.

32
33
Inicialmente, tal detalhe fica zônica, relatou em entrevista para o advogado e jornalista investiga-
em segundo plano quando ve- o jornalista e apresentador mexi- tivo peruano Antony Choy nos dá
mos sua clara anatomia anômala cano Jaime Maussan que em ou- detalhes surpreendentes do tráfi-
e estranha. A primeira coisa que tubro de 2016 foi procurado por co de artefatos antigos na região
chama nossa atenção, assim que dois huaqueros - palavra derivada andina).
repousamos os olhos na múmia, da língua aymara e que pode ser
são suas mãos e pés com três traduzida como “violador” e “sa- Conforme relato dos saqueado-
dedos extremamente compridos queador de locais antigos”. Um res, a história realmente começou
e seu crânio inusitado, visivel- desses huaqueros se apresentou no ano de 2014 quando dois hua-
mente maior do que o comum e com o pseudônimo de Mário. O queros vasculhavam uma estreita
alongado. O vídeo começa dizen- saqueador contou, segundo o caverna no alto de uma montanha
do que “podemos estar diante próprio Thierry, “uma história in- na região de Nazca, Peru, onde há
da maior descoberta arqueoló- crível, com objetos em suas mãos uma grande reserva natural de
gica do século XXI”: será que tal mais incríveis ainda”. Esse homem terra de diatomácea.
afirmação está certa? Ou trata- mostrou a ele pequenas múmias
-se de uma grande farsa muito humanoides de 60 cm com ca- Segundo Mário, ao se aproxi-
bem elaborada? beças e extremidades comple- marem da fenda viram uma tam-
tamente diferentes da anatomia pa de pedra na entrada recoberta
Apenas uma semana humana, que claramente perten- de areia com cerca de um metro
ciam à outra espécie. de largura e dois de comprimen-
após o vídeo da múmia to. Incentivados pela curiosidade,
peruana ter sido publi- Saques, tráficos de múmias e arrastaram a tampa para o lado
artefatos antigos são muito co- e viram uma escada de pedras.
cado, outro trecho do muns no Peru. Diversos morado- Ao descer por elas, descobriram
documentário foi libera- res locais descendentes dos povos que se tratava de uma caverna
do no YouTube exibindo nativos como os aymaras e qué- muito antiga escavada no monte.
chuas em sua maioria conhecem Apesar do medo que sentiram
outras três múmias ainda locais onde poderia haver artefa- por um provável desabamento,
mais estranhas. Também tos e múmias antigas enterradas. adentraram e descobriram que
continham três dedos Estimulados pela oportunidade fi- se tratava de um grande comple-
nanceira oferecida pelo comércio xo com túneis e câmaras. Em um
nas mãos e pés e crânios ilegal, eles saqueiam essas regiões dos salões, construído com enor-
alongados, mas apenas para vender relíquias arqueológi- mes megálitos no estilo pré-incai-
cerca de 60 cm de altura! cas no mercado negro. (Em entre- co, encontraram um sarcófago de
vista exclusiva à Revista Enigmas, pedra de dois metros de compri-
Entretanto, afinal, como, onde
e quando essas múmias bizarras
foram encontradas?
Nesta matéria, a mais comple-
ta já publicada no Brasil sobre o
assunto, será abordado em deta-
lhes um dos casos mais polêmi-
cos da história da Arqueologia em
nosso continente para que sejam
respondidas as questões levanta-
das acima.

UMA HISTÓRIA EXÓTICA


O pesquisador e historiador
francês Thierry Jamin, conhecido
Joyse Mantilla no interior da cova encavada da rocha, onde Mário
por sua pesquisa sobre a presença
das civilizações pré-incaicas teria encontrado a múmia grande conhecida como Maria. No canto
(Wari, Tiwanakus, Nazcas, entre superior, podemos ver a abertura que dá acesso a uma pequena câ-
outras) e Incas na Floresta Ama- mara escavada, onde Mário diz ter encontrado as múmias pequenas.

34
mento coberto com uma grossa Segundo eles, algumas paredes contou o que tinha visto ao seu
tampa. Durante o dia todo ten- foram construídas com enormes amigo. Rapidamente, fugiram
taram empurrar a tampa para blocos de pedras de até três me- de lá.
ver o que havia dentro, porém tros de altura e várias toneladas,
não conseguiram. Estava muito muito semelhantes à Sacsayhua- Passado o susto inicial, volta-
bem fechada. Contudo, não se mán em Cuzco, Peru. ram dias depois com mais três
deram por vencidos e voltaram amigos ao mesmo local onde ob-
dia após dia para tentar abrir o No ano de 2015, em uma das servaram novamente o misterio-
sarcófago levando ferramentas salas do complexo, um dos caça- so ser. Tiveram que descer pela
e tentando diferentes métodos, dores de antiguidades bateu em entrada por cordas, pois estavam
mesmo assim, sem sucesso. Até uma das paredes com um mar- a cerca de cinco metros de altura
que tiveram a ideia de usar um telo e escutou um som oco, des- do chão. Essa câmara, ao contrá-
macaco para carros e, finalmen- confiando ter encontrado uma rio das anteriores, encontrava-se
te, conseguiram arrastar a pe- câmara secreta atrás da parede, estranhamente limpa, sem terra
sada tampa. Na expectativa de onde achou que finalmente pode- nem escombros. Lá, descobriram
encontrar ouro, joias e rique- riam ter descoberto os tesouros um segundo sarcófago, e o que
zas antigas dentro do sarcófa- escondidos tão desejados. Assim, viram dentro os deixou atônitos:
go, rapidamente olharam para começaram a quebrar a parede do seu interior, começaram a ex-
dentro: porém, só encontraram oca e abriram um buraco grande trair múmias de misteriosos seres
pequenas figuras de pedra em o suficiente para que uma pessoa humanoides com diferentes ca-
pudesse passar. Um deles entrou racterísticas e de diferentes espé-
forma de sapos em suas diferen-
se arrastando pela passagem, cies, que variavam de 15
tes fases evolutivas, do girino até
o sapo adulto. Isso nos lembra o a 60 cm.
famoso disco genético encontra-
do na Colômbia, que contém o
mesmo desenho.

