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15/08/2019 Aprendizagem motora - fatores de influência | Aprendizagem e Controlo Motor

Aprendizagem motora -
28th November 2012
fatores de influência

APRENDIZAGEM MOTORA
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O sistema nervoso apresenta duas funções básicas, a manutenção da


homeostase do organismo e a emissão de comportamentos, sendo esta última
a mais complexa, na medida em que permite a adaptação dos organismos ao
meio externo. Os comportamentos são resultados da interação dos fatores
genéticos com o ambiente, sofrendo modificações constantes, permitindo a
adaptação cada vez melhor do organismo ao meio. Essas modificações são
resultado dos processos neurobiológicos que definem a aprendizagem.
Na emissão de um comportamento, podemos distinguir dois elementos: os
ajustes neurovegetativos e o comportamento motor responsável por organizar
as respostas pelas quais os organismos agem sobre o ambiente. Dessa
maneira, definimos aprendizagem como o processo pelo qual os animais
adquirem informação a respeito do meio; a memória é o processo de retenção
ou armazenamento dessas informações. Este processo só faz sentido quando
existe uma entidade que recebe, processa e transforma a informação, isto é,
que aprende.
Deste modo a Aprendizagem Motora (AM) é definida como o conjunto de
processos cognitivos associados à experiência e à prática que resulta em
mudanças relativamente permanentes no comportamento motor. Assim
aprender exige uma modificação estrutural interna que se observa geralmente
através do desempenho numa alteração estável (persistente no tempo) do
comportamento do indivíduo como resultado da prática e/ou experiência.

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[http://www.blogger.com/blogger.g?
blogID=9123828317048572404]Relação entre
aprendizagem motora e desenvolvimento motor
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O desenvolvimento é o conjunto de processos de transformação dos


organismos. O desenvolvimento motor consiste numa relação entre a
maturação e a aprendizagem, expressa numa motricidade mais elaborada e
num melhor ajustamento do comportamento às características circunstanciais
do envolvimento. A aprendizagem é simultaneamente causa e efeito do
processo de desenvolvimento humano ao longo da vida. A criança aprende

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pelo movimento, “novos mundos” que lhe vão criar novos desafios que por
sua vez a estimulam a continuar a aprender. Conforme a criança cresce, vai
organizando as suas capacidades motoras de acordo com a sua maturidade
nervosa e com os estímulos do meio que a rodeiam. A organização motora é
fundamental para o desenvolvimento das funções cognitivas, das percepções
e dos esquemas sensoriomotores da criança.
A experiência motora (aprendizagem motora) propicia o amplo
desenvolvimento dos diferentes componentes da motricidade, tais como a
coordenação, o equilíbrio e o esquema corporal. Esse desenvolvimento é
fundamental, particularmente, na infância, para o desenvolvimento das
diversas habilidades motoras básicas como andar, correr, saltar, correr e
lançar. No entanto, embora o desenvolvimento motor não ocorra de forma
linear, é fundamental que se ofereça à criança um ambiente diversificado, de
situações novas e que propicie meios diversos de resolução de problemas,
uma vez que o movimento se apresenta e se aprimora por meio dessa
interação, das mudanças individuais com o ambiente e a tarefa motora, ou
seja através da AM.
Assim o desenvolvimento motor como campo de estudo, debruça-se sobre as
modificações ou a evolução do comportamento motor ao longo da vida do
indivíduo (Life Span), relacionando-o com os mecanismos neurofisiológicos
e biomecânicos do controlo motor e da aprendizagem motora e integrando-as
no contexto biopsicossocial de cada sujeito

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Relação
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aprendizagem motora e performance motora
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Aprendizagem motora são mudanças em processos internos que determinam


à capacidade do individuo de produzir uma ação motora. O nível de
aprendizagem motora do individuo melhora com a pratica e é,
frequentemente, inferido pela observação de níveis relativamente estáveis da
performance motora (PM) da pessoa. Quando uma pessoa corre, caminha,
lança uma bola, toca piano, chuta uma bola ou dança, esta está a utilizar uma
ou mais habilidades motoras. A aprendizagem inicial é caracterizada por
tentativas do individuo de adquirir uma idéia do movimento ou entender o
padrão básico de coordenação.
Aprender exige uma modificação estrutural interna que se observa
geralmente através do desempenho numa alteração estável (persistente no

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tempo) do comportamento do indivíduo como resultado da prática e/ou


experiência. A performance ou desempenho motor é um indicador objectivo
que traduz o grau de integração e/ou aplicação das aprendizagens realizadas.
Centra-se nos resultados – “outcomes” - e não nos processos de
aprendizagem. É o indicador objectivo e indireto do grau de aprendizagem.
No entanto a performance não reflecte de forma transparente as alterações
estruturais correspondentes. Entre as várias causas que limitam a
correspondência entre a aprendizagem e a performance estão, por exemplo, o
estado emocional/afectivo do indivíduo ou factores de condição do sistema
muscular, em dado momento. A principal diferença entre aprendizagem
motora e performance motora é que a performance motora é sempre
observável e influenciada por muitos fatores. A aprendizagem motora, em
contraste, é um processo interno que reflete o nível de capacidade de
desempenho do indivíduo, podendo ser avaliado por demonstrações
relativamente estáveis.
O nível da AM aumenta com a prática e é inferida pela observação na PM
mas só há AM quando a PM apresenta as seguintes características:
· Aperfeiçoamento (com melhorias)
· Consistência (com uniformidade nos resultados)
· Estabilidade (que se mantém num estado de equilíbrio)
· Persistente (que se mantém apesar de contrariedades ou dificuldades)
· Adaptabilidade (que se adapta às circunstâncias)

Assim se o nível de proficiência da performance do indivíduo for


relativamente estável ao longo de várias observações e sob diferentes
conjuntos de circunstâncias, o profissional pode assumir que o desempenho é
um reflexo preciso do nível de aprendizagem motora desse indivíduo.

Resumindo podemos definir AM, enfatizando os seguintes aspectos: a) a


aprendizagem resulta da prática ou da experiência; b) a aprendizagem não é
diretamente observável; c) as mudanças na aprendizagem são observadas nas
mudanças na performance; d) a aprendizagem envolve um conjunto de
processos no sistema nervoso central; e) a aprendizagem produz uma
capacidade adquirida para a performance; f) as mudanças na aprendizagem
são relativamente permanentes. A aprendizagem motora, portanto, dá-se por
meio de uma combinação complexa de processos cognitivos e motores.

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blogID=9123828317048572404] FACTORES DE INFLUENCIA

DA APRENDIZAGEM MOTORA

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O estudo da AM ajuda a estabelecer estratégias para terapeutas no


desenvolvimento de ações efetivas para o aumento das habilidades motoras e
da reabilitação. Este assunto é de grande importância, porque tenta
compreender como as pessoas aprendem ou reaprendem habilidades motoras,
como elas as desenvolvem e usam tais habilidades em várias situações. A
aprendizagem envolve uma modificação no estado interno de uma pessoa,
que deve ser inferida a partir da observação do comportamento ou do
desempenho daquela pessoa. Para que a aprendizagem seja efetiva deve-se
considerar as variáveis que interferem neste processo.
O indivíduo está constantemente a sofrer influências de suas restrições
individuais (características físicas e mentais próprias), das restrições
ambientais (características do ambiente físico ou sociocultural) e das
restrições da tarefa (metas empreendidas). Qualquer alteração num destes
fatores afetará o movimento que surge destas interações, evidenciando o
processo dinâmico e sistêmico da aprendizagem motora. Assim os factores
de influencia da aprendizagem motora podem ser divididos em: factores
relacionados com o indivíduo (o aprendiz, Quem?), factores relacionados
com a tarefa (a tarefa, O quê?) e factores relacionados com o contexto (o
meio, Onde?).
Nem todos os autores têm o mesmo conceito de AM. Alguns salientam o
aspecto externo da modificação do comportamento, outros a construção
pessoal, experiencial; uns dão maior ênfase ao processo da aprendizagem,
enquanto outros ao produto desse processo.

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[http://www.blogger.com/blogger.g?
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Nada se aprende, verdadeiramente, se aquilo que se pretende aprender, não


passar pela experiência pessoal de quem aprende. A aprendizagem assume
assim um caráter pessoal, é um processo que acontece de forma singular e
individualizada, portanto é pessoal e intransferível, quer dizer a AM não

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pode passar de um indivíduo para outro e ninguém pode aprender se não for
por si mesmo.
O indivíduo é a figura central em todas as experiências de aprendizagem, e
para que o fisioterapeuta possa proporcionar experiências de aprendizagem
mais eficientes, deve estar ciente de algumas características importantes do
aprendiz, tais como: a idade, as capacidades, a experiência prévia, a
capacidade de processamento de informação, a motivação, o estadio de
aprendizagem, a atenção, a memória e o nível de excitação.

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Idade [http://www.blogger.com/blogger.g?
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Como vimos anteriormente o processo de aquisição de habilidades emerge


em função das interações entre fatores biológicos e ambientais. A infância
pode ser considerada uma fase determinante desse processo, tanto pelo ritmo
acelerado de alterações biológicas, como pela elevada capacidade de
adequação aos estímulos ambientais. É provável que a quantidade e a
qualidade dos estímulos presentes nessa fase influenciem diretamente o
desenvolvimento em idades posteriores. Na adolescência, o ritmo de
maturação biológica, em conjunto com as experiências anteriores, resulta
numa grande variabilidade no desempenho motor. Essas alterações ocorrem
devido ao amadurecimento dos diferentes sistemas, desde os primeiros anos
de vida até a idade adulta, por volta dos 25 anos. Posteriormente, os mesmos
sistemas começam a ter uma perda na eficiência das funções, que tem uma
queda mais acentuada na terceira idade. Assim se percebe que a idade poderá
ter influência na AM.

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Capacidades [http://www.blogger.com/blogger.g?
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De um modo geral, as capacidades motoras são características individuais e


inatas, que podem ser sujeitas a um desenvolvimento, e que, em conjunto,
determinam a aptidão física de um indivíduo. Referem-se a um conjunto de
predisposições, pressupostos ou potencialidades individuais, nas quais
assentam a realização, aprendizagem e/ou desenvolvimento de habilidades
motoras.
Devemos destacar que existem diferenças entre capacidade motora e
habilidade motora. Capacidade refere-se às qualidades físicas de uma pessoa,
um potencial, definido geneticamente, que pode ser atingido ou não.
Enquanto que habilidade refere-se a uma tarefa com uma finalidade

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específica a ser atingida. Todos nascemos com uma determinada força, ou


resistência, mas precisamos de aprender a dançar ou a jogar basquete.
As capacidades motoras podem ser divididas em:
Capacidades motoras condicionais, são as capacidades determinadas pelos
processos energéticos e metabólicos – obtenção e transformação da energia.
Por isso, são condicionadas pela energia disponível nos músculos e pelos
mecanismos que lhe regulam a distribuição – carácter quantitativo. Podemos
considerar a força, velocidade, resistência e flexibilidade.
Capacidades motoras coordenativas, são essencialmente determinadas pelos
processos de organização, controlo e regulação do movimento. Estas são
condicionadas pela capacidade de elaboração das informações por parte dos
analisadores implicados na formação e realização do movimento – carácter
qualitativo.
Nota - para mais informações clicar no link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Capacidade_motora
[http://pt.wikipedia.org/wiki/Capacidade_motora] ou
http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/educfisica/12_capacidades_motoras_d.htm
[http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/educfisica/12_capacidades_motoras_d.htm]

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Experiência prévia [http://www.blogger.com/blogger.g?
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Uma das variáveis que interferem significativamente no processo de


aprendizagem é a experiência prévia. Alguns autores afirmam que aqueles
que possuem experiências anteriores em certas habilidades motoras, possuem
uma vantagem na rapidez com que aprendem uma nova tarefa semelhante ou
aprendem a mesma tarefa após lesão. Ou seja um indivíduo terá mais
facilidade em executar uma tarefa nova se tiver experiência prévia numa
tarefa similar, terá maior facilidade de transferência da aprendizagem.
Existem vários conceitos de transferência de aprendizagem:
a experiência anterior no desempenho de uma habilidade num novo contexto
ou na aprendizagem de uma nova habilidade;
a influência da aprendizagem de uma habilidade motora sobre o desempenho
ou aprendizagem de outra habilidade;
o efeito que a aprendizagem prévia de uma determinada tarefa exerce sobre a
aprendizagem ou desempenho noutra tarefa num momento posterior.
Por exemplo as crianças que não passaram por experiências em tarefas
motoras fundamentais durante as fases iniciais podem apresentar um
repertório menor de habilidades motoras na idade adulta, causando a
impressão de terem menor capacidade motora.
Deste modo à ideia de que a experiência prévia exerce um papel primordial
no processo de aprendizagem de habilidades motoras torna este aspecto

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fundamental para o fisioterapeuta na forma como estrutura e implementa os


programas de reabilitação motora.

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Capacidade de processamento de informação
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Para que aconteça AM é necessário que o indivíduo selecione qual a resposta


adequada para determinado estímulo. A aprendizagem advém, basicamente,
do processamento de informações, que pode ser entendido através dos
mecanismo de percepção, de decisão e de programação.
Existem diversos modelos explicativos do processamento de informações. O
modelo geral do processamento de informação (Figura 1) estabelece os
seguintes componentes:
Informação do ambiente (input), é o que está disponível no meio ambiente ou
a informação dada;
Órgãos dos sentidos, são os responsáveis em captar a informação no
ambiente e transformá-la em impulsos nervosos;
Mecanismos de percepção, é o mecanismo responsável em organizar os
impulsos nervosos que entraram no SNC; estes mecanismos irão discriminar,
identificar, classificar, descrever o meio interno e externo do executante;
Mecanismo gerador de resposta (de decisão), escolhe o melhor plano motor
para satisfazer o objectivo a ser executado, levando em consideração as
necessidades do meio interno e externo;
Resposta (output/mecanismo efetor), detalha o plano motor escolhido e
transforma em programa motor (ordens neuronais para a execução motora),
ou seja integra os comandos motores que produzirão o movimento.
Sistema muscular, recebe e executa os comandos motores
Feedback (retro-informação), é uma das formas pelas quais o executante
pode ter uma resposta sobre como foi a execução de uma habilidade. Temos
dois tipos de feedback:
a. Intrínseco ou interno, informação fornecida como
consequência natural do movimento (visual, proprioceptivo,
táctil, vestibular, etc.)
b. Extrínseco ou externo, informação sobre a performance ou
resultados (fornecido por fontes externas ao indivíduo).

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[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404] Figura 1 – Modelo
de processamento da informação [http://www.blogger.com/blogger.g?
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A aprendizagem pode, então ser entendida como um mecanismo intrínseco


do ser humano, onde existem etapas que devem ser percorridas para que
aconteça. Primeiramente, existem os estímulos do meio ambiente, que devem
propiciar um campo fértil para a aprendizagem; através da captação desses
estímulos o indivíduo faz contato com o exterior, ou seja, ele percebe os
‘sinais’ que são enviados pelas coisas que o cercam. O mecanismo de
processamento é que promove o desmembramento e a descodificação dos
estímulos anteriormente percebidos e, a partir deste, há a elaboração das
possíveis respostas e a tomada de decisão. Quando este fenômeno acontece,
o indivíduo está pronto para, efetivamente, responder aos estímulos; tal
resposta poderá ser dada através da execução de tarefas motoras, no caso de
uma situação de aprendizagem motora.
O indivíduo ao encontrar-se numa situação de aprendizagem percorre todo
este trajeto para o entendimento dos novos conhecimentos; também a
aprendizagem de habilidades motoras acontece observando este
processamento de informações e, neste caso, o sistema muscular aparece
como principal agente do mecanismo efetor.
Numa relação de aprendizagem existe um número elevado de variáveis que
tem influência efetiva em todo o processo. Pode-se citar a maturação
fisiológica do indivíduo, a atenção e a motivação. Sendo esta última de
extrema relevância no processo de aprendizagem tanto cognitiva, quanto
motora.