Todas as figuras do
sarcófago apontavam
para o que parecia ser
um cérebro mumificado,
Leandro B. Radiografia da Thierry Jamin.
mas, quando observaram Ribeira (hua- misteriosa mão
atentamente, se deram quero Mário). com três dedos
com seis falanges
conta que aquele suposto e seu implante
No total, disseram ter encontra-
do mais de cem múmias de pelo
cérebro era demasiado metálico.
menos vinte espécies diferentes!
grande para ser um Todas elas cobertas por uma fina
cérebro humano normal. iluminando o caminho com ape- camada branca, um tipo de argila
nas a sua lanterna de capacete que acredita-se ter sido utilizada
Durante vários dias, for ao lo- de mineração. Quando conseguiu para auxiliar na conservação dos
cal para explorar outras salas e colocar a cabeça do outro lado, corpos (trataremos desse assun-
câmaras do complexo, e assim percebeu que estava a uns cinco to mais adiante). Essas múmias
chegaram a encontrar milhares metros do chão. Ao olhar para o tinham uma característica em co-
de pequenos objetos feitos de canto da câmara, ficou paralisado mum: todas possuíam três dedos
pedras. Alguns tinham formas de quando viu uma sombra do que nas mãos e pés. Além das múmias,
dinossauros, outros pareciam dis- parecia um ser de aproximada- também foram encontradas cinco
cos voadores; uma grande quan- mente três metros de altura, que mãos mumificadas que mediam
tidade representava rostos de di- o observava com olhos que brilha- entre 30 a 40 cm de comprimen-
ferentes tipos de humanoides que vam com uma luz azul muito for- to, também compostas de apenas
foram interpretados como sendo te. Ambos se olharam por um se- três dedos, cada dedo contendo
rostos de raças extraterrestres. gundo para que, repentinamente, seis falanges. A maioria possuía
Por um ano, explorando diferen- o ser desaparecesse como mágica. uma espécie de implante de metal
tes túneis e galerias. O saqueador saiu, aterrorizado, e circular na palma da mão, entre a