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Motivação [http://www.blogger.com/blogger.g?
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A motivação participa no processo de aprendizagem motora como sendo um


dos fatores que mais o influenciam. Integra o modelo de processamento de
informações como um catalisador da captação dos estímulos, possibilitando
uma velocidade, intensidade e permanência maiores de retenção dos
conhecimentos apreendidos no processo de aprendizagem.
No processo de aprendizagem de uma habilidade motora, a questão da
motivação tem uma presença de extrema relevância, na medida em que o
aprendiz necessita de estímulos contínuos que facilitem a aprendizagem. De
entre estes estímulos estão os motivacionais, que têm o papel de estimular e
criar uma expectativa à respeito da habilidade que, por ventura, será
aprendida.
A motivação é vista como o processo que leva as pessoas a uma ação ou
inércia em diversas situações. Este processo pode ser ainda as causas pelas
quais se escolhe fazer algo, e executar algumas tarefas com maior empenho
do que outras. A motivação pode ser definida como alguma força interior,

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impulso ou uma intenção, que leva uma pessoa a fazer algo ou agir de certa
forma. Quando os sujeitos têm metas claras e bem definidas parecem atingir
um desempenho superior aos que não estão na mesma situação. Então metas
específicas podem levar ao desempenho superior. Os referenciais teóricos da
motivação têm-se pautado por duas bases:
Orientação para a Tarefa – Motivação Intrínseca. É aquela referente à escolha
e à realização de determinada atividade por vontade própria, por ser
interessante e atraente ou, de alguma forma, gerada de satisfação. Se há
comprometimento com uma atividade é considerado ao mesmo tempo
espontâneo, parte do interesse individual, isto é, a atividade é um fim em si
mesmo. Desta forma, a recompensa principal é a participação na tarefa, sem
necessidade de pressões externas, internas ou recompensa.
Orientação ao Ego – Motivação Extrínseca. Os motivos movem o ser humano
pelas consequências que espera em virtude da ação executada. No caso da
motivação extrínseca, esta surge pelas consequências que se espera alcançar
devido às reações do ambiente. A pessoa está sempre dependendo, de certo
modo, das reações dos outros e atua “interesseiramente”.
Para que o aprendiz esteja motivado, é necessário o aumento gradativo das
competências que se daria através da introdução de um novo elemento (novo
estímulo) a cada diferente momento da aprendizagem.
A motivação é um fenômeno intrínseco pelo qual o indivíduo escolhe uma
atividade e não outra, e pelo qual realiza ações com graus variados de
intensidade. Os motivos que conduzem uma pessoa podem também advir das
suas necessidades básicas primárias e secundárias.
Como vimos os motivos, de onde provém a motivação, são decorrentes de
fontes externas ao indivíduo e à tarefa ou derivam da estrutura psicológica e
das suas necessidades pessoais. Quanto mais o fisioterapeuta conhecer o seu
utente, as suas necessidades e os seus motivos, maiores serão os recursos que
ele terá em favor da mediação no processo de aprendizagem.
Faz-se
necessário ao longo do processo de AM, o estabelecimento de um ambiente
que propicie a captação e armazenamento das informações ali obtidas, para a
elaboração das respostas aos estímulos percebidos. Sendo condição ‘sine qua
non’ para a ocorrência deste fenômeno a contínua estimulação da motivação.
Para que a AM aconteça de maneira equilibrada e profícua é imprescindível
que o aprendiz esteja rodeado por um ambiente facilitador, que lhe permita
conhecer o maior número possível de possibilidades de execução dos
movimentos nas suas mais variadas formas.
A motivação apresenta uma relação de U “invertido”, ou seja, quando a
motivação está muito baixa ou muito alta, a aprendizagem é dificultada.

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[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404] Figura 2 – Teoria
do U invertido para a motivação [http://www.blogger.com/blogger.g?
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Em resumo a motivação é o processo que mobiliza o indivíduo para a ação;


compreende desejo, vontade, interesse ou pré-disposição para agir. O utente
precisa de estar ou ser motivado para a terapia. As tarefas devem ter um grau
adequado de complexidade. Não podem ser muito difíceis, pois o paciente
não conseguirá realizá-las, gerando frustração, e não podem ser muito fáceis
porque não o motivarão. Quando o paciente obtém sucesso com a tarefa, este
sucesso é um modo de reter a motivação. Mas não é somente o paciente que
precisa de estar motivado, a família do paciente e os profissionais da saúde
também precisam desfrutar dessa mesma condição emocional.

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Atenção [http://www.blogger.com/blogger.g?
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Para se aprender alguma coisa é preciso primeiro prestar atenção e prestar


atenção significa antes de mais selecionar um ou mais estímulos de entre os
muitos que nos rodeiam de modo a poderem ser processados de forma mais
vasta e profunda em momentos posteriores, se tal for considerado
conveniente. A cada instante o ser humano é bombardeado com inúmeras
informações, quer externas provenientes do meio ambiente, quer internas
provenientes do próprio organismo. O processamento de todas estas
informações é manifestamente impossível, de modo que uma seleção do que

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é mais relevante deverá ser efectuada a cada momento. A atenção implica


portanto uma seleção de estímulos entre os muitos que poderiam atrair a
atenção e por outro um esforço de controlar a informação irrelevante e
concorrente de forma a permitir a concentração no processamento da
informação considerada útil.
No âmbito da atenção, há duas questões importantes que podem ser
consideradas. Primeiro, o que leva um estímulo ou actividade a ser
selecionada em detrimento de outra? Segundo, é possível realizar mais do
que uma tarefa ao mesmo tempo? Há vários factores que podem atrair a
atenção de uma pessoa, nomeadamente o número de estímulos, a
familiaridade, similaridade, a novidade, o imprevisto e a complexidade.
O número de estímulos a que num instante se pode prestar atenção é bastante
limitado, podendo aumentar ou diminuir conforme o grau de familiaridade.
Assim, por exemplo, numa discussão ou debate não é possível seguir e
compreender os argumentos de quatro pessoas se todas começarem a falar ao
mesmo tempo. Apenas os argumentos de uma pessoa podem ser processados
ou no caso do tema abordado ser bastante familiar é possível que os temas
abordados por mais do que uma pessoa possam ser atendidos.
A similaridade das fontes de informação é uma dificuldade acrescida na
tarefa de prestar atenção, provocando interferências mútuas e exigindo
maiores recursos de processamento. Por exemplo, os estudantes são capazes
de estudar um tema para exame numa sala com música instrumental de
fundo, mas têm maiores dificuldades com música vocal. O tema de estudo e
o tema da música interferem entre si devido à similaridade verbal, tornando
mais difícil a tarefa de prestar atenção.
A novidade de um estímulo ou o seu aparecimento imprevisto são factores
que levam uma pessoa a mudar de atenção, suspendendo a realização da
tarefa que estava a ser efectuada. Assim quando num ambiente de uma aula
um professor passa de um tom de voz monocórdico para um tom de voz
subitamente mais alto, a atenção dos alunos, se nuns casos se apresenta
dispersa, direciona-se naquele instante para o que o professor diz. Do mesmo
modo, quando numa aula toca inesperadamente um telemóvel, a atenção dos
alunos desvia-se do professor para o portador do telemóvel.
A atenção é um recurso cognitivo limitado e se uma tarefa é bastante
complexa, os recursos atencionais necessários para a processar ficam mais
rapidamente esgotados. A atenção é um recurso limitado, mas não é fixo.
Através da prática continuada e sistemática é possível realizar uma tarefa de
forma cada vez mais automática. Quando uma pessoa aprende a conduzir um
automóvel, a tarefa de condução é de tal ordem complexa que torna difícil
conduzir e ao mesmo tempo seguir uma conversa ou ouvir as notícias do
rádio. Com a prática continuada o condutor é capaz de conduzir, ouvir as
notícias e até pensar no melhor percurso alternativo para chegar ao destino.

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Existe uma distinção importante entre processos automáticos e processos


esforçados ou controlados. Os processos automáticos exigem a atribuição de
poucos recursos de atenção e são realizados em paralelo com outros
processos cognitivos ou atividades. Os processos esforçados aplicam-se a
tarefas que têm de ser realizadas de forma seriada, uma de cada vez, em
virtude dos recursos de atenção exigidos serem bastante elevados. Nestes
casos a realização da tarefa requer um acompanhamento consciente, sob o
controlo direto da atenção da pessoa. A prática torna progressivamente
automático o processamento de vários estímulos e a realização de várias
tarefas intermédias que inicialmente requeriam esforço e controlo da atenção.
Os limites da atenção são flexíveis em função do grau de prática atingido na
realização de uma tarefa, mas não são ilimitados. Mesmo uma actividade que
tenha sido objecto de uma prática intensa e continuada e cuja realização
possa ser processada de forma bastante automática como conduzir um carro,
e ao mesmo tempo prestar atenção e processar as notícias no rádio, manter
uma conversa com a pessoa ao lado e estudar o melhor percurso para se
chegar ao destino, verifica-se que estas atividades concorrentes têm de ser
subitamente interrompidas se algo de inesperado acontece como a travessia
súbita de um animal na via de condução. Neste caso é necessário toda a
atenção para a tarefa de condução de modo a evitar o acidente, ficando
suspensas todas as restantes tarefas que até aí eram processadas em paralelo e
de forma quase automática.
Na maior parte dos casos, o conhecimento adquirido numa situação de
aprendizagem é uma tarefa complexa implicando grande parte dos recursos
atencionais disponíveis. O estudante tem de focar a atenção no que o
professor diz e ao mesmo tempo tentar abstrair-se das informações
circundantes produzidas pelos colegas ou por ruídos fora da sala. Na
ausência de um manual escolar de apoio, o estudante tem de realizar de
forma eficaz duas tarefas simultâneas: Compreender o que o professor diz e
em seguida escrever o que de mais importante acabou de ouvir. Se além
destas duas tarefas que realiza, o aluno tem ainda de pensar sobre o assunto
de forma a pedir esclarecimentos para dúvidas que surgem, é evidente que os
recursos atencionais estão a ser usados nos limites da sua capacidade
cognitiva de atenção. A tarefa de prestar atenção na aula torna-se mais fácil
quando o estudante está em presença de um manual que o professor
acompanha e explica, evitando a tarefa de tirar notas detalhadas, podendo
antes concentrar-se em sublinhar os pontos mais importantes do programa.

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Ativação [http://www.blogger.com/blogger.g?
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O processo de aprendizagem exige um certo nível de ativação e atenção, de


vigília e seleção das informações. A ativação, por meio da vigília, conecta-se
com a atenção no sentido da capacidade de focalização na atividade. São
elementos fundamentais de toda a AM, essenciais para manter as atividades
cognitivas, inibindo o efeito de muitos neurônios que não interessam à
situação. Sem uma organização cerebral integrada, intra e
interneurossensorial, não é possível uma aprendizagem normal.
O conhecimento do desenvolvimento e do funcionamento do sistema nervoso
central, abarcado pelas neurociências, tem sido potencializado pelos avanços
tecnológicos que permitem estudar os processos neurológicos in vivo. Esse
avanço tem evidenciado a interdependência funcional entre diferentes
estruturas do cérebro e de outras estruturas encefálicas. Tal interdependência
reflete-se na determinação recíproca entre funções psíquicas consideradas
distintas, como, por exemplo, memória e afetividade.
Um exemplo desta interdependência é a relação entre o hipocampo –
estrutura considerada importante para os processos de memorização de
informações – e outros componentes do chamado sistema límbico – conjunto
de estruturas que estão associadas às experiências afetivo-emocionais (giro
do cíngulo, fórnix, amígdala...). Um funcionamento adequado do hipocampo
(e, portanto, do processo de memorização de novas informações) depende de
um estado ótimo de ativação do sistema límbico como um todo. Noutras
palavras, quando o sistema límbico está ativo, mas não hiperativo (isso
acontece quando o sujeito experimenta sentimentos e emoções intensas,
como raiva, medo, ansiedade, euforia), o hipocampo tem as melhores
condições de processar as informações a serem memorizadas. No caso de
uma subativação do sistema límbico (estado de apatia), o hipocampo fica
menos ativo e processa as informações de forma mais lenta. A hiperativação
do sistema límbico, por sua vez, gera uma sobrecarga de estímulos que tende
a desorganizar o fluxo de informações no hipocampo, confundindo o
processo de memorização. Para a ativação também se aplica a teoria do U
invertido (Figura 2).

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[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404]
Memória [http://www.blogger.com/blogger.g?
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A memória é a capacidade de conservar informações vivenciadas


anteriormente, ou a capacidade de recuperar estas informações para um uso
posterior. Tem grande importância para a AM sem ela não existiria antes nem
depois. Não seriamos capazes de recordar os rostos das pessoas que vimos no
dia anterior, então a mesma pessoa que víssemos ontem não seria igual ao da
mesma se a víssemos hoje. A memória é resultado dos estadios sequenciais
do processamento de informação, vistos anteriormente. Ao passo que a AM é

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o processo. Por outras palavras, o processo de aquisição das novas


informações que vão ser retidas na memória é chamado de aprendizagem.
Memória, diferentemente, é o processo de arquivamento seletivo dessas
informações, pelo qual podemos evocá-las sempre que desejarmos,
consciente ou inconscientemente. De certo modo, a aprendizagem pode ser
vista como um conjunto de comportamentos que viabilizam os processos
neurobiológicos e neuropsicológicos da memória. Como os conceitos de
aprendizagem e de memória, embora diferentes, são muito próximos, é
comum utilizar um termo como sinônimo do outro.

[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404] Sequência de
processos ou processos sem sequência? [http://www.blogger.com/blogger.g?
blogID=9123828317048572404]

O primeiro dos processos mnemônicos é a aquisição, que consiste na entrada


de um evento qualquer nos sistemas neurais ligados à memória (Figura 3).
Por "evento" entendemos qualquer coisa memorizável: um objeto, um som,
um acontecimento, um pensamento, uma emoção, uma sequência de
movimentos. Conseguimos lembrar-nos dos nossos primeiros tênis, dos
acordes iniciais do hino nacional, dos movimentos necessários para atacar os
atacadores, de como se multiplica 24 por 13, do que sentimos durante o
nosso primeiro beijo. Para o estudo da memória, todos são eventos: podem
ter origem no mundo externo, conduzidos ao sistema nervoso através dos
sentidos, ou então no mundo interior da pessoa, surgidos "misteriosamente"
dos nossos próprios pensamentos e emoções. Durante a aquisição ocorre uma
seleção: como os eventos são geralmente múltiplos e complexos, os sistemas
de memória só permitem a aquisição de alguns aspectos mais relevantes para
a cognição, mais marcantes para a emoção, mais focalizados pela nossa
atenção, mais fortes sensorialmente, ou simplesmente priorizados por
critérios desconhecidos.
Após a aquisição dos aspectos selecionados de um evento, estes são
armazenados por algum tempo: às vezes por muitos anos, às vezes por não
mais que alguns segundos. Esse é o processo de retenção da memória,
durante o qual os aspectos selecionados de cada evento ficam de algum modo
disponíveis para serem lembrados (Figura 3). Com o passar do tempo, alguns
desses aspectos ou mesmo todos eles podem desaparecer da memória: é o
esquecimento. Isso significa que a retenção nem sempre é permanente - aliás,
na maioria das vezes, é temporária. Quando vamos ao cinema, logo ao sair
somos capazes de lembrar-nos de muitas cenas e diálogos do filme (não
todos...). No entanto, já no dia seguinte só nos lembramos de alguns, e após 1
ano talvez nem nos lembremos do tema do filme! O tempo de retenção,
portanto, é limitado pelo esquecimento, e ambos são definidos, entre outros
aspectos, pelo tipo de utilização que faremos de cada evento memorizado.
Assim, não é importante guardar a fisionomia da rapariga da bilheteria do