35
pele e os tendões, cuja utilidade Edward Valenzuela e José Casa- rusticamente escavado, também
até hoje se desconhece, além do franca da ONG Inkari (criada em muito pequeno.
grande número de cérebros mu- 2009 por Thierry, com sede em
mificados possuindo 20 cm de Cuzco) para poder conhecer e No ano de 2016, o huaquero
diâmetro, em média. Também foi filmar esse local da suposta des- Mário, entrou em contato com
encontrado um coração envolto coberta. seu amigo Paul Ronceros, dono
em algodão em um pequeno vaso, de uma loja de antiguidades no
com aproximadamente o tama- De acordo com o jornalista Joy- Peru, e contou toda a história so-
nho de um punho humano. Como se Mantilla, Mário levou a equipe bre sua descoberta. Após o relato,
esse coração estava mumifica- para uma região desértica entre Paul Ronceros comprou algumas
do, seu tamanho real deveria ser as linhas de Nazca e Palpas, local múmias pequenas e uma das
três vezes maior. O que significa muito árido e com temperaturas mãos mumificadas de três dedos.
que seu dono precisaria ser bem de mais de 40C. Ao chegar próxi-
mo ao local, Joyse disse: “Vimos No mesmo ano, Paul começou
maior que uma pessoa comum! a divulgar sobre esse achado em
montanhas de pura pedra... não é
seu canal no YouTube e acabou
Os caçadores de anti- uma zona desértica, é uma zona
conseguindo a atenção do pes-
de pedras... O acesso é muito difí-
guidades também rela- cil, o sol é muito intenso, e subir quisador e historiador francês
taram que, dentro dos com o peso do equipamento de Thierry Jamin e do pesquisador
e escritor Brien Foerster, que, ao
túneis, as bússolas não filmagem foi muito mais compli-
examinarem as múmias de Paul,
funcionavam: moviam-se cado. A subida demorou mais ou
menos 1h, e no caminho vimos se deram conta de que provavel-
loucamente e revelavam que existiam algumas bolsas com mente eram autênticas.
alto magnetismo no local. pedras, porque essas zonas, nos Após isso, duas correntes de
Características muito co- conta Mário, estavam sendo usa- pesquisa procederam. De um
das para mineração artesanal. lado, Thierry Jamin começou a ar-
muns em locais de cons- Colhem pedras e, a partir daí, recadar dinheiro por meio de doa-
truções megalíticas. extraem minerais. Em uma des- ções na internet, a fim de comprar
sas ocasiões, ele (Mário) encon- as outras múmias dos huaqueros
O relato da criatura de olhos tra uma abertura e, ao retirar as
brilhantes visto por um dos caça- e assim realizar seus próprios
pedras da entrada da abertura, estudos. Com o dinheiro arreca-
dores se repete mais adiante. Uma encontra uma cova escavada na
terceira pessoa, que também par- do, Thierry comprou uma mú-
rocha”. Joyse diz que Mário come- mia grande de 1,68 m e mais três
ticipava da exploração dos túneis, çou a abrir caminho com as mãos
relata que, em determinado mo- múmias pequenas, uma das mãos
na abertura e notou uma grande mumificadas e um bebê com tam-
mento em uma das câmaras, avis- quantidade de um pó branco (ter-
tou um ser de feições femininas, bém três dedos nas extremidades
ra de diatomácea) que protegia os e crânio alongado.
pele azulada e aparência reptilia- corpos mumificados.
na que os observava e, ao ser no- Do outro lado, Paul Roncero
tado, desapareceu na escuridão. A TV on-line por assinatura continuou as investigações por
Gaia TV.com disponibilizou um sua própria conta com o pseu-
LOCAL DA SUPOSTA vídeo para seus assinantes mos-
DESCOBERTA dônimo de Krawix 999 e conti-
trando o local da descoberta e o nuou a publicar vídeos sobre as
A história incrível do huaque- interior da abertura escavada na múmias que tinha em seu poder.
ro Leandro Benedicto Rivera, que rocha onde Mário diz ter encon- Paul, então, decidiu levar algumas
prefere se identificar com o pseu- trado as múmias. Conforme assis- amostras para o Museu Nacional
dônimo de Mário, parece ter saído timos, o local é bem rústico - basi- de Arqueologia, Antropologia e
de algum filme de Indiana Jones. camente um buraco escavado na História do Peru para saber a opi-
Porém, com o caso ganhando muita rocha - onde só é possível entrar nião dos acadêmicos.
repercussão no mês de outubro de arrastando-se, sendo que o local
2017 por conta dos muitos ques- é bem mais simples do que foi re- OPINIÕES DIVERGENTES
tionamentos sobre de onde afinal latado inicialmente por Mário na
essas múmias teriam sido retira- descrição reproduzida acima em Thierry Jamin, junto com Jai-
das, Mário (Leandro) aceitou levar nosso artigo. Lá dentro, é possí- me Maussan, entrou em contato
o jornalista peruano Joyce Man- vel ver outra abertura menor que em abril 2017 com Melissa Tittl e
tilla, assim como Thierry Jamin, dá acesso a um pequeno bolsão Jay Weidner, diretores de conteú-

36
POR CLÉSIO LOPES PEREIRA

A MISTERIOSA E MAGNÍFICA
ILHA DE PÁSCOA
Localizada ao Sul do Pacífico, na região da Polinésia, esta ilha de
formato triangular chama a atenção de pesquisadores do todo
o planeta. Seus mistérios intrigam até os dias de hoje por causa
de inconsistências geradas, muitas vezes, pelos próprios dados
trazidos pelos mesmos estudiosos que os expõem como apenas
regulares e de fácil explicação.
Sua população, até meados de 2002, era de cerca de 3.791 habitantes. Está situada a cerca
de 3.700 km do Chile e possui três vulcões: Rano Kau, Rano Raraku e o Teravaka.

decidiram navegar rumo ao de aproximadamente dezessete


DESCOBERTA DA REGIÃO
desconhecido. Outros estudio- dias levando várias espécies de

A Região Polinésia já teria sido


visitada no passado. Há cer-
ca de 3.200 anos, os asiáticos já
sos dizem apenas que as ilhas
polinésias foram descobertas
por acaso. Os colonizadores da
fauna e flora. Entre elas, bana-
nas, porcos, cães e galinhas.

faziam explorações marítimas. Ilha de Páscoa teriam partido Por meio de algumas publica-
Alguns pesquisadores acredi- das ilhas de Mangareva, Pitcairn ções, deduz-se que a colonização
tam que a colonização começou e Henderson em uma viagem teria ocorrido entre os anos de
há muito mais tempo, por volta
do ano de 8.000 A.C.. Eles teriam
se utilizado de catamarãs e par-
tido da Indonésia. Supõe-se de
que eles teriam vindo do arqui-
pélago de Bismark e que seriam
agricultores e navegadores que
utilizaram canoas para enfren-
tar o mar aberto, chegando às
ilhas Fiji (Polinésia Ocidental),
Samoa e Tonga.

Alguns pesquisadores consi-


deram que há fortes indícios de
que estas ilhas teriam sido des-
cobertas por viajantes que, mes-
mo com grande planejamento, Moais da Ilha de Páscoa.