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cinema, e talvez tão pouco dos personagens secundários do filme. Mas


geralmente guardamos o rosto da atriz principal, seja porque é bonita, seja
porque o seu papel é importante no contexto do filme.
Os psicólogos têm estudado a capacidade de retenção das pessoas, e sabem
que pode variar de indivíduo para indivíduo, bem como em diferentes
situações e momentos de cada um. De qualquer modo, está estabelecido que
para algumas formas de memória a capacidade de retenção é finita e parece
não ultrapassar um pequeno número de itens de cada vez. Para outras formas
, a capacidade de retenção é praticamente infinita. Testes com voluntários
normais mostraram que, se lhes apresentamos sequências de letras para
memorizar, o limite médio de retenção anda à volta de sete letras. Quando
lhes apresentamos sequências de palavras, só são capazes de memorizar
cerca de sete. E quando são expostos a sequências de frases, o mesmo
número 7 representa o limite médio para a retenção.
Os psicólogos também têm estudado os determinantes do esquecimento. Por
que retemos algumas coisas e esquecemos outras? Quais os fatores que
determinam um caminho ou o outro? Descobriu-se que a retenção é
fortemente influenciada pela presença de elementos distratores, e que o
número de distratores determinará maior ou menor retenção. Tente
memorizar um número de telefone com alguém a seu lado lendo alto uma
outra sequência de números... Além da interferência de distratores, também a
ordem de apresentação de uma sequência de itens a serem memorizados
influencia a retenção. Tendemos a reter mais facilmente os primeiros e os
últimos de uma série, e esquecemos aqueles situados no meio.
O esquecimento é uma propriedade normal da memória. Provavelmente
desempenha um papel muito importante como mecanismo de prevenção de
sobrecarga nos sistemas cerebrais dedicados à memorização, e tem ainda a
virtude de permitir a filtragem dos aspectos mais relevantes ou importantes
de cada evento.
Depreende-se do que acabamos de dizer que, de entre os vários aspectos de
um evento, alguns serão esquecidos imediatamente, outros serão
memorizados durante um certo período, e apenas uns poucos permanecerão
na memória prolongadamente. Neste último caso, diz-se que houve
consolidação (Figura 3) quando o evento é memorizado durante um tempo
prolongado, às vezes permanentemente. Lembramo-nos de algumas coisas
durante muito tempo, embora possamos nalgum momento esquecê-las. Mas
lembramo-nos de outras durante toda a vida, como o nosso próprio nome e a
data do nosso aniversário.

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[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404] Figura 3 –
Esquema da memória [http://www.blogger.com/blogger.g?
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(imagem retirada do livro Cem bilhões de neurônios? de Roberto Lent, 2010)

Finalmente, o último dos processos mnemônicos é a evocação ou lembrança,


através do qual ternos acesso à informação armazenada para utilizá-la
mentalmente na cognição e na emoção, por exemplo, ou para exteriorizá-la
através do comportamento (Figura 3).

[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404] Tipos e
subtipos de memória [http://www.blogger.com/blogger.g?
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A memória pode ser classificada em tipos diferentes (Tabela 1), de acordo


com as suas características. Essa classificação é importante, pois os tipos de
memória são operados por mecanismos e regiões cerebrais diferentes.
A memória pode ser classificada quanto ao tempo de retenção em (1)
memória ultrarrápida ou imediata, cuja retenção não dura mais que alguns
segundos; (2) memória de curta duração, que dura minutos ou horas e serve
para proporcionar a continuidade do nosso sentido do presente, e (3)
memória de longa duração, que estabelece engramas duradouros (dias,
semanas e até mesmo anos).
A memória pode também ser classificada, quanto à sua natureza (Tabela 1),
em: (1) memória explícita ou declarativa; (2) memória implícita ou não
declarativa e (3) memória operacional ou memória de trabalho.
A memória explícita reúne tudo que só podemos evocar por meio de palavras
(daí o termo "declarativa") ou outros símbolos (um desenho, por exemplo). É
formada facilmente, mas pode-se perder também facilmente. Pode ser
episódica, quando envolve eventos datados, isto é, relacionados ao tempo; ou
semântica, quando envolve conceitos atemporais. Ao lembrarmo-nos que
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fomos ao teatro no domingo passado assistir à peça Romeu e Julieta,


empregamos a nossa memória episódica. Mas saber que o teatro é uma forma
de arte cênica e que Romeu e Julieta é uma peça do escritor inglês William
Shakespeare, é um exemplo de memória semântica. A memória episódica é
geralmente específica de cada indivíduo, característica da sua trajetória de
vida. A memória semântica, por outro lado, é compartilhada por muitas
pessoas, fazendo parte da cultura.

Tipos e subtipos Características


Quanto ao Ultrarrápida ou Dura de !rações de segundos a alguns
tempo de imediata segundos; memória sensorial
retenção Curta duração Dura minutos ou horas, garante o sentido
de continuidade do presente
Longa duração Dura horas, dias ou anos, garante o
registro do passado autobiográfico e dos
conhecimentos do indivíduo
Quanto à Explícita ou declarativa Pode ser descrita por meio de palavras e
natureza outros símbolos
Episódica Tem uma referência temporal: memória
de fatos sequenciados
Semântica Envolve conceitos atemporais: memória
cultural
Implícita ou não Não precisa ser descrita por meio de
declarativa palavras
De Representa imagens sem significado
representação conhecido: memória pré-consciente
perceptual
(priming)
De Hábitos, habilidades e regras
procedimentos
Associativa Associa dois ou mais estímulos
(condicionamento clássico), ou um
estímulo a uma certa resposta
(condicionamento operante)
Não associativa Atenua uma resposta (habituação) ou
aumenta-a (sensibilização) através da
repetiçãodeummesma estímulo
Operacional ou Permite o raciocínio e o planejamento do
memória de trabalho comportamento
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[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404]
[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404]
[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404] Tabela 1 – Tipos
e características da memória [http://www.blogger.com/blogger.g?
blogID=9123828317048572404]

A memória implícita, por sua vez, é diferente da explícita porque não precisa
de ser descrita com palavras. Além disso, requer mais tempo e treino para se
formar, mas persiste mais duradouramente. Pode ser de quatro subtipos. O
primeiro é a chamada memória de representação perceptual (priming), que

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corresponde à imagem de um evento, preliminar à compreensão do que ele


significa. Um objeto, por exemplo, pode ser retido nesse tipo de memória
implícita antes que saibamos o que é, para que serve etc. Outro subtipo de
memória implícita é a memória de procedimentos: trata-se, aqui, dos hábitos
e habilidades e das regras em geral. Sabemos os movimentos necessários
para conduzir um carro, sem que seja preciso descrevê-los verbalmente.
Sabemos também que numa frase em português o sujeito geralmente vem
antes do verbo, e elaboramos as frases de acordo com essa regra previamente
memorizada, sem nos dar conta disso. Finalmente, dois subtipos muito
importantes de memória implícita são conhecidos como associativa e não
associativa. Ambas se relacionam fortemente a algum tipo de resposta ou
comportamento. Empregamos a memória associativa, por exemplo, quando
começamos a salivar bem antes que a comida chegue à nossa boca, por
termos em algum momento da vida associado o seu cheiro ou aspecto à
alimentação. Por outro lado, empregamos a memória não-associativa quando
sem sentir aprendemos que um estímulo repetitivo que não traz
consequências é provavelmente inócuo, o que nos faz "relaxar" e ignorá-lo.
O terceiro tipo é a memória operacional, através da qual armazenamos
temporariamente informações que serão úteis apenas para o raciocínio
imediato e a resolução de problemas, ou para a elaboração de
comportamentos, podendo ser descartadas (esquecidas) logo a seguir.
Guardamos na nossa memória operacional, por exemplo, o local onde
estacionamos o automóvel quando vamos fazer compras, uma informação
que nos servirá apenas até o momento de voltar ao carro para ir embora.
Depois disso, essa informação será provavelmente esquecida de forma
definitiva.

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[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404]
Estadios de aprendizagem [http://www.blogger.com/blogger.g?
blogID=9123828317048572404]

A AM mesmo sendo um processo que, no eixo temporal da vida, ocorre


numa escala de curto prazo em função da prática, pode ser dividida em fases.
Fitts & Posner (1967), propuseram um modelo clássico de estadios da
aprendizagem dividido em: cognitivo, associativo e autónomo (Figura 4).
O estadio cognitivo é o inicial, onde se apresenta a habilidade ao indivíduo e
as suas características são: a ocorrência de um grande número de erros e
muita variabilidade no desempenho da atividade. A atividade cognitiva é
muito grande, causando uma sobrecarga nos mecanismos de atenção. Muitas
vezes a pessoa é capaz de perceber que está a fazer algo de errado, mas ainda
não sabe como corrigir. Os ganhos em proficiência são muito grandes neste
estadio. Neste estadio o aprendiz concentra-se nos problemas de natureza
cognitiva, onde procura visualizar e processar as informações relevantes para

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o reconhecimento dos objetivos e dos aspectos necessários para a execução


da tarefa.
Após certo período de prática, o indivíduo passa para o estadio associativo,
onde já é capaz de realizar a atividade com mais facilidade, diminuindo a
quantidade de erros e a variabilidade entre as tentativas. A carga cognitiva
para o desempenho é moderada e a eficiência do movimento é melhorada.
Neste estadio o aprendiz muda a sua ênfase dos problemas cognitivos e
estratégicos para uma fase de organização mais efetiva e padronizada de
movimentos para a execução da tarefa, procurando associar os movimentos
com certas respostas do meio ambiente. Esse estadio é também chamado de
estadio de refinamento, onde a variabilidade do desempenho começa a
diminuir e os erros são menos grosseiros. Tem uma duração maior do que o
primeiro, podendo durar até vários meses.
Por fim, após praticar a atividade extensivamente o indivíduo pode chegar ao
estadio autónomo. Neste estadio o indivíduo é capaz de realizar as atividades
automaticamente, com pequena variabilidade e com pouca carga nos
mecanismos cognitivos. Nesta fase as melhorias de desempenho são mais
difíceis de se detectar, pois os indivíduos estão próximos dos limites de suas
capacidades e há pouca variabilidade entre tentativas subsequentes. Para
chegar até esse estadio podem ser necessários vários anos de prática, sendo
que muitos indivíduos, mesmo com muita prática podem até não chegar até
esse estádio, tudo depende da tarefa a aprender.

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[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404] Figura 4 –
Estadios da aprendizagem motora – evolução dos processos cognitivos, erros e
performance [http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404]

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[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404] Os estadios
de aprendizagem e a atenção [http://www.blogger.com/blogger.g?
blogID=9123828317048572404]

De entre as diversas características de cada estadio de aprendizagem, uma


importante mudança decorrente da prática ocorre nos processos da atenção.
No estadio cognitivo o indivíduo está a tentar compreender os objetivos da
tarefa, o que sobrecarrega os mecanismos da atenção, proporcionando uma
“performance” inconsistente. Após um certo período de prática, ele passará
para o estadio associativo, no qual consegue manter uma “performance” mais
estável, sendo capaz inclusive de detectar alguns erros. As necessidades de
atenção neste estadio decrescem significativamente. Depois de muita prática,
ele será capaz de atingir o terceiro e último estágio (autónomo), no qual a
habilidade está bem desenvolvida, permitindo que o indivíduo a realize com
consistência e “quase sem pensar”. As exigências nos processos da atenção
são mínimos, permitindo que direcione o foco da atenção para outros
aspectos importantes da “performance”.

[http://www.blogger.com/blogger.g?
blogID=9123828317048572404] A Tarefa (WHAT?)
[http://www.blogger.com/blogger.g?
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No nosso dia a dia executamos uma infinidade de tarefas funcionais que


exigem movimentos. A tarefa que vai ser executada determina o tipo de
movimento a ser realizado. Portanto a compreensão do controlo do
movimento exige o conhecimento de como as tarefas regulam e restringem o
movimento.
A AM é um campo de estudo, cujo tema principal é o entendimento dos
processos pelos quais as habilidades motoras são aprendidas e realizadas.
Para entender os processos, é necessário entender melhor as habilidades
motoras.
Habilidade motora é uma tarefa executável com determinadas porções de
movimento e de cognição, para atingir uma finalidade específica. As
habilidades motoras, também chamadas de actos ou tarefas motores/as,
requerem movimento e devem ser aprendidos a fim de serem executados,
ex.: lançar uma bola, tocar piano, nadar, soldar, chutar.
Quando praticamos uma acção, como por exemplo, tocar piano, utilizamos
uma ou mais habilidades, chamadas de habilidades motoras. Dentro dessas,
existem classificações estabelecidas em categorias amplas. As vantagens de
se classificar as habilidades é que podemos estabelecer princípios sobre
como realizar e aprender, da melhor forma, as habilidades motoras e assim
planear de uma forma mais adequada a nossa intervenção. Para tal, as

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habilidades motoras podem ser agrupadas de forma a facilitar um melhor


entendimento e organização do Fisioterapeuta.
A natureza da tarefa que está a ser executada determina, em parte, o tipo de
movimento necessário. Portanto, a compreensão da AM exige o
conhecimento de como as tarefas regulam, ou restringem, o movimento. O
conceito de agrupar tarefas não é novo para os terapeutas. Dentro do
ambiente clínico, as tarefas são rotineiramente agrupadas em categorias tais
como: mobilidade na cama, transferência e AVD. No entanto, a classificação
das tarefas motoras dentro de uma condição clínica é geralmente baseada
numa categoria funcional de tarefas, e não nas características inerentes ou
nos atributos da tarefa propriamente dita.
A classificação das tarefas deve ser baseada na compreensão dos atributos
que lhe são essenciais, que governam especificamente ou regulam o controlo
do movimento. Por exemplo, uma base de suporte imóvel é atributo para
ficar de pé; por outro lado, uma base de suporte móvel é um atributo para a
marcha e a corrida. Muitas características podem ser consideradas, porque
representam variáveis contínuas como velocidade ou precisão, assim como
outras.
As habilidades motoras podem também ser utilizadas como parâmetros de
desempenho, ou seja, como expressão qualitativa de desempenho ou grau de
competência do executante. Podem ser vistas com um indicador de
produtividade, caracterizando o executante. A habilidade é julgada pela
produtividade no desempenho, temos como exemplo um jogador habilidoso
de basquete nos lances livres encesta 80% dos lançamentos tentados.
Há uma variedade de esquemas para se classificar as habilidades motoras.
Tradicionalmente, a maioria tem sido unidimensional e responde apenas a
um aspecto de uma habilidade. Os esquemas bidimensionais são mais
completos e permitem-nos observar uma habilidade sob dois aspectos ao
mesmo tempo.
Esta sebenta proporciona uma visão geral de cinco esquemas classificadores
unidimensionais seguidos por um esquema bidimensional.

[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404]
Esquemas de classificação unidimensional
[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404]

Cinco formas de classificar as habilidades motoras, tendo em conta uma


única dimensão, ganharam popularidade ao longo dos anos, a saber: (1) os
aspectos musculares, (2) os aspectos temporais, (3) os aspectos do meio
ambiente, (4) os aspectos intencionais e (5) os aspectos sobre a informação
de retorno/feedback (Tabela 2).

[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404] Aspectos
musculares [http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404]

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As habilidades motoras podem ser classificadas em relação aos grupos


musculares envolvidos em habilidades globais/grosseiras ou finas. As
habilidades grosseira envolvem grandes grupos musculares, como por
exemplo, sentar-levantar, rolar. As habilidades motoras finas requerem a
capacidade de controlar pequenos grupos musculares, havendo um alto grau
de precisão do movimento, como por exemplo, passar a linha na agulha e
escrever.

[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404] Aspectos
temporais [http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404]

Com base nos seus aspectos temporais, as habilidades também podem ser
classificadas como discretas, em série (seriadas) ou contínuas
As habilidades dizem-se discretas quando os pontos de início e fim da
habilidade são identificáveis, ou seja quando a sua execução tem um início e
um término bem definidos. Por exemplo, o sentar numa cadeira.
Denominam-se contínuas quando os pontos de início e fim são indefinidos. O
executante ou alguma força externa determina o começo ou fim da
habilidade. Uma habilidade contínua é facilmente identificável, pois repete-
se na organização dos movimentos, como correr, nadar e remar. Estamos
perante habilidades seriadas quando existe uma combinação de habilidades
discretas em série. As habilidades são classificadas como seriadas quando,
apesar da execução definível, se compõem de diversas ações agrupadas, tal
como levantar e alcançar um objecto.

[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404] Aspectos
relacionados ao meio ambiente [http://www.blogger.com/blogger.g?
blogID=9123828317048572404]

As habilidades podem ser classificadas em abertas ou fechadas se tivermos


em conta os aspectos relacionados ao meio ambiente. Diz-se habilidade
aberta quando a habilidade for realizada num ambiente imprevisível, em
mudança contínua. Por outro lado, o seu início não depende do executante.
Marcar um avançado, no futebol, requer que o defesa reaja à estímulos que
são gerados externamente (pelo atacante). Dizemos que é fechada quando o
ambiente for estável e previsível. Uma habilidade é classificada como
fechada quando a sua execução é definida principalmente pelo executante,
quanto ao início e fim. Habilidade fechada é aquela em que o ambiente
influencia muito pouco a sua execução, como colocar a chave numa
fechadura.