46
300 e 400 D.C. Porém, estudio- fes de corais, o que prejudica a de frente para o mar. Esse altar
sos sobre a região contestam aproximação de peixes e molus- chama-se Ahu Akivi. Nas encos-
esta data por considerarem cos. Estima-se que a quantidade tas da cratera de Rano Raraku,
suas metodologias de cálculo de espécies de peixes por lá é de ainda podem ser vistos cerca de
precárias. As questionam quan- apenas 127. 300 moais esculpidos. Muitos
do aplicadas ao idioma da Ilha deles ainda estão incompletos
As chuvas também são muito
de Páscoa, que teria tido con- ou encravados nas pedras.
abundantes. As águas pluviais
tato de informantes taitianos e
são absorvidas rapidamente O altar de moais de nome
marquesanos.
pelo solo poroso da Ilha, o que Ahu Nau Nau mostra algumas
Entre os anos 600 e 800, as limita a quantidade de água po- estátuas muito bem conserva-
demais ilhas da Polinésia Orien- tável. Para adquirem água para das com detalhes definidos de
tal teriam sido colonizadas. Pro- beber, cozinhar e cultivar, os traços faciais, braços, mãos e
vas advindas da utilização da nativos precisam empreender abdômen. O altar de Ahu Ton-
datação de carbono feita pelo muito esforço. gariki é um dos maiores, com
E.M.A. (Espectrometria de Mas- mais de 200 metros de exten-
VESTÍGIOS DE ANTIGOS
sa com Acelerador) teriam con- são. Ele possui quinze moais e
HABITANTES
firmado a presença humana na foi destruído por um maremoto
praia de Anakena pouco antes Próximo à cratera de Rano em 1960, tendo sido restaurado
dos anos 900. Nesse local,os hu- Kau há pedras com desenhos trinta anos depois. Os altares da
manos se alimentariam de golfi- de homens com cabeças de pás- Ilha eram chamados de Ahu e
nhos cujos ossos foram utiliza- saro. Ao que se sabe, havia um serviriam como plataforma de
dos neste exame de datação. ritual em que os nativos pula- culto aos antepassados. Possi-
vam destas pedras em direção velmente, estes altares também
Por volta de 1200 D.C., os
às três ilhas próximas, de onde seriam utilizados como crema-
polinésios teriam expandido
pegariam ovos do ninho de um tórios.
suas rotas até a Nova Zelândia,
pássaro migratório. Aquele que
completando a ocupação das Também foi encontrado na
voltasse primeiro com um des-
demais ilhas do Pacífico onde região um sistema de escrita até
tes ovos receberia o título de ho-
os humanos poderiam habitar. hoje indecifrável, chamado de
mem-pássaro e governaria a ilha
Rongo-rongo e gravado em ta-
SOBREVIVÊNCIA DIFÍCIL por um ano.
bletes de madeira.
A geografia da região é difícil Há também um local onde
de ser habitada por humanos existem restos de um porto fei-
por conta das consequências to de pedra de onde se lança-
das erupções vulcânicas. Para os vam canoas e catamarãs ao mar.
padrões Polinésios, a ilha tam- Ainda, casas pequenas de pe-
bém é muito fria. A flora local so- dra seriam a principal moradia
fre bastante em consequência da para os nativos dentro de caver-
temperatura. Como exemplo, os nas próximas, comuns na ilha.
cocos não se desenvolvem bem Durante o evento dos homens-
por lá e a fruta-pão que teria -pássaros, essas cavernas tam-
sido recentemente introduzida bém serviriam de abrigo para
na região juntamente com os co- as famílias que acompanhavam
cos cai do pé antes do tempo por os participantes.
causa dos fortes ventos. O oce-
ano é excessivamente frio, não Nos anos 60, foi restaura-
permitindo a formação de reci- do um altar de moais que fica Imponentes Moais.