[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404] Aspectos
intencionais [http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404]

As habilidades motoras também podem ser classificadas com base na


intenção. Embora todas as tarefas motoras envolvam um elemento de
equilíbrio, as tarefas que exijam a manutenção de uma orientação corporal
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estável são denominados de tarefas de estabilidade. As tarefas de


estabilidade, sentar, ficar em pé, são executadas sobre uma base imóvel. Por
outro lado as tarefas de mobilidadeou de locomoção, tais como caminhar,
correr, têm uma base móvel de apoio. Nestas habilidades o objetivo é
transportar o corpo de um ponto para outro. Aquelas que envolvem aplicar
força num objeto ou receber força do mesmo constituem tarefas de
manipulação de objeto. Temos como exemplo agarrar, lançar ou manusear
um objecto. A quantidade de manipulação pode ser simples ou complexa,
dependendo da acuidade (intensidade) significativa. A quantidade de
manipulação da extremidade superior envolvida na tarefa pode variar desde a
inexistente a uma manipulação relativamente simples, que não tem um
componente de precisão significativo, até tarefas mais complexas que podem
exigir velocidade e precisão. Estas atividades aumentam a exigência sobre o
sistema postural, uma vez que a estabilização do corpo é fundamental para o
desempenho das tarefas.

[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404] Aspectos
relacionados com o feedback [http://www.blogger.com/blogger.g?
blogID=9123828317048572404]

Esta classificação é baseada em como e quando o retorno da informação


(feedback) pode ser usado pelo executante. Feedback é uma das formas pelas
quais o executante pode ter uma resposta sobre como decorreu à execução de
uma habilidade. Há diversas formas de feedback (visual, verbal, cinestésico)
e elas devem ser aproveitadas pelo executante para melhorar a performance
durante a execução ou após a execução.
As habilidades em circuito aberto (Figura 5) ocorrem quando o executante
envolvem comandos pré- estruturados para a realização do movimento, sem
o envolvimento de feedback, sendo utilizado para a realização de
movimentos rápidos e discretos. Já o sistema de controle de circuito fechado
(Figura 6) envolve a utilização do feedback, sendo possível a deteção e
correção de erros durante o movimento. Este tipo de sistema é utilizado para
controlar movimentos lentos e intencionais.
É de salientar que o sistema motor humano é um sistema híbrido que
funciona quer em sistema aberto quer em sistema fechado.

[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404]
Esquemas de classificação bidimensional e multidimensional
[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404]

Os modelos bidimensionais diferem dos unidimensionais pela sua


abrangência, pois demonstram de forma mais real as situações motoras,
cruzando dois tipos de habilidades motoras. Existem ainda os esquemas
multidimensionais, que possuem uma capacidade de visualização das
habilidades de movimento em três ou mais dimensões.

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Aspectos Aspectos Aspectos Aspectos Aspectos


Musculares temporais relacionados intencionais sobre o
(tamanho/exten (série de ao meio (objetivo do feedback
são do tempo no qual ambiente movimento). (circuito
movimento) o movimento (contexto no aberto e
ocorre) qual o circuito
movimento fechado)
ocorre)
Habilidades de Habilidades
Estabilidade: em circuito
Ênfase em aberto:
Habilidades
ganhar ou Sem
Motoras
manter o informação
Discretas:
equilíbrio tanto de retorno
Apresentam
em situações de durante a
início e fim
movimento execução da
bem definidos
Habilidades estático quanto tarefa
(lançar uma
Motoras dinâmico
bola, levantar-
Abertas: (sentar, ficar de
Habilidades de se de uma
Ocorrem num pé, equilibrar-se
Coordenação cadeira)
ambiente sobre um pé,
Motora Grossa
imprevisível e andar sobre uma
(grosseiras):
constantemente barra estreita)
Utilizam
Habilidades mutável
grandes grupos
Motoras em (agarrar uma
musculares para
série bola no ar, a
realizar uma
(seriadas): maioria dos
tarefa (correr,
Série de jogos de
saltar, lançar) Habilidades
habilidades computador,
Locomotoras:
discretas treino numa
Transportar o
realizadas em sala barulhenta)
corpo de um
sucessão rápida
ponto a outro no
(driblar uma
espaço (gatinhar,
bola de
correr, andar)
basquete, abrir
uma porta,
retirar uma
garrafa do
frigorífico)
Habilidades de Habilidades Habilidades [http://www.bl Habilidades
Coordenação Motoras Motoras ogger.com/bl em circuito
Motora Fina: Contínuas: Fechadas: ogger.g? Fechado:
Utilizam Realizadas Ocorrem num blogID=9123 Com
pequenos grupos repetidamente meio ambiente 8283170485 informação
musculares para durante um estável e 72404] de retorno
realizar uma tempo imutável (swing durante a
tarefa de arbitrário do golf) [http://www.bl execução da
movimento com (pedalar, nadar, ogger.com/bl tarefa
precisão andar) ogger.g?
(escrever,
blogID=9123
digitar, tricotar,
8283170485
pintar)
72404]

[http://www.bl
ogger.com/bl
ogger.g?
blogID=9123
8283170485
72404]

[http://www.bl
ogger.com/bl
ogger.g?
blogID=9123
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8283170485
72404]

[http://www.bl
ogger.com/bl
ogger.g?
blogID=9123
8283170485
72404]

[http://www.bl
ogger.com/bl
ogger.g?
blogID=9123
8283170485
72404]

Habilidades
Manipulativas:
Colocar força
sobre um objeto
ou receber força
de um objeto
(escrever,
tricotar, apanhar
um objecto)
[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404]
[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404]
[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404] Tabela 2 –
Resumo das Classificações unidimensionais das habilidades
[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404] motoras

[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404] Figura 5 –
Esquema de um sistema aberto [http://www.blogger.com/blogger.g?
blogID=9123828317048572404]

[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404] Figura 6 –
Esquema de um sistema fechado [http://www.blogger.com/blogger.g?
blogID=9123828317048572404]

[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404]
Categorização de Gentile [http://www.blogger.com/blogger.g?
blogID=9123828317048572404]

Na categorização bidimensional de Gentile (Tabela 3) consideram-se duas


características gerais para todas as habilidades, sendo a primeira o contexto
ambiental no qual a pessoa realiza a tarefa e a segunda a função da ação que
caracteriza a habilidade. No contexto ambiental existem duas categorias -
condições reguladoras (estacionárias ou em movimento) e variabilidade
intertentativas (sim e não). Já no contexto da função da ação identificam-se
duas categorias – transporte corporal (sim e não) e manipulação do objeto
(sim e não), resultando numa taxonomia de dezasseis categorias de
habilidades.

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[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404]
Categorizações multidimensionais [http://www.blogger.com/blogger.g?
blogID=9123828317048572404]

As categorizações ou esquemas multidimensionais permitem a visualização


do movimento em três ou mais dimensões. Neste caso uma habilidade de
movimento pode ser observada sob o seu aspecto muscular (grosso/fino),
temporal (discreto, em série ou contínuo), do ambiente (aberto e fechado),
funcional (estabilidade, de locomoção ou manipulação) e relacionado com as
fases de aprendizagem (cognitivo, associativo e autónomo).
De acordo com uma análise de três ou mais dimensões de habilidades
motoras é possível agrupar tipos de movimentos e categorizá-los de forma a
que seja possível hierarquizar as limitações motoras apresentadas pelos nosso
utentes.

Função da Transporte do Transporte do Transporte do Transporte do


ação corpo: Não corpo: Não corpo: Sim corpo: Sim

Manipulação Manipulação Manipulação Manipulação


de objetos: de objetos: de objetos: de objetos: Sim
Não Sim Não

Contexto
ambiental
Condições 1 2 3 4
reguladoras:
Estacionárias

Variabilidade
intertentativa:
Não
Condições 5 6 7 8
reguladoras:
Estacionárias

Variabilidade
intertentativa:
Sim
Condições 9 10 11 12
reguladoras:
Em movimento

Variabilidade
intertentativa:
Não
Condições 13 14 15 16
reguladoras:
Em movimento

Variabilidade
intertentativa:
Sim
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[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404] Tabela 3 – Tabela


da taxonomia de Gentile [http://www.blogger.com/blogger.g?
blogID=9123828317048572404]

[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404]
Relação velocidade-precisão [http://www.blogger.com/blogger.g?
blogID=9123828317048572404]

Um princípio muito bem conhecido e fundamental do controlo motor é a


relação inversa entre velocidade e precisão durante a execução de um
movimento. Esse princípio foi descrito por Paul Fitts através de uma equação
matemática e foi verificado que o aumento da exigência de precisão leva o
indivíduo a processar mais feedback para correções e, com isso, a aumentar o
tempo de movimento (TM). A lei de Fitts foi testada para o controle do
movimento com a mão preferencial e não-preferencial, mostrando que o
aumento do índice de dificuldade acarreta um tempo de movimento mais
longo e isso é mais acentuado na mão não-preferencial.
A explicação que tem sido dada para a Lei de Fitts é que o aumento do índice
de dificuldade, particularmente pela diminuição da largura do alvo, gera uma
maior exigência de processamento de feedback em função da maior restrição
espacial colocada pela tarefa, fazendo com que o tempo de movimento seja
aumentado como consequência do maior número de ajustes necessários para
obtenção de sucesso.
Em condições de menor precisão, caracterizadas por alvos relativamente
grandes, os movimentos podem ser feitos mais rapidamente sem prejuízo
para o desempenho. Para alvos pequenos, a velocidade de movimento deve
ser reduzida a fim de se maximizar a precisão da resposta e atingir o alvo
espacial desejado.

[http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=9123828317048572404]
Objecto a manusear [http://www.blogger.com/blogger.g?
blogID=9123828317048572404]

Existe uma inteligência corporal nos seres humanos que abrange o controle
dos movimentos do corpo e a capacidade de manusear objetos com
habilidade. Com fins funcionais ou expressivos, à habilidade do uso do corpo
existe integrada a habilidade de manipulação de objetos.
O conhecimento de alguém sobre seu próprio corpo é uma necessidade
absoluta. Deve haver sempre o conhecimento de que se está agindo com o
próprio corpo, que tem que se começar o movimento com o corpo, que tem
que se usar determinada parte do corpo. Este plano também deve incluir o
objetivo de cada ação, pois há sempre um objeto em direção a qual a ação é
dirigida. Tal objetivo pode ser o próprio corpo, ou um objeto do mundo
externo.

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15/08/2019 Aprendizagem motora - fatores de influência | Aprendizagem e Controlo Motor

Para efetuar uma ação, deve-se saber alguma coisa sobre a qualidade do
objeto com o qual se intenciona agir. Apesar de não muito clara, isto
pressupõe a imagem do membro ou do corpo com a qual se realiza o
movimento. O conhecimento meramente intelectual é insuficiente. Tanto a
percepção visual quanto a imagem visual seriam necessária para o início de
um movimento, contudo, mesmo com pessoas sem imagens visuais, em um
sentido restrito, são ainda capazes de realizar um movimento com os olhos
fechados.
As propriedades do objeto, classificadas de acordo com suas características
visuais, podem ser divididas em: i) propriedades intrínsecas, referentes aos
seus atributos físicos, como tamanho, forma, textura e peso; e ii)
propriedades extrínsecas, referentes às condições presentes na relação objeto-
sujeito, tais como a distância, a localização e a orientação As propriedades
intrínsecas podem afetar a orientação da mão e a abertura dos dedos (ajustes
distais) frente ao objeto, enquanto as propriedades extrínsecas podem
influenciar a trajetória de braço e mão (ajustes proximais) em direção ao
objeto.
Mais especificamente para o alcance manual, se o objeto está
localizado a uma distância adequada em relação ao comprimento do braço,
ele pode ser percebido como alcançável; se o tamanho do objeto é adequado
ao tamanho da mão, ele pode ser considerado como pegável; e se o objeto
apresenta dimensões relativamente maiores do que a mão, ele pode ser
percebido como carregável.

O contexto (WHERE?)
[http://www.blogger.com/blogger.g?
blogID=9123828317048572404]

Desde os primeiros momentos de vida o ser humano interage com o ambiente


através do movimento. Do movimento depende a sua sobrevivência. Dos
padrões reflexos aos movimentos altamente especializados, da concepção até
a morte, o indivíduo manifesta-se através de sua motricidade.
A evolução biológica e a exploração do meio/contexto permitem que o
indivíduo desenvolva, ao longo do seu desenvolvimento, habilidades motoras
progressivamente mais complexas. Esta interação proporciona um ciclo de
experiência-aprendizagem nos diversos aspectos do desenvolvimento
humano. O resultado deste processo pode ser positivo ou negativo, de acordo
com a qualidade dos estímulos ou das práticas proporcionadas ao indivíduo.
As tarefas são executadas numa ampla variedade de ambientes. Assim além
da tarefa, o movimento também é restringido pelas características do
ambiente. Os atributos do ambiente que afectam o movimento foram
divididos em modeladores e não-modeladores. As características
modeladoras ou reguladoras especificam aspectos do ambiente que
condicionam o movimento propriamente dito, devem obedecer ao ambiente,

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para cumprir o objectivo estipulado. Por exemplo, o tamanho, o formato e o


peso de uma copo que é agarrado ou o tipo de superfície sobre o qual
caminhamos. As características não-modeladoras podem afectar o
desempenho, mas o movimento não tem que lhes obedecer. Por exemplo,
ruídos de fundo ou distracções.

Publicado 28th November 2012 por Hugo Santos

10 Visualizar comentários

Unknown 3 de junho de 2013 às 13:55


Muito bom material, mas faltaram as bibliografias.... vc teria como me
passar?
Atenciosamente,
Carolina
Responder

Hugo Santos 10 de setembro de 2013 às 02:59


Aqui vai:
Correia, P. (1999). Anatomofisiologia II- Função neuromuscular. Lisboa:
Edições FMH.
Godinho, M., Mendes, R., Melo, F., & Barreiros, J. (2002). Controlo motor e
aprendizagem: Fundamentos e aplicações. 2ª edição. Lisboa: UTL-FMH.
Godinho, M., Mendes, R., Melo, F., Matos, R. & Barreiros, J. (2005).
Controlo motor e aprendizagem: Trabalhos práticos. 2ª Edição. Lisboa:
UTL-FMH.
Shumway-Cook, A., & Woollacott, Marjorie, H. (2007). Motor Control:
translating Research into Clinical Practice (3th e d). Lippincott Williams &
Wilkins

Cumprimentos
Responder

Hugo Santos 10 de setembro de 2013 às 03:02


Aqui vai:
Correia, P. (1999). Anatomofisiologia II- Função neuromuscular. Lisboa:
Edições FMH.
Godinho, M., Mendes, R., Melo, F., & Barreiros, J. (2002). Controlo motor e
aprendizagem: Fundamentos e aplicações. 2ª edição. Lisboa: UTL-FMH.
Godinho, M., Mendes, R., Melo, F., Matos, R. & Barreiros, J. (2005).
Controlo motor e aprendizagem: Trabalhos práticos. 2ª Edição. Lisboa:
UTL-FMH.
Shumway-Cook, A., & Woollacott, Marjorie, H. (2007). Motor Control:
translating Research into Clinical Practice (3th e d). Lippincott Williams &
Wilkins

Cumprimentos
Responder

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Marlucia Meneses 23 de fevereiro de 2016 às 15:54


quem escreveu o artigo,ou seja como posso referencia-lo
Responder

Unknown 25 de setembro de 2016 às 19:23


ótimo material, me ajudou muito
Responder

Zito Alberto Da Cruz 13 de abril de 2017 às 08:03


Muito obrigdo pelo poste, ajudou-me bastante
Responder

Respostas

Hugo Santos 13 de setembro de 2017 às 15:53


De nada, abraço!

Responder

Ariane Oliveira 23 de abril de 2017 às 16:47


Adorei o texto. Me ajudou na monografia. Obrigado.
Responder

Respostas

Hugo Santos 13 de setembro de 2017 às 15:54


De nada, Abraço

Responder

Unknown 29 de setembro de 2017 às 16:04


quem escreveu o artigo,ou seja como posso referencia-lo?
Responder

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