47
MOAIS Os Moais erguidos ao pé do vul- Em 1988, foi necessário um
cão Rano Raraku possuem dese- guindaste para recompor algu-
O maior destaque desta ilha é, nhos e inscrições na língua Rongo- mas estátuas ao seu estado origi-
sem dúvidas, a presença dos Mo- rongo. Não possuem detalhes dos nal. A empresa japonesa Tadano
ais. Os Moais são estátuas gigan- Pukao referentes ao chapéu e às se prontificou para o serviço, fi-
tes de pedra com tamanhos que pálpebras e, até então, não se sabenalizando o empreendimento em
variam de quatro a seis metros o motivo dessa diferença. 1995. Os serviços tiveram custo
de altura. Alguns deles chegam a elevado, mas o guindaste que po-
vinte metros de altura e possuem Os Tukuturi possuem pernas
deria levantar até 50 toneladas foi
pesos em torno de uma até cerca muito semelhantes ao formato e
doado como presente à ilha.
de vinte e sete toneladas. Conhe- posição das estátuas do período
cidas como “As Cabeças da Ilha pré-incaico. Eles apresentam-se De acordo com a arqueóloga
de Páscoa” ou Naoki, contam com sentados sobre suas panturrilhas Jo Anne Van Tilburg, estas estátu-
887 estátuas espalhadas por todo com braços junto ao corpo e al- as poderiam ser transferidas por
o território e teriam sido constru- gumas delas possuem também o vários quilômetros a fio de uma
ídas entre os anos de 1250 e 1500 falo masculino. forma simples. As estátuas seriam
pelo povo Rapanui. conduzidas, de acordo ela, por
Um detalhe importante re-
forquilhas de troncos de árvore e
monta do ano de 1956, onde um
Há três tipos de Moais na cordas de fibra vegetal.
norueguês de nome Thor Heyer-
região: Os Pukao, os que fo-
dahi teria descoberto milhares de Sim. Ela disse troncos de
ram erigidas ao pé do vulcão ferramentas utilizadas na confec- árvore!
Rano Raraku e os Tukuturi. ção destes Moais.
Os Pukao possuem olhos, ORIGEM DOS MOAIS
pálpebras e um chapéu e po- A primeira referência de visita
dem chegar a doze toneladas. ocidental na região está no regis- Predominantemente, acredi-
tro da presença de Jacob Rogge- ta-se que os Moais foram feitos
São contadas cerca de 250
veen em 5 de abril 1722. Ele era pelos Rapanui. Os Rapanui foram
estátuas situadas à beira-mar.
holandês e teria encontrado nati- os primeiros habitantes da ilha e
Alguns destes Pukao estão a
vos de cabelos avermelhados com teriam feito estas estátuas em ho-
20 km do vulcão onde teriam pele clara vivendo em cabanas fei- menagem aos mortos. Cogita-se
sido criados. Um longo cami- tas de colmo que se alimentavam que esta seria a explicação para a
nho para uma ilha de pouco de vegetação, aliás,bem escassa disposição dos Moais ao longo da
mais de 160 km². na região. ilha: de costas para o mar e, con-

Ilustração de como supostamente


os Moais foram colocados na posição
em que estão.

48
PUBLIQUE
SEU LIVRO
Sabe aquela sua obra ou monografia que você deixou engavetada?
Um livro que você está terminando de escrever e não sabe como irá
fazer para publicar? Ou aquele texto que outra editora não reconheceu
o valor, não deu atenção ou recusou? Pois é. Está na hora de você publicar
essa obra com a Editora Anunaki. Transformaremos seu manuscrito em
um livro pronto para o mercado editorial dando aquele empurrão que
você tanto esperava. Chegou a hora de realizar seu sonho!

Quer publicar seu livro?


ANUNAKI.COM.BR
Escreva para contato@anunaki.com.br. 51
POR VAN TED

ADÃO E EVA, O MITO DA CRIAÇÃO


E se os mitos bíblicos escondessem a verdadeira História por trás
da humanidade? Acompanhe o artigo da estudiosa Van Ted, que
promete desvendar as reais origens da nossa espécie.

M uitos de nós crescemos dou-


trinados por alguma das
religiões abraâmicas. Estas são
nal e debochada desconfiança E se, de repente, o mito bíbli-
de que tudo isso não passa de co for tão ou mais verdadeiro
um mito para explicar algo mais que a teoria publicada em 1859
separadas em três vertentes: complexo. Ora… Aprendemos em plena Era Vitoriana?
Judaísmo, Cristianismo e Isla- nas escolas que viemos e evoluí-
Quando Charles Darwin
mismo. Todas são monoteístas mos do macaco!
publicou o livro A Origem das
e concebem o Deus dos tex-
Espécies, seus colegas acadê-
tos sagrados como Universal e
micos, a Igreja e a austera socie-
Criador de Todas as Coisas. As
dade da época o apedrejaram,
três falam sobre uma possível
metaforicamente, de todas as
origem do Homem a partir de
maneiras possíveis. E, vejam:
um molde de barro feito pelas
no livro, Darwin evitou ao má-
mãos do próprio Deus. O conto
ximo usar o termo evolução,
bíblico continua dizendo que,
pois isso implicava em criação
após a criação, o homem teria
sem intervenção divina, o que
sido posto no Jardim do Éden
era uma tremenda e imperdo-
para que dele cuidasse. Também Pictograma Sumério ável blasfêmia na época. A sua
conta sobre como teria surgido em forma de cruz. sorte é que a Era das Fogueiras
a mulher a partir de uma das
já havia passado, mas ele não
costelas de Adão, e, mais para Na verdade, a Teoria da Evo-
escapou de ser retratado em
frente, sobre como o casal teria lução não diz que o homem
uma caricatura de macaco na
caído em desgraça após ouvir a veio do macaco – esse é um
famosa revista inglesa Hornet.
maléfica serpente que por ali se equívoco comum sobre teoria
arrastava. Também sobre como de Darwin. A tal teoria diz que Porém, com o tempo, sua
Deus, ao perceber que algo ne- os humanos e os macacos pos- tese se tornou a explicação
les havia mudado, se enfureceu suem um ancestral em comum científica mais aceita e divul-
e expulsou o jovem casal do Pa- e que pertencem ao grupo dos gada sobre a diversidade de
raíso, os condenando a uma vida primatas. De qualquer forma, espécies na natureza. Em con-
de trabalho e sofrimento. Essa levou muito tempo para que trapartida, a credibilidade da
estória sabe-se de cor e salteada, nossa sociedade aceitasse a Te- Bíblia e a fé nela depositada foi
e, apesar da beleza proposital- oria da Evolução como crença automática e inevitavelmente
mente alegórica que o texto traz mais coerente sobre nossa ori- enfraquecida pela gradativa
e da curiosidade perplexa que é gem. Então, o que mais haveria aceitação da Teoria da Evolu-
capaz de causar, acaba por surtir para ser investigado se já te- ção. Era e é uma questão de
na maioria das pessoas a racio- mos a resposta? lógica: se o Homem evoluiu,

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então não pode ter sido mila- cém-descobertos proto-Nean- direto. Sendo assim, parte dos
grosamente criado por Deus! dertais encontrados ao norte pesquisadores rejeita o termo
da África e que surgiram na sapiens para ele, enquanto ou-
Mas há um problema com mesma época. Mesmo assim, tra parte insiste que ele seja
a teoria de Darwin: nunca foi estão deslocados no tempo uma subespécie do Homo sa-
explicado o salto que a huma- natural de evolução em com- piens sapiens, e que, portanto,
nidade deu em sua História, na paração com as espécies mais deve-se sim manter o sapiens
passagem repentina de Homo primitivas como o Homo erec- em seu sobrenome. Enquanto
erectus para Homo Neanderta- tus, ou próximos a ele. Junto resolvem o que fazer, conti-
lensis, o Neandertaal, e, na se- a isso o fato que tanto os Ne- nuo com a minha linha de ra-
quência, do Neandertaal para o andertais e seus similares, o ciocínio, onde o Neandertal se
Homem Cro-Magnon, sem que Homo erectus e seus similares encaixa perfeitamente como
fossem deixados vestígios desse e os Cro-Magnons coexistiram uma criatura deslocada no rit-
salto enorme. Nunca foram en- até cerca de 40 mil anos atrás! mo evolucionário após o Homo
contradas ossadas de seres in- Vários tipos do gênero huma- erectus e como antecessor do
termediários entre o Homo erec- no em diferentes estágios de Homo sapiens sapiens, seguin-
tus e o Neandertal, nem entre evolução convivendo no mes- do a linha científica que consi-
o Neandertal e o Cro-Magnon! mo período. Um não anulou o dera o mesmo.
Volta e meia aparecem candida- outro. Como se explica isso? As
tos ao Elo Perdido que nunca se hipóteses são várias! Mas, ne- Estudos sobre o DNA mi-
sustentam ao posto ao decorrer nhuma é conclusiva. tocondrial levam a supor que
das investigações. tanto os Neandertais (Homo
De qualquer forma, como os sapiens Neandertalensis) como
Outro fator sem explicação outros espécimes de Homo não os Cro-Magnons (Homo sapiens
é que os Neandertais aparece- são considerados pela ciência sapiens) evoluíram a partir de
ram há cerca de 300.000 anos, como sapiens, concentremo- um ancestral em comum, fal-
em vez de daqui dois ou três -nos no Homo sapiens nean- tando apenas saber quando
milhões de anos no futuro, de dertalensis, muito embora hoje teria ocorrido essa separação.
acordo com a lógica do processo em dia já se cogite que ele não A questão é que não existem os-
evolutivo. Sim, porque, se tivés- seja o antecessor do homem sadas que façam a conexão com
semos evoluído naturalmente moderno, mas um parente in- esse antepassado em comum.
do Homo erectus, ainda estarí-
amos lá atrás, no estágio mais
primitivo, e não aqui. Afinal, essa
espécie simiesca já perambulava
pela terra há três, quatro e já se
fala em até oito milhões de anos,
de acordo com estudos recentes.
Como então aconteceu um sal-
to tão grande para o Neander-
tal, que surgiu há relativamente
tão pouco tempo? Temos seres
mais aproximados ao Neander-
tal, com aparentemente poucas
diferenças, como o Homo hei-
delbergensis, que surgiu há 600,
700 mil anos, e o Hominídeo de
Denísova, assim como os re- Homem de cro-magnon.

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Outros estudos genéticos tam- tural. Por outro lado, podemos Você já ouviu falar ou leu sobre
bém constataram que há cerca de especular que subir em uma as tabuletas de argila mesopotâ-
200, 350.000 anos atrás, aproxi- árvore para se abrigar, colher micas encontradas na Biblioteca
madamente, houve uma mudança um fruto que já se sabe ser co- de Assurbanípal II nas ruínas da
súbita na cadeia do DNA huma- mestível por conhecimento ge- bíblica cidade de Nínive? Por vol-
no, e ainda não foi encontrada racional ou fazer uma lança com ta de 1840, arqueólogos ingleses
qualquer explicação lógica para ponta de pedra vem do instinto e franceses fizeram descobertas
isso. Ou seja, já não é apenas uma de sobrevivência e da inteligên- incríveis. No meio das escava-
questão de encontrar ossadas cia adquirida pela observação ções encontraram palácios, tem-
intermediárias: a Genética tam- somados à necessidade de se vi- plos, joias, estátuas, a tal biblio-
bém acusa um salto inexplicável rar com o que se tem por perto, teca real e, dentro dela, mais de
do tipo Homo erectus para o tipo mas... Construir cidades exige 25.000 tabuletas de argila, todas
Homo Neandertalensis! conhecimento! E de onde veio com escritos cuneiformes!
esse conhecimento todo, assim,
Claramente, a Ciência ainda repentinamente? Essas tabuletas relatavam
não tem todas as respostas. Des- tudo: textos históricos, poesias,
cobre-se, aqui e ali, uma nova os- Muitos se confortam espiritu- registros astronômicos, fórmulas
sada de algum ancestral do Ho- almente e sem questionamentos matemáticas, contratos comer-
mem moderno em algum local ao dogma religioso da Criação, ciais, partituras musicais, tudo!
que foge do senso comum acadê- o mito de Adão e Eva. Pode pa- Inclusive textos mitológicos que
mico, e, assim, mais e mais ques- recer estranho uma cobra falar, retratavam a vida dos deuses,
tões são levantadas, possibilida- mas tudo bem, já que o impor- seus feitos e sua genealogia. Ze-
des são exploradas, descobertas tante é ter fé. Outros se confor- charia Sitchin era um dos poucos
genéticas nos tiram a respiração e mam intelectualmente com a Te- estudiosos no mundo capazes de
o anseio cresce; mas, ainda assim, oria da Evolução, mas no fundo, ler e interpretar o Sumério anti-
continuamos sem respostas para o tal Elo Perdido é uma grande go e o Acadiano diretamente nas
o que realmente aconteceu no pulga atrás da orelha. De alguma tabuletas de argila. Para escrever
passado, e, como caçadores de um forma entrevemos, mesmo que O 12º Planeta, primeiro livro de
tesouro pirata perdidos no tempo sutilmente, que falta uma peça uma série e a base de sua teoria,
e na lenda, vamos seguindo as li- nesse quebra-cabeças! Sitchin debruçou-se durante trin-
nhas pontilhadas e decifrando as ta anos sobre as traduções das
pistas que nos levam sempre a tabuletas que já estavam disponí-
outra pista: porém, ainda não po- Há mais alguma alter- veis em diversos tratados, teses,
demos entender por completo o nativa que nos instiga e livros de diversos autores - a
velho mapa de couro surrado. a continuar buscando maioria ligada à Arqueologia ou
Filologia. Ele também investigou
por uma resposta? Sim,
O fato é que caçadores primiti- pessoalmente muitas tabuletas
vos, coletores de frutos caídos ao há! Podemos nos aven- originais às quais pôde ter acesso
chão de feições rústicas, cheios de turar pela Teoria do em museus espalhados pelo mun-
pelos por todo o corpo que con- Astronauta Antigo. Essa do, principalmente no Museu Bri-
viviam com outros animais e be- teoria investiga uma tânico de Londres. Em seguida,
biam em poças d’água de chuva, Sitchin escolheu o melhor resul-
foram subitamente transforma- possível interferência tado dessas traduções - aquelas
dos em seres graciosos, constru- extraterrestre ocorrida que faziam mais sentido para ele
tores de cidades, escribas, médi- no passado da Terra e ou que eram mais coerentes en-
cos, professores, sem terem tido o da Humanidade e pro- tre si - e as comparou com o texto
tempo necessário para um apren- Bíblico em hebraico massorético.
dizado baseado em tentativas, er-
mete respostas que tra- E foi assim que ele percebeu que
ros e acertos, como teoricamente zem a solução do misté- o que os primeiros tradutores
acontece em uma evolução na- rio do Elo Perdido. dos textos mesopotâmicos con-

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sideravam como mitologia era, guinte maneira: “ele perscruta o povos antigos achavam que os
na verdade, uma história real! A escondido conhecimento”, “ele vê deuses, ou mesmo o Deus Bíbli-
história dos deuses sumérios que todos os quadrantes do universo”, co, era imortal. Todavia, os tex-
ficaram conhecidos nos últimos “o grande planeta: a sua aparên- tos deixam claro que esses deu-
anos - como Anunnaki - e que um cia, vermelho escuro”, “o mais ra- ses podiam sim, morrer. “Deus”
dia, há mais ou menos 450.000 diante dos planetas é ele”. Sitchin não seria eterno, apenas viveria
anos, saíram de seus reinos ce- supõe que seja uma anã marrom muito.
lestiais e vieram para a Terra. A cujo espectro não pode ser reco-
Bíblia se refere a eles como os nhecido por telescópios comuns, Estivemos lidando o tempo
Elohim ou Nefilim. Vários são os e que por isso ainda não foi en- todo com seres extraterrestres,
epítetos Bíblicos para eles. contrado em nosso sistema solar. e não com o Deus Criador de To-
Hoje já se fala no Planeta Nove e das as Coisas, no qual os próprios
Para o reino celestial, os sumé- as coincidências que o ligam ao Elohim acreditavam também!
rios deram o nome de Nibiru. Esse hipotético Nibiru de Sitchin são Sim, os Anunnaki acreditam em
nome foi encontrado no Enuma muitas. É um planeta gelado, com Deus... E a Bíblia não fala em ne-
Elish, cópia de um texto sumério massa de sete a dez vezes maior nhum momento desse Deus Eter-
muito mais antigo onde a palavra que a Terra, possivelmente do ta- no e Universal. Ela fala, o tempo
nibiru significa “travessia”. Segun- todo, do início ao fim e linha por
manho de Netuno e com uma ór-
do o antigo texto, o misterioso linha, de seres de outro planeta.
bita excêntrica. Mas as coincidên-
corpo celeste que é inicialmente
cias acabam quando se começa
chamado de Marduk em home-
a tratar do tempo de órbita e do Mas afinal, por que
nagem ao deus que dita vitorio- os Anunnaki saíram de
caminho que o novo membro da
samente ao escriba sua versão
babilônica da história, atravessa
família do Sol faz. O Planeta Nove Nibiru (O Reino Celestial)
não passa por dentro do Sistema e empreenderam sua
o Sistema Solar esporadicamente,
Solar, entre Marte e Júpiter, mas
entre Marte e Júpiter, justamente
abraça por fora todos os planetas
viagem para a Terra?
no espaço onde há um cinturão
em uma grande órbita ao redor do Porque eles precisavam
de asteroides, cujas rochas sem-
Sol com tempo estimado de 15 a
pre nos fazem especular se não
20 mil anos. Já a órbita de Nibiru
de ouro.
seriam os restos mortais de um
planeta destruído há muito, mui- em volta do nosso Sol é proposta
Segundo a teoria de Sitchin,
to tempo atrás. O texto mesopo- como sendo de 3.600 anos. Os su-
mérios definem esse tempo como
todas as pistas indicam que os
tâmico K.3558 é bem explícito: Elohim vieram para a Terra em
“o número dos corpos celestes de um shar, unidade matemática
equivalente ao ano de Nibiru. E, busca de Ouro para recuperar a
Mulmul (Sistema Solar) é doze.” atmosfera do planeta deles. Esse
Os sumérios faziam a conta, so- agora, podemos vislumbrar a di-
ferença entre os ciclos de vida dos metal, reduzido ao pó e com tec-
mando os nove planetas já conhe-
Elohim (Anunnaki) e nós, terres- nologia elevada ao céu poderia
cidos por nós, inclusive Plutão,
tres. Se 3.600 anos da Terra cor- curar a ferida na atmosfera que
juntamente ao Sol e a Lua.
respondem a um ano de Nibiru, estava comprometendo toda
O 12º membro do sistema so- quanto tempo vivem esses seres a vida no planeta. E eles esta-
lar seria o Travessia - ou Nibiru que foram adorados como deuses vam realmente desesperados
- que era representado pictografi- nas mitologias dos quatro cantos em busca do ouro da salvação!
camente com o sinal da cruz. Uma do Mundo Antigo? Vivemos, ao Várias equipes foram sucessi-
cruz enfeitada com sinais que máximo, sofridos 120 anos (em vamente chegando à Terra, e a
lembram radiação e luz, indican- raros casos, 200 anos), mas para vida por aqui não foi nada fácil
do um corpo com campo magnéti- os Anunnaki provavelmente esse para os astronautas da missão.
co bastante forte. A cruz é um dos tempo não passava de uma pausa Quando uma equipe se exauria
símbolos mais antigos do mundo. para a siesta após o almoço. Isso completamente, era substituída
Os textos falam de Nibiru da se- nos dá a exata ideia de por que os por outra que trazia jovens com

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REVISTA

ENIGMAS
NÚMERO 1 . ANO O - ABRIL DE 2018

ARTICULISTAS DESTA EDIÇÃO EDITOR


André de Pierre
CLESIO LOPES REDAÇÃO
Administra canais no Youtube e trabalha com edição Júlia Teztlaff
de imagens em Photoshop. Também é músico,
programador de softwares e pesquisador de
PRODUTOR DE ARTE
assuntos relacionados a Ufologia.
João Forni

CORRESPONDENTE
DAYANA MELLO INTERNACIONAL
Jornalista, formada pela Universidade Federal de Ala- Dayana Melo - Europa
goas. Repórter, apresentadora e fotógrafa, reside em
Roma, Itália. É administradora do blog ‘PopulusQue AGRADECIMENTO
Latinus’ (dayanamello.wordpress.com), sobre cultura ESPECIAL
e história das antigas civilizações. Adnir Antonio Ramos
Terezinha Stachelsky
Juliana Jeremias
LUIZ NEME Zinder Capistrano
Profissional da área de tecnologia da informação, Adonai Zanferrari
editor do site OVNI Hoje (www.onvihoje.com) e Rui Castelo Branco Pinheiro
interessado em fenômenos anômalos, principalmente Cláudio Henrique Rinaldi
aqueles relacionados aos avistamentos de OVNIs. Clarice Abramo
Célia Novaes
Tarsila Firace Santos
Cynthia De Pierre Penhalber
RAFAEL CARVALHO Oswaldo Penhalber
Programador neurolinguístico, pesquisador dos Luiz Carlos de Barros
antigos mistérios, faz parte da escola online Método Anne Amaral
da Integração que já conta com centenas de alunos
Paulo Cesar Almeida
no Brasil e no mundo.
Humberto Landim
Christiane Pingitore
Maicon Nonoyama
VAN TED Edson Nogueira
Estudiosa e investigadora da teoria do Astronauta Paulo Rodrigues da Cunha
Antigo. É roteirista dos quadrinhos Anunnaki: Fátima Gizela
Os Senhores da Eternidade. Felipe Santos
Tatá Coelho

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